Os BRICS e o embrião de um “mundo não americano”

BRICS, EUA, mundo

Enviado por Gão

Do Voz da Rússia

BRICS – embrião “de um mundo não americano”?

No Brasil, Fortaleza, decorreu a cúpula dos BRICS, durante a qual foi criado o Banco de Desenvolvimento e Arranjo Contingente de Reservas, chamando assim a atenção do mundo para o próprio projeto de desenvolvimento BRICS, bem como para o papel da China e da Rússia nesta organização. Poderá falar-se da criação do embrião “de um mundo não americano”?

Como são encaradas as possibilidades futuras dos BRICS por parte de Pequim e Moscou? Terão os BRICS novos membro, e será que, num futuro próximo, o projeto se tornará oficialmente numa Organização Internacional? Estas questões são estudadas no artigo do vice-diretor do Instituto de Estudos do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia, Serguei Luzyanin.

VR: Foi referida a criação do embrião “de um mundo não americano”. Porque é que os BRICS não gostam da América?

Serguei Luzyanin: A cúpula brasileira que agora terminou, ficou para a história enquanto o mais fértil encontro do “quinteto” – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A sua fertilidade não ficou apenas patente na criação de instrumentos financeiros – o Banco de Desenvolvimento e Arranjo Contingente de Reservas – mas, sobretudo, no nível de empenho dos líderes dos BRICS – no auge da Guerra Fria 2.0, quando os americanos tentam esmagar qualquer um que age à revelia das “recomendações” de Washington – em criarem o seu embrião “de um mundo não americano”.

No futuro, outros projetos poderão estar ligados ao desenvolvimento dos BRICS (Organização de Cooperação de Xangai, RIC). O importante é que, de fato, existe a concepção “de um mundo não americano” que se desenvolve ativamente e se enche de conteúdo concreto. Os BRICS parece que se estão a tornar no epicentro deste novo fenômeno. Não é preciso ser um político habilidoso para sentir que os povos e as civilizações dos países em vias de desenvolvimento estão cansados de “padrões norte-americanos” impostos. Aliás, padrões para tudo, economia, ideologia, forma de pensar, os “valores” propostos, vida interna e externa, etc.

O mundo inteiro viu nos seus ecrãs de televisão o aperto-de-mão dos cinco líderes dos BRICS, ao qual, passado uns dias, se juntou praticamente toda a América Latina. É discutível se, neste impulso comum, existiu uma maior dose de contas pragmáticas ou de solidariedade emocional, mas, uma coisa é certa, nele não houve qualquer amor por América. E isso ainda é uma forma polida de colocar as coisas.

VR: E quanto à adesão da Argentina, quem, no Sul, irá “apoiar” os EUA?

SL: Para a Índia os BRICS são uma oportunidade de reforço na Ásia Austral e de desenvolvimento econômico fora da alçada da Ocidente. A motivação regional é conjugada com expectativas financeiras e tecnológicas que unem a África do Sul e o Brasil.

No futuro, o “segmento” latino-americano poderá ser reforçado. Muitos peritos esperam que o “quinteto” seja alargado através da adesão da Argentina ao projeto. Ultimamente tem existido um desenvolvimento fulgurante das relações bilaterais da Rússia e da República Popular da China com países da América Latina, em sectores como o tecnológico-militar, comercial, de investimento e energético. Neste quadro, as visitas em Julho de Vladimir Putin e de Xi Jinping marcaram o tendencial círculo de potenciais aliados dos BRICS, nomeadamente Cuba, Venezuela, Nicarágua, Argentina, entre outros. Como é sabido, geograficamente, a America Latina “apoia”, a partir do Sul, os EUA. O reforço dos BRICS, nessa zona sensível para os americanos, é um trunfo adicional para o mundo em vias de desenvolvimento.

VR: Relativamente à “descoberta” muçulmana dos BRICS. Como será a institucionalização?

SL: Também se estuda o alargamento dos BRICS no sentido do Islão, onde também existe descontentamento face ao domínio americano. Espera-se que, após a entrada da Argentina, a fila de adesão aos BRICS seja engrossada pelo maior, em termos de população, país muçulmano do mundo (cerca de 250 milhões), ou seja, a Indonésia. Ela, seja pela sua ideologia, seja pela ambições, nasceu para aderir ao projeto e assim fechar a região do Sudeste Asiático. O novo governo indonésio confirma a sua intenção de desenvolver o relacionamento com os BRICS.

A entrada da Indonésia encerrará a “corrente regional” que englobará as principais regiões do mundo. Além disso, cada um dos países dos BRICS irá representar a “sua” região, tornando-se no seu líder informal. Brasil a América Latina, RAS a África, Rússia a Eurásia, China o Nordeste da Ásia, Indonésia o sudeste asiático.

Os futuros cenários de desenvolvimento do projeto poderão ser diversos. Mas um deles já é atualmente equacionado e de forma bastante concreta. Num futuro próximo, os líderes dos BRICS deverão trabalhar no sentido da institucionalização do projeto, nomeadamente através da criação de um fórum de membros permanentes (atualmente são cinco Estados), e um fórum de observadores e de parceiros de diálogo.

VR: Irão os EUA dialogar?

SL: É possível que, com tempo, os EUA sejam obrigados a dialogar com os BRICS. Porém, não parece ser algo que venha a ter lugar num futuro próximo. Hoje o projeto está em ascensão. Ele combina, organicamente, as vantagens de diversas civilizações, economias e culturas políticas. Aqui não existem imposições nem domínios de um só país.

É claro que existem incongruências, algumas “divergências e visões diferentes quanto à concretização de alguns projetos internacionais. Mas não são diferendos estratégicos. Trata-se de questões objectivas, que surgem, normalmente, nas relações internacionais do mundo político. Os BRICS acabam por ser o reflexo bastante preciso do nosso mundo multifacetado e bastante complexo.

Redação

30 Comentários

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  1. Meu Deus….
    Virar as costas

    Meu Deus….

    Virar as costas para a América e abraçar China e Rússia. Onde vai parar o Brasil???? Talvez vire uma ditadura como Rússia e China eles tem muito a ensinar ao Brasil como controlar sua população.

    1. Ditadura? EEUU,  Europa,

      Ditadura? EEUU,  Europa, colocam tropas nos paises colonizados por eles a força e tomam tudo que é reserva mineral, cultural, economica e politica. Não são ditadores? è democracia?

      1. Absolutamente nada a ver. A

        Absolutamente nada a ver. A França é uma democracia plena, se manda tropas para o Mali por interesse geopolico isso não significa que a França não seja uma democracia. Como diz Delfim Neto, questões complexas exigem raciocinio complexo, na China o governo manda completamente no cidadão, na França o cidadão é completamente livre.

    2. Ditadura???

      Quem financiou uma ditadura assassina e de censura aqui e na América Latina foram os EUA (veja o filme o dia que durou 21 anos), não confunda comércio externo no qual o Tio Sam faz comércio sem medo com a China e Rússia, com ideologia política.

      O Brasil hoje não pode ser dependente comercialmente de país nenhum e tem que olhar para o lado que gere mais riquezas e empregos aqui, ou perderemos mais uma vez o bonde da história. Colonialismo nunca mais!  

  2. Espiríto de colônia é osso duro de se roer

    Carlos Batista, o problema é que, enquanto estivemos de frente para os EUA, eles, que não querem que um país da potencialidade do Brasil cresça, estiveram de costas para nós. É questão de tentativa de alçar voos independentes, velhinho.

  3. Vai ao encontro das minhas

    Vai ao encontro das minhas expectativas essa inflexão na geopolítica mundial, ainda em estágio primário, é certo, mas com condições de prosperar. Polarização, bipolarização, tripolarização, não tem nenhum sentido num mundo transformado de maneira dramática a partir do último quartel do século XX. De certa maneira, a derrocada do hegemonismo em qualquer das suas faces(político, econômico, cultural) nos dá a oportunidade de dar como ultrapassadas as barragens impostas pelas ideologias ou pelo poderio econômico. Portanto, palmas para o globalismo e a “desamericanização” deste lado do planeta. 

    Todavia, devagar com o andor que o santo é de barro. Uma coisa é a agregação por interesses meramente comerciais, portanto de caráter passageiro. Outra bem diferente é entender que a partir daí possa se ter – pelo menos a curto prazo – um “mundo não americano” em aspectos mais amplos em termos políticos e culturais. Afinal, os padrões a que estamos submetidos por força dessa “americanização” já perfazem mais de seis décadas. Todo o nosso arcabouço político, econômico, cultural, social está firmemente não só referenciado, mas também calcado nos ditos valores “ocidentais”, dentre os quais se destacam: a supremacia do indivíduo frente ao grupo, democracia, igualdade, liberdade e autonomia. 

    Se esse aliança quiser ir além dos interesses alfandegários e desejar impulsionar uma Nova Ordem Mundial que arroste a hoje decadente “mundo americano” pelas suas manifestações mais nefastas, em destaque a posse do monopólio de emissão da moeda “universal” na área econômica e as intervenções militares na geopolítica, a agenda obrigatoriamente deverá se elastecer para incluir outras temas como, por exemplo direitos humanos. 

    Certo: diferenças culturais existem e não há porque dá-las como impecilhos para a formação de um roteiro mínimo possa emergir e suas diretrizes aplicadas. Entretanto,até que ponto essas “culturas” são aceitáveis tanto para um lado como para o outro, a exemplo das castas;  preconceitos de todas as matizes, em especial de raça e a homofobia;o desprezo histórico com o regime democrático? 

    Em outros termos a perplexidade é a seguinte: o que seria, exatamente, um “mundo não americano”? Sem respostas claras, insofismáveis, para esse pergunta, dificilmente, creio, esse despontar para um novo mundo multipolar terá consequências práticas. 

     

     

     

     

    1. Um mundo “não americano” também no jeito de falar…

      Gostei do seu comentário JB e na hora lembrei de um fato que aqui no Brasil é o grande exemplo desta americanização que acontece a 60 anos. É o fato de no Brasil, em especial nas classes mais altas, criou a mania de valorizar as palavras somente porque são em inglês! Assim a dona da loja escreve em grandes letras na porta de sua loja SALE ao invés de liquidação, o estilista da moda diz que cria UNDERWEARE ao invés de falar roupa de baixo, até o policial da PM MG ao discursar numa escola diz que usará BIKES no policiamento da escola (fato real me contado por uma professora). Em 2002 tiver o prazer visitar Lisboa, e outras partes de Portugal e a coisa me deixou mais feliz foi que lá não existe SHOPPING CENTER! Os estabelecimentos comercias deste tipo recebem o nome de CENTRO COMERCIAL. Assim simples e claro, fácil de entender, sem essa viadagem de ficar falando inglês. E ainda falamos que os portuguêses são mais burros que nós brasileiros…

  4. Que os EUA estão em lento

    Que os EUA estão em lento declinio geopolitico é algo evidente. Mas achar que um acronimo tipo BRIC, inventado nos EUA por um economista que é diretor de um banco americano tenha alguma significancia real é demais. Os BRIC não são um acordo regional, tematico, mercadologico, financeiro, é apenas um jogo de letras, Russia, China e India são paises asiaticos de complicadissima historia e geografia, não tem absolutamente nada a ver com o Brasil, a unica coisa em comum é que são paises grandes, mas são culturas e sociedades totalmente díspares, não tem nada em comum.

    Esses paises nem se constituem em um arranjo logico, a unica coisa que os pode unir e um certo antagonismo aos EUA mas isso tambem é a unica coisa que  unia os paises do EIXO Berlim-Roma-Tokyo, não é suficiente para manter uma aliança de longo prazo. E esse antagonismo, se existir, precisa ser qualificado, a India é muito proxima aos EUA, a China é sutilmente desafiadora MAS sua economia depende do mercado americano, seu principal importador, a Russia é sim desafiante e o Brasil é hoje maior exportador de turistas gastadores para os EUA, isso não é ser desafiante, é ser otimo parceiro.

    O impressionante é como tem gente no mundo que embarca nessas canoas furadas correndo atrás de qualquer banda que passa tocando.

    1. Sobre lógica

      Caro Motta, seu raciocínio é o mesmo que alguém poderia argumentar sobre a insurgência de 13 conhecidas colônias, que nada tinham em comum, já que produziam distintas mercadorias e com diferentes culturas. Mas, sabido é, mesmo que desorganizados, partiram para a briga, unidos pelo antagonismo ao grande império Inglês, dono de todos os mares. Chegaram até a usar de violência, matando uns jovens soldadinhos de vermelho. Impressionante que volta e meia uma banda passa pela História e tem gente que embarca na canoa, nâo é mesmo?

      1. Essas 13 colônias também se

        Essas 13 colônias também se reuniram sob um acrônimo(EUA), mas suas divergências eram tão gritantes, possuindo modelos sócio-econômicos radicalmente distintos, que, alguns anos depois, se enfrentariam em uma destrutiva guerra.

        Infezlimente, Motta Araújo não conhece a história, lê apenas o que a Veja publica.

    2. BRICS não é um acrônimo

      BRICS não é um acrônimo criado nos EUA, isso é como dizer que os EUA não passam de um acrônimo criado por 13 colônias, que se uniram apenas por sua oposição à Grã-Bretanha.

      Os Brics se conformam como um grupo de potências emergentes que visam alterar a governança financeira global. Tivesse o sr. Motta lido uma única declaração saída de seus encontros, saberia disso.

      Motta diz também que a China depende da economia norte-americana, mas “esquece” que os EUA dependem muito mais da China, sua principal credora. Tivesse Motta Araújo lido publicações sobre economia nos últimos anos, mesmo as conservadoras(infelzimente, nem isso ele lê), saberia da grande preocupação com a “bomba do dólar”, o estrago que a China poderia causar na economia americana caso decidissem fazer um dumping de suas reservas. Isso aparece até em filmes, como “Too big to fail”, mas Motta estava ocupado assistindo Jornal Nacional. 

    3. Sei não ….

      O ditado é antigo:

      O inimigo do meu inimigo, é meu amigo.

      A questão é de um complexidade crescente e avassaladora que ganha impulso e velocidade com a AI e a IA, mas o arranjo dos mais fracos unidos contra o mais forte faz sentido, apesar de ser facismo na veia.

  5. Não ignore o Brics

    “No passado, o G-7 ignorou o G-20, e hoje, como grupo, é uma ficção geoestratégica e institucional. Ao se negarem a reformar o FMI, os Estados Unidos e a Europa podem estar condenando-o à caquexia. Os emergentes, com os BRICs à frente, podem ser o núcleo de nova realidade econômica mundial. ” MauroSantayana, 18/02/2013

  6. A Nova Ordem

    A questão é sabermos se o que temos pouco abaixo e entre os olhos pertence a nós ou a êles, norte-americanos e europeus ocidentais. Se é nosso, vamos ao trabalho. Ao longo do tempo, diversos episódios da diplomacia brasileira formaram uma tradição consistente e pacifista – não confundir com a submissão imposta pelo big brother – que nos credenciou a intervir ativamente na construção do projeto do BRICS, de ajudar a construção de projetos estruturantes em seus próprios países, mas também em outros que conosco se alinhem sem submissão.

    Não me preocupa o fato das nações árabes serem o que são. No momento atual, são o que são devido ao assalto que EUA e UE fazem diuturnamente ao petróleo árabe, mas também pela pretensão de teólogos dos EUA e seu Destino Manifesto, juntamente com teólogos da Inglaterra e da Europa Ocidental – salvo engano, os ingleses são os mais ferozes – cultivarem a obssessão de controlar a Eurásia e o Resto do Mundo. É irônico constatar que a maior parte dos humanos, a maior área territorial, a maior parte das riquezas naturais sejam tratados como o resto do mundo. Há algo de errado aí.

    Países que preocupam-se mais com o comércio do que com o saque, obrigam-se naturalmente aos ritos que regulam ou deveriam regular as transações internacionais. É idéia nova, ao menos em nossa tradição ocidental de conquista, ocupação e saque. Daí que a singularidade que cada povo e nação que se dispuser a seguir um novo caminho não constitui obstáculo. Trata-se apenas de diversidade ditada sempre pela necessidade, ou pelo que se considerou ser necessidade em um dado momento. Mas, de ora em diante e necessariamente, qualquer nação que vier a integrar o BRICS em qualquer grau de envolvimento, será também autora e construtora de um tempo no qual a solidariedade será o imperativo maior das relações comerciais e diplomáticas.

    Acredito que a maioria dos sêres humanos atuais pertencem a espécie homo sapiens. É muito bom saber que o Planêta Terra está grávido do futuro. A tarefa em curso é a desconstrução da ainda existente Era da Barbárie. O mais provável é que não verei a nova Era. Não importa. Ainda verei o início da debandada das nações para o abrigo da Nova Ordem. E brindarei a ela.

  7. Tem gente que nasceu para

    Tem gente que nasceu para viver colonizado, né, seu batista? Pensar num BRASIL independente do ex colonizador, USA, é brochante. Mas, vou avisando, seu batista, o velho colonizador (USA) só coloniza paisecos ultimamente. Portanto, o BRASIL, como um país, agora, independente do velho, caido, ultrapassado e já pobre USA, de repente, até empresta dinheiro para os nossos ex colonizadores e esploradores de riquezas alheias, poderem sair da crise que se encontram.. Defender,hoje, relação com USA como única alternativa, é nadar no seco..

  8. BRICS

    Fico imaginando os bastidores da política norte-americana com os eventos recentes. O que deve ter de neguinho babando de raiva, esbravejando, elaborando maldades para minar essas iniciativas…meu Deus.

  9. é claro que temos uma

    é claro que temos uma referência cultural com o ocidente principlmente com os eua – patos donalds e outros congêneres e zé cariocas e pernlongas e filmes de violência típicos daquela sociedade -, mas é gratificnte ver que também podemos incremnetar e aperfeiçoar novas políticas com novos parceiros neste mundo que se tornou -queiram ou não – multipolar.

    que o multilaterlismo ajude  a enterrar históricos imperialismos e fundamentalismos raivosos.

  10. É o que dizem..

    Sempre é bom uma dose de cautela. De fato os BRICS representam um avanço institucional, e é necessária essa caminhada a um mundo multipolar.

    Todavia, não é a resposta mágica ao fim da eterna dependência brasileira. Cada integrante do órgão tem seus interesses comerciais e políticos, que podem ser conflitantes ao redor dos tempos.

    O Brasil, por exemplo, não deixará automaticamente de ser uma economia primária com os BRICS, como se pode ver das trocas comerciais com a China (nós vendemos produtos agrícolas para eles; eles nos vendem manufaturados de volta).

    Trocando com a China ou com os EEUU, os dilemas persistem, e os desafios também.

     

  11. Motta Araújo: gosto muito da

    Motta Araújo: gosto muito da tua participação aqui no blog. Mas, nisso, sobre os EEUU, eu acho que voas um pouco, melhor, um bocado.

  12.  
    Meu deus!!! Os brasileiros

     

    Meu deus!!! Os brasileiros nada tem a temer, muito menos  perder, ao se aproximar da Rússia, China e Índia. Da África do Sul. Tirante meia dúzia de vira-latas colonizados locais, muito menos haverá justificativas para medos. Os diversos povos e estados africanos, passam por longo processo de soerguimento pós tenebrosa exploração colonial. Uma ruma deles, são como nossos  irmãos de sangue, os naturais daquele rico, belo e imenso continete. Irmão mabaço da nossa América do Sul .

    Nenhuma das nações formadoras do BRICS, nunca, jamais e em tempo algum, nos causaram ofensas ou danos. O mesmo não podemos dizer do belicoso, arrogante e imperialista USA. A era da vassalagem subalterna do professor Cardoso, passou. E o bom deus, não permitirá que membros dessa súcia, retornem, para desgraçar o povo de nosso País.

    Orlando

  13. Brics e cia

    Os “diplomatas”  da CIA e órgãos assemelhados, acantonados nas embaixadas americanas do mundo todo sempre em grande atividade, agora  devem estar em ritmo acelerado.

  14. O mundo já não é americano há

    O mundo já não é americano há muito tempo.

    É fato ainda que a proposta de aliança representada pelos BRICS precisa passar pelo teste do tempo. Também o banco de investimento terá de sair do papel. Dizer que farão o banco é uma coisa, mas pô-lo de pé e funcionando adequadamente é outra muito diferente. Os membros do BRICs mesmo tendo alguns interesses comuns têm certamente muitas áreas de atrito. Se os caminhos desses países convergirão ou divergirão só o tempo dirá, por enquanto não passaram da fase das declarações e das intenções.

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