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Redação

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  1. Fábulas de Esopo

    ESOPO

     

    Muito se discute sobre a existência ou não de Esopo.

    Dizem que teria nascido na Trácia, na Lídia ou na Frígia, regiões da ásia Menor, no século VI a.C. Homem de muita criatividade teria sido levado como escravo para a Grécia, onde se diz que foi muito prestigiado pelos atenienses.

     Quem primeiro fala sobre ele é Heródoto para explicar que os egípcios estão enganados quando dizem que o faraó Miquerinos dedicou à cortesã Rodópis a pirâmide que mandara construir. Esclarece que Rodópis viera bem depois, na época de Amásis, e que fora companheira de escravidão de Esopo, o contador de fábulas, ambos escravos do sâmio Iadmôn. E diz ainda que os habitantes de Delfos, por ordem divina, haviam chamado o seu antigo dono para receber o prêmio pelo sangue de Esopo, como era costume. 

    Já Heráclites do Ponto, da época alexandrina afirma que Esopo havia roubado um objeto sagrado. Visitando Delfos, Esopo, escarneceu de seus habitantes porque não trabalhavam; viviam das oferendas ao deus Apolo. Irritados, colocaram uma taça sagrada nos pertences de Esopo, que ao sair de Delfos foi apanhado e acusado de roubar um objeto sagrado. Como o costume, Esopo teria sido atirado do alto de um rochedo.

     

    ALGUMAS DE SUAS FÁBULAS (direto do grego)

    A gralha e o corvo

    Uma gralha, invejando um corvo, porque este anunciava presságios aos homens e predizia o futuro, sendo, por isso, tomado como testemunha deles, quis obter os mesmos privilégios. Então, tendo visto viajantes passando empoleirou-se em uma árvore e soltava grandes gritos. Voltaram-se os passantes, amedrontados com a voz, mas eum deles tomou a palavra e disse “Vamos, amigos, pois é uma gralha, cujos gritos não anunciam presságios”

     

    O porco e os cordeiros

    Um porco se misturou a um rebanho de cordeiros e pôs-se a pastar com eles.Um dia, o pastor o pegou e ele começou a gritar a dar coices. Os cordeiros lhe perguntaram por que gritava, e lhe disseram “Nós, a quem ele constantemente pega, não choramos”. Ao que o porco respondeu: “Mas ele não nos pega a mim e a vocês da mesma forma. A vocês ele pega ou por causa da lã ou por causa do leite, e a mim, por causa da carne”.

     

    O burro e as rãs

    Um burro, carregando uma carga de madeira, atravessa um mangue. Como escorregasse e caísse, sem que pudesse se erguer, pôs-se a gemer e a lamentar-se. As rãs do mangue, ao ouvir seus gemidos disseram “Ó, amigo, o que farias se passasses aqui tanto tempo como nós, se, caído, há pouco, gemes dessa forma?” 

    Tradução de Neide Smolka- Professora aposentada de Língua e literatura gregas da FFCLH – USP

     

    AudioLivro  ESOPO – vida e obra

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=9X33iATbpU%5D

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