O macarthismo como álibi para o lobby

Já tinha anotado isso na série que escrevi sobre a revista Veja, anos atrás (https://sites.google.com/site/luisnassif02/). Cria-se primeiro o macarthismo. Depois, esconde-se atrás deles todas as jogadas. Basta revestir uma jogada comercial de anti-PT – como foi a parceria de Veja com Daniel Dantas – para justificar politicamente uma nítida jogada de apoio comprado. Basta reverberar o discurso anti-PT, como o faz Gilmar Mendes, para todas suas arbitrariedades jurídicas e comerciais serem ignoradas.

Mais que a Folha, o Estadão – que não é de jogadas – tornou-se  prisioneiro desse maniqueísmo fazendo o jogo mais primário de lobby do grupo de operadores que joga no mercado de taxas.

**

Antes da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), tentou de todas as formas caracterizar as pressões pela redução da Selic como manobra do PT. Isso em um dia em que até o Prêmio Nobel de Economia, Jospeh Stiglitz, criticou a rigidez do BC. Recorreu à velha chantagem sobre o presidente do BC Alexandre Tombini, de que qualquer vacilo na definição da Selic seria tratado como rendição ao PT.

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Na véspera da reunião do Copom, quando Tombini acenou que a alta de juros poderia não se concretizar – invocando as projeções do FMI – o jornal escancarou suas páginas para que o mercado saísse batendo em Tombini. Inclusive com a velha jogada do hiperdimensionamento do episódio. O jornal supostamente entrevistou dois supostos ex-diretores do BC que supostamente teriam afirmado que nunca, jamais houve supostamente uma declaração tão inoportuna de dirigente do BC.

Enfim, no dia da reunião do Copom, Tombini foi reduzido a pó.

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Consumada a decisão de não aumentar os juros, o mercado – como se diz no jargão – “realizou o prejuízo”, isto é, tratou de lamber as feridas e pensar no futuro. Pior que Tombini é o BC sem Tombini.

Na edição de hoje, essa obra prima da tergiversação, da parte do grupo da renda fixa, usando o jornal como cavalo de umbanda:

Uma das manchetes principais diz: “Manutenção do juros fortalece Tombini, diz o mercado”. E o lide é um primor: “A decisão do Copom de manter a taxa de juros em 14,25% ao ano, enquanto o mercado esperava elevação, afetou a credibilidade do Banco Central, mas não enfraquece o presidente Alexandre Tombini, segundo analistas consultados pela Broadcast”.

Entenderam? A força do BC – e do seu presidente – reside na sua credibilidade, já que seu poder é medido pela facilidade com que induz o mercado a caminhar na direção pretendida. Como pode a credibilidade do BC ter sido afetada e seu presidente se fortalecer?A explicação é um clássico do nonsense: “Ele está politicamente forte, já que a mudança de posição atende a uma pressão do governo”. Como assim? O sinal de que uma pessoa está politicamente forte é sua capacidade de resistir às pressões. Se o suposto mercado acredita que Tombini cedeu às supostas  pressões, por definição ele está politicamente fraco.

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Não ficou nisso.

Pela undécima vez o jornal  espalha terrorismo sobre o câmbio com uma manchete incorreta: “O dólar atinge o maior valor desde o Plano Real”. Mais uma vez trata valor nominal como valor real. É a mesma coisa que afirmar que a assinatura do Estadão atingiu o maior valor desde o Plano Real.

Qual a intenção desse jogo? Quem está conduzindo a redação é uma jornalista de economia de larga experiência. O jornal conta com três belos (e honestos) colunistas de economia: Celso Ming, José Paulo Kpuffer e Fernando Dantas.

Mesmo supondo que quem redigiu a manchete não domine a economia, ainda assim há o precedente de poucos meses atrás, em que o próprio jornal admitiu como incorreta a comparação de valores nominais do câmbio.

***

Na quadra atual das redes sociais, das profundas transformações da mídia, o único trunfo de que dispõem os jornalões é a seriedade e o discernimento. Quando a militância ideológica afeta até a objetividade da cobertura, para quê comprar? Melhor seguir o perfil de Revoltados On Line no Facebook.

Luis Nassif

50 Comentários

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  1. Gostaria de saber se o COPOM

    Gostaria de saber se o COPOM tivesse aumentado a já escandalosa taxa de juros, o que seria dito? Que rendeu-se às pressões da “oposição”? que atendeu aos rentistas? que quer levar o páis à bancarrota? Esqueci que não há contraponto ao que diz a mídia decadente e carcomida, mas ainda capaz de causar estragos

  2. Depois de Kim Kataguiri na

    Depois de Kim Kataguiri na Folha, já espera-se para os próximos dias a contratação de Wanderlei Silva como colunista do Estadão.

  3. esperar

    Acho bom comprar estes derradeiros exemplares de mídia impressa, podem valer uns trocados para pesquisadores em quarenta cinquenta anos. Até lá paciência e esperar uma improvável valorização.

  4.  
    O pacote de retrocessos que
     

    O pacote de retrocessos que passou pelo Congresso Nacional em 2015 voltará à agenda em 2016. Entre eles, o PLS 555/15, conhecido como “Estatuto das Estatais”, representa uma ameaça a empresas públicas, como a Caixa Econômica, Petrobrás, BNDES e Correios.

    Saiba mais: http://migre.me/sLzFb

     Foto de Marcelo Hailer.

     

  5. O aumento da taxa de juros

    O aumento da taxa de juros por menor que seja não afeta tanto o país a curto prazo e aumenta a montanha de dólares no Brasil. Mas e a longo prazo? A Ucrânia hoje, com um golpe de estado de seus banqueiros, tem uma taxa de juros de 30%! 30%! Antes era uma país equilibrado e saudável, bastou um grupo de banqueiros realizar um golpe na eleição para tomarem o poder e subir a taxa para 30%! Quem ganha com isso? Os banqueiros! Mas quem perde com isso? A população e o país, a longo prazo! OS banqueiros estarão cheios da grana quando o país quebrar, mas e o povo? Estarão como os gregos chorando pelas ruas devido ao egoismo de alguns poucos?

  6. Sei lá

    Mas o “politicamente forte” aí me parece ser o fato de estar prestigiado pela Presidente, e não pelo fato de “resistir a pressões”.

    Voltemos ao cenário de 45 dias atrás..

    Joaquim Levy resistia as pressões da Presidente e do PT, enquanto Nelson Barbosa procurava atender as reividincações destes.

    O episódio decisico foi a questão do 0,5 ou 0,7% de superávit, quando Levy não aceitou a pressão.

    Quem estava “politicamente forte” nesse episódio ???

    Estar “politicamente forte” é estar prestigiado por aquele de quem depende seu cargo, no caso a Presidente.

    Em todos os meus anos de trabalho em corporações, sempre aquele gerente ou supervisor que estva prestigiado junto a diretoria era o considerado “politicamente forte”, aquele que soube melhor “fazer política” dentro da organização.

    E se você está “politicamente forte”, prestigiado pelos seus superiores,  pode resistir a pressões externas. Foi o que Tombini fez resistindo a pressão do mercado pelo aumento da taxa SELIC.

    Eu também considero que neste momento ele está politicamente forte, ou seja, capaz de resistir a pressões do mercado.

    1. “Políticamente forte” até

      “Políticamente forte” até poderia ter esse sentido que voce falou, no entanto no contexto colocado pelo jornal, é o oposto. O que o jornal poderia ter dito é que Tombini deixou de se desgastar polticamente com o governo e o PT. Na visão do jornal, ele só está se moldando ao posicionamento do governo, para não desagradar a presidenta, que é quem pode mantê-lo ou demiti-lo.

      Isso é uma demonstração cabal de fraqueza política. Pois tudo que a imprensa tem dito é que ele seria, supostamente, favorável ao aumento dos juros. Nesse caso, duas uma, ou convence o resto do BC e a presidenta sobre sua posição, aí sim mostrando força política, ou capitula, mostrando o oposto

  7. é bom desmascarar esse tipo

    é bom desmascarar esse tipo de falácia que se pretende sutil da grande mídia golpista.

    como a economia é mesmo complicada, aproveitam-se

    para enganar os incautos,

    que tendem a ser muitos, já que são leigos.

    obrigado por melhorar o discernimento dos leigos como eu….

    valeu, cara!

     

  8. Juros

    Se os juros no Brasil não forem drasticamente reduzidos nunca sairemos das seguidas crises. Também é necessário desindexar a economia, não dá para aumentar preços de passagens de ônibus, energia elétrica, pedágio, etc., e querer que a inflação diminua.  Como reduzir inflação com aumentos de preços administrados? IMPOSSÍVEL.

  9. swaps cambiais em 2013

    O Tombini começou a colocar os swaps em meados de 2013, ao mesmo tempo em que subia os juros.

    Ou seja: parte do estouro do dólar em 2015 já estava armado com a realização dos ganhos garantidos com os swaps a partir de 2013.

     

  10. swaps cambiais em 2013

    O Tombini começou a colocar os swaps em meados de 2013, ao mesmo tempo em que subia os juros.

    Ou seja: parte do estouro do dólar em 2015 já estava armado com a realização dos ganhos garantidos com os swaps a partir de 2013.

     

  11. Tombini consultou o espelho

    Tombini consultou o espelho retrovisor – vixe, não sou do mercado, nem estudei o Estado com outro motorista de carro oficial que vinha a minha procura…

    … Estava bêbado; vou sair da contramão, e entender as advertências em que negligenciava a ordem de guardião das reservas e ridicularizava a lei com a sorte de cartas marcadas.

    É o panaca da cadeira vazia, vendido, provavelmente vive da ressaca!

  12. E se fosse no EUA?

    Queria ver como seriam as manchetes se a queda de 3,5% do PIB fosse na Europa ou o EUA?

    Bem diferentes, basta ver o nível de juros nesses países, talvez os mais baixos da história!

  13. juros no crédito livre

    junho de 2013 – 25%

    dezembro 2015 – 48%

    começa a subir juros (o que já pressiona/mantém o câmbio artificialmente baixo num primeiro momento) e tal qual um desesperado, no mesmo instante, coloca dezenas de bilhões de dólares em swap cambial.

    Acho que não precisa dizer mais nada.

  14. juros no crédito livre

    junho de 2013 – 25%

    dezembro 2015 – 48%

    começa a subir juros (o que já pressiona/mantém o câmbio artificialmente baixo num primeiro momento) e tal qual um desesperado, no mesmo instante, coloca dezenas de bilhões de dólares em swap cambial.

    Acho que não precisa dizer mais nada.

    1. Mas não se esqueça

      Nesse ínterim, havia uma eleição a ser ganha.

      E que provavelmente não seria ganha se o dolar e a inflação subissem em 2014 o tanto quanto subiram em 2015.

      Alie-se ao que você você corretamente está supondo a um absurdo e inexplicável represamento dos preços controlados e teremos o cenário perfeito para um estelionato eleitoral. Idêntico ao de 1998.

      A César o que é de César. 

      1. pelo contrário

        “E que provavelmente não seria ganha se o dolar e a inflação subissem em 2014 o tanto quanto subiram em 2015.”

        Não sei se ela fez (se é que foi ela, vai ver foi “engabelada”) com essa intenção, mas se fez o efeito foi justamente o contrário. Se tivesse mantido a trajetória de baixa, não tivesse colocado swaps e tivesse afrouxado (não largado) a meta de inflação (impondo ao menos horizonte mais longo), a atividade em 2014 teria sido maior, as perspectivas melhores (com lava jato e tudo) e as chances dela seriam ainda maiores (teria ganho com mais folga).

        Veja que não estou aqui emitindo atestado de honestidade para ninguém. Só estou dizendo que se foi uma malandragem para ganhar eleição, o tiro (quase) saiu pela culatra…

      2. pelo contrário

        “E que provavelmente não seria ganha se o dolar e a inflação subissem em 2014 o tanto quanto subiram em 2015.”

        Não sei se ela fez (se é que foi ela, vai ver foi “engabelada”) com essa intenção, mas se fez o efeito foi justamente o contrário. Se tivesse mantido a trajetória de baixa, não tivesse colocado swaps e tivesse afrouxado (não largado) a meta de inflação (impondo ao menos horizonte mais longo), a atividade em 2014 teria sido maior, as perspectivas melhores (com lava jato e tudo) e as chances dela seriam ainda maiores (teria ganho com mais folga).

        Veja que não estou aqui emitindo atestado de honestidade para ninguém. Só estou dizendo que se foi uma malandragem para ganhar eleição, o tiro (quase) saiu pela culatra…

        1. Não entendi mais nada

          Se tivesse mantido a trajetória de baixa,

          Trajetória de baixa do que ???

          não tivesse colocado swaps

          Se não tivesse usado a ferramenta dos swaps o dolar teria disparado em 2013/2014 e não em 2015. Isso é óbvio ululante. Os swaps enviaram a desvalorização do real para depois das eleições.

          e tivesse afrouxado (não largado) a meta de inflação 

          A meta de inflação é definida com dois anos de antecedência. Não tem como “afrouxar”. Ou cumpre ou não cumpre.

          Se você quis dizer que poderiam ter optado por ter estuprado a meta já em 2014, submetido o trabalhador a uma inflação de mais de 10%, e mesmo assim teria ganho a eleição, você deve estar louco.

          Seria o mesmo que dizer que FHC não precisava ter segurado o câmbio a fórceps em 1998 para ganhar a eleição.

          E como o tiro saiu pela culatra se granharam a eleição, que era o objetivo principal, ficando o controle da economia para o segundo plano, para depois das eleições ???

          1. tá bom… vou explicar

            “Trajetória de baixa do que ???”

            SELIC

             

            “Se não tivesse usado a ferramenta dos swaps o dolar teria disparado em 2013/2014 e não em 2015”

            É mesmo ? Como você sabe ? Qual a porcentagem desses swaps que corresponde a uma entrada real de dólares ou o refreamento de saída de divisas ? Você sabe quem pactua com o Banco Central ? (Vai ver você é um dos contratantes, quem sabe)

            E se subisse o dólar 10, 20, 30 por cento, não seria um drama. Drama para voto é a perspectiva de perder emprego. É era um ajuste necessário, irreal é mascarar a sua falta de competividade com dois paus e meio por dólar

             

            “A meta de inflação é definida com dois anos de antecedência. Não tem como “afrouxar”. Ou cumpre ou não cumpre.”

            Você é outro voltado para o próprio umbigo. Se não fosse, teria lido o que escrevi sobre a competência da Presidente da República (que no NOSSO DIREITO COMANDA O BANCO CENTRAL) para alterar o regime de metas por mero Decreto.

            “Se você quis dizer que poderiam ter optado por ter estuprado a meta já em 2014, submetido o trabalhador a uma inflação de mais de 10%, e mesmo assim teria ganho a eleição, você deve estar louco.”

            CONVERSA !!. Para proteger o o pobre do grosso da inflação eu posso tributar o consumo da renda mais alta e redistribuir. Eu também posso condicionar as exportaçoes ao abastecimento do mercado interno. Há várias manerias de mitigar o problema.

            Essa sua conversa é papo furado de classe média, classe média alta, de quem vive de renda de juros PAGOS PELO GOVERNO e vem com papo de “livre mercado” (para os outros).

            “E como o tiro saiu pela culatra se granharam a eleição, que era o objetivo principal, ficando o controle da economia para o segundo plano, para depois das eleições ???”

            Você precisa prestar mais atenção. Não notou o (quase) entre parênteses ? “Sabes” interpretar um texto ?

             

             

          2. Meu amigo, vamos lá, sem stress, tenho tempo

            Sempre tendo em mente que a preocupação número um do governante é ganhar as próximas eleições, seja por reeleição ou por substituto indicado.

            “Trajetória de baixa do que ???”

            SELIC

            A trajetória de baixa da SELIC foi interrompida em 2012 em 7,25% e foi mantida aí por 5 reuniões seguidas. Você queria que tivesse continuado a trajetória de baixa até onde precisamente ?  Se nos 8% já tiveram que alterar a remuneração da poupança, se baixassem mais um pouco iriam zerar a remuneração da poupança.

            “Se não tivesse usado a ferramenta dos swaps o dolar teria disparado em 2013/2014 e não em 2015”

            É mesmo ? Como você sabe ? Qual a porcentagem desses swaps que corresponde a uma entrada real de dólares ou o refreamento de saída de divisas ? Você sabe quem pactua com o Banco Central ? (Vai ver você é um dos contratantes, quem sabe)

            E se subisse o dólar 10, 20, 30 por cento, não seria um drama. Drama para voto é a perspectiva de perder emprego. É era um ajuste necessário, irreal é mascarar a sua falta de competividade com dois paus e meio por dólar

            Meu querido, em Abril de 2013 o dolar estava a R$ 2 e o  BC só foi fazer uso das swaps quando atingiu R 2,40, em agosto. Então, os teus 20% já tinham ido pro saco em menos de 120 dias. Ok ? E não iria parar de subir se não tivessem interferido via swaps. Trocar variação cambial por DI ( swap ) só tem uma finalidade prática, tentar segurar a desvalorização da moeda. Se é evitando fuga ou incentivando entrada não faz a menor diferença. O obejetivo é o mesmo, balancear a oferta e a procura. 

            A meta de inflação é definida com dois anos de antecedência. Não tem como “afrouxar”. Ou cumpre ou não cumpre.”

            Você é outro voltado para o próprio umbigo. Se não fosse, teria lido o que escrevi sobre a competência da Presidente da República (que no NOSSO DIREITO COMANDA O BANCO CENTRAL) para alterar o regime de metas por mero Decreto.

            “Se você quis dizer que poderiam ter optado por ter estuprado a meta já em 2014, submetido o trabalhador a uma inflação de mais de 10%, e mesmo assim teria ganho a eleição, você deve estar louco.”

            CONVERSA !!. Para proteger o o pobre do grosso da inflação eu posso tributar o consumo da renda mais alta e redistribuir. Eu também posso condicionar as exportaçoes ao abastecimento do mercado interno. Há várias manerias de mitigar o problema.

            Desculpe, não sabia que você também era kirchnerista. Óbvio que lea poderia e deveria ter feito isso e muito mais por decreto. Poderia até ter terminado com a variação cambial livre e não ter usado os swaps para manter o dolar a 2 reais.

            Aí, voltando ao meu ponto inicial na discussão, se tivesse feito isso e não feito como fez, o dolar teria disparado ( se não no oficial, no paralelo ), a inflação teria disparado e ela teria perdido a eleição.

            Aliás, o exemplo está aí ao lado, Cristina fez algumas coisa que você sugere e perdeu a eleição. Sempre lembrando, quem decide a eleição é o mercado, e não o eleitor.

             

            Essa sua conversa é papo furado de classe média, classe média alta, de quem vive de renda de juros PAGOS PELO GOVERNO e vem com papo de “livre mercado” (para os outros).

            Nunca ouvi tamanha bobagem. Essa é a grande desvantagem de discutir com um idiota que não te conhece.

             

          3. vamos por partes, objetivamente.

            “Meu querido, em Abril de 2013 o dolar estava a R$ 2 e o  BC só foi fazer uso das swaps quando atingiu R 2,40, em agosto. Então, os teus 20% já tinham ido pro saco em menos de 120 dias. Ok ? E não iria parar de subir se não tivessem interferido via swaps. Trocar variação cambial por DI ( swap ) só tem uma finalidade prática, tentar segurar a desvalorização da moeda. Se é evitando fuga ou incentivando entrada não faz a menor diferença. O obejetivo é o mesmo, balancear a oferta e a procura.” 

             

            Olha, minha opinião é que a taxa poderia ter caído até o dolar alçancar uns 3,70, 3,80. Mas a justificativa eu dou depois.

            Vamos nos concentrar no seu conhecimento sobre os efeitos do swap cambial sobre a taxa presente e futura.

            Prove para mim, matematicamente, que os swaps efetivamente ajudaram a conter a alta do câmbio (não que eu fosse a favor de qualquer intervenção nesse sentido). Explique o funcionamento dos swaps, demonstre quem são as contrapartes, o lucro médio eventualmente “hedgeado”, a elasticidade da procura pelo dólar, etc, etc. Do resto tratamos depois, sem “kirchnerismo” algum, pura técnica.

            Aguardo sua resposta. 

          4. otário

            “Nunca ouvi tamanha bobagem. Essa é a grande desvantagem de discutir com um idiota que não te conhece.”

            Então por que defende agiota ? Se não é e defende, só pode ser um otário, então.

  15. Mercado de pulgas.

    Imagina as corretoras “vendendo” um aumento de 0,5% na SELIC pro clientes dela, e o BACEN não entregando isso. E as corretoras comprando espaço na mídia pra afirmar que o juros deve subir, impondo isso como só o mercado deve impor, forçando uma barra contra as evidências de um quadro de desemprego, de quadro recessivo. Mas não mexam no meus juros, afirmou o mercado..

    Como ficam as corretoras perante os clientes, diante do fato consumado. E o prejuízo delas. quem paga? E a tal previsibilidade?

    Aliás, nem precisava de COPOM. pra que COPOM. O mercado já decidiu. Os juros sobem, pois o preço do tomate subiu. E com  alta do juros o preço do tamate vai baixar. É assim. Sempre foi assim. e se não decidir como manda o mercado o BACEN perde a credibilidade. Quem pode questionar o mercado, ser supremo?

    E pra que eleição, se o mercado pode tudo. O mercado “do not wrong”. O mercado, Luis XVI. 

    E você contribuinte transferindo dinheiro para pagar juros, e retirar da educação, da saúde, de habitação, da mobilidade urbana, gastos sociais que geram emprego? Essa é a pergunta. Não há dilema. Exceto pro sacrosanto mercado.

    Enfim, o mercado que continuar enfiando o pé-de-cabra no cofre. Basta. Esse bullyng intimidativo só serve para revelar os motivos escusos que se movem por trás do mercado, esse ente superior que assalta nossos cofres, que concentra renda, que quebram países. 

     

     

  16. Por que a Urubóloga e o

    Por que a Urubóloga e o Sarnembélico babam

    É que o “mercado” perdeu GRANA! Imprimirpublicado 22/01/2016chato eu

    Fátima Leão no Twitter do C Af

    Tomado de perplexidade ilimitada, o ansioso blogueiro ligou para o Vasco.

    – Vasco, por que os economistas de banco, os colonistas, os Urubólogos e os sarnembélicos estão indignados com o Tombini?

    – O Sarnembélico chegou a destituir a diretoria do Banco Central: essa diretoria… não quero mais!

    – A Dilma tremeu!

    – Por que ele ficou, assim, Vasco, com aquela baba bovina do Nelson Rodrigues?

    – Grana, meu filho, grana!

    – Mas, eles são pensadores, analistas de complexos sistemas econômicos, referências da Academia Universal…

    – O Tombini tirou a grana deles!

    – Explica, Vasco, por favor.

    Segue-se uma breve explicação do Vasco, que, naquele momento assistia a um Netflix, para acelerar a derrocada da Globo (quá, quá, quá!).

    O Banco Central vai mandando mensagens cifradas ao “mercado”: vou subir os juros, não vou.

    Cifradas, só quem entende é o “mercado”.

    O “mercado” entendeu uma mensagem como se dissesse “o BC vai subir meio ponto”.

    Os juros futuros reagiram imediatamente e subiram o equivalente àquela “dica”: a SELIC vai subir meio ponto.

    E, como o “mercado” tinha tanta certeza da sua intuição, ou da sua leitura da mensagem, comprou títulos sem fazer hedge – ou seja, sem se proteger, caso a aposta desse errado.

    É porque o “hedge” é caro.

    E como o “mercado” estava seguro, para que gastar dinheiro com hedge, com proteção?

    Aí, o Tombini foi lá e mudou o jogo: não vai aumentar nada!

    A tigrada perdeu um monte dinheiro.

    E sem hedge!

    E o nome disso se chama… GRANA!

    Se o Tombini tivesse dito que ia baixar e… subisse , ia ser a mesma gritaria.

    Porque o “mercado”, da mesma forma, teria perdido dinheiro.

    Por isso, esse desespero no PiG.

    Eles são o periscópio do “mercado”.

    Põem a cabecinha pra fora.

    Em tempo: o Ataulpho Merval de Paiva também desceu o porrete no Tombini. Se fosse na Áustria, como diz o Damous, o Ataulpho estava atrás das grades. Com El Chato.

    Paulo Henrique Amorim
     

      registrado em:  

     

  17. aliás, esse excelente título

    aliás, esse excelente título poderia ser estendido para a

    matéria da operação zelotes….

    a grande mídia resolveu usar o macartismo, a perseguição

    ao governo federal, ao lula, à família do lula e o diabo a quatro,

    pára esconder suas mazelas, para distorcer, para mentir, para

    desfocar a investisação da pf.

    pois,  no início, a operação zelotes foi criada para investigar grandes

    empresas, entre elas a rbs, afiliada da globo do rs, que deve milhões,

    ou bilhões ( eles escondem tanto que a gente se perde),de reais ao fisco.

    mesmo que sejam milhões, deveriam estar é em cana mesmo….

     

     

  18. Juros da SELIC, o maná da classe dominante brasileira

    O nosso capitalismo dependente se move de maneira interessante. O país está em depressão. Então, o que faz o capital financeiro? Foge para o guarda-chuva estendido pelo Banco Central,  ou seja,  para os títulos do tesouro. Acho que há setores da classe dominante que apostam em uma redução atroz do mercado consumidor, e para eles, pouco importa, já que continuarão lucrando através do aumento da taxa SELIC. Portanto, dane-se se voltarmos ao níveis de consumo dos anos 1980 e 1990. Por isso, a grita geral dos “rentistas” contra a manobra imprevista do BC. Afinal, já afiavam os dentes com mais filé em seus banquetes e balancetes.

    Por outro lado, você reles mortal, já tentou aplicar em títulos do tesouro? Procure o gerente de seu banco e faça tal sugestão de investimento. Ele vai te enrolar, vai propor que você invista na poupança, fundos, etc. mas nos títulos, não. Parece que a quadrilha já está fechada e você foi excluído da dança. As 20.000 famílias, os bancos e as corretoras, segundo o economista Márcio Porchmann, não aceitam mais ninguém para ganhar este maná que neste caso não cai do céu, mas do Estado Brasileiro, de todos os brasileiros.

    Outra coisa, é fundamental perceber que muitos dos “jornalistas” que vociferam por mais uma alta dos juros da SELIC agem em causa própria, já que também aplicam em títulos do tesouro, e, por conseguinte, ganham rios de dinheiro com esta aplicação.

    Aliás, uma boa medida seria mandar a PF e o Ministério Público Federal investigar o COPOM. Pôxa! Quanto de juros, nós, que não temos a possibilidade de aplicar neste investimento,  estamos carreando para este grupo de afortunados que podem comprar os títulos do tesouro? Seria o caso de uma nova operação, a “Operação Moisés no Deserto”. Seria engraçado e trágico para todos nós, verificar quem são estes felizardos.

    1. Tesouro Direto

      Abra conta em qualquer corretora e invista no Tesouro Direto. Pode-se investir em títulos do tesouro com valores tão pequenos quanto 10 reais. Os gerentes de banco vão vender os fundos do próprio banco porque isso faz parte das metas que eles necessitam atingir.

      1. Tesouro direto, o maná da classe dominante brasileira

        Meu amigo posso te garantir que não é tão fácil assim. Várias pessoas que conheço já tentaram e simplesmente não conseguem aplicar no tesouro direto. Acho que não há aspecto mais transparente da luta de classes no Brasil que este. Enquanto milhões de trabalhadores rezam pelo fim da depressão, a classe dominante xinga o BC por não ter aumentado a taxa SELIC, medida que só aprofundaria a crise. E ainda dizem que o marxismo perdeu a capacidade de explicar a realidade…

  19. Não se empolguem….

    A  pressão da Casa Grande sempre funciona a favor dos interesses inconfessaveis.

    Vide o arrocho que o Edson Fachin levou da mídia  e  seu respectivo veredito sem pé, nem cabeça…

    Neste caso do BC, acho que  a “mijada técnica”  do Stigltz na cabeça do Tombini, fez efeito imediato..

  20. Quem vencerá

    Esta eterna discussão sobre a influência da imprensa no que diz respeito à divulgação de fatos muitas vezes de forma distorcida com intençoes das mais reprováveis, é quixotesca e infindável.Mas , para seus desafetos , estamos combatendo saúvas.

  21. E quem seria Joseph McCarthy

    E quem seria Joseph McCarthy nos dias de hoje, Nassa.?

    Não me venha com bancos e rentistas. Assim como Zé Dirceu é chefe da quadrilha.Ele não é.

       É preposto.

      Então, Nassa, quem é o Joseph McCarthy nos dias de hoje ?

       ”Eu não sabia ” não vale.

         Sei o que  responderia :”É uma série de fatores”

              Isso, como mesalão e petrolão, é máfia.

                  E máfia tem vários chefes.

                   Mas quem é o poderoso chefão ?

                   Lula não tem capacidade pra isso.Seus crimes são comuns.E ridículos.Pra lá de grotescos com rastros em tudo que é canto.

                  Aqui o crime é sofisticado.

                Quem é o poderoso chefão na área das finanças,Nassa ?

  22. Bravo Tombini

    Antes tarde do que nunca. O negócio é o seguinte: Do lado da dilma, ela vai virar um doce, para o povo este ano, porque tem eleição. Vai segurar o Tombini de aumentar os Juros… Tirou o Levi… Fez a medida provisória da leniência… Ela só se mexe quando tem eleição a vista, mesmo que seja municipal… Se bobear, em 2017, após as eleições, a Dilma tráz o Levi de volta…

    E do lado da direita, agora que tiraram o osso da boca deles, vão começar a pegar pesado… A alta do dólar foi só o começo… Isto é um ataque especulativo que vão iniciar em represália contra o país, por não terem aumentado os juros conforme suas ordens… Mas o Banco Central precisa resisitir. Na alta do dólar, ninguṕem sabe onde pode ir parar a cotação, mas o único jeito é aguentar firme, e manter a Selic estagnada. Diversificar aplicações, nestes tempos de incertezas, é ótimo… Mesmo que o dólar subir, e provocar inflação residual, ele vai salvar a nossa balança comercial, e por a arrecadação em dia, tudo tem seu lado bom. O segredo é não remar contra a maré; antes, usar as jogadas do adversário contra ele mesmo. Isto é o que ensina a arte marcial do aikido.

  23. Nassa:
    Qualquer dia vou me

    Nassa:

    Qualquer dia vou me inscrever neste blog por várias razões:

      Uma delas é comentar comentários.

        Outra é ser chamado de ”peido ambulante” do J B Costa e não ter minha resposta postada.

        A outra alternativa é sair deste blog. Vai doer ?

       Lógico que vai.Porque eu amo este blog.

         Mas já amei tantas mulheres na minha vida e TODAS foram substituidas.

         E pra mim um lugar aonde eu me sinto satisfeito, é mais que um orgasmo carnal.

                   E explico :

              Um orgasmo carnal, quando muito, se for novidade a parceira,com os entretantos, dura em média uma hora.

                Aqui eu fico gozando 16/17 horas; Desde que possa interagir com as pessoas.

                    Mas vc não deixa. Nassa. Está muito ocupado pra divulgar msn de quem não é cadastrado.

                      Aliás , esse negócio de cadastrado serve pra que ? Pro e mail ? Vc o conhece há trocentos anos.

                      Na minha residência escrevem  3 pessoas com esse mail e nick.

                              E EU SOU RESPONSÁVEL POR ELAS E POR MIM.

                              Pense a respeito,

                          Um grande abraço !

  24. Seriedade relativa

      Jornais hj.não noticiam, há muito tempo fazem campanha, os comunicadores sociais ( vulgo : “jornalistas” ), instruidos, melhor dizendo mandados, obrigados, por suas editorias, cumprem o papel de seus financiadores, os “malignos” operadores do mercado, que mandam matérias, releases, porta vozes – sempre os mesmos – para encher as paginas dos jornais, é BASICO : empresas jornalisticas editoriais, desde que o mundo é mundo, anterior a Gutemberg, não apenas vendem publicidade, o retorno das noticias, das opiniões, dos editoriais, dá muito mais retorno, aliás “jornalista/reporter/articulista, não se compra, são muitos, contabilizar seria dificil, controla-los ainda mais, portanto adquire-se editores, e os donos – nunca compre funcionários, são dependentes, compre quem manda, até sai mais barato.

        Já quanto ao “mercado”, não somos malignos, demonios, que a cada hora do dia, ou a cada final de semana, reune-se para arrumar alguma forma de “foder” o governo democratico – popular da obnubildada Sra. Rousseff , apenas atuamos, claro que visando lucros, nas besteiras que o governo faz, não tem maldade nesta atuação – maldade quem faz são os politicos bocós X espertos – se pobres sobem, tem mais renda para comprar, investimos em produção, já se o governo insiste em ficar devendo, para pagar suas contas e manter a entrada de capital especulativo, resolve por esta opção, a solução é “comprar taxas ” tanto de juros, como “hedgear cambio”, aliás, a cada soluço cambial, as empresas brasileiras importantes, as necessidades de infraestrutura, ficam mais baratas, a “car wash” tb. é um puta auxilio, no médio longo prazxo.

         Nós, os demonios malignos, representantes desta entidade ” O mercado “, em uma analise fria, para quem tenha condição, não academica, mas focada na realidade, apenas mostramos os desacertos da politica macroeconomica, e por sequencia, visando lucro, atuamos nestes gaps, portanto o mercado não é o “vilão” da história, somente é parte de um todo, do qual inserções e convencimentos exarados pelas midias de massa, contribuem, e como o governo não tem um esquema de midia satisfatório, não é problema nosso, é dele, que o faça, que defenda suas politicas, ou continuará perdendo.

          Já quanto a Tombini, apesar do Estadão, virou um pet da Dilma.

  25. O BR é uma área de caça reservada, mas há saída.

    A saída é fazer auditoria da dívida pública. Para refletir – Adriano Benayon fez um comentário sobre o Banco Central muito enriquecedor e esclarecedor numa entrevista[laos 05:57 min do vídeo abaixo, bloco 1]: “Essa área chamada Fazenda e Banco Central é uma área de caça reservada. Ali só caça o proprietário, é área reservada. Essa área chamada Ministério da Fazendo e adjacências[Secretaria do Tesouro, Banco Central e Planejamento]  é área do poder financeiro mundial anglo americano. De 1954 prá cá essa área sistematicmante é ocupada por gente controlada de fora do país”.  A entrevista em 3 blocos curtos com duraçao de 8 minutos cada é sobre economia, fala um pouco do BC, política etc.. Vale muito a pena assistir na íntegra. Vou deixar os links para quem quiser assistir. 

    Bloco 1 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=3a51hUtBmS8%5D

    Bloco 2 – https://www.youtube.com/watch?v=KVq-0Z2OFJk

    Bloco 3 – https://www.youtube.com/watch?v=xGoNDrqa5IY

    Adriano Benayon – * Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

    Leiam, gente, esses artigos do Adriano Benayon sao excelentes:

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/adriano-benayon-lava-jato-esta-sendo-manipulada-para-destruir-petrobras-e-empreiteiras-nacionais.html

    http://www.viomundo.com.br/politica/adriano-benayon-carteis-estrangeiros-dominam-o-brasil-desde-o-final-dos-anos-50.html

    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/adriano-benayon-os-brasileiros-brigam-por-causa-de-opinioes-e-teorias-como-o-imperio-anglo-americano-gosta.html

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/adriano-benayon-o-brasil-como-vassalo-dos-banqueiros.html

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/adriano-benayon-lei-de-responsabilidade-fiscal-serviu-para-garantir-pagamentos-de-juros-foram-r-20-trilhoes-com-a-divida-publica-desde-1988.html

     

  26. uma olhada por aí…

    Vai aí uma comparação com um país de m. como o Brasil:

    Déficit orçamentário mais aou menos igual ao nosso até de 2010 a 2014. Só temos déficit maior agora por causa dos swaps (quase 2% do PIB) e juros (uns 4% reais) e por causa da queda de arrecadação (causada em boa parte pela “política monetária” de maluco daqui):

    http://www.tradingeconomics.com/mexico/government-budget

    Inflação (com certeza vai ter um imbecil para dizer que é porque o México é mais competitivo, confundindo comparativo de nível de preços com inércia inflacionária), que não aumenta porque o nível de preços tende a se estabilizar com a taxa de juros nominal em patamar decente, ainda que haja algum déficit:. Não há espaço para jogo especulativo com cambio represado (juro baixo, cambio no teto que pode chegar, daí só para baixo):

    http://www.tradingeconomics.com/mexico/inflation-cpi

    Agora o juro básico do México:

    http://www.tradingeconomics.com/mexico/interest-rate

    A pergunta é: qual é o potencial do Brasil e qual é o do México ?

    O grande problema é que o Brasil, além de ter uma elite dominante selvagem e imediatista, tem também uma elite intermediária de “pequenos burgueses”, maiores ou menores, absolutamente pretensiosa e imbecilizada (além de igualmente selvagem).

     

     

  27. Tudo cortina de fumaça.No bastidor é q se decide tudo.

     O circo midiático é de propósito para desviar a atençao do que se passa no bastidor. Há um artigo que ilustra bem isso [http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/adriano-benayon-os-brasileiros-brigam-por-causa-de-opinioes-e-teorias-como-o-imperio-anglo-americano-gosta.html] 

    Título: Brasileiros brigam por causa de opiniões e terorias, como o império anglo-americano gosta. 

    Trechos: “[…]o sistema de poder concentrador – que objetiva, sobretudo, acumular mais poder – emprega intelectuais para criar teorias, que mistificam os povos, e, mercê do controle sobre a mídia, as transforma em “verdades”, aos olhos da maioria. Não importa se você é de direita ou esquerda: se é brasileiro, está sendo brutalmente saqueado, salvo as infames exceções dos agentes e colaboradores da oligarquia financeira internacional. Enrolados por doutrinas e por distorções dos fatos, os brasileiros brigam por causa de opiniões e teorias, como o império anglo-americano mundial gosta, pois sempre investiu em dividir suas vítimas com antagonismos ideológicos e querelas religiosas, étnicas e outras.[..]É como uma cidade cujos residentes se digladiam, enquanto suas casas são ocupadas por assaltantes armados. E quanto mais se distraem nisso, mais aumenta o saqueio.” […]E mais letal que o esfacelamento do poder no âmbito interno, por si só suficiente para inviabilizar o desenvolvimento, é ser o poder real exercido de fora do Brasil. Essa situação decorre das intervenções do império dirigido pela oligarquia financeira anglo-americana, através de golpes de Estado – coordenados pelos serviços secretos dos EUA, do Reino Unido e de potências coadjuvantes –, e mediante corrupção e cooptação de muitos nos setores público e privado, ademais de investimentos constantes para controlar os meios de comunicação social, desinformar, arrasar a cultura e abaixar os valores éticos e a qualidade da educação.”

  28. Cavalo de umbanda

    Nassifi, sua análise é perfeita, entretanto, considero que você foi preconceituoso e desrespeitoso com os umbandistas quando sugere que os cavalos de umbanda são manipulados ou inocentes úteis. Não é conveniente fazer analogias deste tipo. 

     

     

  29. sarnembélico é a perfeita

    sarnembélico é a perfeita expressão da triste figura do

    rei do troca-troca da notícia..

    sarnembellum…  ele é capaz de achar que é bonito….

    e ainda brabor bula um sorriso louco

    o jaguadarte sarnembélico….

    mas quem tem coragem não corre

    desse vil homenino que não morre!

    ele e seu conluio são o dragodronedroga

    do país e ainda,pior,amigos dos gatos de toga

     

  30. A “globalização” entendida

    A “globalização” entendida como “meu dinheiro pode circular livremente aí, mas suas pessoas não podem circular livremente aqui” transformou o capital financeiro alavancado no maior país do mundo, mais forte que os EUA, só a China com seu sistema financeiro fechado escapa.

    Um princípio de negociação que faz com que quem tem mais tempo para aguardar ou suportar perdas tem mais chance de ter sucesso definitivo está sendo utilizado para sufocar as esquerdas da América do Sul. Enquanto o Oriente Médio, e as  repúblicas ao sul da Rússia servem de teatro de teste de armas e tecnologias bélicas da OTAN e Rússia, a América do Sul se presta a balão de ensaio para essse tipo de interferência externa pela peneira que são suas fronteiras econômicas, políticas, de informação sensível e a fragilidade de seus governos. Mesmo com perdas na economia real  (que para o mercado financeiro são irrelevantes) e eventuais perdas de curto prazo o ataque especulativo constante e pesado gera alta volatilidade, que por sua vez amplia a inflação inercial por embutir um componente de imprevisibilidade nos agentes econômicos. Como cereja no bolo,  aumenta o desemprego e reduz o investimento privado, no caso do Brasil paralisa totalmente, aumentando a rejeição ao governo vigente. Essa manipulação da volatilidade está sendo tão bem sucedida que já é aceita como verdade pelos agentes, (siga sempre o movimento dos extrangeiros dizem) que já incorporaram o comportamento exacerbado como regra. Só constatar que os piores guetos radicais anti-governo são os sites de alguma forma ligados ao mercado financeiro.  Enfim, quem tem olhos que leia e, se souber pensar, analise. 

  31. por trás das cortinas não são palcos azuis…

    Mas há infinitas cortinas com palcos atrás.

    Despossuído de olhos azuis e de talento rendo-me a parafrase.

    Há uma distopia permanente que ilustra o discurso conservador que é a sua própria gênese.

    Afinal, como ilustrar com palavras um sistema de gerenciamento econômico que aponte permanentemente para a concentração de riqueza, a preponderância do privado sobre o interesse público (ou de alguns interesses coletivos), e criar alguma ilusão que forneça argumentos para o recrutamento de aliados e consenso político?

    Durante algum tempo, costumou-se usar o discurso de que a população mais carente (ou que a maioria esmagadora dos eleitores) era incapaz de fazer escolhas conscientes, ou melhor, ciente das principais variáveis em jogo.

    É um tema delicado em tempos de caça à Democracia (caça no sentido de abater).

    A esquerda usou e abusou dessa ferramenta discursiva, e acabou refém dela, agora em tempos macarthianos tropicais.

    É verdade que há hierarquias de entendimentos da realidade, mas também é correto afirmar que o público não é só alvo, mas também reproduz e influencia a dissemninação do conteúdo.

    Valores distorcidos, impregnados dessa falácia da meritocracia, da eficiência privada (ou da ineficiência pública), da carga tributária, das tradições, do samba de “raiz”, da relativização dos direitos fundamentais, do “bandido bom é bandido morto”, do racismo não existe, etc, são transclassistas e óbvio, tem uma conformação distinta para o uso de cada classe entre si e em relação às demais, de acordo com o peso de cada uma, ou de sua capacidade e meios para verbalizar suas demandas.

    Não é à toa que boa parte do caldo anti-PT esteja no meio da primeira geração que gozou dos benefícios implantados pelo governo que amam odiar.

    Por isso a construção de bombas semióticas (olha o Wilson Ferreira aí gente!) é crucial na batalha pela hegemonia como nunca antes.

    Enfim, como convencer que  não distribuir renda é melhor para o país, que precisamos de um modelo de subordinação e de exclusão, que menos escolas, que serviços públicos daca vez mais precários, saláarios em queda é a utopia possível? Como defender que é melhor ser bunda de elefante a ser cabeça de mosquito?

    Sugiro a leitura do poema de Drumond, Deus Komuni Kassão.

    Ao Deus Kom Unik Assão*

     
    Eis-me prostado a vossos pesesque sendo tantos todo plural é pouco.Deglutindo gratamente vossas fezesvai se tornando são quem era louco.Nem precisa cabeça pois a bocanasce diretamente do pescoçoe em vosso esplendor de auriquilatefaz sol o que era osso. Genuncircunflexado vos adouroVos amouro, a vós sonouroDeus da buzina & da morfinaque me esvazias enchendo-me de flatoe flauta e fanoipéia e fone e feno.Vossa pá lavra o chão de minha carneE planta beterrabos balouçantesde intenso carneiral belibalentesem que disperso espremo e desexprimoo que em mim aspirava a ser eumano Salva, deus compactocinturão da Terracalça circularunissex, rexdo lugarfalarcomum.Salve,meio-fimDe finrinfinfimPlurimelodiaDistriburrida no planeta.Nossa goela sempre sempre sempre escãocaradaengole elefantesengole catástrofestão naturalmente como se.E PEDE MAIS. A carne pisoteada de cavalos reclamapisaduras mais.A vontade sem vontade encrespa-se exigecontravontades mais.E se consome no consumo. Senhor dos larese lupanaresSenhor dos projetose do pré-alfabetoSenhor do ópioE do cor-no-copoSenhor! Senhor!De nosso poema fazei uma dorque nos irmane, Manaus e Birmâniapavão e Pavonepavio e povopangaré e Pane Ré Dó Mi Fá Sol-apante salmouran’alma, cação podrido.Tão naturalmente como seComo niou niente. Se estou doente, devo estar doentes.Se estou sozinho devo estar desertos.Se estou alegre deve estar ruidosos.Se estou morrendo, devo estar morrendos? Cumpro. Sougeral.É pouco?Multiversal.É nada?Soual.Dorme na tumba a cultura oral.Era uma vez a cultura visual.Quando que vem a cultural analna recompensa aldeia tribal? O meio é a mensagemO meio é a massagemO meio é a mixagemO meio é a micagemA mensagem é o meiode chegar ao Meio.O Meio é o serEm lugar dos seres, isento de lugar,Dispensando meiosde fluorescer. Salve, Meio. Salve, Melo.A massa vos saúdaem forma de passa. Não quero calar junto do amigo.Não quero dormir abraçadoao velho amor.Não quero ler a seu lado.Não quero falara minha palavraa nossa palavra.Não quero assoviara canção parceriade passarinho/aragem.Quero komunikarem códigodescodificarrecodificareletronicamente. Se komunikoque amoricome centimultiplicoscotch no bicopaparicorio ricosalpicode prazer meu penicoem vosso honor, ó Deus komunikão. Farto de komunikarNa pequenina tabasubo ao céu em fogueteaté a prima solidãolevando o soma cor, o pavilhão da komunikânsiainterplanetária interpatetal.Convoco os astrospara o coquetelos mundos esparsospara a convençãoa inocência das galáxiaspara a notíciaa nivolao show de balao sexpudimo blabladum. E quando não restarO mínimo pontoa ser detectadoa ser invadidoa ser consumidoe todos os seresse atomizarem na supermensagemdo supervácuoe todas as coisasse apagarem no circuito globale o Meiodeixar de ser Fim e chegar ao fim,Senhor! Senhor!Quem vos salvaráde vossa própria, de vossa terríbilestremendonainkomunikhassão?  Carlos Drummond de Andrade

     

  32. Julgar o mundo real

    Julgar o mundo real

    Existe um propósito maior?

    Ninguém apoia mudar o poder

    São todos fracos em seus protestos

    Não querem se revoltar contra o sistema

    Quem está nas trevas não sabe para onde vai   

    Precisamos eliminar o que está acima do governo

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