Guiné cancela concessão detida pela Vale sobre jazidas de Simandou e Zogota

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Enviado por Webster Franklin

Do Tijolaço

A Pasadena de Agnelli na Guiné ia custar US$ 5 bi
 

A Pasadena de Agnelli na Guiné ia custar US$ 5 bi. O PSDB acha que foi um bom ou mau negócio?

As agências internacionais anunciam que o governo da Guiné vai cancelar a concessão detida pela Vale  sobre as jazidas de Simandou e Zogota.

Um relatório oficial diz que a concessão foi obtida pelo empresário israelense  Beny Steinmetz através de corrupção, sugeriu sua cassação e isso teria sido aprovado esta semana pelo Governo guineense.

A Vale, com o queridinho da mídia Roger Agnelli, comprou de Steinmetz 51% do projeto Simandou. Negócio de US$ 2,5 bi, dos quais US$ 500 milhões pagos à vista e  pelo menos mais R$ 1 bi investidos, de um total separado para isso pela empresa de US$ 5 bilhões.

A Vale não sabia que o negócio estava sob suspeita?

Ou vamos achar que o que disse Agnelli – perdoem os leitores, mas transcrevo  – sobre “casar com puta ou com veado e só ficar sabendo anos depois” é um argumento de gestão empresarial?

Será que a imprensa brasileira e os parlamentares do PSDB que acham Agnelli o máximo da competência vão perguntar se foi um bom ou um mau negócio?

O dinheiro da Vale não é só privado: a maior parte de suas ações pertence, diretamente ou indiretamente a empresas e fundos estatais ou paraestatais,

O deputado Luiz Carlos Hauly vai dizer que tinha comprado 1.000 reais em ações da Vale em janeiro de 2011 e  que só tem agora 530 reais, como disse ter feito com a Petrobras?

Agnelli é um dos que está contido no tal pacote de “medidas impopulares” de Aécio Neves, de quem é muito próximo.

Deus nos livre…

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. CVRD & Guiné

    Webster,

    Não acredito que esta  versão do governo da República da Guiné seja verdadeira.

    Como é um país sem governantes eleitos, com tudo sendo possivelmente feito e decidido na base do grito, o vale tudo deve ser a tônica quando da assinatura de contratos, e isto não vale apena para a Guiné no continente africano. Acredito que a CVRD tenha sido simplesmente roubada, e se eu estiver certo, o ex-presidente não poderia fazer nada, pois não deve existir nenhuma Câmara de Comércio, ou instância similar, prá arbitrar um litígio como este..

    Não sei como um contrato com este tipo de governo (que amanhã à tarde pode vir a ser deposto) pode ser firmado com segurança, imagino que caberia à CVRD providenciar um seguro garentia para a gigantesca operação.

    A China está presente em diversos países africanos, e não me lembro de nenhum rompimento unilateral de contrato.

  2. Recomendo uma simples leitura

    Recomendo uma simples leitura das duas reportagens da revista Piauí (por sinal, onde Agnelli disse a frase acima). Esclarecedora.

  3. Guine/ Vale

    Ha dias vi no blog voz da Russia a noticia do rompimneto do acordo Guine/Vale, e em Santiago/RS tem um amigo tucano que cobra e muito a lisura da compra  e o prejuizo causado a Petrobras  no caso Pasadena,. Pois fiz a  seguinte pergunta  que vejo em teu blog  ” foi um bom negocio para a vale  as jazidas na Guine”.  Os emplumados tucanos estao com a respostas, e de preferencia que seja de primeira pagina no PIG. 

  4. A petrobrás é uma empresa

    A petrobrás é uma empresa estatal a Vale é privada .

    E que o PT pensa que a petrobrás é privada deles em todos os sen tidos da palavra privada.

    A Guiné não é um dos países que o Brasil doou milhões, ops, perdoou a divida?

     

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