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Lourdes Nassif
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  1. O Amor, Vladimir Maiakóvski (1893 – 1930)

    Um dia, quem sabe,

    ela, que também gostava de bichos,

    apareça

    numa alameda do zoo,

    sorridente,

    tal como agora está

    no retrato sobre a mesa.

    Ela é tão bela,

    que, por certo, hão de ressuscitá-la.

    Vosso Trigésimo Século

    ultrapassará o exame

    de mil nadas,

    que dilaceravam o coração.

    Então,

    de todo amor não terminado

    seremos pagos

    em enumeráveis noites de estrelas.

    Ressuscita-me,

    nem que seja só porque te esperava

    como um poeta,

    repelindo o absurdo quotidiano!

    Ressuscita-me,

    nem que seja só por isso!

    Ressuscita-me!

    Quero viver até o fim o que me cabe!

    Para que o amor não seja mais escravo

    de casamentos,

    concupiscência,

    salários.

    Para que, maldizendo os leitos,

    saltando dos coxins,

    o amor se vá pelo Universo inteiro.

    Para que o dia,

    que o sofrimento degrada,

    não vos seja chorado, mendigado.

    E que, ao primeiro apelo:

    – Camaradas!

    Atenta se volte a Terra inteira.

    Para viver

    livre dos nichos das casas.

    Para que

    doravante

    a família

    seja

    o pai,

    pelo menos o Universo;

    a mãe,

    pelo menos a Terra.

  2. Abujamra declama Maiakovski.

    A outra tradução (que vai escrita no outro post abaixo) soa melhor e carrega mais sentido de subversões, acho.

    (Esta que Abujamra declama, é de uma parceria de Caetano Veloso com Nely Costa Santos e foi cantada por Gal Costa. A que achei melhor, portanto, transcrevi no outro post )

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=_BAlhGsB-6I align:center]

  3. Clareana

     

    A música de Joyce para as duas filhas

    Joyce só tinha Ana e Clara em 1978 – a terceira viria em seguida.

    Foto: Lizzie Bravo

    Um coração
    De mel de melão
    De sim e de não
    É feito um bichinho
    No sol de manhã
    Novelo de lã
    No ventre da mãe
    Bate um coração
    De Clara, Ana
    E quem mais chegar
    Água, terra, fogo e ar

    Joyce, intimista, dispensa o apoio da banda e canta, acompanhada apenas por seu violão, a música que a popularizou ao ser classificada para o Festival de Música Popular Brasileira da Rede Globo em 1980. Em parceria com Maurício Maestro, feita em 1976, a música é dedicada às suas filhas Clara e Ana, nascidas respectivamente em 1971 e 1972.

    [video:http://youtu.be/THI_toSqn5k width:600 height:450]

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