Lewandowski e a relação mídia e Judiciário

Palestrante da abertura do Seminário “Democracia Digital e Judiciário” – promovido pelo Jornal GGN com apoio do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) – o Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, considera que “a relação com a mídia tornou-se muito negativa”. “Precisamos de um movimento de proteção dos magistrados, inclusive de sua segurança pessoal, para que possam exercer com liberdade seus julgamentos”, disse ele.

Na votação da AP 470 – o “mensalão” – Lewandowski divergiu em não mais do que 10% das penas aplicadas. Foi alvo de linchamento midiático, que se propagou pelas redes sociais e resultou em ameaças físicas em aeroportos e outros locais públicos.

Hoje em dia, sua postura no julgamento tornou-se referencial para grande parte do Judiciário, em contraposição ao exibicionismo midiático de vários de seus pares.

***

Para Lewandowski, o século 19 pertenceu ao poder legislativo. O século 20, do Executivo. Agora, chegou-se ao século do Judiciário, o da luta pelos direitos gerais, seja através da ação política ou da Justiça. Daí a importância do poder judiciário na concretização desses direitos do homem.

“No Brasil, tenho a convicção de que esse protagonismo maior do poder judiciário, para o bem ou para o mal, veio para ficar. É algo definitivo”, disse ele.

“Além de extenso rol de direitos fundamentais, nossa Carta Magna enuncia uma série de princípios básicos, fundamentais, sobre os quais a própria constituição se assenta”, explicou.

São os pilares, as estruturas, os princípios que consubstanciam conceitos jurídicos indeterminados e podem ser interpretados com certa amplitude.

***

Aquele que interpreta a constituição busca dar concreção aos princípios fundamentais, ao republicano, ao democrático, ao federativo, da isonomia, da razoabilidade, da proporcionalidade, da eficiência. E ao valor mais importante que é o da dignidade da pessoa humana.

Ampliou-se em muito o poder do judiciário mas também a sua visibilidade, depois que passou a atuar em áreas antes restritas aos demais poderes.

 “Quando o Judiciário se equilibra nessa tênue linha que separa a atividade técnico-jurídica da política propriamente dita, ele de forma fatal, inexorável se vê arrastado para o âmago do turbilhão das paixões populares”, explicou. 

“Isso se viu com todo impacto e contundência no julgamento altamente midiatizado  da AP 470” . Segundo Lewandowski, o julgamento ainda será objeto de profunda meditação e exame por parte dos especialistas nas mais diversas matérias, pois “como foi identificado por um colega nosso, na sabatina que passou no Senado, foi um ponto fora da curva”.

Para ele, muito mais do que em outros julgamentos ficou muito claro o papel da mídia alternativa em comparação à mídia tradicional, sobretudo na identificação dos aspectos heterodoxos desse julgamento”.

Lewandowski está convencido de que a mídia alternativa pode ser hoje uma espécie de quinto poder, fazendo contraponto cada vez maior ao quarto poder. E pode também configurar os demais poderes tradicionais, esclarecendo melhor a opinião pública.

Luis Nassif

48 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. O protagonismo do judiciário

    O protagonismo do judiciário é um grande risco para a democracia a meu ver, justamente por extrapolar a atividade técnico-jurídica.  Quando isso acontece, a constituição deixa de ser referência, justamente por quem deveria zelar por seus princípios.

    O julgamento da AP 470 foi uma vergonha, uma afronta a constituição. A relação judiciário x midia será sempre de promiscuidade.

    1. Concordo

      E o grande perigo disso é que os dois, judiciário e mídia, são os únicos que não são fiscalizados, investigados e julgados por ninguém que não sejam eles mesmos. 

       

  2. Danos causados à Justiça

    O comportamento do STF, salvo honrosas exceções, como por exemplo do excelente Lewandowski causa preocupação.

    Posso citar: o voluntarismo, o justicialismo, o estrelismo, o messianismo, a ânsia de punir por punir, quase que de maneira vingativa além da transformação da Justiça em palco político. A Justiça, afinal não se faz com estrelas solitárias, mas com procedimentos, práticas que garantam que todos sejam julgados da mesma forma, independentemente de orientação política, grau de riqueza, origem etc. Nesse sentido me preocupam os agrupamentos e fatiamentos de processos de acordo com conveniências políticas. Assim como a escolha “a dedo” de juntas médicas para obter laudos “sob medida”, as decisões a toque de caixa só “para mostrar serviço”. Morosidade/chicana é quando um presidente de tribunal adia para além do fim de semana um voto que poderia ser dado em 10 minutos. Só que quando ele quer “mostrar serviço” e interessa, as decisões são tomadas às pressas, erradamente, atabalhoadamente  sem os devidos cuidados e com custos elevados para a União e para a Justiça. Para criar um evento midiático, atropela-se e desmoraliza-se a Justiça.

    Não sei se percebem o que quero denunciar: é a manipulação da Justiça. Se tivermos a percepção que a Justiça é alvo de manipulação, perdermos a confiança nela e aí sim temos a desmoralização da Justiça. O estrago causado pelos “justiceiros” se estende além de sua permanência nos tribunais. Os justiceiros felizmente têm duração limitada. Os danos que causam à Justiça não.
     

  3. A mãe de todas as reformas

    A mãe de todas as reformas nao é a política, é a judiciária. Com uma justiça célere, que RESOLVA ao invés de protelar, sem a sindrome de impunidade que assola nosso país, a sociedade como um todo melhoraria.

    Ou você acha que uma tele trataria mal seus usuários se qualquer reclamação na justiça fosse resolvida em um dia?

    Ou que um banco não faria tudo para atender melhor se realmente fosse penalizado por maus práticas?

    E os servidores públicos então, prevaricariam?

  4. Não à Judicialização da política

    Apesar de admirar o comportamento sério e corajoso do ministro no transcurso do julgamento da Ação Penal 470, discordo frontalmente da idéia de judicialização da política. O nosso país necessita urgentemente de uma reforma política e de um aprofundamento da democracia.

                                                                                                                         Silvio L. Morais

  5. São preocupantes as

    São preocupantes as afirmações do ministro Lewandowski; 

    “No Brasil, tenho a convicção de que esse protagonismo maior do poder judiciário, para o bem ou para o mal, veio para ficar. É algo definitivo”, 

    ” o século 19 pertenceu ao poder legislativo. O século 20, do Executivo. Agora, chegou-se ao século do Judiciário, o da luta pelos direitos gerais, seja através da ação política ou da Justiça. Daí a importância do poder judiciário na concretização desses direitos do homem.”

    Esse protagonismo maior do judiciário é o que se chama de judicialização e ativismo judicial.

    Preocupante pois desloca para o judiciário funções inerentes do poder legislativo, o de formular leis para regular o que se passa na sociedade, e do poder executivo, o de realizar políticas que atendam aos anseios do povo. O poder judiciário existe para dirimir conflitos e não para estabelecer leis ou políticas.

    Preocupante pois sem ser um poder eleito diretamente pelo povo teoricamente sofre mais influência de pressões, e o próprio ministro tangencia essa condição quando afirma:

     “a relação com a mídia tornou-se muito negativa”. “Precisamos de um movimento de proteção dos magistrados, inclusive de sua segurança pessoal, para que possam exercer com liberdade seus julgamentos”

    A judicialização e o ativismo judicial promove a transferência de poder das instâncias tradicionais, que são o Executivo e o Legislativo, para juízes e tribunais, e fere o primeiro artigo da Constituição Brasileira, em seu Parágrafo Único, que diz: 

    “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”

    A falta de participação e controle da população nos destinos do país cria a abertura  para essas experiências de arranjos participativos e isto irá causar profundas perturbações no modo como as decisões são tradicionalmente tomadas no Brasil.

    A judicialização e o ativismo do judiciário, ao contrário do prometido pelos seus defensores, favorece o centralismo e o clientelismo e  aumentará a tensão entre os poderes pela disputa dos espaços que deveriam ser do cidadão, como ente originário dos processos decisórios.

    Trata – se de um desequilíbrio das nossas instituições e isso ocorre sempre que um ou outro poder passa a defender interesses, cada vez mais, específicos e setoriais perdendo as suas características originárias de entidades representativas do interesse público, daí a queda de braço insana entre os poderes, e mesmo dentro de cada um deles.

    O avanço da nossa democracia não se dará sem a quebra do padrão original da nossa formação e isso só será possível com o renascimento da nossa cidadania e com as reformas estruturais urgentes e necessárias, e não será o ativismo judicial e a judicialização da sociedade.

    Setores do mundo acadêmico defendem e explicam a judicialização e o ativismo judicial. Quem tiver interesse, segue o excelente artigo:   http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1808-24322008000200003&script=sci_arttext
     

     

    1. “No Brasil, tenho a convicção

      “No Brasil, tenho a convicção de que esse protagonismo maior do poder judiciário, para o bem ou para o mal, veio para ficar. É algo definitivo”, 

      ” o século 19 pertenceu ao poder legislativo. O século 20, do Executivo. Agora, chegou-se ao século do Judiciário, o da luta pelos direitos gerais, seja através da ação política ou da Justiça. Daí a importância do poder judiciário na concretização desses direitos do homem.”

       

      Concordo com vc, Assis. Muito preocupante, mesmo; sobretudo, vindo da única voz sensata da Corte. É, claro que, com relação ao receptor, cada um decodifica as mensagens em função de seus próprios valores, anseios e/ou percepções, portanto, o texto em destaque pode significar tanto uma simples constatação do momento quanto um alerta. Mas o inverso tb é verdadeiro e, dependendo de quem emite a mensagem, o peso do conteúdo ganha contornos distintos. A mesma declaração vinda de MAM ou GM, soaria como simples provocação; vinda de JB, campanha política; de Fux… Bem… aí é Fux… não conta…

      O problema é que vinda do Ministro Ricardo Lewandowski, não dá para desconsiderarmos; o que significa, a meu ver, que temos um problemão… O protagonismo numa democracia, deveria ser da sociedade, através de seus representantes ELEITOS e, até onde eu me lembre não elegi nenhum membro do Poder Judiciário de instância nenhuma para me representar.

      A defesa do Estado Democrático, pressupõe a defesa, inclusive, da independência do Poder Judiciário e, foi nesse sentido que os próprios réus da AP 470, orientaram a militância a debater posicionamentos mas não atacar a Instituição, na medida em que não há que se falar em democracia sem judiciário ou com um judiciário inoperante.

      Até aqui, normal… mas, caso haja a possibilidade do protagonismo de um dos Poderes, ou seja, a quebra do pacto de harmonia e independência, entre os três, seguramente, não será o judiciário que assumirá o protagonismo político a menos que se aceite como natural a exclusão da sociedade do processo político.

      Mais uma vez, faço minhas as palavras do professor Adriano Pilatti, no Ato em defesa de José Dirceu, promovido pela CUT/RJ, no auditório da ABI. ” Eu nasci e fui criado numa ditadura e não vou morrer em outra.” Eu tb não vou e não quero isso para minhas filhas. Portanto, na luta pelo Estado de Direito, defenderei os três poderes mas caso um deles, seja destacado para ofuscar os demais, o judiciário será o último a contar com o meu fuzil.

      A boa notícia é que, pelo menos, o próximo comandante do exército adversário não é um louco furioso como o atual que, a cada dia, vai ficando mais evidente, foi destacado, APENAS para comandar a “invasão” . A ocupação, portanto ficará a cargo de um comando de perfil mais colonizador do que explorador. É… e essa é a “boa” notícia… Pelo jeito, nossas lideranças não são presos políticos e sim, prisioneiros de guerra.

      Eu não sei mais o que pensar.

       

       

       

  6. Século do judiciário não é século da democracia

    Se este é o século do judiciário. Não é o século da democracia.

    É o único poder que não elegemos, que é exercido por “técnicos”, detentores de um saber específico e vedado aos que não passaram por uma formação acadêmica numa área determinada e com linguagem própria e hermética.

    O que mais me assusta no no poder judiciário é que ele se faz de apolítico, de impessoal e assume ares absolutos. Nenhum outro poder se confunde com um conceito que todos temos como positivo. Somos julgados, não por este ou aquele juiz, mas pela “justiça”, que deve sempre ser cumprida, nunca questionada. O povo pode até, por meio de seus representantes eleitos, escrever a lei e as constituições. Mas jamais saberá ler o que ele mesmo, o povo, escreveu. A constituição, afinal “é o que o supremo diz que é”. Se em algum momento, o judiciário se diz imperfeito, falível, humano, reserva a si mesmo o direito de “errar por último”. 

    Será este um século elitista ao estremo, em que uma corporação de especialistas governa servindo aos interesses dos donos do dinheiro e da mídia? Não sei como podemos nos contrapor a isso, mas creio que a emergência desse “quinto poder” seja nossa esperança de equilibrar melhor os pratos da balança.

  7. Não ao Poder Judiciário

    QUE VENHA O PODER CURADOR – Século 19 do Legislativo, o 20 do Excecutivo, o 21 do Judiciario. Espero que a próxima ênfase seja na cura das pessoas e não no castigo. Que o próximo ciclo seja o do abolicionismo penal e a substituição do Poder Judiciário, de viagiar e punir, pelo Curador, de salvar, curar. Quando esse tempo chegar, os indivíduos serão acompanhados desde o início de suas vidas no sentido de se sentirem aptos e amparados em seus projetos de vida sem que corram o risco de, ao invés de continuarem contribuindo com sua criatividade, serem jogados numa masmorra como agora vemos no caso de um julgamento de exceção do começo ao fim e, no fim, entram os médicos para sacramentar a truculência de um Poder Judiciário encarnado por um louco ensandecido que perdeu o juizo em sua busca a qualquer custo de ascensão social e foi isso o que aconteceu: Um ministro, no caso Barbosa, era um ser moribundo, só vivia de licença até o dia em que viu na AP 470 uma oportunidade de ascenção social, foi quando suspendeu sua licença médica a qual ainda lhe dava o direito de ficar 60 dias em casa, quer dizer, de bar em bar. 

    ( Um momento, vou ali, depois volto para continuar)

    08:31- Voltei.

    FECHEM MINHA BOCA QUANDO EU MORRER – Eu sei que os sonhos não dizem respeito ao outro mas tão somente à gente mesmo, às vezes tem a ver com outros, pois que os sonhos são revelações, melhor então que usemos a palavra “revelação’ no lugar de sonho, essa palavra “son=o”, ops,”sonho” é tão distante que devemos refutá-la. 

    As revelações de sonhos dizem respeito a nós mesmos. E nesta noite tive a seguinte revelação: Um ator havia morrido. Ele estava morto e depositado na urna, funerária. Com um detalhe: A boca dele estava aberta. Foi quando vi que, ao morrer, queria ter respirado mais e mais, buscou ar vida mas morreu.Pensando bem, não era ar mas falar que ele queria. Por isso morreu assim. Eu deveria realizar uma performance na praça central, dentro da urna, morto com a boca aberta. Ao menos desenhar, por um modelo vivo morto para retratar a revelação desta noite.

    …..

    Esqueci de dizer que, até então vivenciei os momentos “visionário” e “forma’. Agora começo o momento conhecimento. Um momento. Agora são 8:38.

    Do laudo emitido pelos médicos da Câmara dos Deputados

    http://www.jornalggn.com.br/blog/iv-avatar/do-laudo-emitido-pelos-medicos-da-camara-dos-deputados

     

  8. Helenice

    Sempre fico intrigada quando se transfere a responsabilidade pelos desacertos cometidos durante o “julgamento” da AP 470 para a mídia. Todos sabem que essa mídia é manipuladora, perseguidora, mesmo, que está sempre tentando distorcer a realidade a favor dos interesses da elite. Como disse o Rodrigo Viana, “Não podemos ser ingênuos. Nada entra numa rede de rádio e televisão que o dono não queira. O jornalista não tem liberdade de fazer nem uma vírgula que o dono da televisão ou rádio não queira”. 

    O maior problema é que, nesse caso particular, praticamente apenas ele, Lewandowiiski, tentou manter a independência. Se ele pôde fazer isso, por que os outros não? Só por que é mais cômodo dizer “amém” ao poder midiático? E onde fica a ética desses senhores e dessas senhoras? Eles não estão lá para cumprir  a bendita constituição? E se não fazem isso, nada lhes acontece? Se este século vai de fato ser “regido” por esse poder, então voltamos ao absolutismo. Estamos agora subjugados do nível de vaidade e ambição dos senhores ministros do stf. Para que, então, votamos?

  9. Segundo o Barão de Bismarck,

    Segundo o Barão de Bismarck, “se o povo soubesse como são feitas as leis e as salsichas, não dormiria tranquilo”. Parafraseando esse político alemão, o povo não dormiria tranquilo se soubesse como são tomadas as decisões do PTSF (Partido do STF). Uma coisa sãos as cenas mostradas na TV (in)Justiça. Outra coisa são as conversas travadas atrás das câmaras e microfones, em seus gabinetes e as combinações para inocentar fulano e condenar beltrano.

  10. Mídia alternativa, ou 5º poder.

    Apesar da crença e do estímulo(inconfessado) do Ministro Lewandowski, nas redes sociais, a quem ele denomina de 5º poder, as redes sociais, ainda não descobriram o seu real “poder” de contrapor-se à mídia tradicional, neste caso, representado pela grande mídia, ainda dominada pela direita e a serviço da mesma direita e das elites conservadoras,e estão a kms de distancia, de “peitar” os Barões da mídia, e seus tentáculos, mesmo que já gozem de respeito(e de torcida) até de certa parte do Judiciário.

    Chamar as redes sociais de 5º poder, ainda é uma aleivosia,  e até uma certa utopia, más caminhamos para a descoberta desta nossa fôrça oculta. 

  11. AP 470

    Com relação à mídia, faço uma pergunta:

    Existe seriedade naquele individuo que questiona a AP470?  

    O consciente coletivo, dirigido pela mídia, entende que não.  O que é apresentado a eles sistematicamente é a certeza que todos aqueles que tenham um entendimento diferente, desse consciente, faz parte da máfia ou é corrupto em potencial. A superficialidade com que os fatos são apresentados e tendenciosamente comentados leva esse coletivo a um discurso, para eles, inquestionável.  Quando você apresenta uma variação dessa “verdade”, imposta, ele rapidamente enxerga nesse individuo a personificação do mal, do conivente, aquele que defende o errado. Para Émile Durkheim a consciência coletiva é fruto de contribuições individuais, que juntas, formam o todo, assim, podemos entender a atuação da grande mídia que com sua capacidade de atingir milhões de indivíduos forma o “seu” todo que é disseminado e a ele, individuo, é imposta a parte que está no todo, o que é diferente de estar no todo por estar nas partes, fato que deixa evidente a manipulação dessa consciência coletiva.

  12. O século do Judiciário

    Admirei a coragem cívica de Lewandowski no julgamento da AP470. Porém se o séc. XXI vai ser o séc. do Judiciário, começamos muito mal. Quando serão investigados casos como o da ilegalidade cometida por Barbosa, na compra do ap. no exterior? Ou a promiscuidade de Gimar mendes co negócios imcompativais com o exercício de ministro do STF?

  13. Mídia alternativa

    Gosto da “mídia alternativa”. Leio também a mídia tradicional, como contraponto.

    Infelizmente acredito que mídia alternativa permanece assim enquanto não tiver a audiência da mídia tradicional. Por isto relaciono mídia alternativa a mídia independente. Ainda assim, desconfio de excesso de propaganda governamental em algumas mídias alternativas. Para estes casos, não vejo um poder independente versus um poder da mídia tradicional vinculada a uma corrente partidária. Vejo sim governo versus oposição.

    Ou seja, é cada vez mais complicado se informar de forma isenta.

     

  14. E estão fazendo o que com o Joaquim Barbosa?

    Ok, a grande mídia pegou no pé do Lewandowski. Mas e o assassinato da reputação de Joaquim Barbosa cometido pela pequena (mas numerosa e bem financiada) mídia? Gostaria que o Nassif respondesse por que ele acha injustas as críticas a Lewandowski e justa as pesadíssimas (descambando para o racismo, aliás) críticas a Barbosa.

    1. Danilo, não dá para explicar nada…

      …a quem reclama da “pequena (mas numerosa e bem financiada) mídia” e omite a grande (mas oligopolizada e muito mais financiada) mídia.

      … a quem não sabe o que é contraponto.

    2. E estão fazendo o que com o Joaquim Barbosa?

      A resposta à sua indagação é muito simples:

      O Lewandowski agiu o tempo todo em conformidade com o que se coaduna com um Magistrado.

      O Joaquim Barbosa agiu o tempo todo em conformidade com o que se coaduna com um justiceiro.

      O primeiro tem suas ações pautadas pelo humanismo, pela justiça e pela equidade.

      O segundo tem suas ações pautadas pela arrogância, pelo açodamento e pela vingança.

      Simples, assim! 

    3. Prezado
      qualquer crítica com

      Prezado

      qualquer crítica com conotação racial deve ser denunciada através do botão existente. Não conseguimos conferir todos os comentários e contamos com a ajuda de vocês.

    4. E estão fazendo o que com o JB…

      Menos, muito menos do que ele fez aos réus da AP-470. Induziu os demais ministros ao erro ao esconder documentos que mudaria o curso do processo; Deliberadamente, informou na acusação a data da morte do Deputado Federal José Carlos Martinez, como tendo ocorrido em dezembro de 2003; Martinez, na verdade morreu em outubro de 2003. Entre outubro e dezembro – por iniciativa do governo Lula – as penas que puniam corrupção foram agravadas. A maldade foi tanta, que o Barbosa questionado pelo Marco Aurélio Mello, confirmou – de modo brusco, a data que ele tinha inventado. É verdade que os outros ministros, ou mesmo seus assessores, poderiam ter evitado essa patranha com uma simples consulta ao Google. Quanto ao crime de racismo, é invenção sua: Faltam exemplos, e os demais comentaristas do blog não teriam sido coniventes.

  15. Várias coisas são intrigantes

    Várias coisas são intrigantes nesse imbroglio da AP470. Uma, que não quer calar : por que, afinal, o ministro Lewandowski condenou o Pizzolato, se o dinheiro não era público ? Quem teve paciência para acompanhar as votações, pode esclarecer isso ?

    1. Levandovsky caiu na conversa

      Levandovsky caiu na conversa do Barbosa.

      A questão de discordância entre ele e os demais foi na aplicação ou não da Teoria do Dominio do Fato. 

    2. Várias coisas são intrigantes…

       É perfeito o seu questionamento. O Ministro Lewandowski, é o relator do Inquérito 2474, onde o Prevaricador Geral da República (Gurgel), e o Relator da AP 470 (Barbosa), desovaram os documentos que derrubaria as acusações de peculato, formação de quadrilha, e etc. – que foram assacadas contra os réus. Será que ele (ou seus assessores) não leu ainda os documentos que foram escondidos dos advogados dos condenados? É uma pergunta a ser feita ao Ministro numa próxima entrevista.

    3. Nira, eu fiz um comentário

      Nira, eu fiz um comentário sobre isso mas não sei mais onde anda, vou tentar achar e posto, aqui. De qq forma, até agora, já tô com 3 possibilidades. Inicialmente, imaginei que tivesse sido por conta daquele atropelo do AB que acabou colocando a AP em pauta mesmo sem o revisor estar com o voto pronto. Como era o capítulo mais complicado da AP, teria ficado de fora do pente fino.  Depois, achei que era pq Pizzolato, ao contrário dos demais réus do núcleo político, “falava” demais. E agora, acho que é pq representava os interesses de DD na Previ e deixaram ele ” apagado” na AP… Até o final do julgamento da AP inteira, ainda devo mudar de opinião mais umas 30 vezes…

       

  16. Que bom que os tempos são outros!

    Que mais pontos fora da curva ocorram, e o marasmo e impunidade caracterísicos do período anterior façam parte do passado!

  17. São a bola da vez

    O país está cansado de Juizes imorais, como Eros Grau que sai do STF para defender o Banco do Brasil, ou Ellen Grace que entrou no conselho da EBX par trazer credibilidade para aquele roubo. 

    O Brasil sabe que nossos juizes são imorais e corruptos, se juizes do STF tem esse modus operandis, imagine os demais … 

    O proprio Lewandowsky que brigou tanto para deixar livres os mensaleiros, negou o habeas corpus para um homem que roubou um pacote de arroz … 

    São a bola da vez sim … a pressão popular vai derrubar esses bandidos … 

  18. Disse Lewandowiski que “a

    Disse Lewandowiski que “a relação com a mídia tornou-se muito negativa”. “Precisamos de um movimento de proteção dos magistrados, inclusive de sua segurança pessoal, para que possam exercer com liberdade seus julgamentos”.

     

    As palavras de Lewandowiski correspondem aos fatos. Pessoalmente acredito que o Judiciário perderá muito em razão de se tornar apenas mais um palco na sociedade do espetáculo. 

     

    O campo judiciário é ou deve ser pautado por racionalidade e falta de pressa (na administração dos conflitos), cuidado (na apreciação das provas), isenção (na aplicação da Lei) e sobriedade pública (para preservar a dignidade da atividade judiciárias). O campo jornalístico/televisivo/midiático está no extremo oposto da atividade judiciária, pois exige dos jogadores rapidez e pressa (na descoberta e apuração do fato noticioso), audácia (na apresenção do furo jornalístico), parcialidade (na escolha do que noticiar, como noticiar e com que finalidade o fazer) e informalidade socio-cultural (para que o jornalista possa trafegar entre os diversos campos de ação humana em busca de sua matéria prima).  

     

    No campo jornalítico uma injustiça cometida hoje pode ser desfeita na edição de amanhã e reparada economicamente. No campo judiciário a injustiça praticada para agradar ao público destroe reputações, familias, carreiras, vidas e provoca danos que não podem ser sequer mensurados economicamente. Não só isto.

     

    Ao se submeter a lógica do espetáculo desprezando as peculiaridades de sua atividade, o campo judiciário não só praticará injustiças como colaborará para o aumento da sensação geral de injustiça, com graves danos para a estabilidade do Estado e para a convivência pacífica em sociedade.O Poder Judiciário se transformar num judiciário do espetáculo é a pior coisa que pode existir para uma comunidade política organizada de maneira a administrar os inevitáveis conflitos decorrentes da vida em sociedade.

     

    Lewandowiski acertou no diagnóstico, mas poderia ter sido mais didático. Poderia descer às minúcias, inclusive para que possamos saber se ele, que será o presidente do STF em breve, pretende frear ou ampliar a espetacularização do processo. 

     

  19. O missivista acima ,  

    O missivista acima ,    esqueceu de mencionar se  o arroz era  comum ou integral. As penas  variam de acordo com a qualidade.

    Quanto a Joachym,o rigor  da pena  não conhece pau pela  casca,como  bom promotor  público o dedo    em constante   ereção(epa!),não diferencia inocente de culpado, suspeito  de condenado, como bala perdida   atinge indiscriminadamente quem  estiver na sua trajetória…

  20. Protagonismo que pode ser positivo

    O atual protagonismo do Judiciário pode ser positivo se, no calor dos debates, for acompanhado de medidas legislativas ou públicas que, de uma vez por todas, torne a Justiça do Brasil mais celere, sem a lerdeza que a acompanha há décadas, Na era da informática, me causa espanto ver tanto ritualismo anacrônico (aquelas capas pretas do STF) e tanto proselitismo nos textos oficiais, bem como o encaminhamento de soluções. Em uma mesma cidade (Brasilia), o ministro Barbosa demorou 48 horas para transmitir os documentários necessários ao juiz que cuidou das detenções de Dirceu e outros. Aquela pilha de processos que aparece atrás dos ministros do STF fala bem da lerdeza e da burocracia em nosso Judiciário, pródigo em recursos geralmente acessíveis aos que têm mais dinheiro. E não vejo em figuras midiáticas como Lewandoski, Barbosa e outros, bem como na própria imprensa, o menor empenho em criar ou apontar medidas que agilizem a nossa Justiça. Mas eles, os ministos do STF que reclamam de muito trabalho, têm tempo para acumular cargos (Barbosa preside o C NJ; Marco AUrélio o STE). ALiás, nunca entendi esse acumulo de cargos. As horas que Aurélio cuida de questões eleitorais, as ações no STF se acumulam. Mas a mídia nada fala a respeito.  

  21. como salta aos olhos que ministros são instrumentos políticos…

    atualmente tudo passa muito longe da judicialização defendida e aceita por muitos

     

    se já fazem tanta merda legitimamente, quando provocados, imaginem com a plena liberdade de intervenção e tendo a mídia partidária como bíblia e a convencê-los, como aconteceu no mentirão, da ineficiência e da imoralidade administrativa de parte do poder legislativo e, possivelmente, do executivo

     

    veremos…………………..

     

    se até concordaram que houve má utilização de recursos públicos onde não havia recursos públicos, imaginem o que podem aceitar quando a Globo partir pra cima da Dilma

     

    deixe o poder de escolha do povo em paz e vai cuidar das imperfeições do próprio judiciário, ministro

  22. uma coisa é alguém cuidar dos nossos direitos…

    outra coisa, completamente diferente, á alguém entrar numa de decidir o que devemos esperar, querer ou fazer com os nossos direitos………………….

     

    políticas públicas jamais dependeram da igualdade genuína, visto que grande parte do povão não conta com acesso fácil direto aos tribunais

     

     

  23. Sobre a judicialização da política e o poder político

    Lamento profundamente em não ter tido a oportunidade de participar dessa palestra, por motivos profissionais (o horário da palestra conflitou com a minha jornada de trabalho).Com a exposição do assunto feita pelo Nassif, passo a expor o meu comentário sobre o assunto.

    O ministro Lewanadowski goza da admiração de vários blogueiros, internautas e militantes não apenas porque enfrentou os mandos e desmandos do ministro Joaquim Barbosa, mas porque ele foi defensor ferrenho da Constituição, das Leis, do devido processo legal e da possibilidade de contraditório e ampla defesa dos réus, independente do partido político a que pertencessem.

    O que Lewandowski buscou fazer, sem olhar as legendas, foi proporcionar um julgamento justo, equilibrado, com foco nos autos e menos no “efeito manada”, promovido primeiramente por Gilmar Mendes e depois por Joaquim Barbosa em parceria com Luiz Fux.

    Não vou entrar na discussão da falta de documentos que poderiam mudar completamente o destino dos réus, como o Laudo 2828 e o Inquérito 2474, hoje sob relatoria do próprio Lewandowski.

    Concordo com ele quando diz que atualmente os ministros da Suprema Corte estão superexpostos, e que por este motivo precisam de medidas de segurança, seja institucional, seja pessoal.

    Porém, ao contrário do que diz o ministro, a exposição exagerada da Suprema Corte não se deu por meio de manifestações populares de apreço pelo Tribunal maior do nosso país, mas foi reverberado pela nossa velha mídia.

    No afã de colocar a população beneficiada pelas políticas promovidas pelo PT contra o PT, a velha mídia transformou figuras discretas e inexpressivas (a bem da verdade, antes do mensalão, ninguém dava bola para o STF) em celebridades.

    De repente, a “nação” acordou para o Judiciário e consequentemente para o Supremo Tribunal Federal. Não foi o país que acordou: a mídia é que estimulou esse “despertar” proposital para o lado direito da Praça dos Três Poderes, onde fica situado o Palácio da Corte.

    O exagero da mídia (não só a velha mídia, mas o uso midiático da TV Justiça) teve reflexo imediato em uma série de posicionamentos da própria corte.

    Embora o próprio STF já tenha dito que suas atribuições são taxativas (numerus clausula) e que não podem ser extendidas para além do que já está mencionado na CF/88, o fato é que a judicialização da política empurrou o STF para esse caminho.

    Judicialização da Política é quando determinados assuntos, discutidos na esfera política (Executivo e Legislativo) são transferidos para apreciação e decisão do poder judicial, cabendo a ele dar a palavra sobre a matéria.

    Nos 12 anos de governos do PT, foram vários assuntos que transitaram do campo político para o judicial. Me vem em mente a Constitucionalidade das Cotas, do PROUNI, do Aborto de Anencéfalos e dos Precatórios. Quem se lembrar de outros, por favor, me auxiliem!

    Claro que muitos temas foram pautados no STF por meio de dois caminhos: liminares de partidos da oposição, descontentes com decisões do governo do PT ou Ações do Ministério Público perante a Suprema Corte.

    Mas independente de quem tenha proposto a medida, o simples fato de se ter aberto esse canal de intervenção, fora do espectro político, mostra por si só que o Judiciário ganhou um protagonismo que, na minha humilde avaliação, cabe questionamentos.

    Como dito anteriormente, o STF disse que suas atribuições não podem extrapolar aquilo que a CF/88 diz. Mas ele acabou extrapolando, às vezes querendo, às vezes não.

    E aí não consigo citar exemplos, sem deixar de mencionar Fux (trancamento de pauta de apreciação dos vetos dos Royalties) e Gilmar Mendes (do PL que delimitava o número de partidos politicos), os “experts” nesse tipo de manobra. Isso sem falar na PEC dos TRFs, que gerou aquele crise toda com o Legislativo.

    O Supremo não só tem sido chamado a dar pitaco sobre os mais diversos assuntos judiciais e políticos, mas ele próprio tem interferido excessivamente na atribuição dos outros poderes.

    E é aí que mora o perigo, cuja fala de Lewandowski preocupa todos nós. Sim, o ativisimo judicial está aí e é uma realidade, mas essa interferência do poder togado é questionável, maléfico e perigoso!

    O Código de Processo Penal não penaliza o silêncio do réu, mas a história penaliza o silêncio dos magistrados e magistradas da Suprema Corte. A exceção de Lewandowski, os demais 10 ministros legitimaram a farsa da AP 470 e abriram uma “Caixa de Pandora”.

    Autocontenção, atribuições taxativas, CF/88, Leis, Códigos, nada disso adiantou: o Supremo ganhou um protagonismo promovido pela velha mídia que não lhe cabe e não lhe é direito.

    O Supremo bateu no mesmo liquidificador o ativismo judicial – que é a interpretação da Constituição e das Leis além do que está previsto na letra fria – e a judicialização da política, que nada mais é do que a transferência de assuntos discutidos na esfera política para a esfera judicial.

    Velha mídia, oposição, a esquerda oportunista, todos reivindicam esse ativismo do STF, mas não mensuraram suas consequências. Há saída, por exemplo, para os mandos e desmandos de Barbosa em relação aos réus? Não estou falando de gostar ou não do Genoíno, do Dirceu ou do Delúbio.

    Falo de Direitos Fundamentais, que estão sendo flagrantemente violados, em nome desse mesmo ativismo que hoje é comemorado sob efusivos aplausos de incautos e da classe média coxinha. E o Estado Democrático de Direito, construido a duras penas, está indo para o ralo…

    Para reduzir drasticamente esse ativismo judicial, vejo uma única e inexorável saída: política, política e mais política. É preciso o envolvimento da militância, da sociedade, da academia, dos movimentos sociais e outros para defender que a política, por mais falhas que existam, não pode ser demonizada, nem judicializada.

    Com todo respeito ao ministro Lewandowski, mas é preciso colocar um freio no STF, antes que a Corte colida frontalmente com a democracia, deixando vítimas fatais e escuridão no meio do caminho.

    1. Valeu, Edu! Desenhou para mim

      Valeu, Edu! Desenhou para mim e disse tudo o que eu queria dizer e não consegui.

      “Com todo respeito ao ministro Lewandowski, mas é preciso colocar um freio no STF, antes que a Corte colida frontalmente com a democracia, deixando vítimas fatais e escuridão no meio do caminho.”

      Aqui é que eu não sei como vai ficar. A maioria aqui do blog sabe que o Ministro RL, jamais jogaria a gente de volta no inferno mas, ele continuará sendo, apenas UM. Como presidente e com esse inquérito sob sua relatoria, vai virar alvo tanto da Mídia qto dos que apostam no conteúdo desse inquérito para desmontar a farsa da AP 470.

      1. Cris,
        Me lembro de você

        Cris,

        Me lembro de você dizendo que Lewandowski chutou a porta e escancarou parte dessa farsa chamada AP470. Ele, porém, estava (e ainda está) sozinho nessa luta. São 10 ministros se calando flagrantemente diante dessa história toda. Parece que o único que falou, ainda que por alto, sobre o caso foi o ministro Toffoli, mas comparar Toffoli e Lewandowski é como comparar um tijolo com uma casa construída: são grandezas completamente diferentes.

  24. Então danou-se nosso séc. XXI !

    Pois esse poder está corrompido há décadas! Tem uma vasta “famiglia” ocupando os principais postos.
    Sem chances de tirá-los de lá.
     

  25. O Judiciario precisa mudar

    Acho que o Ministro tem razão em dizer que este século dever ser o século do Judiciario, pelo menos este é o momento do judiciario no Brasil. Sendo assim, a responsabilidade de juizes é maior e o cuidado com a ordem juridica e com a Constituição Federal deve vir antes que qualquer vão interesse.

    Acho também que este deve ser o momento de repensarmos que judiciario queremos ter neste século XXI. O arcaico, que sempre funcionou e funciona em dois tempos. Ou um Judiciario que evolui junto com a sociedade e passa a tratar a coisa publica como de fato ela é: publica, de todos os cidadãos e não tão somente pertencendo a uma parte apenas da sociedade.

    Outra questão que muito se fala neste momento é: como os Ministros do STF, comprometidos com a Justiça, vão continuar atuando, sabendo que o julgamento da AP 470 foi manipulado por uma ala do STF e pelo ex- Procurador, que as sentenças são injustas e o cumprimento delas, se deu de forma absolutamente medieval !

    Saudações.

  26. A relação mídia judiciário

    A relação mídia judiciário escancarou de vez o nosso drama de perceber que tanto uma como o outro, no seu conjunto, desprezam a intelectualidade e a civilidade. Ambos estão prestando um péssimo serviço público. E criam além além do desassossego e desconfiança, a desesperança. Constratou demais o modo cordato, parcimonioso, próprio dos que procuram de forma comedida analisar e expor os fatos para depois formar juizo, com o modo groseiro, truculento, raivoso e intempestivo querendo – e conseguindo – no grito impor suas parcialidades. Não se importaram esses últimos, com o carater educativo e pedagógico de seus atos a influenciar jovens adovogados, alunos, população em geral e juízes. Para quem pretende uma nação mais civilizada foram e são, péssimos exemplos. Juízes como Lewandovski, Barroso e Teori ao que parece, percebem isso e agem para que a justiça mude pois, da forma como ela está hoje sendo percebida, todos perdem. Quer dizer, a bandalha, àquela percebida pela desembargadora Calmon, continua ganhando.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador