O leilão das linhas de ônibus interestaduais

Da Folha

Linhas de ônibus do país todo vão a leilão

Ricardo Mioto

A ANTT –Agência Nacional de Transportes Terrestres– vai mudar toda a geografia do transporte rodoviário interestadual de passageiros no país. Foram colocadas em licitação todas as rotas atuais, com exceção de 25, cujas permissões ainda valem.

Segundo o edital, já publicado, as interessadas devem apresentar suas propostas em 20 e 21 de janeiro de 2014.

As linhas serão concedidas por 15 anos, e vence quem oferecer as menores tarifas, o que pode levar a uma mudança de preços das passagens após o leilão –o objetivo da ANTT é atingir a “modicidade tarifária”.

As linhas não serão licitadas individualmente. Para garantir que todo o país seja atendido, mesmo em regiões de menor movimento, elas foram agrupadas em blocos, dos quais fazem parte rotas mais e menos lucrativas (veja exemplos no quadro).

CASO ANTIGO

O caso das linhas interestaduais se arrasta desde a Constituição de 1988.

Embora o mercado de linhas de ônibus não seja um monopólio natural –em um mercado aberto, bastaria um veículo para começar a competir com empresas estabelecidas–, em 1988 ficou decidido que a exploração do serviço teria de ser precedida de licitação, pois esse setor seria de interesse público.

Em 1993, um decreto presidencial deu às empresas estabelecidas uma permissão de 15 anos, para garantir a continuidade do serviço.

Essa permissão venceu em 2008. Sob pressão do Ministério Público Federal, que pediu nova licitação em vez de simples renovação das permissões, a ANTT começou naquele ano pesquisas que desembocaram no atual edital.

Há hoje 207 empresas operadoras de ônibus, mas o leilão terá no máximo 54 vencedoras, representando uma concentração do mercado.

Para participar, interessados isolados ou líderes dos consórcios terão que apresentar fortes qualificações, como já ter determinada frota, garagens e experiência -os números variam de acordo com o bloco licitado.

Tais exigências afastam aventureiros da licitação, mas tendem a excluir tanto empresas menores quanto novatos interessados em entrar no ramo, criando na prática uma reserva de mercado.

GRANDES INSATISFEITAS

Isso não significa que as grandes empresas do setor estejam felizes. O problema, segundo as empresas, é que o novo agrupamento de linhas não necessariamente reflete as operações atuais.

Ou seja, o leilão deve trazer uma grande dança das cadeiras entre as operadoras.

Uma grande empresa do setor ouvida pela Folha fez um estudo e concluiu que, na melhor das hipóteses, em função das combinações de linhas possíveis de serem arrematadas, manterá só 30% da sua atual malha.

Empresas que tradicionalmente operam trechos próximos às suas sedes históricas podem deixar de fazê-lo e, em um curto período de tempo, mudar garagens, moradia de funcionários e rodoviárias.

Questionada sobre a redistribuição dos blocos e a redução no número de operadoras, a ANTT não respondeu até a conclusão desta edição.

 

Redação

25 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Mais ou menos,funciona

    Mais ou menos,funciona assim:

      O idoso têm direito a duas passagens grátis no buzão- marcadas com 9 anos de antecedência porque está sempre ”preenchida”.

              Incontáveis x o buzão sai da rodoviária sem as duas vagas ocupadas.No meio do caminho( invés da pedra do Drummond) há um passageiro jovem que por livre e espontânea vontade dá uma nota pro motorista ou responsável pelo buzão.

               Curiosamente e coincidentemente ele está acompanhado,ou não, mas  lá na frente do caminho aparece outro passageiro muito caridoso que tbm dá um ”agrado”. pro responsável.

                   Dos 72 paises corruptos,nós somos o número 68.

                     Outra corrupção:

                   Estamos em último mesmo.

     

     

    1. Ai, vem o complexo de vira

      Ai, vem o complexo de vira latas e quer dividir, com o povo brasileiro, a corrupção do EMPRESÁRIO SAFADO (desculpem o pleonasmo),. 

  2. Se tem uma coisa que funciona

    Se tem uma coisa que funciona bem no Brasil são os ônibus interestaduais (ou intermunicipais, dependendo), nunca vi reclamação nenhuma de usuários. Pelo menos aqui pelos estados do sul pelas empresas Santo Anjo, Eucatur, Penha, Catarinense e outras. Passagens razoavemente barratas, ônibus novos e com todo o conforto que não vemos em aviões, horários suiços, motoristas e pessoal do staff das empresas extremamente amaveis no trato com os clientes.

    Sou vezeiro em andar de busão, e a cada vez me surpreendo mais pela qualidade do serviço prestado pelas empresas, sinceramente nada a reclamar…

    Além de as companias disponibilizarem um mix grande de opções aos usuários, tem ônibus para todos os gostos, dependendo do horário, tem normal, executivo, direto, pinga-pinga, rodoviaria a rodoviaria, para na beira da BR pra descer….

     

     

     

    1. Discordo muito.

      so vou fazer uma listinha dos problemas que ja tive:

      – Onibus mudou a rota sem avisar

      –  Onibus sem manutençao quebra e espera de 4 h até chegar substituto

      –  Companhia vende passagem de viagem executiva (+ cara) e o onibus é comum

      –  poucas conexoes disponiveis, forçando que o usuario tenha que andar mais até chegar ao destino

      – porta de banheiros e janelas que nao fecham

      – sujeira extrema

      – incompetencia do vendedor de passagens que nao sabia informar sobre o itinerario correto do onibus, o que me fez comprar uma passagem pra Campinas e so descobrir que o onibus nao passava em Campinas qdo ele nao seguiu pelo caminho usual,  fazendo que tivesse que ir a S.Paulo e comprar outra passagem pra voltar.

      – e um dos maiores absurdos: cheguei no horario correto ( na verdade 20 min antes) e o onibus ja tinha partido!  O motorista alegou que confundiu o horario de saida….

       

      Vc pode nunca ter enfrentado estes problemas mas dizer que nao conhece ninguem com motivos pra reclamar, ta me parecendo que vc é funcionario de companhia de onibus….

    2. Enumeração do que deve ser o serviço de ônibus

      O Walter mostrou que sabe o que é bom para os passageiros dos ônibus, cabe ao governo cobrar isto das empresas que não fornecem serviços de transporte com estas qualidades.

      Multa pesada logo de cara para mostrar que não estão para brincadeira.

      Cassação da lincença de operação na reincidência dos problemas.

      Depura e valoriza o transporte de passageiros por ônibus. A Dilma mostra serviço e se reelege no mole.

      1. Imagino o que deve ser esse

        Imagino o que deve ser esse tal Real Expresso, mas como frisei no meu comentário, me fiei no sistema aqui do sul (e no litoral), que de fato é muito bom. 

    3. viação reunidas e pluma!

      Se falarem que os onibus que vão pro sul do páis são otimos, acho que estão loucos, pois pode ate ser pra sta catarina que sao feitas por ônibus da Catarinense.

      Mas acho que esqueceram das cidades gauchas que viajo muito!!

      De São Paulo pra Passo Fundo tem a Viação Reunidas/ Real  e a Pluma que infelizmente são pessimas.

      A Reunidas só tem um horário e um ônibus somente passa em Passo fundo, CARAzinho, Ijuí, sao borja e Sto ângelo que as vezes fica dificil pra achar lugares em epocas de ferias e finais de semana. Além disso os problemas são constantes e ônibus de péssima qualidade. E qdo achamos que a viagem esta otima, param pra trocar o onibus e descarregar encomendas.

      Já no caso da Pluma, carros pessimos e detonados, fora o tempo de parada pra troca de motorista em sao paulo, curitiba e erechim. que a viagem de 15 hs, acaba sendo de 20. Nunca cheugei no horario previsto pela pluma. até mesmo sem transito. E também colocam um horario pra fazer varias lnhas.

      Peguei o pluma em sao paulo pra uruguaiana que passa por passo fundo ,porque nao tinha outra opção e o ônibus veio sujo e sem água do rio de janeiro, afinal sao 6 horas de viagem e em curitiba fiquei 1 hora e 30 minutos parado pra descarregar cargas, abastecer e trocar motorista. e em ERECHIM fiquei mais 1 hora e 45 minutos, chegando em passo fundo as 13; 00 sendo que a previsao era de chegar ás 09:00. Isso que o ônibus ia ate Uruguaiana que ia ser de 10 horas ou mais.

      cadê os concorrentes??

      Um absurdo!!

       

       

  3. Transparência

    Se não houver transparência esta licitação fica viciada. Os mesmos atores das empresas municipais são das empresas interestaduais

    Um advogado que atuou ou atua no meio comentou os vícios da licitação municipal. O cartel atuou e não deixou outros interessados ( empresa francesa) atuarem criando regras que só eles, do cartel, satisfaziam e assim tudo foi um jogo de compadres. A frota de ônibus estava em estoque e servia para viabilzar as empresas do cartel. Só mudaram as cores após a licitação.

     

    Esta licitação tem tudo para ser igual. Por que não houve publicidade h;a bem mais tempo para que os interessados viessem a mídia e informassem seus propósitos e objetivos? Ficaria mais transparente e mais difícil haver conchavos.

    Por que o órgão licitante não publica quem são os donos das empresas? A Cometa, 1001, e outras do Sul são do mesmo dono; será que vão fazer jogo de compradres. Como ela, quase todas têm donos em comum. Como viabilizar com transparência quando o licitante, aparentemente, acredita em Papai Noel !

    Não sou contra os interesses destes empresários de transporte, mas acho que já passou da hora destes e o poder público manterem uma distância para melhor credibilidades dos seus usuários e dos seus votantes. Já chega de conivência de políticos com empresários, justiça com empresários e políticos.

    Tudo pela tranparência e verdade!

  4. Choque do petróleo

    Enquanto operar o cartel que liga Santos a São Paulo, criado em 1973 com a crise do petróleo, o negócio com linhas de ônibus não serão sérios.

    Eu lembro muito bem que ia na rodoviária da Rosvelt e era uma competição louca para vender a passagem, tinha o Coringa, o Cometa ,o Rápido Brasil , competiam em tudo, quantidade de viagens, preço, qualidade dos ônibus. Era a linha de ônibus mais lucrativa do país.

    Lembro que a Coringa foi a primeira a ter ônibus com banheiros, eram sempre os mais modernos.

    De lá para cá foi ladeira abaixo.

    O serviço hoje é sofrivel, com equipamentos obsoletos e antigos, saídas demoradas e com atrazos.

    Imagino que pelo Brasil afora o serviço não seja melhor, e pensar que com cinco bilhetes vendidos o empresário já cobre os seus custos, sendo o resto lucro, têm de licitar mesmo, tirar estes dinossauros que operam as linhas e colocar a concorrência no comando. 

    Nada como a concorrência para melhorar os serviços.

    Dilma, não têm mole com este povo, têm é cadeia para os que corromperem ou fraudarem os leilões.

  5. E no MA

    No MA a Transbrasiliana monopoliza o setor, vamos ver como vai ficar agora. Bom se esse sistema fosse repetido nos meios de comunicão, sem reserva de mercado, inclusive abrindo a participação de empresas estrangeiras, não dá pra continuar com esse oligopolio da midia, tá insuportável mesmo

  6.  
    Tenho família no interior

     

    Tenho família no interior do RS e moro no interior de SP, fiz várias vezes essa viagem (1200km/17h) e já fui vítima de todo tipo de abuso das duas empresas que fazem a linha:- Ônibus sem ar-condicionado;- Banheiro entupido ou transbordando;- Onibus sem água potável;- Cafeteira do ônibus queimando o café e empestiando o veículo.- Ônibus que já saem sujos do ponto inicial;- Troca de ônibus no meio da rota – sempre um ônibus razoável por um péssimo – aliás, essa é uma lição valiosa pra quem faz essa rota, se seu ônibus é bom, não fique animado, ele vai ser trocado;- Passageiros viajando em pé entre cidades no meio da rota porque o ônibus já estava cheio de passageiros “oficias”. Isso não era suborno para o motorista, as empresas vendiam a passagem no guichê nessa condição.- Passageiros tendo que viajar com as malas nos corredores porque o ônibus saiu com o bagageiro cheio de encomendas.- Incontáveis vezes acordei no meio da noite com o ônibus numa oficina sendo reparado.- Trajeto Registro/São Paulo feito a aproximadamente 40km/h por problemas mecânicos. Por sorte, havia um mecânico com ferramentas viajando e que conseguiu fazer ele andar.Esse pra mim foi a cereja do bolo:- Onibus partiu sem freios do ponto inicial, quando percebemos que havia algo estranho, obrigamos o motorista a parar. O motorista entrou em contato com a empresa que disse que só havia veículo reserva em Curitiba. Mais 7h de viagem, sem freios mesmo. Já liguei pra ANTT, já presenciei passageiros ligando pra Policia Rodoviária no meio da viagem, não mudou nada desde 1995. E não, não são motoristas corruptos, não são passageiros passivos que aceitam ser tratados como gado, não são problemas mecânicos que podem acontecer com qualquer um. São empresas maximizando lucros em linhas vitalícias, sem qualquer tipo de concorrência, sem nenhuma fiscalização – nunca vi um ônibus desses ser parado pela Polícia Rodoviária. É o que de pior nosso sistema consegue produzir em serviços públicos.

    1. ” São empresas maximizando

      ” São empresas maximizando lucros em linhas vitalícias, sem qualquer tipo de concorrência, sem nenhuma fiscalização – nunca vi um ônibus desses ser parado pela Polícia Rodoviária. É o que de pior nosso sistema consegue produzir em serviços públicos.”

      Ai que esta a grande diferença entre estado forte e estado grande, nosso país tem um estado grande e fraco, disperso e sem prioridades.

      Seu poder é usado para garantir mercado e lucro sem risco e garantido.

      1. “Seu poder é usado para
        “Seu poder é usado para garantir mercado e lucro sem risco e garantido.”

        É justamente isso que os partidos de direita e liberais defenderam por anos. Um estado fraco onde o mercado daria as ordens e se autoregularia. Todas as debilidades que você citou foram aprofundadas na gestão FHC.

  7. ANTT é um orgão com problemas

    ANTT é um orgão com problemas sérios, só um transplante poderá dar a ele uma sobrevida e assim, moralizar, de fato, o setor. Trens neles!

  8. Pássaros

    São empresas com nomes de pássaros, de corpos astronômicos, de fundadores (suposição), de lugares, de santos ou simplesmente nomes que incorporam algum qualificativo indiscutível.

    Pássaro Marrom, Cometa, Gontijo, Garcia, 1001, Útil e por aí vai. 

    Com raríssimas exceções (se é que há alguma exceção), monopolizam percursos.

    A existência dessas infernais agências reguladoras (mais uma obra dos governos tucanos, Ave!) não terá causado maiores abalos aos Colas e aos Constantinos da vida. 

    Ao menos um passou até para o ramo aéreo … 

    Ontem mesmo, viajando de São Paulo (Tietê, gerido pela péssima Socicam … ) para São José dos Campos, partida prevista para às 15:45 horas, depois de sair às 16:00 horas (atrasos são com a Pássaro Marrom … os ônibus devem comer alpiste, sei lá …) e assistir à entrada de um ambulante para vender água e batatas fritas “tudo a R$ 3,00!”) logo depois da derradeira “fiscalização”, e me ajeitar na (péssima) poltrona do (velho) carro, tive o desprazer de passar a viagem inteira (que demorou um pouco menos do que o dobro do previsto inicialmente, isso de fato sem culpa da Pássaro Marrom) com o ar condicionado tão “potente” que suei (e não só eu) em bicas, durante as quase três horas do trajeto. 

    Obrigado Pássaro Marrom. 

    Que salvo melhor juízo é co-proprietária da CCR Nova – Dutra, e, portanto, quase uma micro-empresa!

    Parabéns, fantásticas empresas. O mundo maravilhoso do capital mostra sua competência no dia a dia. 

     

     

    1. Espinosa, não o filósofo, a cidade.

      Oi, Jorge Moraes, parabéns por ter chegado vivo depois dessa aventura toda. Se você gosta de adrenalina, tenho mais sugestões. Experimente também a viagem São Paulo/Pirapora, cidadezinha do Norte de Minas, um lugar lindo à beira do Rio São Francisco. Eles prometem uma viagem de “apenas” 14 horas, mas dura 15. Param nas piores espeluncas à beira da estrada. Os ônibus são verdadeiros navios negreiros. A passagem, pela módica quantia de R$ 148,00. A empresa é a Gontijo, cuja mulher do dono doou R$ 8.250.000,00 para a campanha do José Serra em 2010, conforme o TSE. Quero dizer, o sobrenome dela é Gontijo, impossível não serem parentes. Mas voltando à epopeia, você pode ter ojeriza a essas companhias que transportam gente feito gado, ir para Congonhas e embarcar para BH, aeroporto de Confins. Mas não pode fugir da onipresente Gontijo. Do Aeroporto, você pegará um ônibus até a Rodoviária de Belo Horizonte e lá você vai morrer com mais noventa reais e embarcar para Pirapora. Ah, cuidado! Nas rodoviárias de Minas não há papel higiênico dentro da cabine. Você paga um real, enrola no braço o máximo de papel que imagina usar e faça bom uso. Perguntei à administração da Rodoviária BH porque tal insensatez, o administrador garantiu que o povo “rouba” papel higiênico. O ônibus também vai parar em todos os buracos, ou, repetindo Tancredo, “nos burgos podres de Minas”.  Aliás, preste atenção: no Terminal Tietê, você compra passagem para um lugar chamado “Espinosa”. Todos os ônibus são para “Espínosa”, uma cidadezinha de uns dez mil habitantes. Mas cada um vai para Diamantina, Pirapora e outras, que esqueci. E quando chegar a Pirapora, você terá uma decepção: Aquele gaiola que navegava pelo Velho Chico até Juazeiro na Bahia, agora só faz um passeio dominical de 2 horas. Se não chover. Um abraço. Ah, esclarecendo. O itinerário falso (Espinosa), disseram que era para pagar menos impostos. O que faz a ANTT que não desconfia que de uma cidade de dez mil habitantes não pode sair mais de dez viagens intermunicipais diárias?

      1. Álvaro, Espinosa e o relógio

        Olá, companheiro de vicissitudes rodoviárias, preclaro Álvaro Tadeu!

        Não sei nada de Espinosa, embora goste bastante das falas de uma de suas principais intérpretes. 

        Dizia que nada sei e acabei me lembrando de algo que muda um quase-nada de meu conceito declarado de ignorância na matéria: Espinosa era relojoeiro. Acho que na Holanda. E só. 

        As horas dentro de um ônibus, os da Gontijo que saem e voltam dessa notável cidade com nome de filósofo, os da Pássaro Marrom sedentos por um pouco de água e alpiste, os de tantas outras empresas de tantas belas propagandas quanto mofinas qualidades reais, as horas passadas dentro de um ônibus desses servirão, ao menos, para degustação do inferno.

        E o inferno, como se sabe, é o paraíso do maravilhoso mundo do capital, dos liberais e de suas fantásticas e bem-nutridas empresas.

        Eficiência, eficiência e júbilo!

        Amém!  

  9. passagem BH Vitória (duas

    passagem BH Vitória (duas companhias concorrentes): 90 reais, uns 500 e poucos km

    passagem BH Minas Novas (norte): 140 reais na estrada de terra e 120 no asfalto, uns 500 e poucos km.

    DER MG, MPMG poderiam explicar? brincadeirinha, queremos continuar homer simpson

  10. Leilão das linhas de ônibus interestaduais

    Pelo visto vai é diminuir a concorrência e os usuários ficarão sujeitos a risco de serviços de baixa qualidade. O ideal seria que cada lote fosse entregue a pelo menos três operadoras.

     

  11. Entre BHte e Juiz de Fora

    Entre BHte e Juiz de Fora apenas uma empresa, a Atual. Entre Rio e Belo Horizonte apenas duas, Cometa e Útil. É preciso abrir concorrência, mercado. 

  12. TRANSPORTE PÚBLICO

    O que não pode é continuar o Estado Brasileiro mantendo o “monopólio” privado na modalidade de transporte rodoviário no Brasil, tanto interestadual quanto intermunicipal, permitindo lucros exagerados para o empreendedor em detrimento do usuário que em regra não anda de avião e carro próprio. O modelo ideal ao meu ver, seria o da livre concorrência, em que o passageiro escolheria a empresa que ofertasse melhor preço, sendo exigido de todas as empresas do setor a oferecer um rol de serviços ( seguro, condições de uso do veículo, ar, água, sanitário,etc ), sendo que preenchida estas condições, o órgão estatal fica vinculado ou obrigado à autorizar o transporte de pessoas, e não uma condição discricionária do Estado, onde em regra é um nicho de corrupção/propina para se liberar a atividade fim; além de impedir que pontos de apoio dos ônibus pratiquem preços abusivos  em seus restaurantes/lanchonetes.

           O ideal mesmo em matéria de transporte humano, dado as dimensões geográficas do nosso país, seria investir pesado em ferrovias ( trem-bala, metrôs, dentre outras modalidades ferroviárias ); porém, enquanto não atingimos esta desejada condição de garantir a livre, rápida, barata e segura mobilidade das pessoas, teremos que de imediato quebrar o já falado “MONÓPÓLIO” sob pena de ferir cláusula pétrea de nossa Constituuição Federal no que se refere ao direito de ir e vir.      

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador