O Festival de Choro da Semana Assad de São João da Boa Vista

No domingo passado fui jurado do Festival de Choro da Semana Assad, em São João da Boa Vista.

A semana é em homenagem à família Assad – um fenômeno musical que já entrou na terceira geração. O festival foi em homenagem a seu Jorge Assad, o patriarca bandolinista que faleceu no ano passado.

Na pré-seleção tínhamos que selecionar 7 dos 20 e tantos candidatos. Confesso minha incapacidade. Selecionei dez, tal a qualidade dos participantes.

Dos 7 pré-selecionados de cada jurado foram escolhidos cinco para a final.

O júri foi formado pelo Sérgio Assad, e pelos amigos do Choro Rasgado – Zé Barbeiro, Robertinha Valente e Alessandro Penezzi.

O Sérgio e eu gostamos muito do mineiro “Toca de Tatu” e do conjunto do excepcional bandolinista André Ribeiro, de Campinas. O pessoal do Choro Rasgado preferiu o “Quarteto Pizindim”, mais de acordo com o estilo de choro praticado no Ó do Borogodó. 

Aqui, os vencedores.

Quarteto Pizindim, com um bandolinista e um sete cordas dos melhores, conjunto da Zona Leste de São Paulo. O interpretação de “Treme Treme”, de Jacob, foi soberba.

https://www.youtube.com/watch?v=emiL96PaYmI]

 

O segundo colocado foram os mineiros do “Toca de Tatu”, de formação mais clássica e bebendo nas águas de Radamés Gnatalli.

 

https://www.youtube.com/watch?v=vUNtzrSZdnA]

 

O terceiro foi o excepcional bandolinista André Ribeiro. Seu conjunto tem um requinte extraordinário, a capacidade de subir e ralentar o movimento, como nos melhores clássicos de Jacob.

 

 

O quarto também foi emocionante: uma formação de clarinete com vibrafone. Um clarinetista excepcional e um vibrafonista interpretando a valsa “Desvairada”, de Garoto.

 

[video:https://www.youtube.com/watch?v=DfD4vuux5SU

 

 

O quinto foi o Daniel Migliavacca, belíssimo bandolinista colega das noitadas do Alemão. Daniel inovou em uma formação ousada, com um baixo: o Bandolaixo. Foi um pouco prejudicado pelo fato do baixo não ter trastes o que atrapalha a clareza, quando sola.

 

[video:https://www.youtube.com/watch?v=2QiCdxJ9CxY

 

 

 

 

Luis Nassif

1 Comentário

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  1. Não achou engessado?

     Já que ninguém fala vou saltar umas bobagens aqui depois alguém limpa, por favor!

    Musica!

    Deixo opinar; hoje no choro os grupos estão com múltiplos de habilitação instrumentista e usando um só tocador da musica, repousa, sabemos que o espaço permite que se arranje e coloque na roda de choro todos músicos com suas habilidades próprias e improvisação sobre o tema para cada instrumento, fugindo do acompanhantes único e somente.

    O primeiro é para mim o melhor por isto, faltou ao sete cordas ir além-mais do que fez e ate pareceu um vazio por isto. Estou seguindo a risca a musica tema do Jacob.  O cavaquinho poderia dar o ar da graça também e aparece uma única vez. Não sei se o choro vai seguir assim, mais precisamos de arranjos maiores dentro do próprio choro. Precisamos ir além do passado.

    Conhecimento cada vez maior no choro pode com arranjo dos próprios grupos, também com externos arranjadores, criando dados e técnicas maiores do choro englobando elementos diferentes, objetivos e recursos disponíveis, sem mudar o estilo da musica, características e reconhecimento dos elementos. Tem tantos elementos na base ritma, na instrumentação e com estrutura. 

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