Joaquim Barbosa determina penas alternativas a três condenados no mensalão

Brasília – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou na terça-feira (19) a execução das penas de três condenados a penas alternativas na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Emerson Palmieri, ex-tesoureiro informal do PTB; Enivaldo Quadrado, ex-sócio da corretora Bônus-Banval e José Borba, ex-deputado federal (PMDB-PR) deverão pagar multa e prestar serviços comunitários por terem sido condenados à pena abaixo ou igual a quatro anos.

Palmieri cumprirá pena de quatro anos; Borba, dois anos e seis meses e Quadrado, três anos e seis meses. Barbosa determinou também a expedição das cartas de sentença ao juiz de Direito da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas do Distrito Federal, Nelson Ferreira Júnior. O documento informa o regime de pena, o valor da multa e o tipo de serviço que será cumprido.

De acordo com as cartas de sentença enviadas por Barbosa, Borba terá que pagar multa de 300 salários mínimos para entidade pública, não poderá  exercer cargo ou função pública pelo período da condenação. Palmieri pagará 150 salários mínimos a entidade pública e também não poderá exercer função pública. Além do pagamento de 300 salários mínimos, Quadrado deverá que prestar serviços comunitários  de uma hora por dia de condenação.

Na sexta-feira (15), Barbosa determinou  a prisão de 12 réus condenados no processo do mensalão.  Foram presos o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas; e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares; José Roberto Salgado, ex-vice-presidente do Banco Rural; o publicitário Marcos Valério; Kátia Rabello, ex-presidenta do Banco Rural; o ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG); Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, ex-sócios de Marcos Valério; Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Valério; o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o ex-presidente do PT e deputado federal (SP) José Genoino.

Edição: Marcos Chagas

Redação

2 Comentários

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  1. A lógica do fatiamento e a “nova” república barbosista

    Deixa eu ver se entendi: Não havia crime senão o de caixa 2, praticado pelos réus. Eles não usaram recursos publicos, os recursos Visanet tiveram seus serviços contratados prestados, o dinheiro que foi pego emprestado(Genoino está preso pq foi avalista, criem estádios para os avalistas, todos), enfim, não houve a prática de crime que foi alegada na AP 470 mas O Processo a la Kafka tinha que ser construido. E foi construido com base na lógica do fatiamento. Até uma criança sabe que ao se fatiar um objeto, retirarmos partes dele, perdemos a visão do todo sobre o mesmo. Foi isso o que aconteceu na AP 470, foi esta a mágica barbosista que, como se sabe promoveu varios fatiamentos, a começar pelo nomes dos réus, os que trabalhavam com Pizzolato foram poupados pq eram tucanos; já no decorrer do processo, Barbosa se deparou com as provas da inocência de Pizzolato, fora o fato de que constava também o nome de seu filho, o Felipe Barbosa. O que Barbosa fez? Desentranhou estas peças, criou um processo paralelo e decretou segredo de justiça, de forma a se esconder de tudo e de todos a mola mestra do tal mensalão. E o fatiamento continuou, o Barbosa criou vários nucleos no julgamento do mensalão, isso depois de ter negado aos réus o direito ao duplo grau de jurisdição. Fatiou a dosimetria das penas, bem como as prisões em si. Falando nisso, kd a fatia chamada Roberto Jefferson, ah sei, este nem chegou a ser preso como Genoino, não é petista, portanto não pegava bem ele(Bob Jefferson) fazer parte do show do mensalão naquele avião prá cima e baixo com o Barbosa tomando de conta dos “seus presos”. Pronto, o Brasil acordou, ta aí a Nova República da Globo, proclamada com toda a pompa neste 15 de novembro, dizem, a república foi “refundada”, é muito cinismo, é muita hipocrisia, haja saco prá aguentar tamanha ignominia.

  2. Outros protegidos da “nova” república barbosista

    – Os protegidos da República da Globo

      imagem de GãoGão

    Os falsos justiceiros deixam soltos os verdadeios bandidos

    sab, 16/11/2013 – 06:44 Carlinhos cachoeira, bicheiro envolvido em vários crimes  Demóstenes Torres Cúmplice de cachoeira  Dadá, outro cúmplice de cachoeira  Daniel Dantas, banqueiro preso na operação Satiagraha, entre outros crimes ofereceu suborno à um policial, fato gravado em vídeo, solto miraculosamente por dois HCs seguidos.   Naji Nahas tambem preso na Satiagraha   Mandante da morte da missionária Dorothy Stang , solto pelo STF   Adauto Rodrigues/Arquivo)  Antonio Marcos Pimenta Neves, assassino da jornalista Sandra Gomide   Roger Abdelmassih, Médico que abusava de pacientes  José Roberto Arruda, Governador preso por corrupção logo solto pelo STF, pretende se candidatar em 2014 CONF-01-IE-2289.jpgSelect[…]ver mais Link permanente   denunciar   responder
    imagem de IV AVATARIV AVATAR

    Protegidos novo

    sab, 16/11/2013 – 08:47Esses ai são alguns dos protegidos da República da Globo, inaugurada ontem por Barbosa, e o Barbo ainda chama isso de “Refundação da República”: O tucano que matou vários fiscais do trabalho tá solto,  FHC tá solto pq seus crimes nem chegaram a Justiça, nem foram denunciados, o Azeredo tá bem tranquilo na tal “República Afundada”, ops, “Refundada” de Barbosa.,.., então tá!

    sábado, 16 de novembro de 2013

    A República da Globo foi proclamada ontem, no Jornal Nacional

     kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Essa imagem merece um post especial cujo título poderia ser  A República Afundada de Barbosa ou: A República da Globo. A tal “República Afundada” tem até um candidato a presidente: Silvio Berlusconi, o “Bravo Retumbante”

    A República da Globo já existia de fato, a diferença é que agora foi proclamada, ontem, 15/11/2013, no Jornal NacionalA fim de dissipar qualquer dúvida quanto à existência da possibilidade da dupla Aécio/Barbosa   Tamára Baranov
    ‘Nada é para sempre’

    Carta Maior e a coregrafia do mensalão: República da Globo deu a notícia no Jornal Nacional

     15/11/2013 – CopyleftOs movimentos de Joaquim Barbosa para ordenar prisões imediatas por Najla Passos, na Carta Maior No seu voto, Joaquim Barbosa defendeu a prisão imediata de todos os condenados, inclusive daqueles que têm direito aos embargos infringentes. Brasília – Contrariando todas as expectativas, o Supremo Tribunal Federal (STF) não colocou em pauta, na sessão desta quinta (14), a discussão sobre os novos encaminhamentos da ação penal 470, o chamado “mensalão”, como havia informado que o faria, na sessão de quarta-feira (13), o presidente da corte e relator do processo, Joaquim Barbosa. A suspeita é que ele elabore sozinho, sem ouvir seus pares, a lista dos condenados que passarão a ter seus mandatos de prisão executados imediatamente. Corrobora para isso o fato do STF já ter publicado, na noite desta quinta (14), o resultado da última sessão. Mesmo ciente que a legislação brasileira impede que prisões sejam realizadas durante a noite, os finais de semana e os feriados, parte da mídia continua em franca campanha para que coincidam com as comemorações da proclamação da República, nesta sexta (15). A Folha de S. Paulo informa, em manchete, que as prisões devem ficar para segunda (18). O Estadão dá o fato como certo. Já O Globo insiste que as prisões podem ocorrer a qualquer momento. E a Globonews vem anunciando que o esperado desenlace do julgamento seja realizado a partir desta sexta. A sessão de julgamentos do STF de quinta se restringiu a análise de dois processos que tratam de outros temas, ambos de relatoria do ministro Luiz Fux, o melhor amigo do presidente da corte. Barbosa, se declarando impedido de participar do julgamento, se ausentou do plenário. Não houve nenhuma explicação sobre sua mudança de planos. Sequer um comunicado aos ministros que, na semana passada, foram oficiados de que as sessões de quarta e quinta seriam dedicadas à ação penal 470. Os envolvidos na ação não ousam suspeitar que a decisão isolada de Barbosa possa servir de manobra para efetivar a prisão de réus que não deveriam estar neste primeiro rol de presos. Entretanto, são fortes as suspeitas de que a estratégia tenha o intuito de acelerar o desfecho do caso a qualquer custo, tecla em que ele vem batendo desde o início do julgamento. Além, é claro, de fazer um agrado à mídia, que terá a tão sonhada manchete para exibir no feriado da pátria. No seu voto, Joaquim Barbosa defendeu a prisão imediata de todos os condenados, inclusive daqueles que têm direito aos embargos infringentes, recurso acessado pelos condenados com pelo menos votos divergentes. Entretanto, a maioria apoiou a tese do ministro Teori Zavascki, que recusou a autorizar a prisão dos réus que ainda podem ter suas penas revistas no futuro julgamento, que só deve ocorrer em 2014. A divergência aberta por Teori provocou tanto tumulto e discussões que a sessão terminou sem que Barbosa tivesse proclamado o resultado da decisão do tribunal colegiado sobre a execução das prisões. Parte dos ministros acredita, portanto, que Barbosa só pode divulgar a lista após fazê-lo oficialmente em plenário, o que só seria possível na sessão da próxima quarta (20). Outros já defendem que, como presidente do tribunal e relator da ação, ele tem poderes para fazê-lo monocraticamente. Leia também: José Dirceu: Um julgamento sob o signo da exceção

     

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