Juros do cheque especial tem maior valor em 15 anos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Em setembro, os juros médios do cheque especial foram de 183,28% ao ano, o maior valor apurado desde abril de 1999, quando marcaram 193,7%. A taxa também representou um salto de 10,5 pontos percentuais em relação a agosto (172,8%) e de 40 pontos em comparação com setembro de 2013 (143,23%). Os dados foram divulgados pelo Banco Central.

Considerando as contratações com recursos livres e direcionados, a taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro atingiu 21% ao ano em setembro, o que representa um recuo de 0,1 ponto percentual (p.p.) no mês e aumento de 1,5 ponto em doze meses. O custo médio do crédito livre situou-se em 31,9% ao ano, com queda de 0,3 ponto no mês e elevação de 3,5 pontos em doze meses. No crédito direcionado, a taxa média alcançou 8,1% ao ano, após elevações de 0,1 ponto e 0,8 ponto, nas mesmas bases de comparação.

No segmento de pessoas físicas, o custo médio reduziu-se 0,4 ponto no mês, com alta de 1,9 ponto em doze meses, situando-se em 27,5% ao ano. De acordo com o BC, a variação mensal refletiu as reduções de 0,3 ponto e 0,2 ponto nas contratações com recursos livres e direcionados, respectivamente, cujas taxas médias situaram-se em 42,8% ao ano e 7,9% ao ano.

Quanto aos empréstimos às empresas, o custo médio alcançou 15,8% ao ano, estabilidade na comparação mensal e elevação de 1,1 ponto percentual em doze meses. Nas operações com recursos livres, a taxa média permaneceu em 22,8% ao ano, enquanto, no crédito direcionado, subiu 0,3 ponto no mês, situando-se em 8,3% ao ano.

O spread bancário referente às operações com recursos livres e direcionados se manteve estável no mês em 12,7 pontos percentuais, e com crescimento de 1,4 ponto em doze meses. Os spreads relativos aos segmentos de pessoas físicas e jurídicas alcançaram 18,8 pontos e 7,9 pontos, respectivamente. No crédito livre, o indicador diminuiu 0,3 ponto no mês, situando-se em 20,9 pontos, enquanto, nas operações com recursos direcionados, encerrou o mês em 3 pontos percentuais, com crescimento de 0,2 ponto percentual.

A inadimplência do sistema financeiro, correspondente às operações com atrasos superiores a noventa dias, diminuiu 0,1 ponto no mês e 0,3 ponto em doze meses, situando-se em 3%. No crédito às empresas, o nível de atrasos permaneceu estável em 2%, enquanto, nas operações para as famílias, houve uma redução de 0,2 ponto, para 4,2%. Nas contratações com recursos livres, a inadimplência permaneceu em 5%, enquanto no crédito direcionado diminuiu 0,2 ponto no mês, situando-se em 0,9%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. Pra quem nao sabe, as

    Pra quem nao sabe, as condicoes de contrato dos tais “cheques especiais” sao especificas do Brasil.

    Eles seriam sumariamente prohibidos aa primeira vista em paises um pouco melhores.

    Agiotagem legalizada, ponto final.

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