Governo Central tem déficit de R$ 20,4 bi em setembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O resultado primário do Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Banco Central) foi deficitário em R$ 20,4 bilhões, em setembro, o que demonstra elevado aumento de gastos ante o déficit de R$ 10,4 bilhões no mês anterior, segundo números divulgados pelo Tesouro Nacional.

O Tesouro foi responsável por R$ 6,8 bilhões desse resultado negativo, enquanto a Previdência Social pressionou com o equivalente a R$ 13,6 bilhões. O Banco Central por outro lado apresentou resultado positivo de R$ 7,1 bilhões.

As receitas do Governo Central diminuíram R$ 8,2 bilhões (8,2%), passando de R$ 99,9 bilhões em agosto para R$ 91,7 bilhões em setembro de 2014. Esse comportamento decorreu principalmente do decréscimo de R$ 5,3 bilhões (36,1%) na arrecadação das demais receitas e da redução de R$ 2,4 bilhões (10,8%) na arrecadação do imposto de renda.

O resultário primário do Governo Central foi deficitário de janeiro a setembro em R$ 15,705 bilhões. Em 2013, no mesmo período, o resultado foi positivo em R$ 27,99 bilhões. A meta do Governo Central entre janeiro e dezembro corresponde a R$ 80,8 bilhões, mas dados preliminares mostram que a conta já está negativa em R$ 18,9 bilhões.

As transferências da União aos Estados e Municípios apresentaram redução de R$ 3,5 bilhões (19,9%), reflexo da variação de arrecadação dos tributos compartilhados (IR e IPI), bem como do repasse sazonal de recursos provenientes de participação especial pela exploração de petróleo e gás natural ocorrido em agosto sem evento semelhante em setembro.

Já as despesas do Governo Central apresentaram acréscimo de R$ 5,2 bilhões (5,6%) no comparativo entre agosto e setembro de 2014. Observou-se aumento de R$ 7,4 bilhões (22,0%) nas despesas da Previdência Social, parcialmente compensado por uma redução de R$ 2,3 bilhões (5,5%) nas despesas de Custeio e Capital.

Comparativamente ao acumulado no mesmo período de 2013, houve decréscimo de R$ 43,7 bilhões no resultado primário do Governo Central passando de uma posição de superávit de R$ 28 bilhões em 2013 para déficit de R$ 15,7 bilhões em 2014.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, ao comentar os números, disse – em entrevista – que o governo será obrigado aadequar a meta de superávit primário prevista para este ano. Por isso, disse, o governo enviará projeto ao Congresso Nacional alterando a previsão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014. Para 2015, disse, não haverá alteração.

 

(Com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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