O que está em jogo na sucessão presidencial, por J. Carlos de Assis

Examinemos o contexto em que se disputarão as eleições que irão apontar o presidente dos próximos quatro anos. A situação interna é conhecida: estagnação da economia, talvez contração; forte queda da indústria; aumento gradativo do desemprego; crescente déficit comercial; estagnação do investimento; continuidade da entrada de capitais financeiros especulativos puxados pelas altas taxas de juros e câmbio valorizado; inflação sob controle e declinante.

A situação externa também é amplamente conhecida, porém pobremente interpretada pela imprensa brasileira: estagnação ou contração na Europa, oscilação no fundo do poço nos Estados Unidos, recessão no Japão. Deflação. Corte de gastos públicos, salários e aposentadorias na Europa. Em consequência, pela primeira vez na história e por razões principalmente políticas, não podemos contar com nenhuma contribuição dos países industrialmente avançados para dinamizar nossa economia nessa crise pois o que pretendem é justamente aumentar exportações para nós.

Tendo em vista a indigência de nossa grande imprensa em interpretar a crise nesses países ricos, explique-se que depois do susto cavalar de 2008, que justificou políticas fiscais expansivas em todo o mundo, levando a um início de retomada em 2009, os países ricos refluíram em 2010 para o neoliberalismo adotando políticas de contração fiscal incapazes de serem contrabalançadas por políticas monetárias expansivas, tragadas estas pela chamada armadilha de liquidez – ou seja, pela situação em que as corporações têm dinheiro de sobra no caixa mas não investem por falta de demanda. Com isso a crise ressurgiu, possivelmente por longo prazo.

O que fazer nesse contexto? Esperar que, por algum milagre, as economias maduras se recuperem e nos abram os seus mercados e os seus investimentos produtivos para que possamos levantar nossa economia? Trata-se de uma ilusão ideológica. A Europa e os Estados Unidos não se encontram mais numa crise econômica que gera consequências políticas, mas numa crise política que gera consequências econômicas. O fundamentalismo político neoliberal, ao qual aderiram sociais democratas e socialistas europeus, repele qualquer iniciativa de crescimento pelo lado da expansão fiscal. Portanto, não há crescimento à vista sem o milagre de uma virada política que transcenda as próprias maiorias partidárias.

Além disso, nas economias maduras, com sua alta concentração de renda, só os grandes surtos de inovação, como o carro no início do século passado e a internet nas duas últimas décadas, possibilitam suspiros de forte crescimento. A alternativa é algum fenômeno político que expanda generalizadamente o mercado interno, como ocorreu com a social-democracia europeia. Para a atual Europa e para o Japão, os dois caminhos estão fechados, seja pelo esgotamento do ciclo de inovações de massa da internet, seja pelas razões ideológicas no campo fiscal acima assinaladas.

Os Estados Unidos deixaram uma porta entreaberta para o crescimento pois a despeito do Partido Republicano, que estupidamente quer pagar a dívida pública, Obama tem mantido déficits públicos que, embora decrescentes, ainda estão na faixa de 1 trilhão de dólares. Assim mesmo a economia está na gangorra, ora em contração, ora em expansão. E desde 2010 Obama colocou como objetivo estratégico do país, para estimular a retomada, dobrar as exportações a cada cinco anos. O Japão, o único dos países industrializados avançados que mantém uma política de estilo keynesiano, não deslancha porque, mesmo tendo desvalorizado em 20% o câmbio, não há mercado para suas exportações nas outras economias ricas, todas estagnadas, e os emergentes não podem dar conta de tanto apetite exportador.

Nesse contexto, quais são as propostas das equipes econômicas de Marina e de Aécio? Elas podem ser sintetizadas nas palavras de Armínio Fraga: câmbio totalmente flutuante com tendência à valorização (ele promete que seu BC independente não vai fazer intervenções no mercado cambial), taxa de juros elevada, contração fiscal, obsessão com a redução da inflação, preocupação secundária com o desemprego, este sinalizando uma menor pressão sobre os salários em favor da competitividade externa da economia. Esse receituário, que  importa o essencial da política insana em curso na Europa, mata o que ainda existe de demanda interna, destrói o resto da indústria e nos empurra inexoravelmente para uma depressão sem paralelo.

Não é uma receita radicalmente diferente do que está aí em dose mais leve. Mas é um assombroso sinal para a frente, porque indica não um conserto mas uma virada radical para o lado errado, no interesse exclusivo do estamento financeiro. E as diretivas para a economia interna  não são a pior promessa da dupla que Jânio de Freitas identificou como um só Aécio ou uma só Marina. Armínio Fraga e Gianetti estão convencidos de que devemos fazer um acordo de livre comércio com a Europa, já em discussão, e outro com os Estados Unidos, nesse caso ressuscitando a famigerada Alca. Isso, se realizado, afasta em definitivo qualquer esperança de retomada do que existe de indústria brasileira, nos remetendo sem piedade à condição de primário-exportadores.

 Essa perspectiva é sombria. E o que mais se deplora não é tanto o que vamos sofrer de imediato, mas o que deixaremos de ganhar a médio e longo prazos. O terreno está maduro para uma grande aliança econômica com os BRICS e a Unasul em torno de um projeto de industrialização básica financiado pela China, no Brasil e nos demais países sul-americanos, mobilizando os imensos recursos naturais da região que, hoje, estão inexplorados ou são vendidos como commodities sem qualquer valor agregado.

Por que sustento que uma estratégia desse tipo, que nos tornaria parceiros da China em investimento produtivo e não num comércio que apenas estrangula nossas empresas, é plenamente viável? Simplesmente porque interessa à China. Condenada a crescer a mais de 7% ao ano para sustentar a legitimidade de domínio do Partido Comunista, a China se defronta com gravíssimos problemas de poluição, dramática escassez de água e ameaça de falta de energia elétrica. Nesse quadro, o melhor negócio para ela, para sustentar sua capacidade de crescimento, é fazer o out sourcing da produção de metais contra acordos de compra de longo prazo da maior parte dessa produção, garantindo suas necessidades básicas crescentes desses metais. Quanto a nós, teríamos um mercado cativo que poderia estender-se à Índia, que luta com os mesmos problemas de poluição e falta de água.

Assim, num mesmo movimento, a China financiaria a produção e garantiria a demanda que, por sua vez, seria a garantia financeira do investimento. A construção das indústrias no Brasil e na América do Sul daria tremenda abertura de mercado para a indústria de bens de capital brasileira em sociedade com a chinesa. Um surto vigoroso de investimento em produção de aço, de níquel, de alumínio, de cobre, de zinco, de nióbio e de outros metais, em toda a América do Sul, nos colocaria no eixo de desenvolvimento asiático, com tremendos ganhos para o nosso mercado de trabalho e para a distribuição de renda, rompendo com a concentração de renda dos monopólios minerais e possibilitando um crescimento anual da ordem de 5 a 6%, e talvez mais.

Em termos financeiros, isso não é muito diferente do que fizemos com Carajás, que foi empreendido com garantia de compra a longo prazo de minérios pelos japoneses. A diferença é que agora estamos falando de industrialização e exportação de metais com alto valor agregado, e que servirão tanto à exportação quanto ao mercado interno, disponibilizado que seria também para empresas brasileiras e sul-americanas de segunda e terceira geração no ciclo de industrialização. Nesse contexto, o Banco dos BRICS e o Banco do Sul teriam um papel central pela capacidade de canalização de empréstimos e investimentos.

Este é o meu sonho, que acredito que Dilma, com todos os seus defeitos, poderá colocar em andamento se for reeleita, já que ela ajudou a construir uma ótima articulação com os BRICS e a Unasul. E agora me digam, Marina e Aécio, qual é seu sonho para o Brasil? Fazer o dever de casa da contração econômica para cumprir a pauta da política alemã para a Europa, nos colocando de novo de joelhos perante o FMI? Leiam atentamente os pronunciamentos de Gianetti e Armínio. A bem da verdade, eles não estão escondendo nada. Ao contrário, fazem o que fez o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, quando tomou posse no cargo: para recuperar a competitividade europeia, disse ele, era necessário destruir o estado de bem estar social! Em Portugal, já cortaram as aposentadorias acima de mil euros.

J. Carlos de Assis – Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe/UFRJ, professor titular de Economia Internacional da UEPB, autor de mais de 20 livros sobre economia política brasileira.

Redação

29 Comentários

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  1. Cenário

    Concordo com o texto no que se refere à interpretação pobre ou indigente da imprensa, ou talvez mal intencionada mesmo, sei lá. A verdade é que muito poucos especialistas têm espaço na chamada grande imprensa, e a maioria que fala é de palpiteiros, especialistas em generalidades. Talvez a saída para um país com o potencial (e os problemas ) do Brasil seja mesmo a aproximação com os chamados BRICs, uma integração comecial e industrial maior com os “emergentes”, não sei se é a única saída, mas me parece um caminho com alguma consistência.

  2. Grande texto!

    de fato Aécio e/ou Marina (no fim é o mesmo produto só com embalagem diferente) representam um retrocesso ao Brasil pre-revolução de ’30, um pais tele-controlado por EUA e Europa. Como os Marinhos, Frias e consortes odiavam Vargas e Juscelino, antes de odiar Lula.

    Quem frequenta a classe media alta e “media tradicional” paulista sabe do que eu estou falando.

  3. Marina vai lançar um

    Marina vai lançar um aplicativo para smartphone que avisa, em tempo real, sobre as mudanças no seu plano de governo. Especialistas consultados já se mostram preocupados com o aumento do tráfego de internet que isso possa gerar…

  4. É bom que se leia a matéria

    É bom que se leia a matéria com atenção.

    O Brasil não vai bem, mas tem metas seguras traçadas pela atual politica, que impulsionará a economia e consequentemente os direitos.

    Somos um pais em formação na nossa democracia e muitos dos direitos difusos estão relacionadas à forma de crescimento e distribuição.

    O alerta dos riscos da politica de Marina e de Aécio na área da economia e distribuição de riqueza, descritas pelo autor do texto, levará de condão retrocessos nas conquistas das minorias, inclusive dos LGBT.

    No mundo essencialmente capitalista distribuição de riqueza (bens e direitos) andam de mãos dadas.

    Alerta ao Gunter, a quem admiro e considero um grande formador de opinião.

    1. Considerar o Gunter “grande

      Considerar o Gunter “grande formador de opinião” e achar que ele é grande analista político/eleitoral (Nassif) só pode ser ironia. O Gunter elabora uns posts imensos para esconder a fragilidade dos argumentos. Parece o advogados que não tem argumentos sólidos porque a causa é perdida e elabora uma contestação de cem páginas repleta de colagens, doutrina e jurisprudência que não tem nada a ver que só serve para tomar tempo do advogado da outra parte, visto que tem que impugnar ponto por ponto. 

    2. Senhor Assis Ribeiro

      Senhor Assis Ribeiro formadores de opinião aqui no blog considero apenas o Diogo Costa de um lado e Andre Araujo do outro.  O Gunter tornou-se apenas um amargo, ressentido e obsessivo na sua cruzada contra o governo por supostos interesses contrariados em relação as políticas gltbs.  Ele escreve somente sobre questões de gênero e opina em análises sobre estatísticas eleitorais, quando não posta vídeos de musiquinhas.

      Agora mesmo, mostra-se um controverso, ao apoiar a evangélica que recebe ordens de um pastorzinho homofóbico fundamentalista que fomenta a caça aos gays.  Jamais vi algo tão anti cristão por parte do pseudo pastor que atiça o ódio ao invés do amor, contrariando os preceitos máximos do Cristo.

      Dizer que o senhor Gunther é formador de opinião é o mesmo que achar que Junior@50 também é formador de opinião, sendo que o mesmo somente emite opinião quando o assunto são aviões de guerra e combate.  Desconfio que o Junior 50 deva ser um piloto aposentado da força aérea.

  5. O problema é a sustentação

    O problema é a sustentação política. A turma das finanças e do rentismo são poderosos e controlam a mídia. O big business nacional prefere se aliar a eles, mantendo o Estado sob o controle de pequenos grupos fechados. Para isso aposta no enfraquecimento do PT, o maior e mais coeso partido que ameaça alargar a democracia, permitindo uma efetiva atuação do parlamento e do judiciário. Para os grupos financeiros, rentistas, e o big business nacional e estrangeiro, um governo fácil de controlar, com linha direta para o presidente e ministros, baixa qualidade do parlamento e fácil manipulação (corrupção) de deptutados e senadores, além de um judiciário lento e ineficaz é o melhor dos mundos. Como e com quem costurar politicamente um novo caminho?

    Tem diversas correntes dentro dos partidos existentes que poderiam se unir em torno do projeto exposto, mas tem também dentro desses mesmos partidos muitos “bernes da política” – aqueles que pegam carona em projetos políticos, apenas para algum proveito proprio, dentro do velho estilo do coronelismo. O arco de alianças de Dilma mostra claramente essa situação. Já que se está contrariando interesses muitíssimos poderosos, governar assim, em bases políticas fracas, inviabiliza qualquer projeto mais contundente. Esse foi o drama de Vargas e de Joao Goulart.

    Como reordenar a política e construir uma frente consistente?

  6. China e Índia demoliram as sociedades de bem estar social

    Houve, ainda no governo Lula uma tentativa de transferência da expansão da indústria metalúrgica da China para o Brasil. Os chineses se dispuseram a analisar projetos de construção de siderúrgicas no Brasil. Após as análises, o projeto gorou por desistência dos chineses: os custos de produção seriam muito altos. É impossível competir em custo de produção com China e India, com populações somadas de 2,2 bilhões de pessoas, quase todas dispostas a trabalhar 60 horas por semana em troca de salários baixos. Essa disparidade em relação às economias maduras é o que tem gerado o desmonte das sociedades de bem estar social. Não há solução à vista para o gravíssimo problema. O Assis está sonhando acordado.

  7. Alarde!!!

    Gente, vcs não estão fazendo tempestade em copo dágua.

    Sei que é um absurdo o PT perder o governo num momento de pico, mas a política no mundo é assim.

    O caminho que o Brasil trilha é este. Os outros países escolheram a guerra.

    Não acho que a Marina vai jogar todo este avanço na berlinda.

    1.  
      “O programa representa a

       

      “O programa representa a submissão do país a um projeto que se esgotou globalmente”-Nassif

      Tempestade em copo d’água?

       

       

  8. nao existe candidatura

    nao existe candidatura marina

    momento 1- pt dilma vence no 1 turno = , tendencia ir mais a esquerda

                   – candidato da direita e neoliberal, nao consegue levar eleicao para segundo, sendo obrigado a ir mais a esquerda e abandonando discurso neolibera para viabilizar se

     SEM NEGOCIACAO COM PT

    momento 2 – cria se artificialmente “fenomeno”marina com proposta economica neoliberais mais radicais que do psdb, via imprensa e  pesquias, cria se expectativas de derrota pt/dilma e leva o discurso economicamente a DIREITA

    momento 3 – desconfigura FENOME lentamente, buscando uma candidatura de centro, nem pt nem mariana, como tentativa de AECIO e PSDB voltarem a centro,

    PIOR DAS HIPOTESES PT ABRIRA NEGOCIACAO COM PSDB FAZENDO CONCESSOES

     

  9. o comentário de assis

    Magnifico comentário. Acurada compreensão da cena internacional. Visão correta do que está em jogo nesta eleição. O que faria nosso povo no caso de uma vitória direitista no Brasil? Uma nova Revolução de 1930?

  10. Infelizmente o eleitorado de

    Infelizmente o eleitorado de marina e aécio só daria atenção a esta explicação se ela fosse lida, em suaves capítulos, pelo Homer JN, por algum faustão ou luciano huck da vida ou se saísse na veja.

  11. O Brasil tem que escolher:
    a)

    O Brasil tem que escolher:

    a) ou uma Economia como a dos EUA em baixa

    b) ou uma Economia como a de Cuba em alta

     

    Dilema?

  12. O Preço do Pão

    Enquanto nas eleições do Brasil se discute a validade ou não das interpretações literais do velho testamento à nova política; ou se o próximo governo deve adotar algum tipo de trends topics das questões de editoração moral. O bicho pega nas relações internacionais dos diversos níveis.

    A política dos entreguistas, nesse momento de releitura das antigas escrituras, é colocada em pauta com toda sua agrura, e os fatos são verídicos – sem dogmas desenvolvimentistas –
    O dólar foi confrontado com a possibilidade de encerrar seu ciclo de “impressionismo”.  

    E a armadilha da liquidez na Europa e EUA nunca se converterá em clima de investimento. (Hipotese) São recursos projetados para a expansão do império apenas, e as custas do bem estar e interesse público. E se há necessidade de crescimento industrial nesses países, ao certo se dará via aquecimento de guerras milimétricas ou de amplo espectro. Mas isso não é novidade alguma. Todo esse dinheiro parado nos caixas de grandes corporações, só aguarda um destino – a banda que darão nas bolsas dos países onde políticas de estado bi-laterais são arranjadas, enfraquecendo as defesas e mecanismos de salvaguarda das soft power eco nomias.
     
    Mecanismo: “Fundamentalismo + Sustentabilidade”  vendidos a role como a cornucópia dos sonhos.

  13. pena que essa discussão de

    pena que essa discussão de alto nível não chegue ao trabalhador, embate que o pt deve assumir se quiser ganhar em cinco de ouutubro. há tempo, ainda mais que se haverá turno o tempoo se ampliará um pouco mais.

    o maior paradoxo e o mais ironico é que os representantes do pensamento economico que apóiam aécio e marina seguem e seguirãos modelos falidos dos mesmos países da europa e eua, em crise acentuada de desemprego, entrre outros problemas causados por essa adoção do modeloo neonliberal,

    esses países,   por estarem estagnados, não podem comprar como poderiam do brasil…

      discute-se muito sobrew o tsunami marina e esquece-se essas essencias de todo um modelo liberal e  neonliberal que sempre causou  historicamente esses paradoxos e contradições

    discutir isso ou aquilo de marina é desviar dessa  questão imanente à nossa históri.

    se ela é a mesma face de aécio então a discussão mudou muito de ontem pra hoje.

    raymundo faoro, em seu donos do poder, fala no patrimonialismo e no conservadorismo do judicário e do coronelismo, etc, preciso reler para detalhar com mais egurança.

    faoro é quem levantou essa lebre sobre a importancia do pensamento de machado de assis para enterdermos  a ferocidade e a violencia da elite brasileira, consubstranciada agora na minha opinião nesse tal partido da imprensa golpísta consorciado com os mesmo valores  remanescentes da escravatura brasileira  e ligados a entulhso autoritários da ditadura.

    qwuanto mais rezo mais assombração me aparece?

    há luzes, poré.

    embora com cara meio de tucano pro meu gosto, o crítico literário e academico roberto schwarz tem um estudo sobre machado de assis e a periferia que explicaria essa ferocidade de uma certa elite brasileira que incompreensívelmente acabou sendo meio assumida pelos tucanos.

    essa elite escravocrata copiava todos os símbolos ciivilizatórios do liberalismo e dopensamento europeu, por exemplo, mas na hora de lidar comm os seus iiguais no brasil, açoitava-os.

    para schwarz isso continuaria, inlcusive, dando a entender,  com a contribuição do psdb, segundo entendi.

    então esse poder voraz não é de hioje nem somente entulho do golpe cívico-militar de 64.

    é imanente a esse poer quye dominou o país há quinhentos anos.

    quando lembro que lula é o maior estadista da nossa história junto no mínimo com get[ulio, é por isso.

    porque queiram ou não os desavisados, criou uma ruptura com essa inérica doo açoite contra o otrabalhador e os movimentos socias.

    e não é por outro motivo que essas forças retrógradas estão querendo retirar do poder político a única força a meu ver que estabiliza trodos esses interesses.

    e sob as mesmas justificativas canhestras do velho regime escravagista e coronelistas – mais desemprego, que piada pronta – querem retomar esse poder político para então completar a hegemonia que já têm economicamente. 

     

     

     

     

     

  14. J. Carlos, parabéns pelo

    J. Carlos, parabéns pela coesão dos BRICS em conformidade com as necessidades formativas do crescimento recíproco, interno/externo.

    Há possibilidade de fazermos a identidade imediata desta coesão para a quantificação geral desse crescimento recíproco, no qual se pode reproduzir a determinação universal, quando se ativa a formação natural externa, o valor internalizado. Portanto, a economia estaria estabelecida com aspectos elevados aos interesses de referência das atividades imanentes de um oraçamento total de cada país no banco dos BRICS.  

    A forma interna das atividades de referência realiza-se do modo concreto que existe em diferenças de produção que permitem o tipo corrente dessa sociedade com denominador comum; sem uniteralidade ou limitação perante uma passagem ao dinheiro, por exemplo, exclui-se a expressão particular do mercado financeiro que ainda constitui para si próprio a unidade ideal.

    Ou seja: a moeda dos BRICS permaneceria livre da contração de dividas, porque o valor se manefesta do modo vivente para ter um tipo fixo de formação das relações entre Estados.

  15. O post ignorou solenemente as

    O post ignorou solenemente as unanimes e consistentes criticas à condução da politica economica apresentadas pelo comercio, industria, agricultura, mercado financeiro, estarão todos errados? As lojas estão vazias, faltam compradores, as vendas de tudo cairam, de carros a apartamentos, de maquinas a televisores, é tudo fofoca da midia?

    Contabilidade criativa é a mais burra das politicas, o povão não entende e quem entende sabe que é farsa, querem enganar quem? A primeira certeza de uma politica economica é a sinceridade de objetivos e metodos.

    Há má gestão REAL da economia, intervenções excessivas no cambio, mais de 100 bilhões de dolares despejados e que saem das reservas, preços controlados sem um objetivo claro, porque será que o crescimento do PIB despencou? O post não tem resposta, estamos abaixo de qualquer um dos BRICS e de todos os paises importantes da America Latina, isso não diz alguma coisa?

    Analisar uma situação sem analisar a realiade, construido castelos de cartas sem ver o dia a dia, não chega a lugar nenhum e nem arruma nenhum voto para a Dilma. Quando até a Maria da onceição Tavares critica a politica economica e porque a coisa está mesmo ruim, não se pode sequer elogiar uma politica economica da qual não se conhece o rumo.

    Falta à politica economica um discurso convincente, Mantega não convence nem o porteiro do Ministerio , Agustin , o pai das pedaladas e truques contabeis, destroi qualquer credibilidade sobre as contas publicas, ninguem acredita em mais nada, ninguem sabe, porque não existe, qual é a politica economica do governo Dilma, o post fingiu que é tudo intriga da imprensa, na batalha e na economia, o caminho mais certo para o desastre é ignorar a realidade.

    1. O post ignorou solenemente as

      O post ignorou solenemente as unanimes e consistentes criticas à condução da politica economica apresentadas pelo comercio, industria, agricultura, mercado financeiro, estarão todos errados? As lojas estão vazias, faltam compradores, as vendas de tudo cairam, de carros a apartamentos, de maquinas a televisores, é tudo fofoca da midia.

      Ueh, mas nao era vc que criticava o “modelo baseado no consumo”?

      Com relacao a agricultura voce quer que o Governo faca o que?

      Problemas climaticos e desaceleracao do consumo Chines nao podem ser promessas de campnha porque estao foras da alcada.

  16. Muito bom o texto e faz

    Muito bom o texto e faz lembrar da jogada batida da ideologia da DireitoLandia que soh enxerga as aliancas que o Brasil fez na America Latina, e as usa de modo a criar idiotices do tipo: comunizacao, bolivarianismo, etc. Isso tudo com os EUA sendo o segundo maior parceiro comercial do Brasil logo depois da China. China estah que vai se aproximando do Brasil a cada ano que passa, assim como fazem India, Russia, Africa do Sul e outras nacoes em densevolvimento. Enyao porque a DireitoLandia tem tesao em falar apenas das aliancas na America Latina? E depois eh o PT que se deixa levar pela ideologia? Que coisa mais ridicula.

    Ai vem a porralouquice desse pessoal. Sao totalemnte de veneta. Passam o tempo todo criticando o lulismo que promoveu inclusao baseada no consumo e agora vem com o papo reclamando que ninguem consome mais como antes, e por isso a crise. Obvio, vamos fazer o seguinte. Vamos acabar com a valorizacao do salario minimo e aumentar o contingente desempregado, pis na logica da DireitoLandia, isso deve favorecer o consumo.

    De fato a historia somos nos que fazemos e ao mesmo tempo nao pecebemos que estamos de fato participando. Ontem e hoje os odiadores sao os mesmo, os apoiadores tambem. Mas eu fiquei mais tanquilo, afinal, segundo a candidata das cabecas isso tudo vai cabar porque estarei no mesmo staus de Neca Setubal: Elite.

  17. Engraçado, investimento só

    Engraçado, investimento só pode ser feito se for nos EUA ou no próprio Brasil, pela visão de alguns, temos de nos fechar em nosso mundinho, na de expandir nossas empresas para outros países, o que, sem dúvida, traz muitos dividendos, inclusive porque o dinheiro não é brasileiro, mas estrangeiro.
    Quando a questão era o consumo interno que segurou o consumo, deveríamos expandir, na verdade, a lógica será sempre, sou contra tudo isso que tá aí. E se juram inteligentes.

  18. Quem ganha com o Brasil em

    Quem ganha com o Brasil em recessão? Ninguém (aí incluídos os empresários da Europa e dos EUA). Creio que os únicos que ficariam safisfeitos com um tombo da economia brasileira seriam aqueles cretinos xenófobos que que acreditam que é melhor ser desempregado na Europa e nos EUA do que no Brasil porque veem os brasileiros como Untermensch. O mundo precisa de Dilma Rousseff, porque só ela será capaz de manter o Brasil crescendo (ainda que pouco). 

  19. J. Carlos de Assis vem cada

    J. Carlos de Assis vem cada vez mais se firmando como um dos annalistas mais argutos da atualidade. Para além das mesmices, vulgaridades e preconceitos ideológicos secretados diuturnamente pelo “mercado” e pela mídia. O principal indicador da qualidade de suas análises é que, ou são censuradas ou acusam o autor de ser “marxista”. Ou então quando “jogam a criança fora junto com a água do banho” levantando questionamentos laterais e abandonando o essencial como se um artigo devesse ser um tratado.

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