O PSDB e sua obra-prima de gestão, por Saul Leblon

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Sugerido por Webster Franklin
 
O PSDB e sua obra-prima de gestão: o racionamento em SP
 
Da Carta Maior
 
‘Estamos fechando a torneira porque em março, no mais tardar em junho, SP fica sem água’, admitiu presidente da Sabesp. Esse é o legado do choque de gestão?
 
Por Saul Leblon 

Após um ano de dissimulações, o PSDB oficializou o racionamento de água em SP nesta 4ª feira.

O novo presidente da Sabesp , Jerson Kelman, em entrevista ao SPTV, da Globo, anunciou um corte  drástico no fornecimento, que caiu de 16 mil litros/s na 3ª feira, para 13 mil l/s a partir de agora.

O racionamento anunciado  oficializa uma realidade que já atinge mais de seis milhões de habitantes, cujo abastecimento declina há um ano acumulando um corte de 60% no fornecimento padrão da Sabesp às suas torneiras (de 33 mil l/s para 13 mil l/s).

E isso é só o começo.

‘Estamos fechando a torneira porque em março, no mais tardar em junho, SP fica sem água’, admitiu presidente da Sabesp na entrevista.

Nada como um copo após o outro.

Na reta final da campanha presidencial de 2014, quando o então diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, advertiu na Assembleia Legislativa de São Paulo, que o abastecimento da cidade estava, literalmente, por um fio de água, foi chamado de ‘bandido’ pelo grão tucano, vereador Andrea Matarazzo.

Ele disse aquilo que o PSDB se recusava a admitir: restavam apenas 200 bilhões de litros do volume morto do sistema Cantareira, que provê boa parte da água consumida na cidade.

O pior de tudo: a derradeira reserva de água da cidade encontra-se disponível na forma de lodo.

E será com isso que a sede paulistana terá que ser mitigada caso não chova o suficiente até o final de março.

Como de fato não tem chovido nos mananciais, nem há expectativa séria de que isso ocorra suficientemente até o final da estação das águas, avizinha-se  o que o novo presidente da Sabesp finalmente admitiu: ‘em março, no mais tardar em junho, SP fica sem água’.

Corta e volta para a campanha eleitoral de Aécio Neves em 2014.

O estandarte da eficiência tucana era martelado diuturnamente como um tridente contra aquilo que se acusa de obras e planos nunca realizados por culpa da (Aécio enchia a boca para escandir as sílabas) ‘má go-ver-nan-ça’.

Corta de novo e volta para o presente com o foco na contagem regressiva anunciada por Jerson Kelman, o novo titular do espólio da Cantareira e da Sabesp.

Vamos falar um pouco de governança?

Atribuir tudo à  ingratidão a São Pedro é um pedaço da verdade.

Num sugestivo contorcionismo eleitoral, Aécio negou a esse pedaço da verdade a explicação para a alta nos preços dos alimentos afetados pela seca.

Ou isso ou aquilo.

Estocar comida, que não grãos, caso do vilão tomate, por exemplo, que pressionou os índices de alimentos no período eleitoral,  está longe de ser uma opção exequível em larga escala no enfrentamento de uma seca.

Mas estocar água e planejar dutos interligados a mananciais alternativos, calculados para enfrentar situações limite, mesmo que de ocorrência secular, é uma obrigação primária de quem tem a responsabilidade pelo suprimento de grandes concentrações urbanas.

A Sabesp sob o comando do PSDB detém essa responsabilidade há 20 anos em São Paulo.

Omitiu-se, com as consequências previsíveis que agora assombram o horizonte de milhões de moradores da Grande São Paulo.

Carta Maior lembrou no período eleitoral –enquanto Geraldo Alckmin fazia expressão corporal de seriedade, que Nova Iorque e o seu entorno, com uma população bem inferior a de São Paulo (nove milhões de habitantes), nunca parou de redimensionar a rede de abastecimento da metrópole  movida por uma regra básica de gestão na área: expansão acima e à frente do crescimento populacional.

Tubulações estendidas desde as montanhas de Catskill, mencionou-se então, situadas a cerca de 200 kms e 1200 m de altitude oferecem ao novaiorquino água pura, dispensada de tratamento e potável direto da torneira.

Terras e mananciais distantes são periodicamente adquiridos pelos poderes públicos de NY  para garantir a qualidade e novas fontes de reforço da oferta.

O sistema de abastecimento da cidade reúne três grandes reservatórios que captam bacias hidrográficas preservadas em uma área de quase 2.000 km2.

A adutora original foi inaugurada em 1890; em 1916 começou a funcionar outro ramal a leste da cidade; em 1945 foi concluída a obra de captação a oeste, que garante 50% do consumo atual.

Mesmo com folga na oferta e a excelente qualidade oferecida, um novo braço de 97 kms de extensão está sendo construído há 20 anos.

Para reforçar o abastecimento e prevenir colapsos em áreas de expansão prevista da metrópole.

Em 1993 foi concluída a primeira fase desse novo plano.

Em 1998 mais um trecho ficou pronto.

Em 2020, entra em operação um terceiro ramal em obras desde o final dos anos 90. Seu objetivo é dar maior pressão ao conjunto do sistema e servir como opção aos ramais de Delaware e Catskill, que estão longe de secar.

Uma quarta galeria percorrerá mais 14 kms para se superpor ao abastecimento atual do Bronx e Queens.

Tudo isso destoa de forma superlativa da esférica omissão registrada em duas décadas ininterruptas de gestão do PSDB no Estado de São Paulo, objeto de crítica até de um relatório da ONU, contestado exclamativamente pelo governador reeleito, Geraldo Alckmin.

Se em vez do mantra do choque de gestão, os sucessivos governos de Covas, Ackmin, Serra e Alckmin tivessem reconhecido o papel do planejamento público, São Paulo hoje não estaria na iminência de beber lodo.

Ou nem isso ter  para matar a sede.

Pergunta aos sábios tucanos: caiu a ficha?

É verdade que o Brasil todo desidrata sob o maçarico de um evento climático extremo.

Sinal robusto dos tempos.

Mas desde os alertas ambientais dos anos 90 (a Rio 92, como indica o nome, aconteceu no Brasil há 22 anos) essa é uma probabilidade que deveria estar no monitor estratégico de governantes esclarecidos.

Definitivamente não se inclui nessa categoria o tucanato brasileiro: em 2001 ele já havia propiciado ao país um apagão de energia elétrica pela falta de obras e a renúncia deliberada ao planejamento público.

Os mercados cuidariam disso com mais eficiência e menor preço –ou não era isso que se falava e se volta a ouvir agora sobre todos os impasses do desenvolvimento brasileiro?

Ademais de imprevidente, o PSDB desta vez mostrou-se mefistofelicamente oportunista na mitigação dos seus próprios erros.

Ou seja, preferiu comprometer o abastecimento futuro de milhões de pessoas, a adotar um racionamento preventivo que alongaria a vida útil das torneiras, mas poria em risco o seu quinto mandato em São Paulo.

É importante lembrar em nome da tão evocada liberdade de imprensa: a dissimulação tucana não conseguiria concluir a travessia eleitoral sem a cumplicidade da mídia conservadora que, mais uma vez, dispensou a um descalabro do PSDB uma cobertura sóbria o suficiente para fingir isenção, sem colocar em risco o continuísmo no estado.

É o roteiro pronto de um filme de Costa Gavras: as interações entre o poder, a mídia, o alarme ambiental e o colapso de um serviço essencial, que deixa  uma das maiores metrópoles do mundo no rumo de uma seca épica.

O PSDB que hoje simula chiliques com o que acusa de ‘uso político da água’, preferiu ao longo das últimas duas décadas privatizar a Sabesp, vender suas ações nas bolsas dos EUA e priorizar o pagamento de dividendos a investir em novos mananciais.

Há nesse episódio referencial um outro subtexto para o filme de Costa Gavras: a captura dos serviços essenciais pela lógica do capital financeiro.

Enquanto coloca em risco o abastecimento de 20 milhões de pessoas, revelando-se uma ameaça à população, a Sabesp foi eleita uma das empresas de maior prestígio entre os acionistas estrangeiros.

Mérito justo.

Como em um sistema hidráulico, o dinheiro que deveria financiar a expansão do abastecimento, vazou no ralo da captura financeira. Encheu bolsos endinheirados às custas de esvaziar as caixas d’água dos consumidores.

Não é uma metáfora destes tempos. É a síntese brutal da sua dominância.

Mesmo que a pluviometria do verão fique em 70% da média para a estação, o sistema Cantareira – segundo os cálculos da ANA – ingressará agora no segundo trimestre de 2015 com praticamente 5% de estoque (hoje está com algo em torno de 6%).

Ou seja, São Paulo chegará no início da estação seca de 2015 com a metade da reserva que dispunha em período equivalente de 2014 e muito perto da marca desesperadora do início deste  verão,quando ainda apostava no alívio da estação das chuvas –inexistente no inverno.

A seca que espreita as goelas paulistanas não pode ser vista como uma fatalidade.

Dois anos é o tempo médio calculado pelos especialistas para a realização de obras que poderiam tirar São Paulo da lógica do lodo.

Portanto, se ao longo dos 20 anos de reinado tucano em São Paulo, o PSDB de FH e Aécio Neves, tivesse dedicado 10% do tempo a planejar a provisão de água, nada disso estaria acontecendo.

Deu-se o oposto.

De 1980 para cá, a população de São Paulo mais que dobrou. A oferta se manteve a mesma com avanços pontuais.

O choque de gestão tucano preferiu se concentrar em mananciais de maior liquidez, digamos assim.

Entre eles, compartilhar os frutos das licitações do metrô de SP com fornecedores de trens e equipamentos. A lambança comprovada e documentada sugestivamente pela polícia suíça, até agora não gerou nenhum abate de monta no poleiro dos bicos longos.

‘Todos soltos’, como diz a presidenta Dilma.

A rede metroviária de São Paulo, embora imune a desequilíbrios climáticos, de certa forma padece da mesma incúria que hoje ameaça as caixas d’agua dos paulistanos.

Avulta daí um método – o jeito tucano de governar não pode ser debitado na conta de São Pedro.

O salvacionismo tucano em São Paulo não conseguiu fazer mais que 1,9 km de metrô em média por ano, reunindo assim uma rede inferior a 80 kms, a menor entre as grandes capitais do mundo.

A da cidade do México, por exemplo, que começou a ser construída junto com a de São Paulo, tem 210 kms.

Não deixa de ser potencialmente devastador para quem acusa agora o PT de jogar o país num abismo de má gestão só ter a oferecer à população de SP a seguinte progressão: racionamento drástico imediato, seguido de seca de consequências imponderáveis navida de uma das maiores manchas urbanas do mundo.

É essa a perspectiva para um serviço essencial na capital do estado onde o festejado choque de gestão está no poder há 20 anos.

Ininterruptos.

Uma questão para refletir:

O legado recomenda uma recidiva da receita para todo o Brasil, como exigem os centuriões do mercado e alguns cristãos novos petistas?

A ver.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

26 Comentários

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  1. Explica que eu não entendi.

    De dia não tem água nas torneiras por conta da FALTA DE CHUVAS.

    De noite 600 mil pessoas estão sem luz por conta do EXCESSO DE CHUVAS.

    Sou criança e tenho 6 anos, alguém me explica pra eu entender?

    Por que 57% de trouxas reelegeram esse pulha em primeiro turno?

    Por que 51 milhões de pessoas votaram em outro pulha acéfalo ainda pior no segundo turno da presidência?

    1. Acho que as pessoas são

      extremamente religiosas e gostam do sacrifício por amor a Deus. Esse que voce chama injustamente de pulha é um enviado do Senhor

  2. Trecho de testamento de

    Trecho de testamento de eleitor tucano que morreu de sede:

    … e para o PSDB, deixo meu voto em 2018, em todos os candidatos do partido nos quais eu puder votar.

  3. Era previsto, menos pelos tucanos

    Nassif

    15/05/2014

    O problema é muito mais grave e já não depende apenas de chuvas

    O sistema colapsou

    Mesmo que as chuvas voltem no próximo ano ao seu normal, ainda assim não seria suficiente para suprir sem restrições o quadro do abastecimento hídrico de São Paulo

    No dia 15/06

    Dentro deste quadro era necessário e urgente o racionamento para que a situação não chegasse  à condição de seca nas residencias, comercio, indústria

    Se espera, com ponto crítico máximo,  as chuvas que começam em outubro. Pela condição dos níveis de água, tais chuvas, dentro da média, servirão apenas para encharcar o solo

  4. provável procedimento

    O governador AlckM&rd@ vai à TV PIG e faz um pronunciamento emocionado à população falando sobre o abandono de São Paulo por São Pedro, que uma coisa dessas não condiz com o companheirismo que deveria existir entre apóstolos de jesus, e convoca a população a participar de um movimento pela economia de água.

    O PIG  repercute e amplia o pedido do governador, louvando sua iniciativa em frente dessa grande e imprevisível  adversidade climática.

    Repórteres PIGentos vão às ruas para filmar ações de coxinhas PSDBistas (desculpem a redundância) em ações para economizar água e xingar a Dilma.

    ———

    Esse roteiro básico já foi usado quando o vendilhão FHC quebrou o Brasil para se reeleger em 1998 e depois culpou “causas externas”, com total apoio do PIG.

  5. Em uma outra encarnação sab,

    Em outra encarnação

    17/05/2014

    vi o meu povo pré-colombiano da mesomérica ser dizimado e os que sobraram fugiram para outras regiões pela escassez de água causada pelo aumento da nossa população e falta de previdência para ampliar a captação de águas

    A nossa triste lição não serviu para que os dirigentes “modernos” se preocupassem com a gestão em benefício do seu povo

    Não serviram também novas tecnologias de previsão de chuvas, cálculos modernos para saber a relação captação / armazenagem / consumo / colapso

    Outras tecnologias ajudarão. Poderão migrar para regiões onde seus adversários construíram milhares de cisternas e fizeram a captação de águas de fontes distantes percorrendo mais de 700 km de dutos e canais

  6. A obra prima tucana foi a

    A obra prima tucana foi a vitória consagradora do PSDB em São Paulo.

    A crise da água não foi considerada um problema…

    … ou foram enganados.

    1. Enganados não foram

      Qualquer pessoa com acesso à internet sabia o que estava aconecendo em São Paulo. Mesmo nos jornalões e na mídia do PIG saíram reportagens falando do assunto. Poucas, mas saíram. Todo mundo sabia o que se passava. Votaram no Alckmin por livre e espontâneo amor aos Tucanos.

  7. E a transposição…

    E ANA está dizendo que a transposição do Paraíba do Sul já era: “A Agência Nacional de Águas informou que na reunião desta sexta-feira (16) também vai discutir a transposição da água para o Cantareira. De acordo com a Agência, se isso for aprovado, a obra levará dois anos para ficar pronta, mas só será acionada se o Paraíba do Sul voltar a encher.” Veja aqui

  8. A questão é o que fazer

     

    Não se sabe de nenhuma providência concreta para resolver a seca no Brasil (pois a seca afeta outras regiões além de São Paulo). Há estudo ligando o desmatamento da Amazônia à seca no país (http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/10/novo-estudo-liga-desmatamen…), e, ao que parece, é só. Mas não deveria. Por exemplo, o advento e ampliação constante das grandes áreas agrícolas nos Mato Grosso (francamente, não sei qual, ou se os dois) e a seca estão relacionados? E as áreas agrícolas de São Paulo e Minas, que relação têm com a seca? Uma análise de correlação entre esses processos (por meio das respectivas variáveis aleatórias) pode ser feita porque há dados históricos de satélite que detêm a história das ocupações agrícolas e dados históricos de precipitação pluviométrica (afora outros – temperatura etc.).

    Um dado alarmante é o de que a Amazônia teria perdido a área equivalente a duas Alemanhas em 40 anos. Mais alarmante ainda é que nada de efetivo foi feito para acabar com o desmatamento e para reflorestar a Amazônia. E, se voltarmos 40 anos no tempo, lembraremos que a cidade de São Paulo era conhecida como Terra da Garoa. É muito descaso e burrice.

    Em São Paulo, há alguma providência concreta, mesmo que um projeto inicial apenas, para conectar novas fontes hídricas ao sistema de abastecimento paulista de água? As soluções nordestinas, adaptadas à área urbana, de sistema de cisternas para coletar a água da chuva, foram cogitadas? Ou açudes para recolher as águas dos rios que cortam São Paulo? Há medidas pensadas para conter a poluição desses rios, aí sim, recorrendo a multas e punições que alcancem poluidores?

    Quais medidas para proteção de nascentes e cursos d’água foram pensadas? E o reflorestamento amazônico e de outras áreas (Minas, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul) quando terá início?

    Só multar por excesso de consumo e racionar o uso da água, em cenário de seca cada vez mais grave é burrice acrescentada de irresponsabilidade, isto para São Paulo. Mas tem-se também de denunciar que nada vem sendo feito no plano nacional para reduzir a seca agora e preveni-la no futuro.

    Aqui nada há de “ecochatice”. Certamente, a falta d’água afetará adversamente a economia (embora tal não se reflita no PIB, que, como todo mundo sabe, é um péssimo indicador), prejudicando negócios, eliminando empregos, reduzindo arrecadação, piorando a produtividade da economia. Estamos, com toda essa inércia criminosa, inviabilizando o futuro do Brasil. Somos criminosos, pois estamos matando o futuro do Brasil.

  9. Vão ou não vão retirar o Picolé de Chuchu?

    O fato de ter maioria de deputados estaduais impediria de depor o Picolé de Chuchu? A população precisa retirar urgentemente o cara de onde está para que as coisas não piore. Não há organismos de segurança que impeça uma convulsão social em São Paulo como consequência da falta de água. Falta de água não se resolve com importação urgente, não é um bem de reposição rápida e não dá para transferir a população para locais onde água exista. Como é que vai ser?

  10. É ainda mais grave

    O alkimim e o PIG esconderam o problema da falta de agua de maneira criminosa. Consulte a ANEEL que nem acho grande coisa e veja as previsões de geração hidraulica para daqui a 3 anos pelo menos. E o governo paulista com a grandissima ajuda do pig nem toca no assunto, sendo que a agua para beber em são Paulo é dez vezes mais importante que a agua para gerar energia.

    Não podemos esquecer que o pig escondeu o problema e deu forças ao alkimim para esconder também. é um cúplice do crime. Despistou, desconversou, inventou ouros assuntos. tentou criar desculpas para o futuro. Criminosamente. Nunca foi tão pig como neste caso. Criminoso.

    Mas o mais grave é que como no caso do apagão do fhc, menos grave é certo, há uma total falta de estudos sobre o que fazer e como agir em uma situação de falta de agua em uma cidade de 15 milhões de habitantes. Assunto seríssimo e já com enorme tempo perdido. Enrola-se o máximo, ataca-se a petrobrás para enganar os trouxas, e nada de planejado para a ocasião crucial. Estudo de cenários, possíveis ações mitigantes, quem comandará, medidas de emergência severas, que fazer, o caos chegou e agora.., etc. Nada. Como será??? A informação confiável seria indispensável neste caso, mas o pig conseguirá faze-la sem se autodenunciar e se desmoralizar abertasmente?  Pelo jeito, “Vão deixar pra ver como vai ficar para ver como ficará”.

    Como será cobrado do psdb e do pig este enorme desastre? Será que eles tem um mínimo de condição técnica e principalmente moral para gerenciar o enorme e complexo problema. Quem não tomou medidas simples na hora certa, que por motivosd políticos cretinos o criou?

    Se este país tivesse um mínimo de justiça cumprindo seu dever… E a mp sp, alguem viu falar, neste caso some….

  11. Quando o negócio está feio, chame um engenheiro

    O Episódio da Água em Seis Dias no Rio (segundo a Wikipedia)

    “O episódio da água em seis dias ocorreu no final do Segundo reinado no Brasil, no verão de 1888. Eram dias de calor insuportável na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império, com os termômetros registrando 42 °C a população sofria com o abastecimento irregular dos chafarizes.

    “Os comícios e passeatas eram frequentes e as críticas encontravam voz na imprensa principalmente através dos artigos de Rui Barbosa no Diário de Notícias. Pressionado, o Imperador D. Pedro II ordenou a realização de um concurso público para a escolha de um escritório de engenharia que realizasse novas obras de canalização.

    “O projeto vencedor, dos engenheiros Paulo de Frontin, Belfort Roxo e dos alunos da Escola Politécnica do Rio de Janeiro foi dimensionado para ser realizado em seis dias, ao invés dos seis meses prometidos pelos empreiteiros ao Governo Central, e a um custo bem menor. Na ocasião Paulo de Frontin contava com 29 anos de idade apenas e era considerado muito novo para tal desafio pelos colegas mais velhos.

    “Apesar das pressões políticas e ameaças de agressão física, o projeto foi realizado no prazo prometido. A água das cachoeiras do Rio Tinguá, na Serra do Comércio, na Baixada Fluminense, chegou à Represa do Barrelão, na cidade do Rio, canalizada em tubulação assentada à margem da linha da Estrada de Ferro Rio d´Ouro. O volume diário era de 16 milhões de litros. Este sistema de abastecimento foi posteriormente ampliado e abasteceu durante muito tempo a Capital. Com o Plano Diretor de Abastecimento de Água da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (PDA -RMRJ), elaborado pelo Eng. Jorge Paes Rios, para a CEDAE, estas captações foram destinadas apenas ao abastecimento da Baixada Fluminense devido a sua enorme expansão demográfica. O engenheiro Paulo de Frontin foi declarado Patrono do Engenharia Brasileira.

    Engenharia é atividade importante para a sociedade e, para sair desse atoleiro em São Paulo (com ironia, por favor) chame o engenheiro, e o deixe trabalhar (políticos, especialmente do PSDB, longe). Essa turma, os engenheiros, sempre encontra solução, acredite. Algum engenheiro foi convocado? O sheik Alckmin, afinal, São Paulo está a se tornar um deserto, “ordenou” a realização de concurso público, como fez o sábio Pedro II,  para a prestação de serviços de engenharia visando a solução do problema? Ao que parece, nada de efetivo foi feito até agora além de reclamações, mentiras e desculpas.

    1. Ótimo comentário, Ramalho!

      Ótimo comentário, Ramalho! Chamem os engenheiros e retirem os políticos que eles tem a solução menos onerosa e execução com menor prazo. 

       

  12. Mesmo os paulistas sendo umas

    Mesmo os paulistas sendo umas bestas quadradas, estou torcendo como nunca para que caia um dilúvio e encha a Cantareira de água. A coisa é muito séria, não consigo desejar esse mal (ficar sem água) pra ninguém, nem pra essa anta desse Alckmin, nem para os imbecis da mídia escrota tucana. 

  13. Di Gênio é um jênio

    Paulistanos aderem ao Opus Dei e reelegem Alckmin para cumprir penitência.

    Sob as bênçãos de São Josémaria Escrivá, no governo de Geraldo ninguém pode falar dessa água não beberei. Venha de onde vier…

    Alvíssaras!

  14. A agonia será lenta…Ele

    A agonia será lenta…

    Ele vai arrastar a falta d’água até novo sistema de captação vir em socorro..

    Em alguns locais, os mais pobres, esta situação poderá se prolongar até 2016!

    Que se importará? O PIG?

    Enquanto isso eles vão continuar chamando o PT de caPeTa….

    Tem gente  que acha que o que está acontecendo é obra de Deus…

  15. seca

    Amigos,

    Faz tempo que a situação é gravíssima. Como faremos, nem considerando o atendimento à população, crucial, mas também hospitais, escolas. Empresas precisarão paralisar atividades (o comércio de alimentos já desemprega).

    Será o caos para o estado, com reflexos significativos para o país.

    Obras, mesmo emergenciais, não ficarão prontas a tempo e tem sua efetividade questionada; o  idiota do Alckmin diz que foi a ANA quem determinou a redução no consumo. E a “coxinharada” acredita.

    Fico imaginando um “jestor” como Alckmin ou similar (vocês sabem de quem falo) comandando o Brasil. Regressariamos à idade da pedra. O país faliria e entraria fatalmente em convulsão.

    PSDB nunca mais!

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