Os 85 anos do crash da Bolsa de Nova York

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Por Motta Araujo

OITENTA E CINCO ANOS DA QUEDA DA BOLSA DE NOVA YORK – Em 29 de outubro de 1929 ocorre a grande baixa das cotações na Bolsa de Nova York dando inicio à chamada Grande Depressão. A queda foi o furo numa bolha de alta de cotações que não tinha justificativa econômica. O raciocínio lapidar do velho John Rockefeller ecoa até hoje:

“Quando meu engraxate começou a me pedir dicas sobre açõs, resolvi vender tudo” Rockefeller saiu ileso da crise, ele quis dizer que quando alguém que não entende nada resolve comprar ações é porque o mercado está sem lógica.

O jogo com ações virou febre na população americana, lastreada numa onda de otimismo injustificado. A grande queda foi simplesmente o reconhecimento da ilusão. A queda das ações atingiu de imediato o preço de commodities, de imóveis e de todos os bens econômicos.

Politicamente o crash de outubro de 1929 elegeu Roosevelt nos EUA e Hitler na Alemanha, quase no mesmo dia.

Vista como catástrofe final do capitalismo, a crise de 1929 foi historicamente apenas mais um crise financeira do qual o capitalismo se recuperaria renovado porque o sistema tem seus próprios antídotos e se recicla continuamente.

A profecia de Trotsky de que a crise representava a vitória final do comunismo não se confirmou. Trotsky e o comunismo acabaram bem antes e o capitalismo continua funcionando.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  1. “Vista como catástrofe final

    “Vista como catástrofe final do capitalismo, a crise de 1929 foi historicamente apenas mais um crise financeira do qual o capitalismo se recuperaria renovado porque o sistema tem seus próprios antídotos e se recicla continuamente.

    A profecia de Trotsky de que a crise representava a vitória final do comunismo não se confirmou. Trotsky e o comunismo acabaram bem antes e o capitalismo continua funcionando.”

    Esse é monumento em toda a sua monumência, quando se trata de simplificações grosseiras, tendenciosas, cheias de chavões e principalmente que passam longe de definir o que verdadeiramente ocorreu nosso monumento intelectual do blog é rei.

  2. Simplificações grosseiras,

    Simplificações grosseiras, desconhecimento da teoria e história econômicas.

    Enfim, um artigo de Motta Araújo.

    A definição de capitalismo e socialismo nos termos presentes no artigo do sr. Araújo é um exemplo dos erros mais grosseiros mais comuns de interpretações baseadas na ignorância dos processos históricos e das teorias econômicas.

    O capitalismo laissez-faire praticado na década de 20 de fato foi destruído pela crise, apesar dos suspiros neoliberais que, de tempos em tempos, são ressucitados em figuras nefastas como Thatcher e Reagan, mas, apesar de conseguir produzir grande destruição e miséria nos lugares onde é aplicado, esses períodos costumam representar pontos fora da curva histórica, erros passageiros que costumam ser corrigidos.

    Já o socialismo, a construção do Estado de Bem Estar Social na Europa e a adoção de práticas semelhantes nos EUA são exemplos da adoção de ideais socialistas nesses países, apresentados como bastiões do capitalismo. A própria ignorância dos processos de acumulação na URSS, principalmente em seu período stalinista, que lhe vale a denominação de “capitalismo de Estado”, é prova do campo nebuloso que separa o que seria capitalismo e socialismo.

    Como no Yin e Yang asiático, não há, no mundo, exemplos puros de economias conduzidas exclusivamente por mercados ou pelo Estado, sendo que, em todos os países, adota-se uma combinação de ambos.

  3. renova o cinismo

    Oxam diz: as 85 pessoas mais ricas do mundo possuem a riqueza da da metade mais pobre. Viva o capitalismo que se rennova.

    Outro dizia que o capitalismo está na mesma situação de concentração da riqueza pré revolução francesa.

  4. é por essas e outras… que

    é por essas e outras… que clamamos aqui:

    que venha urgentemente a regulação da imprensa!

    por que ficar remoendo e lembrando desgraças e misérias?!!?

    quanta falta de assunto no pensamento negativo das coisas e do mundo…

    meu deus!

  5. Salários provocam inflação? A Miséria é boa para o Haiti?

    O Motta Araújo escrevendo colunas para o Estadão, Folha, Revista do Esgoto, tudo bem, um casa com o outro. Mas neste blog? Nassif, que tipo de informação relevante esse Motta nos trouxe? Esta é uma audiência privilegiada, a maioria conhece esses assuntos profundamente e não gosta de ser tratada como débil mental. Eu, pelo menos, não gosto. Peça comentários à Universidade, com pensamentos que não estejam alinhados com os departamentos de imprensa dos grandes bancos. Seria bom para o debate “Para onde vai e para onde deveria ir a Economia Brasileira”. E, atenção, aquele eterno candidato que finge ser doutor em Economia por Cornell e não é reconhecido nem pelo Sindicato dos Economistas de São Paulo nem pelo MEC, as opiniões dele não servem para 99% dos leitores do blog.

  6. opinião do Krugman sobre economistas

    Peço desculpas pela preguiça, este artigo é do “Il Sole 24 Ore” órgão da associação da industria da Italia.

    Raccontare storie più che dimostrare teoremi

    di Paul Krugman26 ottobre 2014

    Intervengo anch’io, un po’ in ritardo, sul premio Nobel a Jean Tirole. Molti hanno già detto la loro, ma penso di poter fare qualche osservazione sull’effetto che ha avuto la corrente della Nuova Organizzazione Industriale (di cui l’economista francese è l’esponente più importante): ci ha consentito di essere strategicamente stupidi, con grande beneficio per la scienza economica.

    Cosa voglio dire con questo? Voglio dire che prima della Nuova Organizzazione Industriale gli economisti scrivevano di concorrenza perfetta e monopolio, poi ammettevano (se erano onesti) che l’economia reale sembrava consistere in larga misura di oligopoli (concorrenza tra pochi), ma più in là di questo non andavano.
    Perché? Perché non esisteva un modello dell’oligopolio. E continua a non esistere. Quando c’è un numero limitato di operatori, ognuno in grado di avere un impatto significativo sui prezzi, possono succedere tante cose. Possono colludere fra loro, magari implicitamente se esiste una legge antitrust che viene fatta rispettare.

    Quali sono i limiti della collusione, e perché e in quali casi a volte non avviene? Tendiamo a dare per scontato che le aziende massimizzano i profitti, ma cosa significa massimizzare i profitti quando ci sono interazioni fra piccoli gruppi che creano situazioni da dilemma del prigioniero? C’è l’esigenza di creare modelli economici, di ragionare sulle cose, e a volte queste cose non possono essere modellizzate senza affrontare il problema della concorrenza imperfetta.
    Prima della Nuova Organizzazione Industriale, gli economisti affrontavano queste questioni ipotizzando che non esistessero. Rendimenti crescenti come effetto degli scambi? Non possiamo trattare la questione perché non esiste una teoria della concorrenza imperfetta, perciò dobbiamo ipotizzare che sia tutto effetto del vantaggio comparato. Gli investimenti in ricerca e sviluppo, e il potere di mercato temporaneo che ne risulta, come fonte di progresso tecnico? Non si può fare.
    Quello che ha fatto la Nuova Organizzazione Industriale non è stato creare una soluzione, quanto un nuovo atteggiamento. Non abbiamo un modello dell’oligopolio, ma perché non proviamo a raccontare qualche storia e vediamo dove porta? Possiamo ipotizzare un contesto in cui il prezzo (o le quantità) sono fissati in modo non cooperativo; sì, le aziende probabilmente troveranno modi per colludere, ma potremmo imparare cose interessanti elaborando un caso in cui ciò non avviene.

    Possiamo fare ipotesi assurde su gusti e tecnologia che portano a una versione malleabile della concorrenza monopolistica; sì, i mercati non funzionano così, ma perché non usare questa versione divertente per ragionare sui rendimenti crescenti negli scambi e nella crescita? In sostanza, la Nuova Organizzazione Industriale ha reso possibile raccontare storie invece di dimostrare teoremi, e questo a sua volta ha reso possibile affrontare e modellizzare problemi che non rientravano nei confini della concorrenza perfetta. È stato, posso dirlo per esperienza personale, una cosa di profondamente liberatoria.
    Naturalmente poi è venuta una fase in cui le cose sono diventate troppo libere, in cui uno studente brillante poteva produrre un modello per giustificare qualsiasi cosa. Ora ci vuole il lavoro empirico! Ma nel frattempo sono stati fatti grandissimi passi avanti.

     

  7. Se precisar a gente desenha.
     André, um ótimo post  no site DCM. Autor Francisco Vidal De certo ponto de vista, a eleição presidencial que ora se encerra não trouxe tantas novidades ao panorama político nacional. De um lado, seguir num rumo já traçado, com ajustes de percurso. Do outro, discurso “mudancista” que não significa, rigorosamente, mudança alguma: remoção do “malfeito”, ampliação do “bem feito” e continuação do “muito bem feito”. As redes sociais ferveram, mais do que os próprios partidos, confirmando uma tendência das últimas eleições. Nelas se deram alguns importantes enfrentamentos, remetendo em alguma medida ao clássico conflito político entre os mais conservadores, de um lado, flertando abertamente com uma direita raivosa, e os menos conservadores, do outro, abrigando naturalmente os setores progressistas da sociedade. Não que a política brasileira ainda se dê exatamente nos quadros do populismo de outrora. Mas o que tornou possível a emergência do fenômeno populista encontra-se ainda hoje presente, a saber, uma enorme e abjeta desigualdade social. Nem mesmo os folclóricos “coxinhas” representaram, rigorosamente, algo inédito. Oligofrênicos por formação e opção, eles já haviam marcado presença nos acontecimentos de 1964, seja cerrando fileiras com a TFP nas famosas marchas, seja despejando sem dó nem piedade em ouvidos alheios as teses do IPES, o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais, seja ainda vociferando contra populistas e trabalhistas as diatribes de algum artiguete ou editorial mais fresquinho.Talvez a maior novidade dessas eleições tenha sido o aparecimento em número impressionante, para seus padrões, de algo com até então pouca tradição e densidade cultural por estas bandas: os jovens neoliberais brasileiros. Eles inclusive foram às ruas, em um ou outro momento, para fazer coro com os que gritavam palavras de ordem contra a “presidente terrorista”, o “partido que está afundando o Brasil” e os “regimes comunistas de Cuba e Venezuela”. Mas as ruas não são seu ambiente preferido. É mais fácil encontrá-los nas faculdades (públicas e privadas), nas empresas (normalmente em cargos de gerência, se de pouca sorte, ou de direção, se assim aprouver aos pais ou parentes, quando proprietários) e até em gabinetes de agentes públicos (prefeitos, secretários e governadores). Sua atuação mais engajada deu-se nas redes sociais. Era comum vê-los “trolando” em blogs e sítios considerados progressistas ou esquerdistas, normalmente com identificações (“fotinhos”) que remetiam a instituições ou teóricos vinculados ao (neo) liberalismo. Egressos de “cursinhos walita”, repetiram a torto e a direito um jargão econômico próprio das escolas (neo)liberais, convictos de que sua profissão de fé lhes garantia um certificado de cientificidade absoluta. Membros zelosos de um credo que era a grande modinha do século XIX, dispensavam-se de apresentar demonstrações convincentes para seus argumentos, talvez por achá-los por demais evidentes. Assim como os grandes patriarcas da sua religião haviam feito no passado, se os eventos da vida social revelavam incongruências com a teoria, culpavam a impaciência humana pela não chegada de um futuro radiante; um futuro sempre hipostasiado, vale lembrar, mas seguramente redentor. O neoliberalismo não é nenhum recém-nascido. Ele surgiu como um movimento teórico, político e ideológico de contestação frontal e radical às sociedades do capitalismo avançado do segundo pós-guerra, marcadas por intervenção estatal na economia, políticas redistributivas e alguma harmonização das relações entre classes, tudo isso num contexto maior de crescimento econômico e redução das desigualdades sociais. O Estado do Bem-estar Social é a expressão máxima desse período, os “anos dourados” do capitalismo (1945-1973). Seu “manifesto de lançamento” é a obra “O Caminho da Servidão”, de Friedrich Hayek, publicado na Inglaterra, em 1944. Hayek era austríaco de nascimento e migrou para a Inglaterra, em 1931, aceitando o convite que lhe fora feito por Lionel Robins para lecionar na London School of Economics e, desse modo, fortalecer as barreiras liberais contra as investidas das teorias mais favoráveis à intervenção do Estado na economia. A Grande Depressão mostrava então todo seu horror e o tiro de misericórdia na teoria econômica liberal viria pouco depois, com o surgimento e rápida ascensão do keynesianismo. De fato, A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de John Maynard Keynes, publicada em 1936, oferecia respostas muito mais críveis e passíveis de aplicação relativamente aos graves problemas econômicos e sociais da época. Hayek teve a perseverança típica dos que acatam uma derrota sem, contudo, aceitá-la como eterna. Incapaz de vencer Keynes em campo aberto do “capitalismo organizado” e de um Welfare State já em formação, tratou de organizar uma aguerrida resistência. Convocou, em 1947, para a estação suíça de Mont Pèlerin, sob generosos patrocínios de empresários abastados, um encontro de notáveis intelectuais de ambos os lados do Atlântico, todos inimigos declarados do Estado social europeu e do New Deal norte- americano. Além do próprio anfitrião, estiveram lá homens como Karl Popper (notabilizado por seus vitupérios contra Hegel em “A Sociedade Aberta e seus Inimigos”), Milton Friedman (que viria a se tornar bastante conhecido não só dos norte-americanos, com seu “Capitalismo e Liberdade”, como também dos latino-americanos, pela formação de sucessivas levas de economistas, os chamados Chicago boys) e ninguém menos que Ludwig von Mises, antigo mentor do próprio Hayek e provavelmente o mais duro e intransigente liberal do século XX. Desse encontro resultaria a criação da Sociedade de Mont Pèlerin, espécie de seita neoliberal altamente organizada e ramificada, com a missão de promover o combate sem tréguas ao intervencionismo, às políticas sociais e ao próprio caráter “organizado” do capitalismo. Se os socialistas já contavam há décadas com algumas internacionais, nascia naquele momento a Internacional Liberal. Hayek foi escolhido pelos seus pares como seu primeiro presidente, e “reinou” absoluto entre 1947 e 1961. Sob sua batuta, a organização recém-criada dedicar-se-ia sistematicamente a promover encontros periódicos e, sobretudo, exercer influência sobre governos, burocratas, intelectuais em geral e a própria opinião pública. Mais do que isso, a Sociedade de Mont Pèlerin viria a servir de “espelho” para diversos think tanks com a mesma matriz ideológica, criados em profusão a partir dos anos 1950, sobretudo no eixo anglo-saxônico do capitalismo. Por ironia, e não sem contradição, esse movimento de resistência neoliberal confirmaria, por analogia, uma máxima de Karl Polanyi em sua obra “A Grande Transformação”: enquanto o keynesianismo e o intervencionismo foram medidas práticas, adotadas pelos governos para conter a Grande Crise e retirar a economia e a sociedade da prostração, o neoliberalismo foi organizado e planejado. A desregulamentação das economias e a consequente libertação do grande capital financeiro das amarras estatais, a partir dos anos 1970, minaram a continuidade virtuosa das políticas keynesianas e redistributivas. Posteriormente, o fim da Guerra Fria, com a dissolução do bloco soviético, concedeu ao neoliberalismo um caráter triunfalista e a chance de uma expansão inaudita. Nesse contexto totalmente reformulado, o keynesianismo, a social-democracia clássica e o próprio Welfare State não foram páreos para os gurus neoliberais, Hayek à frente, seguido de Friedman. Em seu “Institutos Liberais e Neoliberalismo no Brasil da Nova República”, Denise Gros descreve e analisa a teia de ligações entre os diversos think tanks liberais espalhados pelo mundo, bem como seus vínculos estreitos com grandes corporações e fundações privadas, não por acaso pródigas nas suas doações a esses organismos. No Brasil, ao desembarque dessas instituições seguiu-se imediatamente a escolha da matriz (neo)liberal específica como eixo estruturante de ações, feita por seus mantenedores. O fato de que tal escolha tenha recaído sobre a chamada Escola Austríaca de Economia, reconhecidamente intransigente e avessa a qualquer igualdade produzida por intervenção estatal, por menor que fosse, é reveladora da natureza da direita empresarial nacional. Reacionários como Mises, um dos grandes nomes dessa mesma escola e notabilizado por sua saudação ao fascismo europeu nos anos 1920, tiveram, enfim, seu momento de acolhida em terras tropicais. Um debate entre o político Ciro Gomes e Rodrigo Constantino, um nome conhecido dos “cursinhos walita” neoliberais, já dava mostras do que a sociedade brasileira deveria aguardar. Acossado pelo ex-ministro sobre a existência factual de cartéis, oligopólios e mesmo monopólios que distorcem a “racionalidade” do sacrossanto mercado, o anedótico neoliberal saiu-se à la Mises: arguiu a célebre “soberania do consumidor”. Teoria pobre, miserável intérprete. De todo modo, o recurso a Mises, desajustado spenceriano vivendo em pleno século XX, fornecia preciosa chave: o neoliberalismo tupiniquim já não se processava tão somente em cultos de determinadas “seitas”; aparecia publicamente, desavergonhado. No fundo, no fundo, o neoliberalismo parece despertar ambiguidades, mesmo em seus oponentes. Ao mesmo tempo em que deve ser levado muito a sério, especialmente por suas deletérias consequências para as sociedades que, inadvertidamente ou não, o adotam, não deixa de ser risível enquanto pretenso campo do conhecimento. A taxativa sentença “não há alternativa”, proferida pela confessadamente hayekiana Margaret Thatcher, contém um misto de cinismo e totalitarismo. Cinismo por razões óbvias, uma vez que é negada por todos os meios às classes subordinadas a chance de organizarem-se para resistir à investida neoliberal. E totalitarismo porque, uma vez implantado o neoliberalismo, há uma tendência implacável para que toda e qualquer dimensão da vida social seja capturada por sua lógica estritamente mercantil. Espécie de versão tragicômica da atualidade mundial, o liberalismo revisitado das últimas décadas é o espírito deste tempo, a ideologia por excelência da acumulação capitalista mais brutal, geradora de imenso rastro de iniquidades sociais. 

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