O inacreditável Secretário de Educação de São Paulo

Não é necessária muita sofisticação intelectual para entender o papel do Estado como agente promotor das igualdades. O mercado concentra, o Estado equilibra. É através do Estado que se montam leis em defesa dos mais fracos e políticas sociais que permitam alguma igualdade de oportunidade.

A ideia de que os direitos são uma forma oportunista de substituir o mérito e o trabalho cabe melhor em espertezas como Paulo Skaf e outros menos votados, jamais em um Secretário de Educação, ainda mais em uma área vital para a promoção da igualdade.

Que o Secretário José Renato Nalini expresse sua indignação para com os direitos sociais nos jornais em que escreve, ainda vá lá. Mas no próprio site da Secretaria da Educação, é uma ofensa.

Como o governador do maior estado do país entrega uma área crítica, como a educação, a alguém de pensamento tão religiosamente primário, que debita a miséria à dissolução da família, da Igreja, dos valores morais, como se fosse fruto de pecados individuais? Qual a liderança que irá exercer sobre a rede de escolas, sobre alunos que estão despertando agora para seus direitos? Diz que a população se acostumou a reivindicar como se fosse sinal de atraso, e não de avanço civilizatório.

Quem critica a mediocridade do governo federal – com razão – deveria se debruçar sobre a gestão Alckmin. E, agora, sobre o Secretário de Educação Nalini. São Paulo não merecia isso.

A sociedade órfã

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José Renato Nalini, secretário da Educação do Estado de São Paulo

Uma das explicações para a situação de anomia que a sociedade humana enfrenta em nossos dias é o de que ela se tornou órfã. Com efeito. A fragmentação da família, a perda de importância da figura paterna – e também a materna – a irrelevância da Igreja e da Escola em múltiplos ambientes, gera um convívio amorfo. Predomina o egoísmo, o consumismo, o êxtase momentâneo por sensações baratas, a ilusão do sexo, a volúpia da velocidade, o desencanto e o niilismo.

Uma sociedade órfã vai se socorrer de instâncias que substituam a tíbia parentalidade. O Estado assume esse papel de provedor e se assenhoreia de incumbências que não seriam dele. Afinal, Estado é instrumento de coordenação do convívio, assegurador das condições essenciais a que indivíduos e grupos intermediários possam atender à sua vocação. Muito ajuda o Estado que não atrapalha. Que permite o desenvolvimento pleno da iniciativa privada. Apenas controlando excessos, garantindo igualdade de oportunidades e só respondendo por missões elementares e básicas. Segurança e Justiça, como emblemáticas. Tudo o mais, deveria ser providenciado pelos particulares.

Lamentavelmente, não é isso o que ocorre. Da feição “gendarme”, na concepção do “laissez faire, laissez passer”, de mero observador, o Estado moderno assumiu a fisionomia do “welfare state”. Ou seja: considerou-se responsável por inúmeras outras tarefas, formatando exteriorizações múltiplas para vencê-las, auto-atribuindo-se de tamanhos encargos, que deles não deu mais conta.

A população se acostumou a reivindicar. Tudo aquilo que antigamente era fruto do trabalho, do esforço, do sacrifício e do empenho, passou à categoria de “direito”. E de “direito fundamental”, ou seja, aquele que não pode ser negado e que deve ser usufruído por todas as pessoas.

A proliferação de direitos fundamentais causou a trivialização do conceito de direito e, com esse nome, começaram a ser exigíveis desejos, aspirações, anseios, vontades mimadas e até utopias. Tudo a ser propiciado por um Estado que se tornou onipotente, onisciente, onipresente e perdeu a característica de instrumento, para se converter em finalidade. 

Todas as reivindicações encontram eco no Estado-babá, cuja outra face é o Estado-polvo, tentacular, interventor e intervencionista. Para seu sustento, agrava a arrecadação, penaliza o contribuinte, inventa tributos e é inflexível ao cobrá-los.

Vive-se a paranoia de um Estado a cada dia maior. Inflado, inchado, inflamado e ineficiente. Sob suas formas tradicionais – Executivo, Legislativo e Judiciário. Todas elas alvo fácil das exigências, cabidas e descabidas, de uma legião ávida por assistência integral. Desde o pré-natal à sepultura, tudo tem de ser oferecido pelo Estado. E assim se acumulam demandas junto ao Governo, junto ao Parlamento, junto ao sistema Justiça.

O Brasil é um caso emblemático. Passa ao restante do globo a sensação de que todos litigam contra todos. São mais de 106 milhões de processos em curso. Mais da metade deles não precisaria estar na Justiça. Mas é preciso atender também ao mercado jurídico, ainda promissor e ainda aliciante de milhões de jovens que se iludem, mas que poderão enfrentar dificuldades irremovíveis num futuro próximo. 

No dia em que a população perceber que ela não precisa ser órfã e que a receita para um Brasil melhor está no resgate dos valores esgarçados: no reforço da família, da escola, da Igreja e do convívio fraterno. Não no viés facilitado de acreditar que a orfandade será corrigida por um Estado que está capenga e perplexo, pois já não sabe como honrar suas ambiciosas promessas de tornar todos ricos e felizes.

 
Luis Nassif

58 Comentários

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    1. hehehehe

      Provavelmente ele recorreria a algum versículo bíblico para responder.

      Ele deve ser da turma da Janaina, reigiosos, religiosos, uns santos!

  1. Esse é o tipo de matéria sobre o qual…

    Nunca sei como dar nota. Quero dar cinco estrelas para o comentário do Nassif e zero para o secretino da educação(!?). No final das contas, acabei dando três estrelas.

  2. PERPLEXIDADE É A PALAVRA

    “Paradoxal e emblemático. Muito apropriado a um estado que abandona e não assume a paternidade desta sociedade “orfã”. Resvala insistente e cotidianamente na negligência daquilo que é sua obrigação legal, moral e intrínseca enquanto instituição. Coube a um secretário de uma pasta que tem, em suas entranhas, uma estrutura à beira do descalabro e falência iminentes.”

    FONTE: http://facebook.com/qaeqse

     

     

     

     

  3. Século XIX

       O pensamento conservador desse secretário não é nada diferente de o de um conservador do século XIX. A “família” dos pobres desse país sempre foi orfã, desestruturada, sem pai e as vezes também sem mãe. O problema é que esses verdadeiros fósseis vivos acham que o mundo é uma família de classe média-alta na qual eles pertencem e não veem o complexo mundo ao redor deles. Isso chega a ser uma tragédia se pensarmos que um secretário da educação pensa assim.

       

  4. Educação?

    O discurso do secretário está em perfeita consonância com o governo de Alckmin, que desde sempre está voltado a uma parcela da sociedade de SP  composta pela classe média, dos que querem pertencer a ela a todo o custo e dos que, paradoxalmente, desprezam estes dois outros grupos por deterem de fato riqueza e poder. A dominação vem pela viiolência e pelo privatismo; a retórica é a da competência, do mérito e do furor religioso. Nada disso, porém, é capaz de disfarçar uma imensa hipocrisia. 

  5. Educação?

    O discurso do secretário está em perfeita consonância com o governo de Alckmin, que desde sempre está voltado a uma parcela da sociedade de SP  composta pela classe média, dos que querem pertencer a ela a todo o custo e dos que, paradoxalmente, desprezam estes dois outros grupos por deterem de fato riqueza e poder. A dominação vem pela viiolência e pelo privatismo; a retórica é a da competência, do mérito e do furor religioso. Nada disso, porém, é capaz de disfarçar uma imensa hipocrisia. 

     

  6. O contraponto aos Direitos

    O contraponto aos Direitos são os Deveres. Os cidadões cumprem seus deveres e quando chega no Secretario de Educação, que tem deveres a cumprir entre eles o de cuidar da educação que é um direito, ele diz que a população tem muitos direitos então ele não vai cumprir. Ataca o direito dos outros para não fazer seus deveres.

  7. Ternos em Miami

    Apenas lembrando: esse sujeito é o mesmo que defendeu o famigerado “auxílio-moradia” para juízes, dizendo que os nobres magistrados precisam comprar ternos em Miami. Ou seja, ele é contra que o Estado seja um fator de igualdade de oportunidades para os mais pobres, mas é a favor de que os nobres juízes consumam R$ 1 BILHÃO anuais do orçamento federal para esse inacreditável, imoral e vergonhoso “auxílio-moradia”.

    https://www.youtube.com/watch?v=AbrQc22CJE0

    1. É muita cara de pau, um escárnio!

      A imensa maioria dos brasileiros não recebem ganhos mensais líquidos de R$ 4300,00.

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=AbrQc22CJE0%5D

      Como ficam os outros brasileiros? Os que também são descontados em 27% no IR, mas que pagam por seus sapatos, seus ternos, sem irem a Miami, que também adquirem seus carros e pagam planos de saúde com o que recebem de salários, sem receber nenhum adicional “moradia”? Então é somente juízes que precisam se apresentar bem vestidos em serviço e terem carros e planos de saúde?

  8. Indigência e desonestidade

    Incrível, um secretário de educação que conseguiu apresentar simultaneamente indigência e desonestidade intelectuais.

  9. Secretário Educaçäo SP
    Concordo. Exemplo de Estado babá. 1) Auxilio moradia, 2) Salários acima do teto 3) Três meses por ano sem trabalhar4) Reajustes salariais fora das realidade econômica do país, etcéteras etcéteras e etcéteras

  10.   Só para lembrar (e sendo

      Só para lembrar (e sendo reconhecidamente chato): é esse tipo de ser que se encontra “do lado de lá” do tal “pacto” que vem nesse proposto aqui no GGN. Imaginem o que esse pessoal acha dos programas sociais do atual governo. Para essa gente, o normal é o Brasil ser aquele país dos bons tempos da desigualdade campeã mundial.

  11. Só tem um problema aí, e quem

    Só tem um problema aí, e quem estuda a problematica escolar sabe, o Estado não tem nenhum interesse em melhorar a educação publica, NENHUM, se quisessem já o teriam feito, basta ver o ensino superior publico, que além de gratuito é muito melhor que o privado, o problema é a clientela a que se destina; no paradigma atual, esse é o homem certo no lugar certo..

    1. Verdade, levanta questão

      Verdade, levanta questão importante, sim. dois reparos, porém. Primeiro, o interesse do Estado – o Estado não tem interesse nisso ou naquilo, na verdade, ele é uma arena em que conflitam diferentes interesses. Uma contraprova disso é a razao do segundo reparo: o ensino superior público e sua clientela. Também é verdadeira essa descrição, em termos gerais. E é visível que essa clientela, nas universidades federais, está mudando sensivelmente nos ultimos dez anos, com o modelo de expansão com reforma do Reuni, com a mudança dos exames nacionais, etc. É visível a mudança dos ingressantes. Ainda pequena, insuficiente, mas já é visível. Isso não tem efeitos apenas na redução de desigualdades (mais oportuniddes para pobres, negros, etc). Tem tambem impacto nas insituicoes de ensino e pesqusia – elas são obrigadas a encarar desafios novos (como ensinar ao novo publico) e temas novos de pesquisa (mais proximos desse novo público).

  12. O grande problema é que
    O grande problema é que grande parte, talvez a maior parte, dos que criticam a mediocridade do governo federal pensa como esse sujeito. Triste era a nossa.

  13. Apenas Nalini pode ser órfão
    Em comentário anterior, escrevi acerca da “persona” midiática do ex e pior presidente que o Tribunal de Justiça – TJ teve.
    O estado babá lhe serve para solicitar justiça gratuita em processos ele é uma das partes.
    A gratuidade judicial é destinada aos “pobres per ante a lei”.
    O estado está ou não sendo babá desse cidadão dado a estrelismos?

  14. E ele também falou que o

    E ele também falou que o sonho dele era que a merenda fosse feita pelas próprias mães dos alunos – ou seja, um sujeito que pensa que a família hoje é igual à família de meio século atrás. Nalini é a personificação da mediocridade que o psdb impôs ao Estado de SP em 25 anos de gestão contínua – ao lado do esqueleto do monotrilho. E pra piorar, em 2018 Alckimin pode ser recompensado com a presidência. É desanimador

  15. isso é sumpaulo dos tucanos,

    isso é sumpaulo dos tucanos, associado à mentalidade rapinante dos aristocratas judiciários

    cabe lembrar também o caéz, que é do ministério público e membro do psdb, suspeito no roubo das merendas

  16. A COISA É AINDA PIOR

    Não se trata da defesa de uma determinada concepção de Estado, que, quanto mais atua, mais atrapalha o desenvolvimento das pessoas e da sociedade. Alusões ao Estado Mínimo têm o propósito de dar ao discurso um quê de razão, para que não se escancare de vez a total má-fé desse governo. Ora, não se está aqui diante de um governo que se guia pelo desenvolvimento dos indivíduos e da sociedades. Essa gente que está aí há 20 anos quer, ativamente, manter as desigualdades, de modo a que se perpetuem os privilégios de uma diminuta classe dominante: só filho do preto é alvejado pela polícia; só o bairro do pobre fica sem água; as obras do Metrô e do Monotrilho da Cidade Tiradentes são constantemente  paralizadas e adiadas, impondo ao pobre que sacoleje por horas em ônibus para ir ao travalho e retornar à casa… E agora eles vêm com essa: querem que esse povo humilhado, desrespeitado e cansado supra as falhas de uma escola pra lá de sofrível e de uma política de educação deliberadamente displicente.

  17. Lamentável a conduta do Sr.

    Lamentável a conduta do Sr. Secretário Nalini que já perderá todo meu respeito ao – depois de exercer o honroso cargo de Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – numa “capitis diminutio” aceitar função no Governo de Alckmin

  18. Mais um cidadão que

    confunde jusante com montante. 

    No dia que ele entender isso, ele se envergonhará do que andou escrevendo / fazendo por aí. 

  19. Tito para secretário de Educação

    Tito, o cãozinho voador de D. Lu Alckmin – aquele mascotinho que participa das viagens aéreas da primeira dama, pagas com o dinheiro dos paulistas –  seria mais indicado que o Nalini para ocupar o cargo de secretário de educação. O cachorro pouparia os contribuintes de lerem tamanha besteira no site da secretaria de educação.

  20. Que

    Igreja é essa que ele tanto fala.

    A igreja até agora somente serviu para apaziguar os ânimos dos pobres através da malfadada “esperança”.

  21. Avisem a comunidade científica

    Foi encontrado em Jundiaí o elo perdido entre o australopiteco e a samambaia. Está vivo e atende pelo nome de Nalini.

  22. Beberam da mesma água?
     

    Data Venia

    Acho que descobri a fonte inspiradora daquela moça que discursou no largo de São Francisco, embora considere o secretário e a professora cada um isolado um do outro em pensamento, palavras e obras.

     

    Alerto que o fenômeno do artigo acima reproduzido não é o pensador mas talvez a água que tomaram, que veio não sei de onde. 

     

  23. Essa política de destruição do ensino público é uma bomba de des

    Essa política de destruição do ensino público é uma bomba de destruição em massa contra os pobres. A estratégia é simples, coloca uma criatura como Nalini na secretaria de educação que a destruição é certa. A mesma estratégia foi utilizada pelo José Serra para destruir a USP nomeando o João Grandino Rodas para a reitoria da universidade. O desmonte da educação pública está associado à estratégia de poder do PSDB.

  24. Os liberais brasileiros

    Governantes dos EUA pensam diferente…

    Aqui, matéria da Revista Pesquisa Fapesp sobre Estado americano coordenando e financiando pesquisas em área de ponta, medicina de precisão… O que resultará em tecnologias e produtos, que nós compraremos, no futuro…

    http://revistapesquisa.fapesp.br/2016/03/21/a-vez-da-medicina-de-precisao/

    Aqui, comentário que postei junto da matéria no Google+:

     Os EUA garantem preço mínimo para seus produtores de soja…

    Já perderam disputa com o Brasil, na OMC, a respeito do açúcar…

    Eu poderia continuar, bastaria buscar as matérias no Google…

    Na matéria abaixo, informações da Revista Pesquisa Fapesp a respeito de enorme investimento do Estado americano para ciência de ponta, com aplicações comerciais…

    Só o Estado pode fazer tal investimento e coordenação de esforços… é o que pensam suas lideranças…

    Estados como o americano, o chinês, o japonês, o russo… estados dominantes em termos econômicos, científicos, militares… têm lideranças que parecem não aprender com a história…

    Seus líderes deveriam ler os manifestos do Vem Pra Rua, entrevistas de economistas do PSDB…

    – Obama, Putin… Deixem de ser anacrônicos! Estado mínimo!

    (Na web, é conveniente que ironias sejam assumidas explicitamente)

    *

     “O Estado empreendedor: desmascarando o mito do setor público vs. setor privado”, da economista italiana Mariana Mazzucato, que foi consultora do governo inglês a respeito de inovação:

    http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=13659

    Nesse livro há outra versão sobre a história da Apple, sem desmerecer Steve Jobs, mas apontando para o que do iPhone resultou de investimentos milionários, pacientes, duradouros, do Estado…

    Investimentos que, lá no início, eram de resultados incertos…

    Inovações, novas tecnologias e produtos criam mercados…

    Inovações como internet, web, tela touch screen…, sem as quais não haveria iPhone, foram bancadas por Estados…

    Liberalismo? Estados não interferem ou não devem interferir na economia?

    Mazzucato trata, ainda, da nova revolução tecnológica que viveremos, a das fontes de energia limpa…

    Quem está à frente dessa revolução, que Estados…?

    Quem apenas comprará, a altos preços, as inovações…?

    Num trecho interessante do livro, Mazzucato discute a relação entre concepção de Estado e sua burocracia…

    Quando o Estado é visto como ineficiente, estorvo…, a burocracia não tem boa qualificação, os cargos estão ligados a apadrinhamentos, barganhas…

    Quando o Estado é considerado ator importante, a burocracia atrai os melhores, é altamente qualificada, assume-se uma função pela competência, pela capacidade de criação…

    Não sugiro o livro como Bíblia…

    Ninguém deve ler um livro só, penso eu…

    *

    A matéria da Revista Pesquisa Fapesp, a respeito do desenvolvimento da medicina de precisão, é um exemplo da atuação dos Estados que dominam o mundo…    

     

  25. Contradição pouco é bobagem:

    o cara prega o laissez faire, livre mercado, não intervenção, o diabo a quatro e diz que o mercado mercado jurídico é aliciante. Ora, isso é normal do capitalismo: ou existe mercado ou se cria mercado. E o caso das demandas jurídicas é exemplar, criando uma verdadeira indústria dos processos. Não sei o que a anta tucana queria.

  26. Quando era Desembargador,

    Quando era Desembargador, Nalini nunca renunciou ao seu direito de perceber salários gordos que nos últimos tempos passavam de 90 mil reais.

    Após se aposentar do TJSP ele não renunciou ao seu direito a perceber aposentadoria integral, que é equivalente ao salário gordo que ele recebia na ativa.

    Ao assumir o cargo de Secretário de Estado ele não renunciou ao seu direito de perceber a remuneração correspondente.

    De fato, a fala de Nalini só tem sentido se considerarmos que ele pretende garantir seus próprios direitos mediante a supressão dos direitos dos demais cidadãos. Mas neste caso ele não desfruta direitos e sim privilégios.

    Às armas cidadãos, descubram a guilhotina e limpem o cadafalso.  Mais um aristocrata paulista chegou para entregar sua cabecinha cheia de privilégios ao cesto da nossa revolução à moda francesa. 

  27. Quer saber?

    A paciência tem limites…

    Que tal um médico pneumologista para a Secretaria da Justiça?

    E um arquiteto paisagista para a presidência do STJ?

    Tratam os cidadãos como idiotas!

     

    1. Talvez

      Talvez o problema do judiciário seja ter muitos juízes, que historicamente no país, criaram uma caixa preta impenetrável, bem como não andam bem quaisquer organizações corporativistas, devido a condição anacrônica, fechada em si mesma etc.

      Talvez a escolha de secretários, ministros e outros cargos públicos, onde couber,  deva privilegiar um perfil diversificado e politicamente construtivo, comprometidos com realizações sociais democráticas, que superem a confusão do uso dos meios públicos como meio privado. 

      Talvez para este mister possa ser jurista secretariando a educação, mas que saiba  que  a anomia é um conceito de um tipo de sociologia muito restrita que leva a uma visão da sociedade como uma horda. 

      Melhores ministros de saúde talvez tenham sido médicos políticos criativos que souberam (no seu tempo e nas suas condições) lidar com as questões sistêmicas, médicos que fizeram gestão interna e lidaram com políticas públicas em outros órgãos fora da saúde.

  28. Sec. de Educação ”exemplar”

    Sec. de Educação ”exemplar” para um estado ‘governado” por um tucano.

    Ele deveria ter dito: querem reclamar direitos vão para Suíça. k k k k

  29. O inacreditável Secretário ….

    É nisso que dá quando se elege um tucano, neolibral, inimigo figadal do Estado Democrático de Direito, para “tomar conta” de um estado da Federação, republicano. Uma raposa no galinheiro. Esperar dele, pois, o quê? Quem planta colhe.  E colher exatamente aquilo que plantou … Não pode é esperar que bananeira dê laranja, nem coqueiro dê caju….  Como diz o ditado! kkkkkkkkkkkkkkkkk

  30. o cara teve o sustento dele

    o cara teve o sustento dele provido pelo estado a vida toda, e agora ainda acrescido de outros penduricalhos, vem falar em estado babá. Descaramento puro e simples

  31. O absurdo fica ainda maior,

    O absurdo fica ainda maior, quando este ‘marciano’ (não pode ser da Terra, né não?) fala de ‘vontades mimadas’ e que ‘desde o pré-natal à sepultura, tudo tem de ser oferecido pelo Estado’ e a gente lembra de como ele justificou os penduricálhos vergonhosos no subsidio de ‘Vossas Magestades’: “Comprar ternos em Miami”, né não?

  32. Quanta desfaçatez, quanta

    Quanta desfaçatez, quanta desonestidade intelectual! Como exclamou o ministro Luís Robero Barroso: Meu Deus, é esse homem o que conduz a educação pública no mais rico do País?

    Notem que o sucateamento da educação pública se dá de forma deliberada em estados administrados pelo tucanato; observem o que ocorre em SP, no PR e em GO. O discurso de José Roberto Nalini mais parece o de um burocrata neoliberal da Secretaria de Fazenda.

    Observem a atuação de José Serra no Senado e de Gilmar Mendes no STF. Essa turma é que deseja governar o Brasil. Abram o olho, cidadãos democratas!

  33. os Nalini


    A família Nalini é oriunda aqui de Jundiaí, onde o pai Batista Nalini fixou residência com a sua esposa (cujo nome não me recordo) e três filhos: Raquel ( diretora aposentada dos quadros da Prefeitura de Jundiaí) , José Renato ( o protagonista da história) e Jane Ruth ( uma Juíza de Direito, que foi enfermeira na juventude e é casada com Alberto Anderson Filho, Desembargador do Tribunal de Judtiça de São Paulo e que é um dos poucos qu econheço que honra a toga. Jane comanda a 3a. VAra criminal de Jundiaí).  Formavam uma família católica fervorosamente católica , que habitava um bairro da cidade que por circunstâncias desconhecidas, era tido como um bairro boêmio e intelectual de Jundiaí. A Ponte São João.

    Na época dos estudos , José Renato Nalini  trabalhava no Jornal de Jundiaí Regional, como colunista social e ingressou na Faculdade de Direito da PUC Campinas. Moço inteligente , se formou e advogou por bom período e na década de 70 , ingressou nos quadros da Magistratura.

    Pessoa refinada e muito culta, começou a lecionar Teoria Geral do Estado e tinha como guru Dalmo de Abreu Dallari, cuja obra adotava ipsi literes em suas aulas. Era tido como um socialista ( um comunista moderado). Apesar de seu fervor católico , ensinava que o início do ministério de Jesus formava a primeira comunidade anarquista do mundo. Eu ouvi isto em uma das suas aulas no meu 1o. ano do curso de graduação da faculadade de direito de Jundiaí ( Faculdade Padre Anchieta) , no ano de 1984.

    Este dado me alegrou e incentivou a ter grandes conversas com aquele senhor que me parecia um baluarte da Justiça.

    Dois anos depois, quando era tesoureiro do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito, tive a oportunidade , de junto com então Presidente Fernando Bardi, hoje Delegado de Polícia, recepcioná-lo e recondui-lo a sua residência em São Paulo. Desfrutamos também de um jantar, pois ele era o patrono da semana jurídica que o DA promovia.

    Suas idéias eram estremamente progresssitas e totalmente contrárias ao moribundo regime ditatorial que ainda comandava o país.

    Era um defensor dos direitos e da apaziguação social, a partir da conciliação e de princípios cristãos.

    Tornou-se Desembargador e sempre teve seu nome ligado a social democracia, que foi a bandeira de grandes psdbistas.

    Mas o PSDB mudou. Se tornou um partido de direita, com fulcro no neo liberalismo e políticas entreguistas e oportunistas. Isto porque , a batuta do partido ficou com uma pessoa que nunca teve caráter: Fernando Henrique Cardoso.

    Que Nalini era maçon eu sabia, mas um dia me contaram que ele estava integrando a opus dei. Mesma seita católica conspiratória a qual pertence Geraldo Alckmin.

    Suas atitudes e manifestações começaram a guinar para uma direção contrária da anterior. Defensor da defesa dos direitos e crítico de colegas de toga autoritários e arrogantes, amenizou seu discurso e passou a apresentar tímidamente idéias mais apropriadas aqulo que semrpe combateu.

    Temo que o bom mestre , que me ensinou algumas coisas sobre uma idéia de nova ordem a partir do socialismo cristão ou , como chamavamos entre nós o neo comunismo ( em antitese ao neo liberalismo . É a histórinha da dialética marxista, mude-se somente os termos.) teve seu cérebro lavado pela empáfia de velhos e falsos amigos emplumados. Ele me parece confuso e não mais convicto do que diz.

    É uma pena.   

  34. É a prova que diploma não da

    É a prova que diploma não da credito para ninguem. 

    Para ter diploma basta decorar para responder nas provas.

    Agora, para formar um juizo de valor precisa ter consciencia, tem uma cabeça,

    um sentimento, uma capacidade de descenir entre as melhores opções.

  35. Hipocrisia e cinismo no judiciário e nas cúpulas reacionárias

    Nassif,

    O Nalili, já surfou de bacana neste espaço, infelizmente. Mas, nunca é tarde pra se corrigir equívocos, até por desconhecimento da figura pública de que falamos.

    Tenho motivos de sobra para tecer críticas ao modus operanids do ex-pres. do TJSP e ex-corr.geral do mesmo Tribunal.

    Hoje já se sabe de seu gosto refinado, de comprar gravatas em Miami.

    Se sabe também, de sua postura ultraconservadora. 

    Essas figuras públicas infestam o poder judiciário, com seus assistentes a serviço do poder hegemônico e contra os direitos e garantias constitucionais expressos em letras garrafais no Art. 5 da CF/88.

    O tráfico de influência do poder econômico, no caso específico a Dreyfus, com suas múltiplas e tenebrosas facetas galvamizadas pelos filigramas jurídicos neofascistas, corrói de forma irreversível o poder judiciário. Por onde passa, deixa a marca indelével da hipocrisia e do cinismo insitucional.

    Em minha peregrinação pelo judiciário à mais 13 anos,  numa luta inglória, solitária e massacrante, contra a Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A, – https://jornalggn.com.br/noticia/como-as-grandes-bancas-deturparam-o-credito-rural – que tem como sócio em uma de suas empresas o ex Min. Delfim Neto, na BIOSEV; tive de enfrentar o cinismo, a hipocrisia e arrogância de Nalini e um de seus escudeiros assessories, o Luciano Paes Leme. 

    Além, da discussão maior sobre a defraudação de penhor do BB com recursos do Tesouro, tentei na CGJSP, quando Nalini era CGJ e estava para assumir a pres. do TJSP, o cancelamento do registro fraudulento pelo CRI-Guaíra de CPR sem pagamento, cujo registro anterior não havia sido providenciado no CRI competente, que é de Miguelópolis.

    Os fundamentos apresentados pela assessoria de Nalili e por ele mesmo, em sua decisão de negar pedido de cancelamento de um registro fraudulento, em um Título também, fraudulento, não resistem ao menoer combate jurídico razoável e legal.

    Mas deixo aos colegas a decisão para apreciarem e não memestender em tema jurídico que pouco apelo tem dos internautas, infelizmente, razão pela qual, assistimos hoje o protagonismo do Poder Judiciário sobre nossas vidas.

    Decisão de 17/12/2013 – Autos 2013/12215 – Pedido de reconsideração ao Parecer 455/2013-E

    Informo ainda que Nalini, se momitiu até mesmo de decisão anterior sua, em sentido diametralmente oposto, ao alegado, para negar o cancelamento do registro fraudulento de CPR-Cédula de Procuto Rural, podre. Tão podre e fira quanto aquelas que quebraram o Banco Santos, que em 2004.

    A situação é tão caótica, que pela negativa de cancelamento do título pela via admininstrativa, obrigou-nos a requerê-lo judicialmente. E o que decorreu deste pedido, foi ainda mais grave.

    A Dreyfus, conserguiu levar o processo que cuida de Registro Público de Título de Crédito emitido em Guaíra, cujas prerrogativas de Juiz natural e Corregedor Permanente é do Juízo de Guaíra-SP, para ser julgado por um Juiz da cidade de São Paulo, naturalmente de sua preferência.

    Conclusão o Juiz de SP decidiu em favor da Dreyfus, espisinhando todo texto da LRP e outras normas consagradas sobre o tema. 

    Proc. 0000473-84.2013.8.26.0210, Juiz: Rogério Marrone de Castro Sampaio

    Contra a decisão deste Juiz estamos recorrendo no TJSP: PROC. 0000473-84.2013.8.26.0210

    Concluo dizendo, que esses serviçais do poder econômico, transgridem, negligenciam a lei em nome da justiça, recebendo salários milionários e continuam impunes com a mesma arrogância daqueles que dizem: você sabe com quem está falando?

     

  36. Respondendo a chamada da

    Respondendo a chamada da Matéria jornalistica

     

     

    Como se escravos tivessem chance. O esforço é enorme. E não podem reivindicar…Platão! Não seria isso o mito da caverna?

  37. Respondendo a chamada da

    Respondendo a chamada da Matéria jornalistica

     

     

    Como se escravos tivessem chance. O esforço é enorme. E não podem reivindicar…Platão! Não seria isso o mito da caverna?

  38. meritocracia e pensamento aristocrático.

    O discurso da meritocracia em lugar dos direitos em geral é feito por quem ocupa posições que não ganharam por ‘esforço próprio’. Na extensa produção acadêmica desse senhor, o tema da educação não deve chegar a 1% do que ele produziu. Não tem nenhum ‘esforço próprio’ que justifique sua posiçao como secretário de educação, não conhece o assunto, não fez concurso e sequer foi eleito para o cargo. Fala mal do Estado mas viveu a vida toda as custas dele (nossa).

    A meritocracia é um discurso para os outros. O recado é para as outras pessoas se conformarem e se autodepreciarem. Quem o pronuncia acha que tem um direito quase divino de ocupar suas posições na sociedade e no Estado, como se este fosse sua propriedade privada, seu ‘feudo’. É um discurso retrógado, anti iluminista que nada tem a ver com o falecido liberalismo politico do século XVIII. É um pensamento aristocrático, tipico de uma classe e de uma sociedade decadente como a sociedade feudal que se desmantelava no século XVIII.

    Ele que aguarde a revolta dos sans cullottes.

     

    1. A meritocracia é um método de gestão

      Nessa celeuma toda é esquecido que a meritocracia não é, nem nunca pretendeu ser uma sentença de justiça. Não é justo que uns sejam mais inteligentes do que outros, assim como não é justo que uns sejam mais bonitos ou mais ricos do que outros. A meritocracia é um método de gestão. E como todo método que já teve sua eficácia comprovada, não é justo, mas é lógico.

      O objetivo da meritocracia é otimizar a eficácia do trabalho, o que é de interesse geral de toda nação. É o paradigma do time de futebol: todos os jogadores querem obviamente ser titulares, mas se não puderem sê-lo, preferem que os titulares sejam os melhores entre eles, pois é melhor ser reserva de um time vencedor do que de um time perdedor. Faz sentido. Se as poucas vagas no ensino superior forem concedidas a estudantes menos capacitados em detrimento dos mais capacitados, o nível dos alunos formados em algum nível cairá, independente do conceito subjetivo de justiça que se possa fazer quanto a essa política. Caindo o nível dos profissionais formados, em algum nível a qualidade do trabalho cairá, o que prejudica o país como um todo, inclusive aqueles que nunca entraram em uma universidade. O que pode acontecer é essa queda ser pequena ou até imperceptível, mas ela sempre existirá.

  39. Não é o mercado que concentra…

    Não é o mercado que concentra, nem o Estado que distribui. A concentração de renda é característica de uma economia ineficiente, que gera pouca riqueza à custa de muito trabalho, e portanto agrega pouco valor à força de trabalho. O mercado nem concentra nem distribui. E tudo o que o Estado pode fazer, em termos de distribuição, é entregar benesses diretamente nas mãos dos necessitados sem alterar o fundamental da economia ineficiente que é a causa da má distribuição de renda. É claro que isso é uma gota no oceano.

    Mas se o Estado pode distribuir riquezas a conta gostas, pode também concentrar riquezas aos borbotões, seja por privilegiar apenas os empresários amigos do Estado, seja por produzir inflação, o maior dispositivo concentrador de renda até hoje inventado.

  40. O mundo melhor de Renato Nalini parece ruir…

    Escrevi em 2014 e 2015, dois trocadilhos com o que o fenômeno editorial e seresteiro do TJSP costuma chamar de “mundo melhor” http://blogsandrapaulino.blogspot.com.br/2014/09/o-mundo-melhor-dentro-do-tribunal-de.html Malgrado seja um reiterado processado, por crimes como enriquecimento ilícito e peculato, o “prodigioso” político que encheu os bolsos de forma asquerosa, juntando-se com guangues de Ribeirão Preto, passando por Nova Iorque e voltando a SP para inaugurar sua banheira de hidromassagem em uma cobertura de Higienópolis, Chalitinha foi figura carimbada em todo tempo que Nalini esteve no Palácio. Com ou sem violão, partituras e outros apetrechos, eles protagonizaram muitos episódios “poéticos” e outros nem tanto. Advogados sabem do que falo, até porque, de balcões o tribunal já era conhecido desde antes, quando o ébrio inveterado ali firmou acordos incluindo “mimos” de alto valor, por exemplo, automóvel de 350 mil na tabela de 2011. Esse “mundo melhor” rendeu e ocntinua rendendo ranço contra mim, mas como o massacre continua, é bom que saibam que ainda tem muuuuuuuuuuuuita bala, não só na agulha. Quem quiser, leia e busque os outros textos. Creio que não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe e espero viver pra ver a queda da Bastilha de SP. Assistirei e não negareimeus aplausos. Que reservem muito cimento para não contaminar o chão.

  41. Concordo com o texto, desde

    Concordo com o texto, desde que ele já não em atividade no judiciário receba uma aposentadoria INSS ou um valor real de benefício.Assim poderá falar sem hipocrisia de um ESTADO BABÁ

  42. Caro Nassif

    O enunciado, pela Imprensa, é nítido e válido como expressão da idéia de seu autor. Não o vejo, na sua premissa introdutória, a do seu artigo  – como necessariamente negativo. Por expressar ponto de vista e credo político ( pois é disto que se trata ) do Estado mínimo o qual, de supostamente tão bom, em nada atrapalhe. Disto, a pérola: “…Segurança e Justiça, como emblemáticos. Tudo o mais…”

     

    Convenhamos, todos da trupe longeva e eterna, a dos trinta anos, dos quais padece a boa terra bandeirante – e não sem razão, o berço, latente,  do incrível mas verdadeiro complexo de inferioridade cultural que traduz-se na roupagem de ódio, discriminação e violência contra gênero, cor de pele,  migrantes, condição dos despossuídos, moradores de rua, drogaditos, moradores de periferia, prostitutas e… petistas – quem teria coragem de assumir esta expressão – e numa surpreendente descrição – de semelhante Estado mínimo..?

     

    Nem precisa ser pontuada a incongruência do Estado mínimo para os outros, menos para os quatrocentos príncipes da Magistratura bandeirante. Para estes, o Estado é o máximo; pois outros internautas, abaixo, destacaram já aqui, e bem melhor.

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