Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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O ajuste fiscal e a esquizofrenia esquerdista, por Aldo Fornazieri

O indefectível Maquiavel advertia que muitas vezes um governante, pensando em estar fazendo o bem está fazendo o mal. Em outras vezes, é preciso fazer o que o senso comum considera que é o “mal” para fazer o bem. Ou seja, a piedade pode ser cruel e a crueldade pode ser piedosa. Em se tratado dos problemas fiscais dos Estados, invariavelmente, as visões esquerdistas não conseguem compreender esse paradoxo e propendem a defender ou fazer o mal ao invés de manter a saúde fiscal do poder público – condição necessária para o exercício do bom governo, entendido como governo que prioriza o interesse público comum.

É certo que nem só a esquerda (ou aquilo que é considerado como tal) é responsável pela irresponsabilidade fiscal. A crise europeia recente mostra que partidos socialdemocratas e liberais-conservadores também são useiros em promover desequilíbrios e depois tentar corrigi-los com violentas políticas de austeridade jogadas nos ombros dos trabalhadores e do funcionalismo público. A irresponsabilidade fiscal faz com que determinados Estados e sociedade vivam acima de suas condições durante determinado período. Mas no final da festa, alguém sempre tem que pagar a conta. Os mais ricos mostram-se os mais avaros nesse momento.

No primeiro mandato do governo Dilma foram feitas algumas “bondades” que agora vêm se revelando cruéis: desonerações fiscais, incentivos e vultosas concessões de empréstimos a juros subsidiados com dinheiro público via BNDES. Essa “brincadeira” toda custou caro, como disse Joaquim Levy. O resultado fiscal de 2014 foi R$ 100 bilhões inferior ao prometido. Outras torneiras. desnecessária e ineficientemente abertas do gasto público. também contribuíram para o agravamento da situação fiscal do país. As desonerações e os incentivos não resultaram em mais investimentos por parte dos setores beneficiados e, consequentemente, não geraram novos empregos. As “bondades” do BNDE$S alavancaram os Eike Batistas da vida ou a Friboi, que doou o equivalente a 10% dos empréstimos a juros subsidiados para campanhas eleitorais. Desonerações e subsídios geralmente são feitos sem critérios e resultam em injustiça, pois determinados setores são beneficiados sem que outros o sejam. Setores que, normalmente, são amigos do rei.

O Perigo da Esquizofrenia

A crise fiscal do setor público, como se sabe, produz graves consequências: aumento da dívida pública, elevação dos juros e dos gastos com os mesmos, encurtamento dos prazos dos empréstimos para contrair nova dívida pública, aumento da inflação, desconfiança dos investidores, riscos para o emprego e crise sistêmica de confiança. A última consequência do não enfrentamento de uma crise fiscal é o colapso da economia e uma possível moratória. Outra saída são os famosos programas de ajuda das agências internacionais em troca de pesados programas de austeridade, como ocorre na Grécia.

A vitória do Syriza na Grécia, sem dúvida, foi um fato alentador para todos aqueles que se colocam em linha por sociedades mais justas, menos desequilibradas e que combatem o domínio do capital financeiro. Mas sempre se há que ter o senso de realidade. O esquerdismo esquizofrênico saudou a vitória do Syriza como o caminho encontrado que conduziria a Canaã. Alguns próceres do esquerdismo usaram aquela vitória para emitir advertências contra Joaquim Levy e o ajuste fiscal, antevendo-os tragados pelo Mar Vermelho. Agora, diante do acordo que o governo de Alexis Tsipras fez com o Eurogrupo, esses mesmos próceres são obrigados a fazer inúmeros contorcionismos para justificar suas posições.

O esquerdismo, incluindo setores do PT, vem se posicionando contra as medidas de ajuste fiscal. Até mesmo setores sindicais e econômicos que se beneficiaram das “bondades” cruéis bradam contra o saneamento das contas públicas e clamam por mais benefícios e gastos. Em suma: apostam no agravamento da crise, circunstância que levaria ao caminho da Grécia e de outros países europeus que perderam o controle sobre o endividamento público.

Em que pese os erros do primeiro mandato do governo Dilma, a crise fiscal está longe de ser próxima da dos países do sul da Europa. Não há um descontrole e nem uma eminência de colapso. O ajuste visa apenas o restabelecimento da prudência e da responsabilidade, evitando que a crise se agrave. É verdade que o ajuste pode implicar em sacrifícios e na estagnação econômica em 2015. Mas se o que precisa ser feito for feito com serenidade, comando e eficiência, o Brasil poderá voltar a crescer nos anos seguintes. A “crueldade” de 2015 poderá revelar-se piedosa a partir de 2016.

A crise brasileira tem uma natureza muito mais política e moral, do que econômica e fiscal. O sistema político e os governantes carecem de legitimidade. Existe uma incapacidade generalizada para enfrentar os problemas existentes. A corrupção corroeu a confiança e a crença na política e nos políticos. O governo e o PT estão paralisados e sem capacidade de reação no interior dessa armadilha. O PMDB, com o seu ativismo e voracidade, não é capaz de constituir-se como um condutor sereno, sério e responsável. A oposição sofre dos mesmos males do governismo.

 A única tábua de salvação que o governo tem é a  recuperação da economia. Para que a economia se recupere é preciso restabelecer a confiança. O ajuste fiscal pode ser um meio para ajudar a restabelecê-la. Mas só isto não basta. Para atravessar os mares revoltos de 2015 é preciso um comando político firme, que saiba lidar com controles, com capacidade de convencimento e persuasão e com operacionalidade. Este comando existe? Eis a questão.

Aldo Fornazieri – Cientista Político e Professor da Escola de Sociologia e Política.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

28 Comentários

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  1. Meu Deus! Vc quer dizer que o

    Meu Deus! Vc quer dizer que o FHC, às vezes, fazia o mal pensando fazer o “bem”…

    Ou só se aplica a governos esquerdistas?

    Interessante!!!

    1. Não, o que ele quiz dizer é

      Não, o que ele quiz dizer é que o THC não pensava, era apenas o cavalo de umbanda montado pela sua equipe econômica.

  2. BNDES

    O diabo, como gosta de dizer o sábio Pedro Malan, ex-conselheiro da admnistração da OGX, está nos detalhes. Justa e bem apontada a bronca na esquerda incapaz de entender a importãncia do controle fiscal. Louvável a ênfase na necessidade de entender que o momento é de ajuste. Mas há generalizações perigosas no texto, como a crença de que todas as desonerações são “bondades” que só fazem mal. Na aflição para consertar atropelos de mantega e Arno Augustin, Levy corre o risco de jogar fora a criança com a água do banho, para ficarmos num outro clichê bem conhecido.

    São generalizações que deixam a suspeita de que o autor, apesar da excelente iniciativa de provocar o assunto,  não conhece a fundo alguns dos aspectos do que comenta, como a afirmação de que Eike Batista foi “alavancado” pelo BNDES. Ora, foi a Bolsa de Valores e importantes investidores privados, como o BTG pactual, a Gávea Investimentos de Armínio Fraga, a Pimco e o poderoso fundo Black Rosk quem “alavancou” Eike, muito antes da entrada do BNDES (que, registre-se, não deu empréstimos à problemática OGX, a cereja do bolo inflado do empresário, e manteve em carteira da BNDESpar ações da companhia proporcionais à sua importãncia no índice Bovespa).

    A grande disparada de Eike começa não com apoio do governo, mas com a entrada, na MMX, da Anglo-american, multinacional centenária, e com a euforia do mercadio privado em torno de seus IPOs. 

    O governo entra sim, mais adiante, quando vê vantagem em apresentar Eike como capitalista que prospera num governo de esquerda, e, quando o império começa a ruir, quando tenta impedir o colapso de projetos de infra-estrutura como o Porto do Açú.

    Repetir a lenda de que foi o governo, por meio do BNDES, quem fabricou uma das maiores ilusões já concebidas em nosso leniente mercado acionário impede uma avaliação mais clara dos limites do Estado e do mercado nesse peculiar capitalismo brasileiro.

    1. Não li o seu comentário quando enviei o meu com teor parecido

       

      SLeo (segunda-feira, 02/03/2015 às 09:21),

      Valeu o comentário. Fiz um comentário parecido com o seu, onde se caberia alguma divergência seria dizer que eu fui menos educado. Por motivos que desconheço, meu comentário, que foi enviado umas onze horas após o seu, não apareceu no post. Amanhã talvez eu volte a o enviar. E que se diga que só agora li o seu comentário.

      Luis Nassif tem a mania de trazer velhos posts para o presente retirando o post da linha do tempo e não informando na nova colocação o tempo antigo. Faz isso também com posts recentes repostando-o um ou dois dias depois da primeira aparição. Deveria vir com a afirmação: “atualizado em . . . “. Uma alternativa que eu creio mais interessante seria recompor o post com uma crítica ou um elogio de melhor qualidade e que merecesse fazer parte do post. É o caso do seu comentário que poderia compor um novo post com o título “O ajuste fiscal e a esquizofrenia esquerdista, por Aldo Fornazieri, e o contraponto, por SLeo”.

      Como às vezes acontece de ele transformar um bom comentário como o seu em post, eu lembro que no caso como em outros haveria uma muita perda de contexto. O seu comentário é instrutivo e mesmo sozinho ensinaria muita coisa para uma esquerda brasileira que muitas vezes se apega às idéias da direita que se chama libertária nos Estados Unidos, mas creio que ele ainda é melhor como um contraponto ao post de Aldo Fornazieri.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 02/03/2015

  3. Concordo plenamente

    Infelizmente são muitos os que estão pessimistas neste momento.  As tais desonerações da folha foram boa para engordar empresário paulista, que agora já está em pé de guerra porque vai perder parte da bondade. Esta autocrítica a Dilma tem que fazer.  Quanto à direção politica do processo, a grande verdade é que Dilma não é a pessoa certa, pois ela não ouve os que deveria ouvir.  Parece que ela está totalmente dominada por um Rasputin no planalto, que muitos dizem ser o Mercadante.  Esta é a pior parte da atual crise, pois contra ela não temos remédio, Se a Dilma não ouve, como a sociedade e militância podem ajudar? Hoje eu ouvi uma pessoa simples dizendo que a Dilma está muito  “besta”,  que age como se fosse a “rainha da cocada” e que ela continua agindo como se nada estivesse acontecendo e “não dá satisfação ao povo” . “Parece que nem o Lula ela ouve mais”.  Fiquei muito impressionado com a precisão do diagnóstico.   Quando uma coisa desta vem de pessoa do povo, nem um pouco intelectualizada,  é porque a coisa está feia.  

  4. Religiosidade

    Qdo se analisa friamente o desenrolar da historia o mínimo que se nos acomete é espanto, receio, desesperança e medo.

    Quem esta no poder?

    Dizia o celebre gênio da literatura “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

    E os inocentes uteis de todos os tempos insistem em dar conselhos elaborados em clichês, de que o homem comum deve ser o principal agente da ética e da honestidade, esquecendo de que o exemplo sempre deve vir de quem exerce o poder, seja no âmbito familiar como no publico. Senão é a velha estoria – Faça o que digo, não o que faço.

    Qdo se tenta imputar no brasileiro perjorativamente que o jentinho de que se utiliza amiudemente para sobreviver é uma adoção melíflua da lei de gerson, demonstra a ignorância fria e cruel de uma classe media, coptada pela elite econômica afim de manter os previlegios.

    A historia humana é recheada de acontecimentos bizarros e aterrorizantes do exercício do poder na mão de verdadeiros insanos, até que a roda gire em outra direção e esmague os loucos, dando margem que outros tantos os substituam.

    Estão ai a revolução francesa e a russa, mais recentemente, corroborando com esta constatação.

    A crise imobiliária nos EUA e a crise brasileira que surpreendentemente imitou todas as características de irresponsabilidade estão ai pra se fazer pensar.

    Lições mais recente desde Collor, demonstram que o poder se reveza nas mãos de ineptos, ingênuos e irresponsáveis. A economia que dita os destinos dos povos, frequentemente é dirigida por períodos de oba-oba turbinada por planos econômicos que inevitavelmente se axaurem por si mesmos, bolhas artificiais que explodem, invariavelmente deixando que os mais fracos arquem com as consequências dos males feitos. Excetuando as guilhotinas e o extermínio das nobrezas históricas, geralmente fica por isto mesmo.

    Por isto que sou religioso. Tenho pena dos ateus materialistas, sera que sabem verdadeiramente quem esta no poder?

  5. Não concordo…

    O governo tem que ter uma pequena estabilidade. O Brasil é PHD em nenhuma estabilidade, faz-se hoje, muda amanhã. Ninguém gosta disto, principalmente que tem dinheiro para investir.

    O resultado deste início de governo hipócrita será o recuo dos investimentos por 3 anos.

  6. O CINISMO POLÍTICO ECONÔMICO!

    Quem disse que o povo não quer um ajuste fiscal?

    IMPOSTOS SIM, MAS COM JUSTIÇA!

    A sociedade precisa participar desse debate, para que o peso da máquina pública não caia sobre seus ombros, como sempre. Precisamos estudar, estudar, e estudar…

    O que você acha que os políticos e os especuladores estão fazendo nesse momento? Eles estão estudando, debatendo, planejando, mobilizando-se, e agindo, para que quem se ferre, continue sendo os que têm preguiça de estudar, debater o problema, e se mobilizar. Afinal, quem é que sempre puxa a carroça?

    Trabalhadores e empresários precisam se unir nessa discussão, pois têm interesses iguais. Se a indústria e o comércio receberem aumento de impostos, os produtos ficam mais caros. Se a renda do trabalhador receber essa carga tributária maior, ele diminuirá seu consumo, fazendo com que a indústria e o comércio vendam menos! Quem deve pagar mais impostos são os especuladores, essa classe energúmena, que precisamos conhecer a fundo.

    CONHEÇA A ESPECULAÇÃO!

    Os especuladores, sejam financeiros ou imobiliários, assemelham-se a vermes, que sugam os nutrientes de um organismo, sem nada contribuir para seu funcionamento. Eles equivalem à antiga nobreza feudal, uma classe parasitária, que explorava o povo, sem contribuir em absolutamente nada para o desenvolvimento do país.

    Vivemos uma verdadeira guerra político-econômica no mundo, onde confrontam-se o setor produtivo e a especulação, ou DITADURA DO MERCADO, se preferirem. Não somos contra o mercado, que vem a ser muito útil na economia; o que não podemos permitir é que sua irracionalidade governe o país.

    O mercado é igual um cavalo de carroça com viseiras, que só consegue ver o lucro imediato. Por isso permitiram desmatar 70% das áreas de preservação no complexo Cantareira em São Paulo, além de grande parte da Amazônia; e agora estão enfrentando uma crise de abastecimento d’àgua sem precedentes; que deve estar apenas começando; e pode trazer uma recessão violenta e duradoura, na medida em que os alimentos ficarem mais caros, e não sobrar dinheiro para comprar outros bens. Tudo em nome do lucro imediato, da valorização das ações, da “racionalidade” do mercado. Saibam mais sobre os motivos da seca:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/535066293295704/?type=3&theater

    “RACIONALIDADE” DO MERCADO = ABERRAÇÃO INTELECTUAL!

    Um país não pode ser governado por pessoas ambiciosas, que só se preocupam consigo mesmas. Quem não negocia sua influência, para ficar rico? Tanto políticos, quanto especuladores, estão pouco se lixando para o país e o futuro, quando surgem oportunidades para ficarem multi milionários. Uma pessoa normalmente leva cerca de pelo menos 40 anos, para poder ter uma chance dessas, e isso durará por mais uns 30 anos. Ou seja, a corrupção pensa num curto espaço de tempo, enquanto o país precisa ser governado em função de séculos.

    Quando os interesses pessoais são colocados acima dos interesses do país, reduzimos a administração para esse período de tempo subjetivo, e fechamos os olhos (cavalo de carroça com viseiras) para aquilo que mais interessa, o futuro das próximas gerações. As dificuldades que vivemos hoje, são frutos principalmente do que foi feito de 50 anos pra lá; e não tanto por culpa do que está sendo feito agora!

    O estudo abaixo traz importantes dados sobre a distribuição de renda e arrecadação de impostos no Brasil:

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/brasil-debate-absurda-concentracao-de-renda-09-dos-brasileiros-detem-60-da-riqueza.html

    Se analisarmos o porquê de tudo isso; podemos citar nossa colonização para exploração, habituando-nos a escoar nossas riquezas para o exterior, em vez de aproveitá-las; a vinda maciça de criminosos ao brasil no período colonial, fomentando a cultura da corrupção; a deficiência no sistema de ensino associada à manipulação da mídia, provocando o desinteresse do povo pela política; a falta de personalidade e questionamento das elites intermediárias, transformando-as em cavalo de carroça das elites superiores, etc; que são diversos fatores, os quais, agregados uns aos outros, explicam porque temos uma das sociedades mais corruptas do mundo. Entretanto, não adianta chorar o leite derramado. O que temos de mais urgente, é compreender como tudo isso se processa.

    É óbvio, que a política vem a ser a ferramenta dessas elites privilegiadas; mas precisamos entender, como é possível retirar tanto de tantos, e entregar a tão poucos. O assunto é extenso, e não pretendo esgotá-lo aqui, mas a manipulação da mídia atua não apenas fomentando essa cultura da corrupção, como os demais fatores. Ela também faz parte da própria corrupção, sendo um de seus elementos. Na medida em que omitem informações, como essas:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/503107126491621/?type=3&theater

    Acabam escondendo de todos, o outro lado da moeda. Ou seja, impedem que os brasileiros de todas as classes reflitam, sobre o que seríamos, se as decisões políticas não ficassem apenas por conta dos políticos. Na medida em que toleram a corrupção por parte de quem representa essas elites privilegiadas, acabam justificando a impunidade, e encobrindo a corrupção do próprio judiciário. Se pararmos para pensar, tudo fica muito óbvio! Pois se o poder econômico pode agir, no sentido de eleger os políticos com financiamentos privados de campanha, é claro que uma vez chegando lá, esses políticos atuariam em benefício de quem lhes deu dinheiro. Por isso os impostos são cobrados principalmente sobre a produção e consumo, como aponta o estudo acima; e a especulação financeira, a especulação imobiliária (propriedade), e o setor exportador (dominado por multinacionais), ficam praticamente isentos de impostos, como demonstra esse nosso estudo.

    MAS COMO ACABAR COM ISSO?

    Ah, essa é a grande questão! Precisamos deixar de acreditar em papai noel, saci pererê, rede globo, revista veja, partido honesto, político perfeito, etc. Achar que um político vai dar jeito no país, é algo tão ingênuo, que beira a imbecilidade! Primeiro, porque não existem santos; e segundo, porque todo o Congresso Nacional precisaria ser santo também. Ou seja, só existe uma forma eficaz e duradora, de impedir que os políticos sejam seduzidos pelo poder econômico:

    O POVO DEVE TER DIREITO DE PARTICIPAR DAS DECISÕES POLÍTICAS!

    Vejam, e comprovem como funciona no exterior:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/503107126491621/?type=3&theater

    Nos Estados Unidos os políticos só podem aumentar impostos convocando plebiscitos:

    http://ballotpedia.org/California_Constitution

    Art 13 C, seção 2, C:

    “Qualquer imposição de imposto em geral, estendido, ou aumentado, sem a aprovação do eleitor, por qualquer governo local de 1 de Janeiro de 1995, em diante e antes da data de vigência deste artigo, deverão continuar a ser imposta, somente se aprovado por maioria de votos dos eleitores, que decidirão em uma eleição sobre a questão da imposição”

    Veja o que fariam com um assunto desses na parte mais rica da Europa:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/312667208868948/?type=3&theater

    Agora você já sabe o que exigir em seus cartazes, quando houver protestos; ou mesmo quando postar na internet, e conversar com seus amigos. Precisasamos de:

    MAIS DEMOCRACIA

    DIREITO DE CASSAR OS POLÍTICOS

    DIREITO DE CONVOCAR PLEBISCITOS

    Por que vocês acham, que os impostos dos países desenvolvidos incidem muito mais sobre a renda, principalmente na medida em que ela se eleva? Você acha justo tributar mais a produção e o emprego? Por que a especulação financeira e imobiliária é praticamente ISENTA DE IMPOSTOS?

    COMO ISSO ACONTECE?

    É simples! Antes de qualquer coisa, eles precisam imbecilizar o povo, principalmente com um péssimo sistema de ensino, inclusive universitário. Somente assim, as pessoas chegam ao ponto de acreditar em coisas como o saci, o papai noel, a rede globo, a revista veja, etc.

    Saiba mais:

    http://democraciadiretabrasileira.blogspot.com.br/2015/02/impostos-sim-mas-com-justica.html

    1. Democracia direta é retrocesso desumano em imposição ditatorial

       

      Democracia Direta (segunda-feira, 02/03/2015 às 10:45),

      Levará muito tempo para que as pessoas possam entender que a democracia direta é retrocesso, mesmo quando ela pudesse ser funcional, a menos que ela se realizasse do mesmo jeito da democracia representativa, isto é, de modo contínuo em um processo em que cada composição de conflito de interesse estivesse diretamente associada com outra composição de conflito de interesse e onde a composição se realizasse mediante negociação entre as partes, e onde trocas com base em dinheiro não fosse permitido (Algo como eu lhe dou 5 mil para você votar em favor do meu interesse.

      O que nos faz superior aos animais é a nossa capacidade de convencimento, de uso das palavras para interagir com outro ser humano. Treinado qualquer animal pode votar em uma democracia direta. Basta deixar junto ao voto sim, a favor, concordo, quero, por exemplo milho e do lado do voto não, contra, discordo, não quero, um feixe de capim. A escolha seria do animal.

      Só o ser humano pode realizar a democracia representativa.

      Na democracia direta há apenas a imposição da vontade majoritária, sem discussão, sem conversação, sem negociação. É uma ditadura da maioria.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 02/03/2015

    2. Excelente comentário.

      Excelente comentário. Todavia, precisamos ser mais claros nas ações que precisam ser tomadas para reverter essa situação. E nos organizarmos para isso.

      Como fazer para reduzir a manipulação histórica, que a mídia nativa sempre praticou? Como refazer o sistema de ensino, para jogar no lixo programas como progressão continuada? Como fazer para trazer o povo para a discussão dos problemas nacionais, já que há essa “recusa” em participar da política, a não ser em ambientes de crise como o atual?

      Não vai ser dependendo dos partidos políticos atuais, com certeza. 

  7. essa mistura de 

    essa mistura de  esquisofrenia grega com pressupostos falsos,

    resulta num artigo que deixa lacunas….

    como o da participação social para evitar o retrocesso….

  8. Há dois parágrafos que comprometem o texto e o autor

     

    Aldo Fornazieri,

    Não sou cientista, nem acadêmico, e, portanto, faço a minha crítica como leigo, mas faço-a para um acadêmico e cientista e que, portanto, deveria, mesmo em textos para blogs, preservar o espírito crítico do cientista na análise dos dados e das informações disponíveis.

    O senhor começa mencionando Maquiavel. O senhor tem tese sobre ele e vale bem a menção ao grande cientista político italiano. Há, entretanto, que atentar para as circunstâncias e contexto das idéias de Maquiavel. Não digo em relação à sua referência a Maquiavel neste post “O ajuste fiscal e a esquizofrenia esquerdista, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 02/03/2015 às 08:19, mas a inúmeras vezes no passado quando você aplica os ensinamentos de Maquiavel na realidade atual.

    Não foi o caso aqui deste post em que você utilizar Maquiavel apenas para dar autoridade ao seu argumento ao dizer que “O indefectível Maquiavel advertia que muitas vezes um governante, pensando em estar fazendo o bem está fazendo o mal”. Na verdade o ensinamento de Maquiavel poderia ser substituído por dois ditados populares: “Há males que vem para bem” e “O caminho do inferno é pavimentado de boas intenções”.

    E a minha crítica diz respeito a três passagens aqui no seu post. Primeiro transcrevo o terceiro parágrafo com quatro frases, duas das quais o senhor não apresenta nenhuma comprovação. Diz o senhor:

    “Outras torneiras, desnecessária e ineficientemente abertas do gasto público, também contribuíram para o agravamento da situação fiscal do país. As desonerações e os incentivos não resultaram em mais investimentos por parte dos setores beneficiados e, consequentemente, não geraram novos empregos. As “bondades” do BNDE$S alavancaram os Eike Batistas da vida ou a Friboi, que doou o equivalente a 10% dos empréstimos a juros subsidiados para campanhas eleitorais. Desonerações e subsídios geralmente são feitos sem critérios e resultam em injustiça, pois determinados setores são beneficiados sem que outros o sejam. Setores que, normalmente, são amigos do rei”.

    A primeira frase é a seguinte:

    “As desonerações e os incentivos não resultaram em mais investimentos por parte dos setores beneficiados e, consequentemente, não geraram novos empregos”.

    O senhor não tem nenhuma prova disso.

    E há ainda a seguinte frase:

    “Desonerações e subsídios geralmente são feitos sem critérios e resultam em injustiça, pois determinados setores são beneficiados sem que outros o sejam”.

    Também aqui o senhor não tem nenhuma prova disso. As desonerações e subsídios em geral são feitas segundo critérios. Os critérios podem até não serem justos dependendo se o seu conceito de justiça for igual ou diferente da ideologia que conduziu a escolha dos critérios e dependendo do princípio ao qual se ateve ao se fixarem os critérios. E relembro que muitas vezes os critérios têm por objetivo ganho de eficiência que dependendo do seu critério de justiça é na maioria das vezes contrário a justiça. No meu critério de justiça, o princípio da eficiência está quase sempre em oposição ao princípio da justiça. Eu, por exemplo, sou favorável à inflação mais alta porque acho que assim se pode privilegiar mais o combate ao desemprego que eu acho mais injusto do que a inflação alta.

    Agora, chamo atenção para o período que transcrevi e no qual há duas frases suas com argumentos sem comprovação. Dei também destaque as frases para enfatizar a afirmação que você faz sobre as doações para as campanhas eleitorais e lembrando que sua afirmação sobre doação está encadeada com o que você diz na primeira frase. Na primeira frase e na sequência sobre a doação você diz:

    “Outras torneiras, desnecessária e ineficientemente abertas do gasto público, também contribuíram para o agravamento da situação fiscal do país. . . . As “bondades” do BNDE$S alavancaram os Eike Batistas da vida ou a Friboi, que doou o equivalente a 10% dos empréstimos a juros subsidiados para campanhas eleitorais”.

    Há dois problemas na sua informação. O primeiro problema diz respeito a seguinte construção que deriva das duas frases: “As “bondades” do BNDE$S alavancaram os Eike Batistas da vida ou a Friboi” e se constituem em “Outras torneiras, desnecessária e ineficientemente abertas do gasto público”.

    Em relação à ineficiência, não há o que questionar porque provavelmente você põe o princípio da eficiência acima do princípio da justiça. Agora em relação à necessidade, trata-se de alegação sem comprovação. As bondades do BNDES não seriam necessárias, mas apenas em sua opinião pessoal. Há economistas que concordam com você, mas há os que discordam.

    E o segundo problema diz respeito à questão da doação para as campanhas políticas. Esquecendo o que você diz na primeira e segunda frase e só analisando as duas frases finais vê-se que você não aproveitou para fazer um questionamento importante e deixou uma frase acusatória para os gestores da política pública. Transcrevo as duas frases restantes para mais bem esclarecer a crítica que faço:

    “As “bondades” do BNDE$S alavancaram os Eike Batistas da vida ou a Friboi, que doou o equivalente a 10% dos empréstimos a juros subsidiados para campanhas eleitorais”.

    Ora, a questão aqui é doação de empresas para campanhas eleitorais. Como você escreveu parece que o problema diz respeito apenas a empréstimos financiados pelo BNDES e que as doações foram apenas para partidos de apoio ao governo. As doações não foram apenas para os partidos de apoio do governo. E o problema não diz respeito apenas a empréstimos financiados pelo BNDES. Se só empresas que recebessem empréstimos pelo BNDES que doassem dinheiro para campanha bastaria para evitar este problema que se estabelecesse a proibição de doações para campanha por empresas beneficiadas com os empréstimos de Bancos Públicos. Só que norma assim não seria suficiente, pois outras empresas dos sócios ou de fornecedores das empresas dos sócios poderiam encarregar de fazer a doação. O problema é o financiamento de campanha por empresas. Você passa por problema importante e não dá a ele a devida atenção, ou por incompetência ou por negligência.

    A segunda passagem a merecer consideração sãos as duas frases iniciais do parágrafo que transcrevo a seguir, todo ele por sinal de nível fraco para um cientista político e acadêmico:

    “A crise brasileira tem uma natureza muito mais política e moral, do que econômica e fiscal. O sistema político e os governantes carecem de legitimidade. Existe uma incapacidade generalizada para enfrentar os problemas existentes. A corrupção corroeu a confiança e a crença na política e nos políticos. O governo e o PT estão paralisados e sem capacidade de reação no interior dessa armadilha. O PMDB, com o seu ativismo e voracidade, não é capaz de constituir-se como um condutor sereno, sério e responsável. A oposição sofre dos mesmos males do governismo”.

    A frase “A crise brasileira tem uma natureza muito mais política e moral, do que econômica e fiscal” parece frase do Gilberto Dimenstein para descrever o governo de José Sarney. Embora os cinco anos (Na verdade foram menos de cinco anos) de José Sarney tenham assegurado crescimento superior aos 8 anos de Fernando Henrique Cardoso, podem-se fazer muitas críticas a José Sarney, mas referir ao governo dele como sendo um governo eminentemente de crise moral é uma acusação de adolescente e deveria existir uma lei para ser aplicada em qualquer cidadão maior de idade prevendo pena de prisão para aquele que dissesse bobagem semelhante. Dizer que “a crise brasileira tem uma natureza muito mais política e moral” é gastar palavras com uma frase que não diz nada e que pode ser dita por qualquer pessoa com deficiência de conhecimento e apenas por esses será recebida com aplausos, pois poderão repetir como araras “eu não disse, eu não disse, eu não disse”.

    E o pior é delimitar a crise ao Brasil. Esses araras existem no mundo todo. No mundo acusação pode ser dita e os araras regozijaram em alto brado: “Eu não disse, eu não disse, eu não disse”.

    E a frase seguinte “O sistema político e os governantes carecem de legitimidade” é mais própria da esquerda festiva que quando vai para luta acaba por ferir de morte um repórter ou da esquerda enclausurada na redoma da intelectualidade inerte e inerme, mas sempre disposta a acusações de quem paira superior a realidade.

    O sistema político brasileiro e os governantes brasileiros são frutos de uma Constituição e de instituições que a cumprem e a fazem cumprir. Carece de realidade é essa acusação que só encontra repercussão no ouvido das araras indolentes que reverberam em tom de matraca: “eu não disse, eu não disse, eu não disse”.

    Também a frase “Existe uma incapacidade generalizada para enfrentar os problemas existentes”, não quer dizer coisa alguma. No mundo em constante mutação em que sempre surgem problemas para serem resolvidos como ter certeza que o problema que se resolve não é apenas a continuação da resolução de problema anterior. Enfim, trata-se de frase que pode ser dita em qualquer país do mundo e que não quer dizer nada.

    Também pode ser dito em qualquer país do mundo a frase: “A corrupção corroeu a confiança e a crença na política e nos políticos”. E diante de frase assim, cabe a pergunta que não tem resposta: “E dai?”

    Serve como exemplo dessa ausência de conexão, mencionar a Itália antes da “Operação Mãos Limpas”. Antes da “Operação Mãos Limpas”, a Itália era o país que mais crescia no mundo. Depois da “Operação Mão Limpas” que tirou da política os velhos partidos envolvidos com a Máfia e outras organizações criminosas a Itália parou de crescer.

    Um observador de inteligência mediana, ou seja, um observador medíocre dirá: “e daí? Que conexão existe entre corrupção e confiança nos políticos ou crescimento econômico ou redução da corrupção e estagnação econômica?” É frase até melhor do que frase que tenta estabelecer relação de causalidade entre uma situação e outra, mas foi dita por um medíocre. Não quer com isso dizer que o cientista político não seja medíocre. Como ser humano, ele o é. Só que sabendo que se trata de frase medíocre, ele pode bem a evitar.

    E na sequência há acusação lançada a torto e a direito. Reproduzo-a a seguir:

    “O governo e o PT estão paralisados e sem capacidade de reação no interior dessa armadilha. O PMDB, com o seu ativismo e voracidade, não é capaz de constituir-se como um condutor sereno, sério e responsável. A oposição sofre dos mesmos males do governismo”.

    Trata-se de avaliação pessoal que como toda avaliação pessoal tem essa característica própria a toda avaliação do ser humano: é uma avaliação medíocre. Em minha opinião governo e o PT não estão paralisados. Dizer que eles não têm capacidade de reação é o mesmo que dizer que “existe uma incapacidade generalizada para enfrentar os problemas existentes”. É o dizer mal em duplicidade. E é triplamente inconsequente ao estender a incapacidade ao PMDB. E que se acrescente que por inércia fez a acusação genérica em quádrupla ao incluir na incapacidade a oposição.

    E antes de apresentar o terceiro ponto que contém uma reprimenda, lembro que salvo os dois parágrafos aos quais eu fiz referência crítica, eu concordo com o restante do texto. Excetuo da concordância o terceiro ponto e que se acha presente na frase a seguir que me pareceu desnecessária. Segundo o senhor:

    “Para que a economia se recupere é preciso restabelecer a confiança”.

    Na verdade para que a economia se recupere, é necessário que ela venha a gerar lucros crescentes. Somente o aumento dos lucros ou a perspectiva de que o reinvestimento do lucro dará mais retorno pode levar os empresários a investir mais e assim a economia volte a crescer mais. O governo tentou fazer isso, mas o crescimento foi cortado com a paralisia que ocorreu no terceiro trimestre de 2013. Como o ano seguinte foi um ano de acomodação a perspectiva de crescimento da economia americana, os países emergentes passaram por dificuldade que parece que se repetirá em 2015. Se a desvalorização cambial levar o dólar a um patamar que assegure um saldo na Balança Comercial de um bilhão de dólares por mês penso que em um ano os investimentos voltam a aparecer e com os investimentos o crescimento econômico toma vulto e a tal confiança, mesmo que permaneçam os mesmos homens no governo, as mesmas empresas atuando na economia e os mesmos políticos atuando no parlamento, aparece como se por mágica.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 02/03/2015

  9. Ajuste fiscal sim, mas só no

    Ajuste fiscal sim, mas só no lombo dos trabalhadores, e os bancos, os rentistas, os burgueses e seus cartões de crédito com compras no exterior, as grandes fortunas, os carrões importados, os iates etc, não vão serem taxados?????? PS: Conheço pessoas que possuem mais de 100 imóveis, residênciais e comerciais que não declaram o valor recebidos deste e quando declaram subdeclara, mas o pobre trabalhador que ganha mais de R$ 1.800,00 por mês tem que pagar imposto de renda, isso é um crime , isso é uma gritante injustiça. Por que a Receita Federal não obriga as pessoas físicas e jurídicas a declararem o que pagam de aluguel e o CPF ou CGC de quem recebe e faz um cruzamento para cobrar imposto de renda destes????????????????????????????????????????

     

    1. Cruzamento de dados

      É realmente inquietante esses pilantras movimentarem altas quantias através da rede bancária, e ninguém grita: Pega ladrão!!!!!! Cadê o cruzamento de dados da Receita federal????

  10. “Em que pese os erros do

    “Em que pese os erros do primeiro mandato do governo Dilma, a crise fiscal está longe de ser próxima da dos países do sul da Europa. Não há um descontrole e nem uma eminência de colapso. O ajuste visa apenas o restabelecimento da prudência e da responsabilidade, evitando que a crise se agrave. É verdade que o ajuste pode implicar em sacrifícios e na estagnação econômica em 2015. Mas se o que precisa ser feito for feito com serenidade, comando e eficiência, o Brasil poderá voltar a crescer nos anos seguintes. A “crueldade” de 2015 poderá revelar-se piedosa a partir de 2016.” – Se a Dilma vier a público e explicar isso ao distinto público e a Globo não distorcer, talvez entendam, digo talvez porque essa oposição desvairada e a imprensa bandida já podem ter danificado aquela esponja de cozinha que os teleguiados têm no lugar do cérebro.

  11. Bacana o texto

    Imaginem o empresário estrangeiro que investiu numa indústria no Brasil com grande demanda de energia elétrica em 2012, depois de um promissor discurso de sua excelência falando em competitividade.

    Dois anos depois, a planta pronta, funcionários contratados, máquinas compradas, recebe a notícia que a energia irá subir, talvez, 100% no ano e que aquele negócio de competitividade era só de brincadeirinha, para gastar uma grana do tesouro que estava sobrando.

    Um investidor estrangeiro tem que pensar mil vezes antes de vir para o Brasil, porque nunca se sabe o dia de amanhã. 

    O Lula deve ter pesadelos diários com dois momentos da vida dele. O primeiro quando a Dilma sentou diante dele para explicar como havia combatido o apagão do FHC no RS, foi quando ele trocou o Prof Pingueli Rosa por ela no Ministério da Minas e energias. E o segundo quando ela pariu o PAC prá ele, no início do segundo governo e o meteu nessa aventura do espetáculo do crescimento que agora apresenta sua conta.

  12. Nassif, por falar em Friboi,

    Nassif, por falar em Friboi, veja o que aconteceu. O governador Marconi Perillo aprovou uma lei no apagar das luzes de 2014, cuja missão foi “perdoar” uma dívida de mais de um bilhão e duzentos milhões de reais da Friboi, cobrando apenas uns duzentos milhões de reais. Muito bonzinho, né! Não aparece um jornalista moralista para questionar tamanha bondade. Depois os papagaios da veja falam que que o pulinho é o dono da Friboi. Pobres inocentes. Deve ser por isso que a famigerada marca gosta de doar milhões de reais de icms perdoados por governadores como Perillo. 

    1. A JBS Friboi doa adoidado

      A JBS Friboi doa adoidado para campanhas de candidatos de todos os matizes ” ideológicos “. Deve contabilizar como investimento.

  13. Fazer o bem é o que o
    Fazer o bem é o que o governador Marconi Perillo fez para a Friboi, cobrando 200 milhões de reais de uma dívida tributária de mais de um bilhão e trezentos milhões dd reais, que a Friboi deixou de repassar ao tesouro goiano. Assim, qualquer micro empresário vira player global e bilionário. E o governador pode fazer a campanha mais cara do planeta, claro, com dinheiro de tributos perdoados.

  14. E a direita sana vai fazer um

    E a direita sana vai fazer um circo, para não aprovar as medidas do ministro Levi, quanta sanidade.Não é atoa que a direita está na BR, com sua filosofia de parachoque de caminhão,texto bem escrito rapaz bom!

  15. A crise final dos paradigmas do Século XX

    Estamos em uma situação clássica onde o nível de desenvolvimento das forças produtivas se rebelam com as relações de produção (o fantasma do Karl Marx não deixa de atormentar). Não acredito de que os sinos dobraram para o capitalismo (embora não seja amante desse sistema), e que, sim, uma nova virada interna ao capitalismo terá de vir à luz do dia.

    Da mesma forma que a crise de trinta gerou historicamente o Estado do Bem-Estar e, no aspecto teórico, a Macroeconomia, nos encontramos em um momento onde os paradigmas políticos e teóricos dos Séculos XIX e XX esgotaram sua capacidade prática. A informática e o concatenamento globalizado e territorializado da produção, além de diversas inovações organizacionais da produção em APLs, cadeias de valor e redes de atores, reclamam por uma inovação institucional e teórica.

    E da mesma forma que as soluções práticas e teóricas já estavam à disposição, mesmo que de forma embrionária, uma olhada na realidade atual nos permite apontar para a solução da atual crise política e teórica. Na verdade, a saída para a atual crise do capitalismo requer uma reorganização completa do capital, superando fragmentações promovidas pelo neoliberalismo, que veio substituir por algum tempo a camisa de força sistêmica que o Estado de Bem-Estar tinha gerado ao longo de suas décadas de sucesso (grandes conglomerados em uma única empresa; a intervenção ubíqua do Estado na economia); essa superação do Estado de Bem-Estar promoveu então, novos espaços de liberdade que gerou um dinamismo frenético por quase três décadas, por meio de políticas de desestatização e desregulamentação. Mas que, no final das contas, encontra-se hoje esgotado.

    O que a realidade mostra é a importância da construção de sistemas produtivos integrados (mas em redes de empresas ao invés de em uma única empresa só), organizando territórios produtivos, mas relacionados com as cadeias globais. Nesse contexto, teríamos também uma nova abordagem do Estado, superando o Estado máximo-provedor e o Estado mínimo-regulador. No seu lugar teríamos o Estado orquestrador-facilitador, que incentivaria pelos diversos meios (correntes e por criar) da política econômica e de regulação a cooperação interempresarial territorializada, concatenada nas cadeias globais de valor.

    No plano teórico, temos de dar a luz ao bebê já crescido no ventre dos acontecimentos e do desenvolvimento teórico, que é a MESOECONOMIA. Esse termo já é utilizado mesmo que ainda de forma embrionária, e essa nova disciplina teria por escopo entender as leis que regem o comportamento dos sistemas produtivos integrados e de seus mercados globais e regionais, sistemas esses que concatenam cadeias inteiras de atividades econômicas.

    Os conceitos de cadeia de valor, análise insumo-produto, economia institucional, custos de transação, Teoria dos Jogos, entre outros, que estão perdidos nos espaços entre o micro e o macro, já servem de germes de um novo bloco teórico a se consolidar e que deverá dar novas orientações para a política econômica.

    Enquanto isso, sobretudo em nossos desertor intelectuais, continuamos a assistir a luta de gladiadores entre keynesianistas e monetaristas, entre socialistas e liberais, programa esse já tão cansativo e insosso quanto as inúmeras repetições do BBB… 

    1. otimo grafico

      O ano apresentado no grafico acho q eh 2013. Precisa completar esta informacao. Alias, precisa-se fazer este grafico anualmente e do passado. E  se puder, nao ate 2002 ou 1994, e sim o o max possivel.

  16. Esquerda com aquilo roxo só na Grécia !

    Grécia: Presidente do Parlamento anuncia auditoria da dívida

    Início

     

    Serão formadas três comissões: além da auditoria, serão investigadas as responsabilidades pela assinatura do primeiro resgate, e também o pedido de reparação à Alemanha pela Segunda Guerra Mundial.

    26 de Fevereiro, 2015 – 18:45hA presidente do Parlamento da Grécia, Zoe Konstantopoulou. Foto left.gr

    A presidente do Parlamento da Grécia, Zoe Konstantopoulou. Foto left.gr

     

    A presidente do Parlamento da Grécia, Zoe Konstantopoulou, anunciou a constituição de uma comissão de auditoria da dívida grega. Para Zoe Konstantopoulou, a auditoria será “uma ferramenta que permitirá reparar uma grande injustiça cometida para com o povo grego”.

    Além dessa comissão de auditoria, o Parlamento deverá constituir outras duas comissões: uma para investigar a situação que deu origem ao primeiro plano de resgate à Grécia de maio de 2010; e outra para examinar os pedidos de reparação à Alemanha pela Segunda Guerra Mundial.

    O anúncio foi feito depois de um encontro entre a presidente do Parlamento e o seu homólogo cipriota, Yiannakis Omirou, em que Zoe Konstantopoulou afirmou que os memorandos da troika levaram os Parlamentos de ambos os países a serem chantageados. Konstantopoulou prometeu ajuda ao Parlamento cipriota para levantar a verdade sobre as causas que levaram ao memorando para Chipre.

     

    Fonte: http://www.auditoriacidada.org.br/grecia-presidente-do-parlamento-anuncia-auditoria-da-divida/

     

  17. minha sugestão…como não sou economista, tem tudo pra dar cer..

    Minha sugestão:

    1- Diminui-se a taxa de juros

    2- Separa a economia em setores

    3- Timestralmente avalia a variação de preços em cada setor

    4- Naqueles em que tenha havido diminuição de preços, faz-se uma desoneração fiscal vantajosa nos próximos tres meses.

    5- E assim, fazendo leilões de desonerações fiscais, vamú qui vamú

    Como não sou economista, tem tudo pra dar certo.

  18. minha sugestão…como não sou economista, tem tudo pra dar cer..

    Minha sugestão:

    1- Diminui-se a taxa de juros

    2- Separa a economia em setores

    3- Timestralmente avalia a variação de preços em cada setor

    4- Naqueles em que tenha havido diminuição de preços, faz-se uma desoneração fiscal vantajosa nos próximos tres meses.

    5- E assim, fazendo leilões de desonerações fiscais, vamú qui vamú

    Como não sou economista, tem tudo pra dar certo.

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