Lênin e a rota de fuga de petistas, por Aldo Fornazieri

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Embora muita gente de esquerda tenha dado um adeus a Lênin ele está e permanecerá entre os maiores taticistas e estrategistas da história política. Ele está também no seleto grupo dos grandes pensadores da ação política como atividade autônoma. Junto com Antônio Gramsci, ele foi um dos poucos líderes e teóricos marxistas que tinha a clareza de que a atividade política tem sua especificidade autonomia em relação ao econômico e ao social e, por isto, é portadora de poder e força constituintes do real ou de sua transformação. Neste sentido, os dois se ligam de forma inarredável ao pensamento de Maquiavel. Gramsci o faz de forma explícita teorizando sobre o legado maquiaveliano para a política moderna. Em Lênin, esta ligação aparece de forma autoevidente no conteúdo de seus textos. Não é preciso se considerar leninista – como não me considero – para reconhecer os méritos do líder da revolução russa. 

Muitos militantes do PT, no alto de sua arrogância, e mesmo se considerando portadores da verdade e sábios da política, deveriam estudar Lênin. Não resta dúvida de que o PT agrega militantes da melhor qualidade, que podem ser encontrados entre os militantes históricos do partido e nos combativos militantes dos movimentos sociais. Mas não restam dúvidas também de que parte dos militantes se degradou política e moralmente com a chegada do partido ao poder. Mais do que isto: existe hoje uma militância neopetista adesista e mal formada politicamente que se armou com os piores vícios do oportunismo para justificar os erros cometidos pelo partido e pelo governo.

Em que pese todas as evidências de que existem erros e corrupção no governo e no partido, os neopetistas adotam duas rotas de fuga para acobertar esses males ou, simplesmente, de forma esquizofrênica, negar a realidade. A primeira rota de fuga consiste na sustentação da tese de que todas as acusações não passam de uma conspiração comandada pela grande mídia – o chamado Partido da Imprensa Golpista (PIG). Qualquer crítica dirigida ao partido ou ao governo, mesmo que ela venha de petistas ou de eleitores do partido, é desqualificada com  adjetivos e identificada como uma ação do PIG. Essa atitude corresponde a aquela dos militantes de extrema-direita, que demonizam o PT e o governo por uma rejeição irracional ao que eles representam. Ambas as atitudes são antidemocráticas e fascistizantes. Para esses militantes, a ação penal 470 (mensalão) é uma perseguição, o governo Dilma não errou na condução da economia, a Petrobras não foi dilapidada e assaltada por grupos corruptos etc.

 

A segunda rota de fuga consiste na justificação da corrupção, com a alegação de ela é realidade corrente, de que é preciso entrar no jogo para poder vencer eleições e governar, de que os outros partidos também são corruptos, mas são mais espertos e não se deixam pegar ou de que os programas sociais dos governos petistas compensam a corrupção. Os que adotam essa justificativa não viveram a construção do PT na oposição ou se esqueceram que o partido se fortaleceu criticando tudo isto e defendendo a ética na política.

No primeiro caso – colocar a culpa nos outros e fugir de suas próprias responsabilidades – tem-se aquela clássica falta de ética, pois, como alertava Weber, quem assim age não deixa revelar os verdadeiros interesses que defende. Ele sugere que se poderia tipificar como crime político a atribuição da culpabilidade aos outros e a fuga da responsabilidade própria. E note-se que essa conduta de setores petistas hoje sequer é feita em nome de uma ética das convicções, mas na ausência dela.

O segundo caso expressa uma capitulação oportunista à realidade estabelecida por um sistema corrupto e a todos os seus males. Aqui já não há nem convicções e nem causas, pois a corrupção é o puro reino da manipulação dos meios em nome de interesses pessoais ou grupais. Os neopetistas classificam como moralismo qualquer cobrança por moralidade, transparência e responsabilidade para com a coisa pública. Tal como no mundo antigo a corrupção era o maior dos males das repúblicas, ela o continua sendo nas democracias modernas.

Na verdade, o que falta ao PT como um todo e nos neopetistas em particular é o exercício da crítica e da autocrítica. E aqui é preciso retornar a Lênin. Embora ele adotasse as noções de crítica e autocrítica vinculadas a um critério de classe, na verdade, o conceito que esse par de termos expressa pode assumir uma dimensão universal e erigir-se e momento metodológico fundamental da atividade política. Crítica e autocrítica constituíam a essência da metodologia da ação partidária. A sua negação constituía o oportunismo político, assim definido pelo líder russo; “O oportunista não trai o seu partido, não lhe é infiel, não o abandona. Continua a servi-lo com sinceridade e zelo. O seu traço típico e característico é a maleabilidade instantânea do seu temperamento, a sua incapacidade para resistir à moda, a sua miopia política e falta de caráter. O oportunismo é o sacrifício dos interesses de longo prazo e essenciais do partido aos interesses momentâneos, transitórios e secundários”. Grosso modo é isso que se vê no PT quando aderiu a práticas políticas nefastas que já estavam postas antes de o partido chegar ao poder e que continuaram com o partido no poder, como evidencia o caso da Petrobras e outros casos.

Crítica e Autocrítica Como Método

Em relação à autocrítica como método permanente de retificação da ação do partido, Lênin foi categórico ao afirmar: “Ninguém poderá nos destruir, exceto os nossos próprios erros”. A partir disso passa a criticar a presunção dos partidos revolucionários que se recusam a perceber suas fraquezas, seus erros e deixam de ser transparentes. A dogmatização posterior que contaminou os partidos comunistas e a presunção de que eram portadores da verdade, foi fatal para a derrota do próprio comunismo. Se há um mérito que se possa reconhecer ao Partido Comunista Chinês é o de que não abandonou o método da autocrítica. Não é por acaso que o ex-ministro e dirigente partidário Bo Xilai foi condenado à morte por corrupção em 2013. Na semana passada mesmo, o diretor de uma empresa foi condenado à morte pelo mesmo motivo. Ou seja, o partido sabe fazer o ajuste com seus próprios erros e a autocrítica é um método aplicado no exercício geral do poder, valendo também para a condução econômica.

Para Lênin, a autocrítica, no sentido geral do termo, significava reconhecer abertamente os erros praticados, descobrir as causas que os geraram e buscar soluções e meios para corrigi-los. Assim, pode-se reconhecer na autocrítica um método inerente à estratégia da organização política, pois sem sua incorporação enquanto método permanente, a organização tende à crise interna e ao fracasso.

A crítica e a autocrítica eram entendidas por Lênin como dois momentos de um mesmo método. A crítica é necessária para que o partido seja uma organização capaz de compreender a realidade e, ao mesmo tempo, uma organização de combate. A autocrítica evita a derrota pelo erro, a presunção, o dogmatismo e a própria corrupção do partido. Para Lênin, a autocrítica era indispensável para a formação de quadros e dirigentes capacitados do partido, portadores de um caráter moral resoluto. Em termos específicos, a autocrítica é aquele ato em que o militante ou o partido, oficialmente, reconhece seus erros e suas culpas, de forma clara e pública. Dessa forma, o partido não pode ser monolítico. A sua unidade deve ser construída a partir dos seus conflitos internos, tendo por base os pontos de vista divergentes. Escamotear as divergências, negá-las, desqualificá-las é o caminho mais curto para acobertar os erros em nome de interesses escusos que, normalmente, são o combustível da corrosão moral e política do partido e de uma parcela de seus quadros e militantes.

 

Aldo Fornazieri – Cientista Político e Professor da Escolha de Sociologia e Política.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

59 Comentários

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  1. ‘Crítica e & Autocrítica’ não

    ‘Crítica e & Autocrítica’ não é, ou era, o nome de um programa da TV CULTURA de SP !?!? E a TV CULTURA de SP  é TUCANA, não é isso !? Entendi ….

     

    “O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um BRAZiu-Ziu-Ziu para TOLOS”

     

  2. Poderia ter resumido 3m 2

    Poderia ter resumido 3m 2 parágrafos. Daria na mesma. Ninguém é ingênuo, acrítico, etc. O que não faremos de forma alguma é liberar pros outros entrarem quando o intento deles não tem a ver com “acabar com a corrupção” e sim adotar suas políticas privatizantes com ou sem corrupção.

    Não quero desqualificar o autor, mas ele parece tentar ensinar as pessoas o que elas deveriam pensar.

  3. Crítica e Autocrítica

    Meu caro. O que se viu e tem se visto nesses últimos seis meses, não foi uma questão de ausência ou não de crítica e autocrítica, até porque não havia espaço para tal. O que há, sim, e antes de tudo, é uma luta ferrenha a fim de preservar o resultado das eleições presidenciais, principal instrumento prático da democracia. Se falou em corrupção de candidaturas em todas as instâncias, e, no entanto, o partido dos moralistas, falsos, sim, se diga, apesar de argumentares contra, só a gostariam de ver na da presidenta. Achas mesmo que algum partido, metodologicamente, escolheria somente os sem caráter para dirigir qualquer coisa? Isso seria seu próprio fim, porque quem é sem caráter com um é sem caráter com todos. Mas quem faz a corrupção não é a instituição, são pessoas. Quem faz ou não faz crítica e autocrítica não é um partido, são seus representantes; e nessa linha, não temos melhor exemplo do que o do senador Aécio Neves, que, talvez, por herança e formação – e não somente pela frustração da derrota – desrespeitou, com seu comportamento arrogante e prepotente, a eleita, os eleitores e a eleição.

  4. Os ‘oportunistas’ do PT,

    Os ‘oportunistas’ do PT, apesar do latido e algumas mordidas dos ‘cães’ à passagem da caravana, acabaram com a PRIVATARIA, salvaram PETROBRAS que hoje bóia num PRÉ-SAL, retiraram milhões da pobreza, acabaram com a fome no País, elevaram o BRASIL de 14ª a 7ª economia do mundo em menos de 8 anos e sem provocar convulsão social ou impor nenhuma Ditadura… Deixa os oportunistas do PT aí, vai. Não torra, fornazzieri !!!

    EM TEMPO: Vc queria o quê, que de uma canetada o LULA, A DILMA e o PT acabassem com nossas ELITES BANDIDAS e nosso JUDICIÀRIO OLÍMPICO, extinguissem a LEI DE AUTO-ANISTIA e implantassem a paz na terra entre os homens de bao-vontade !?!? Pelamor … Crítica e auto-crítica todos devemos fazer diuturnamente, e certamente houve erros que precisam ser consertados e alguns calhordas que devem ser expurgados, mas no geral, o PT está se saindo melhor do que a encomenta. Agora, falta convencer o POVO a parar de dar trela para a GLOBO e parar de votar nos canalhas ricos e entreguistas desse país, que compõem sempre maioria no Congresso. SONHO ?? Pode ser… ‘Mas se você se juntar a nós, o BRASIL, um dia, será um só’.

     

    “O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZziu-Ziu-Ziu para TOLOS”

  5. Não amigo, não justificamos

    Não amigo, não justificamos nada. Nós apenas queremos discussões equilibradas, onde as partes acusadas possam se defender nos mesmos canais onde são denunciadas, sejam tribunais ou jornais.

  6. Porta dos Fundos

    Na ESCOLHA de Sociologia e Politica creio eu esse sr. Fornazieri deveria escolher se retirar pela porta dos fundos.

    A  percepção do momento atual por esse cidadão é enviesada e inconsequente.

    Poderia haver escolhido esquecer de escrever algo tão sem sentido.

  7. Totalitarismo vazio e mistificador

    O notável embusteiro Fornazieri é um amante apaixonado de Nicolau Maquiavel. Ele idolatra o ícone precursor da premissa: “os fins justificam os meios”. Ao mesmo tempo em que tece odes ao autor de “O Príncipe”, obra na qual se sugere que o soberano deve adotar a dissimulação, a perfídia e o terror enquanto métodos de ação política, Fornazieri critica o PT por não seguir, pasmem, os “ensinamentos morais” de Maquiavel!

     

    A prática totalitária do notável embusteiro é deveras conhecida. Vamos explicitá-la: o amante do despótico mundo renascentista fala em “militância do PT”. Ora, o que é a militância do PT? Segundo as palavras do douto mistificador travestido de cientista político, essa militânica é um ente único e indivisível. Inexiste algo mais mistificador! O PT possui milhões de militantes espalhados pelos quatro cantos do Brasil. Muitos nem filiados ao partido, diga-se de passagem. Ao invés de dar nomes aos bois e dizer quem ou quais militantes do PT são “arrogantes”, ao invés de dirigir a crítica a essa parcela da militância que, segundo ele, “se julga portadora da verdade”, o reles renegado prefere o estratagema totalitário de não citar ninguém para criminalizar ou ridicularizar a agremiação como um todo! Nem Estaline faria melhor…

     

    E segue a sanha maquiavélica do não ilustre “professor”: diz ele que os ‘neopetistas’ – o que é um ‘neopetista’? – são refratários a críticas e cita a AP 470 como exemplo! O embusteiro, portanto, chancela o massacre midiático onde pessoas, sobre as quais não havia uma única prova que corroborasse as condenações, se viram condenadas da mesma forma, com base no domínio do fato ou em pérolas do tipo: “eu não tenho provas para condenar o réu, mas vou fazê-lo porque a literatura jurídica me permite”. O maquiavélico militante do embuste revela a sua face maquiavélica sem peias e de forma aberta e desbragada!

     

    Diz também o maquiavélico sujeito, afeito a linchamentos, que o governo Dilma errou na condução da economia. Afinal de contas, quais são os parâmetros do não ilustre missivista? Se o parâmetro for a questão do emprego, o governo Dilma é disparado o melhor dos últimos 40 anos no Brasil. Se o parâmetro for a inflação, o governo Dilma vai fechar o seu primeiro período com a inflação rigorosamente dentro das metas estabelecidas pelo Banco Central (4,5%, com margem de 2% para cima ou para baixo). Se o parâmetro forem os programas sociais, o governo Dilma pode se jactar de ter mantido absolutamente todos os programas sociais da era Lula, além de ter criado vários outros. Se o parâmetro for a distribuição de renda ou a valorização do salário mínimo, o governo Dilma também pode se orgulhar de ter mantido a toada que vinha do governo que o antecedeu. Então, repito, quais são os parâmetros que o maquiavélico ser medieval da USP utiliza para dizer que o governo Dilma “errou na condução da economia”? Ele tem a obrigação de explicitar quais foram os erros, ou então deveria ter pelo menos um pingo de vergonha na cara e parar de sofismar em escala industrial.

     

    Tem também a questão da Petrobras. O medievo e mediano “professor” mais uma vez se utiliza de uma abordagem típica dos covardes e embusteiros. Qual seja: ele não diz quais são os petistas que negam os mal feitos existentes na companhia, apenas diz que esses tais de “neopetistas” (como é possível saber o que é um ‘neopetista’ sem nominá-lo?) negam isso de forma acrítica. É o tipo de crítica covarde, feita por gente covarde e que prima pela covardia, pelo embuste e pela má-fé no debate público. Ora, o não ilustre embusteiro tem a obrigação de dizer quem são esses ‘neopetistas’ que negam os mal feitos da Petrobras! Como responder a uma infamante vilania se ela vem exposta de forma totalitária e não discriminada, abrangendo todo um coletivo partidário?

     

    De novo a prática covarde de não citar quem ou quais as pessoas que “justificam” a corrupção no seio do partido! O maquiavélico e mediano “professor” continua com a prática fascita, totalitária e covarde de não dizer quais são as pessoas do PT que “justificam” a corrupção. Que lamentável vindo de alguém que tem como missão ensinar algo a outrem! Desconheço qualquer dirigente ou liderança do Partido dos Trabalhadores que tenha feito algum pronunciamento ou que tenha escrito algo justificando atos de corrupção. Aliás, e ao contrário do que o embusteiro mor diz, todas as lideranças do partido sempre disseram que era preciso investigar tudo, punir os responsáveis e, se necessário, cortar na própria carne. A presidente reeleita, Dilma Rousseff, por exemplo, explicitou já na campanha que as investigações iriam até o limite e que não ficaria pedra sobre pedra do caso em questão. Vê-se novamente que Fornazieri e suas teses estúpidas não tem sustentação alguma.

     

    A prática covarde e fascista do maquiavélico uspiano persiste com galhardia e ele segue falando em “neopetistas”. Que maneira prática, fácil e totalitária esta de não citar as pessoas sobre as quais se quer estabelecer uma crítica, não? Pois bem, novamente surge a mentira e o embuste enquanto método do não ilustre “professor”. Não há nenhum dirigente do PT que renegue o tema da ética ou da moralidade pública. O que se critica, e com toda a razão, é o moralismo farisaico de uns e outros que instrumentalizam o tema da corrupção. E por falar em corrupção, se nota que o desvio udenista do sr. Fornazieri já atingiu quase o limite do impossível! Existe diferença, no tema da corrupção, no discurso farisaico e moralista de fachada do sr. Fornazieri, e nos discursos de Carlos Lacerda ou de Demóstenes Torres? Rigorosamente não! Todos eles, e vários outros farisaicos de plantão, insistem em dizer que a corrupção é o maior mal do país… Mas e onde está a questão da desigualdade social, do emprego, da distribuição de renda, da sonegação fiscal ou do sistema tributário perverso e regressivo, nas palavras do “revolucionário” uspiano medievo? Ele não cita nunca estes temas porque além de Maquiavel, tornou-se um discípulo, consciente ou não, de Carlos Lacerda e de suas pautas conservadoras.

     

    Por fim, o totalitarismo covarde do medieval professor alcança os píncaros da dissimulação (bem ao estilo dos amantes da obra de Maquiavel). Ele não cita quais foram os “neopetistas” que negam ou que justificam que o partido aderiu a práticas nefastas que já existiam antes da chegada de Lula ao poder. Ora, é uma crítica fascista, que busca criminalizar a militância como um todo! O não ilustre professor tem que discriminar e individualizar as suas críticas. Ele não o faz porque é sempre mais agradável fazer críticas covardes, críticas que não podem ser rebatidas porque abrangem, de forma até mesmo criminosa, todo o agrupamento partidário surgido no início dos anos 80. Que prática lamentável.

     

    Na segunda parte do arrazoado, o missivista fala em crítica e autocrítica. Talvez desconheça ele o fato de que o PT recebe as mais ferozes e implacáveis críticas de seus próprios militantes. Talvez desconheça ele o fato de que internamente o PT ‘fecha o pau’ desde a sua fundação em 1980. Mas o aspecto mais significativo, pelo menos para mim, é aquele no qual o minúsculo pensador da USP cita o “exemplo” vindo da China. Diz ele que o Partido Comunista Chinês é um patamar a ser seguido em matéria de método autocrítico! E o diz porque lá no Império do Meio há a prática da pena de morte por fuzilamento de corruptos incrustados no seio do partido. E diz mais, que o PCC está certo por saber fazer o “ajuste de contas” com os seus erros. O sr. Fornazieri tem a mania de não falar de forma clara e nítida, tudo ele deixa implícito, de forma abominável, como é do seu estilo. O que ele quer dizer quando elogia as execuções por fuzilamento de militantes do PCC? Estaria sugerindo ele que o PT deveria meter uma bala na cabeça de José Genoíno e de José Dirceu, seguindo o notável exemplo de autocrítica vindo da China?

     

    Por fim, e é preciso que se diga, o PT tem constante debate interno. E nem mesmo críticas vazias ou generalizadoras, portanto covardes e totalitárias, como é o caso do texto do sr. Fornazieri, são silenciadas no seio partidário. O que é lamentável é ter que responder a um texto tão ridículo quanto este do não ilustre Fornazieri. É um texto pueril, que faz uma crítica abstrata, que não diz tais ou quais militantes ou dirigentes deveriam fazer isto ou aquilo, etc. Enfim, um texto moralista e imprestável, mas que certamente será bem utilizado por forças outras que não as de esquerda.  

    1. Clap, clap, clap. Embusteiro é 1 bom nome p/ esse cara

      e suas generalidades. Ele mesmo cria uma militancia petista com dadas características, e depois critica a sua própria invençao. 

  8.  
            O artigo é ótimo.O

     

            O artigo é ótimo.O PT deveria fazer uma reflexão sobre a condução do jogo politico.O partido perdeu sua identidade.O PT deve jogar todas suas fichas na reforma politica.

  9. Não é a primeira vez que o

    Não é a primeira vez que o Nassif posta algo desse sujeito que deve ser de marte ou higienópolis.

    É do tipo que pensa que basta ler para entender. Cita nomes históricos relevantes como quem detém um bom cabedal de conhecimento, mas quando vai expor suas próprias ideias não sai do chão. Coitado.

    1. “Esse sujeito” é um dos bons

      “Esse sujeito” é um dos bons academicos brasileiros especializados em ciencia politica, matéria do qual é

      formado pela USP, alem de ser diplomado em FISICA por Universidade Federal. do Rio Grande do Sul.

      Por sua alta qualificação é o Diretor da Escola de Socioloiga e Politica de São Paulo, instituição tradional e de alto nivel.

      Portanto não é como diz seu comentario, um mero “leitor”.

      http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4217120A2

      1. Agradeço a resposta, mas

        Agradeço a resposta, mas insisto, a qualificação em títulos do autor não qualifica a sua análise que, decididamente é pobre.

        Pobre porque não pensa a política nem o PT como de fato são e foram. O comportamento ético, tão defendido pelo autor, é uma meta a ser buscada, sem dúvida. Porém o seu simulacro, o moralismo, é um imobilizador terrível da ação política na realidade em que vivemos. E o PT teve e tem de viver essas contradições e construir nelas as condições melhores que se propões, inclusive melhorar as relações sociais de modo a diminuir as práticas públicas anti-éticas. E ninguém que acompanhe seriamente a cena política pode negar que o PT tem sido um grande promotor disso. Se ele tivesse se atido ao que o moralismo preconiza não teria sequer sido eleito em 2002. E qual teria sido o custo disso ao país?

        O texto é sim pobre; e inoportuno.

        Quanto a títulos, pessoas piores ostentam outros mais importantes.

        1. Também concordo. A análise foi pobre.

          O professor Fornazieri dá como fava contada a adesão inconteste do PT à corrupção. Ele dá ares de novidade a corrupção na Petrobrás, ao invés de ao menos ponderar que a malfeitoria da estatal já existia há décadas e hoje, com ou sem mérito petista, está sob forte combate. Neste contexto ele instrumentaliza o argumento de que o PT não leu Lenin, quando ao que parece o Professor Fornazieri omite que o próprio Lenin no Texto “Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo” define seu posicionamento frente as questões de adesão ou não dos fóruns burgueses, Parlamento e acordo de Brest Litovski, citando como referência o que se alcanlçou a favor da classe trabalhadora. Naquele momento havia a possibilidade e o sonho de de suplantar o capitalismo com um novo modo de produção, fato que não só não ocorreu como determinou que o país mais importante do eixo socialista, a China, tenha tido que aderir ao “Socialismo de Mercado” para não experimentar a mesma sorte que a URSS obteve. Ao final, ele dá como realidade uma ultra hegemonia da esquerda e não um momento no qual ela mesma tem que se reiventar e nest contexto o PT, pra desgosto dele, ainda cumpre papel importante. O partido que maiores conquistas relativas aos trabalhadores urbanos e rurais é o PT e nenhum outro e isso o credencia a ser a legenda que pode e fará mais ainda daqui pra frente, pois já passou pelos diversos governos, já experimentou o mal, o bom e o pior de nossa institucionalidade e seguirá melhor..Não é apenas esperança, mas a necessidade de sobrevivência e neste contexto desdenhar da possibilidade de Lula voltar é um ponto de chatice que a própria esquerda raivosa evidencia, pois ama odiá-lo…

  10. Puro ressentimento.
    Não vejo

    Puro ressentimento.

    Não vejo ninguém “justificando a corrupção”. Retórica pura.

    As lideranças do partido dos trabalhadores já estão roucas de repetir que quem cometeu os tais malfeitos têm que ser punido de acordo com a Lei e com os princípios de Direito, e não pela cara; e que pau que dá em chico tem que dar em francisco também. Simples. As investigações acontecem regularmente e as leis pra punir corruptos e corruptores hoje são melhoresl.

    O que o pessoal mais à esquerda diz do pt é, isto sim, o mesmo que diz a direita. O que dizem que foi a “mudança” do pt foi compreender que sem dinheiro não se ganha eleição; e por isso não estão até hoje de megafone fazendo piquete em porta de fábrica. Daí que a esquerda acusa o pt de ter se vendido enquanto a direita diz que são uns invejosos que nunca comeram melado e estão se lambuzando. Ou seja: o mesmo argumento.  O Brizola chamava esse pessoal que ainda estava dentro do pt – que provavelmente está hoje no pstu ou no psol – de “udn de macacão”.

    Ora, o pt nunca foi um partido revolucionário como o pessoal da direita alguns da esquerda  teimam em acreditar. Nada a ver com Lênin. Prestes não tinha nenhuma dúvida disso.

    A insistência em reformar esse sistema de financimento, já que a linha entre a correção e o desvio é muito tênue, e um sistema não pode contar com o “franciscanismo” das pessoas, é totalmente coerente com os princípios do partido que sempre foram os de compromisso com a aquisição e o exercício “por dentro” da ordem institucional.

    É isso que, apesar de doze anos de um governo de coalizão, muita gente ainda não entendeu.

  11. O autor deve considerar “teoria da conspiração”…

    … a participação do PiG no golpe de 64 e no apoio a ditadura.

    O autor deve acreditar que não apenas a esquerda, mas a maioria do povo brasileiro precisa fazer “autocrítica”… e voltar a acreditar no jn da globo. rsrs

    Inacreditável análise. 

    Ninguém é tão ingênuo. 

  12. Nem todos…

    aqui no RS existe pelo menos um petista que eu ainda respeito, cujo simbolo é inconfundível e a moral mais ainda – em momento algum ele foi condescendente com os reus no STF!

    Mais um bom texto de Aldo!

     

     

    1. Olivio é um gigante…

      … mas cometeu erro crasso ao virar as costas aos companheiros acusados na farsa do mentirão.

      Brizola sabia que parte do PT parecia a “udn de macacão e tamanco”.

      1. Farsa do mentirão?

        Quantos estavam lá respondendo processo? 3, 4, 5, 6 todos pertencentes a uma facção especifica do PT.

        Alguma vez foi citado Olivio Dutra, Tarso Genro, Raul Pont?

        Como o proprio bigode insinuou….as más companhias cobrarão seu preço sempre!

        Como virou as costas? Falou diretamente e abertamente ao Genoino para ir cumprir a pena imposta pelo STF (se foi ou não justa o tempo dirá) e criticou o rigorismo do julgamento.

        Que mais tu querias? Que fosse pra papuda junto?

        1. O que se queria de Olívio é

          O que se queria de Olívio é que repudiasse a condenação de gente sem provas, a condenação de gente contra as provas e a condenação de gente por crimes diversos dos que foram provados.

          O que se esperava é que só por não ser da mesma corrente, que ele não se juntasse à multidão que clamava por condenações por suspeitas, por ouvir dizer, por achar que é mesmo.

          Exige-se provas ainda, pelo menos no mundo das pessoas decentes, para que ocorram condenações.

  13. Que Lênin é esse?

     

    Nassif

    Que artigo confuso sobre a relação entre PT e Lênin. “Crítica e Autocrítica” como pilares da ação de Lênin? O Parttido social-democrata de Lênin era revolucionário, ou seja: Não havia nenhum acordo com o capitalismo: essa era a direção dada ao partido que tinha em seus quadors tendências que vacilavam em relação à convivência com o oprotunismo e economismo, ou seja, em aderir á democracia burguesa e direcionar as lutas sindicais a resultados meramente econômicos. Dizer que só por isso o PT tem algo com o partido social-democrata, e depois comunista, de Lênin, é uma pidad de mau gosto. Embora devamos citar a presença de Florestan Fernandes que alertou o próprio PT para não ser engolido pelas forças reacionárias, o que não adiantou muito, pois o PT foi engolido.

    Participar do jogo político sem apontar para uma direção revolucionária não tem nada a ver com Lênin. Essa direção pressume uma organização, um estudo constante do desenvolvimento do capitalismo e ação e táticas de acordo com o momento, mas sem abandonar o objetivo revolucionário. O espaço aqui não dá para esgotarmos o assunto, mas não atentar para que o autor desse artigo fala em divergências é no mínimo uma piada. Sobre a “liberdade de crítica”, Lênin foi muito claro: era uma liberdade que desviava o rumo do partido de uma ação revolucionária, adesismo e oprotunismo. Entrar com Maquiavel na história é no mínimo complicado, pois a base de Lênin era o marxismo tendo como exemplo prático a Comuna de Paris e a experiência de luta dos trabalhadores de outros países como a Alemanha.   

    Reduzir Lênin à crítica e autociítica de um partido como o PT que apresentou reformas que clareiam qual é o jogo político do país – que não deixa de ser interessante –  é no mínimo falta de leitura do próprio Lênin. “Esse revolucionários” de academia…

  14. Segundo a descrição do autor,

    Segundo a descrição do autor, podemos considerar neopetistas: FHC, Alckimin, Serra, Aécio…… um povo que faz de um tudo e não assume nada. Até o premiado delator, que roubava enojado, pode ser um neopetista pela definição do professor, pois ele roubava, o dinheiro tava na conta dele lá fora, mas tudo foi por causa do PT. 

    Quando leio os textos desse autor, sinto até saudades de Gunter.

  15. Esse é da turma do Rogério Magri…

    Facistizantes (sic). Sem dúvida, esse é da turma do Antônio Rogério Magri. Ou, tão medíocre, quanto!

    Quiçá, “evolua” ao ponto de se equiparar a um Odorico Paraguaçu, mas, tão somente, enquanto caricatura, daquele caricato personagem!

    Sim, tem aquela da melancia, você, certamente, apareceria mais! 

  16. Desculpe-me sr. Aldo, mas o

    Desculpe-me sr. Aldo, mas o sr. não disse nada de especial ou diferente do que se pode ler diariamente entre alguns comentaristas , principalmente no UOL, onde dou uma passadinha as vezes. O sr. não mencionou em momento algum o comportamento de 2 pesos e 2 medidas, tanto do judiciário, como da imprensa e dos “grandes pensadores” da oposição e suas hipocrisias, e não percebeu que é este o motivo da irritação dos militantes ou simpatizantes e não a rota de fuga..  Tudo bem que o artigo era s/ “A rota de fuga dos petistas”, porem acredito que com sua sabedoria poderia  nos mostrar uma visão maior e situar melhor o partido e seus militantes dentro do contexto político atual. Assim, o considerei mt falho , para um artigo tão extenso.

    1. Mas nao é isso q ele quer, Lenita; nao é engano, é má fé mesmo

      O que ele quer é mesmo apresentar um pastiche, dizer que se trata de um retrato dos petistas e pichar o PT. Nao precisa ser verdadeiro, basta que formate uma percepçao. 

  17. o diogo e os comentaristas já

    o diogo e os comentaristas já responderam ao articulista.

    parece que o articulista professor enraivecveu-se com

    as críticas aos seus artigos.aqui.

    parece que seu ambiente está impregnado de antipetismo.

    e vem destilar aqui o mesmo produto que cansamos

    de ler e ouvir na grande mídia golpista.

    com um esforcinho a mais, ele chega ao nível do merval e do reizinho.

    nada mais excrescente do que ouvir alguém da academia

    a disparar falácias sobre crítica e auto-crítica

    e chegar ao ponto de falar em executar corruptos com no regime fechado chines.

    inacreditável.

    mas numa desas, ao invés da estabilização

    política, ele queira

    revolução já!!!

  18. Quem comeu o queijo?


    Certos comentários desqualificando o autor ou mesmo sem argumentos apenas confirmam o que o autor diz. Na sua forma e no seu conteúdo são petistas da lei do Gérson. São os que estão comendo o queijo do partido. Não têm a menor noção do que um dia foi o verdadeiro PT.

  19. Muito bom

    A primeira rota de fuga é perfeitamente descrita. Caracteriza boa parte dos comentaristas deste espaço.

    Como já disse aqui outras vezes, trata-se de imediatamente atacar qualquer um, muitas vezes mesmo a sua honra,sem qualquer pudor,  que ouse atravessar o caminho do PT. Mesmo que seja apenas uma crítica um pouco mais áspera ao governo petista, DIsso é vítima até mesmo o dono deste espaço, quando se atreve a criticar o governo do PT de forma mais enfática, mesmo que construtiva.

    A lógica por tras desta fuga está na defesa do social-liberalismo, tão bem descrito por Michel Löwy na sua entrevista que postei ontem aqui, quando diz que o Brasil é o grande exemplo do social-liberalismo, a filosofia de destinar ao social, todo o quanto for possível sem mexer nos privilégios da elite. Ou seja, o resto.

    Na segunda rota eu faria alguma correções. Embora os neopetistas justifiquem algumas práticas condenáveis do PT, como loteamento de cargos, acordos espúrios com partidos de aluguel, etc, por conta da governabilidade, entre essas práticas justificadas, por certo, não está a corrupção. O que seria o cúmulo. 

    No tocante a corrupção a prática é o discurso de que, a sensação de corrupção é maior porque o governo petista age para que essa corrupção tenha publicidade e pratica o combate a corrupção, o que é uma mentira. A corrupção continua se tornando pública apenas quando os órgãos responsáveis, via de regra o Ministério Público, o fazem e isso é divulgado na imprensa. Nunca vi o Lula ou a Dilma, ou quem quer que seja, vir a público e dizer que está afastando, exonerando, ou seja o que for, qualquer agente público corrupto  antes do caso tornar-se público pela imprensa.

  20. Definitivamente, Tem Dia que é Noite

    Sinto-me em plena guerra civil espanhola ouvindo anarquistas questionarem  a necessidade de haver comando na condução das tropas. Sr. Fornazalieri, será que vence-los pela quarta vez, nas circunstâncias em que se deu a vitória, dado o inimigo deter o poder absoluto na mídia e na justiça e na sequência querer dar o golpe paraguayo da hora, em ritmo de desespero e na base do custe o que custar, não significa nada, de nada valeu o “empreendimento”, de nada valeu a “malandragem” de desaloja-los do poder e mante-los a distância pelo quarto mandato consecutivo, governando e transformando o Brasil e utilizando para isso exatamente as armas que eles criaram para perpetuarem-se no poder? Tenha a santa paciência, lembre-se que não interessa quem é o gato desde que cace os ratos e aproveita para fazer sua autocrítica através de 100 genuflexórias à frente da casa do Dirceu e mais 100 à frente da casa do Genoíno, em Brasília, pois eles merecem pelo sacrificio e a inapropriedade da discussão em plena batalha ou será que a questão de fundo seria a “ética da Venina” contra a “prevaricação da Graça”, no caso Petrobrax? Definitavamente, tem dia que é noite.       

    1. A DINÂMICA DA EVOLUÇÃO EXIGE ARMAS MODERNAS

      Tenho que concordar, em que pese parecer contraditório, com o texto em questão e os seus comentários Sr. Francisco. O texto por alertar (assim como as urnas) que a metodologia aplicada até o momento, chegou ao seu limite. Precisamos voltar a rediscutir o partido sim, há muitos iluminados que não querem dividir o espaço da luz, fazer autocritica é tira-los da  “zona de conforto”.

  21. Crítica e auto-crítica
    É evidente que critica e autocrítica nos ajudam a corrigir nossos erros. Mas não podemos ser ingênuos e deixar passar em branco toda a desinformação e manipulação da mídia parcial e monopolista. Também a condenação à morte de um alto dirigente chinês pode significar eliminação de adversários dentro do próprio partido e a história é cheia desses exemplos,

  22. Realidade

    Esta lição vale também para os blogs progressistas:

    “Muitos militantes do PT, no alto de sua arrogância, e mesmo se considerando portadores da verdade e sábios da política, deveriam estudar Lênin.”

    “A primeira rota de fuga consiste na sustentação da tese de que todas as acusações não passam de uma conspiração comandada pela grande mídia – o chamado Partido da Imprensa Golpista (PIG).” 

    “Na verdade, o que falta ao PT como um todo e nos neopetistas em particular é o exercício da crítica e da autocrítica”

  23. O autor convocou o Lênin para validar as tramóias do PiG?

    Nem com o histórico poder de convencimento de nosso ilustre camarada vamos engolir as mentiras de revista veja, globo e quetais…

     

  24. O pragmatismo contaminou alguns petistas

    Parabéns aos paulistas por não reelegerem o Vacarezza.

    Apesar de ganhar o governo estadual, em Minas os novos quadros petistas são desanimadores (Reginaldo Lopes, Odair Cunha, Miguel Correa Jr, Gabriel Guimarães), são jovens já contaminados pelo DNA fisiológico. Salva mesmo os veteranos (Patrus, Rogério Correia), vamos ver como o Pimentel conseguirá equilibrar nessa corda.

    No Nordeste são conciliadores demais. No Norte/Centro-Oeste o PT se mantém atuante em poucos estados (AC, MS), avançou pouco (GO, RO), regrediu (AP, DF, PA) e nunca foi forte (MT, AM, TO, RR).

    O Rio Grande do Sul continua a oferecer bons quadros (Henrique Fontana, Paulo Pimenta, Pepe Vargas).

    Nos dois principais estados da federação (RJ e SP) o PT nacional precisa copiar a experiência bem sucedida de duas cidades que o partido governa (Hortolândia e Maricá).

     

  25. A terceira rota de fuga na

    A terceira rota de fuga na verdade são duas: primeiramente  convocar os aúlicos da degradação moral do PT a apresentar os fatos que sustentam suas perorações ou deixar o tempo passar de modo a esvaziar esses sacos de ar quente.

    Não tem semana que não surga uma nova denúncia contra o PT, como não tem semana que essas denúncias não se esvaziem, que não fiquem para trás.

  26. Excelente texto.

    Excelente texto. Tucanissimamente excelente! Igualzinho ao grande video produzido pelo Olivetto para a Folha de São Paulo: HÁ MUITA FORMAS DE SE CONTAR UMA MENTIRA, MESMO SÓ SE DIZENDO A VERDADE!

    Tudo que o rapaz fala… é quase verdade! Quase. Só esqueceu de dizer que que não há nenhuma comprovação de corrupção, exceto pelo “domínio do fato” e outros ajeitamentos como o de um cara corromper-se a si mesmo. 

    A era do cinismo!

    1. Não há comprovação de corrupção?

      Hahahahahaha, que piada. Você vive em outro mundo. Ou então estava em coma nos últimos meses. Tem diretor da Petrobras confessando os crimes que cometeu (a confissão é a maior de todas a provas), delatando, denunciando todo mundo envolvido e outros empregados fazendo o mesmo, todos eles, além da confissão, indicando provas e mais provas, como o compromisso de devolver a propina e o dinheiro da corrupção, que não deu em árvores e não brotou espontaneamente na Suíça. Fora isso, algumas das empresas confirmam  tudo e dizem apenas que eram “obrigadas” a aceitar a corrupção, se não quisessem perder os contratos. 

  27. O artigo foi devidamente

    O artigo foi devidamente respondido, não porque o PT não mereça crítica, mas porque o “método” Fornazieri faz uso de desonestidade intelectual recheado de clichês.

    De minha parte só gostaria de lembrar que a esquerda não tem outra maneira de fazer a luta política que não inclua a sistemática denúncia do carater golpista da direita, a eterna UDN, vocalizada pelo pig, sim a grande imprena brasilera, que não perde jamais seu gosto pelo golpe. 

    Pode fazer auto-crítica a vontade, mas senão souber quem são e como atuam seus adversários, o PT será varrido do mapa, o que é o desejo confesso do Bornhausen e o inconfesso das famílias midiáticas

  28. Texto no mínimo tendencioso e

    Texto no mínimo tendencioso e de má fé. Que o PT e seu governo tem problemas não é novidade, tampouco é novidade que, para desmerecer o partido, tudo é valido, inclusive a desonestidade intelectual. O que queremos é apenas isonomia no tratamento de todos os partidos, seja para elogiar ou denunciar. Se fosse honesto o autor do texto teria feito a ressalva de que o PT é alvo favorito da imprensa golpista, com ou sem provas.

  29. é..

    a cultura brasileira, no geral, não é de crítica, nem de autocrítica. e vejo que a autocrítica está ligada, entre outras coisas, á memória. ainda mais em política, quando tratamos de acontecimentos dinâmicos. o resgate da memória, necessariamente, pede uma visão crítica. senão é simples estagnação, ou até repetição do passado, do bom sem avançar, e dos erros que costumam aumentar. acho o trabalho de militância no Brasil esquecido do passado, até mais recente. 

    1. Fornazieri x Sader

      O que está em jogo não é discutir os avanços conquistados por Lula e Dilma, indiscútiveis para um governo social-democrata e inéditas em 500 anos de história, mas sim o destino do partido. Outra coisa, não foi a direita que cresceu, foi a esquerda – e o PT – que encolheu, justamente por perder a aura de honestidade ao coligar-se a deus e o diabo para “garantir a governabilidade”. Por final, o “estoque” de quadros autênticos está se esgotando e, tristemente, se vê petistas cristãos-novos se regojizando com a provável candidatura de Lula para 2018. É muito pouco para um partido que nasceu e cresceu no meio operário! Reproduzo abaixo uma frase do texto do Fornazieri que considero muito elucidativa:

      “A crítica e a autocrítica eram entendidas por Lênin como dois momentos de um mesmo método. A crítica é necessária para que o partido seja uma organização capaz de compreender a realidade e, ao mesmo tempo, uma organização de combate. A autocrítica evita a derrota pelo erro, a presunção, o dogmatismo e a própria corrupção do partido”.

  30. Comentar o artigo em questão

    ENTRE OS INTELECTUAIS E OS APAIXONADOS

    Entre os intelectuais e os apaixonados, há sempre um campo fertil para polemicas e muita confusão. É claro que isso prejudica o verdadeiro debate. O que de fato esta em questão.  Porém de forma simplória indaga-se: o PT, atualmente não tem problemas de gestão partidária? Não há grupos internos que advogam em causa própria , em detrimento do todo? O PT, esta de fato e adequadamente enfrentando suas quetões, fazendo crítica e autocritica sobre seus problemas internos e de governo? Todo partido que assume o poder, afinal, sofre ou não sofre o desgaste do mandato? Responder apenas a isso, creio que  já seria um grande passo para quem quer se resolver. E nesse contesto, creio que o autor deu verdadeira contribuição para a reflexão política governamental e partidária. Parece que provocar o debate é papel de todos, em especial dos intelectuias e lembremos que não há ninguém com a mesma medida. Nem todos são contaminados, há quem tenha um mínimo de isenção. Sera que o baixo nivel moral da sociedade contemporânea e a falta de amor próprio e ao próximo deu tanta força a teoria da conspiração que tudo precisa se tornar guerra e baixaria. Penso que a provocação é sempre bem vinda doa há quem doer. Sinto verdadeiramente pelo debate político ser vítima de tamanho esvaziamento, reduzido á ofensas pessoais, que beira ao reacionarismo pedante. Que tal enfrentarmos a parte que nos toca abertamente, tal como os grandes personagens morais da história da humanidade. Vida longa ao papa FRANCISCO.      

  31. O sociólogo levantou Lenin e

    O sociólogo levantou Lenin e seu método, só que não considerou que na soviética república de Lenin, não havia partidos burgueses, aliás, não havia mais do que um único partido, e, isso é si mesmo justifica o método de crítica e autocrítica, que naqueles termos poderia representar um fracionamento dentro desse partido/estado “equivalente” a um ambiente democrático multipartidário vivido por nós. Ou seja, essa forma de crítica já é contundentemente efetuada pela oposição burguesa representante dos meis de produção e comunicação corporativos capitalistas, daí, o aparente recuo estratégico do governo Dilma que pretende, assim como Lenin pretendeu, dar um passo atrás para avançar dois á frente. 

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