Os campeões nacionais… de outros países

Jornal GGN – A questão do investimento público em grandes empresas não é uma exclusividade do Brasil. Ao redor do mundo, governos elegem e apoiam seus campeões nacionais.

Nos tempos atuais, há uma impressão de que a inovação pode vir de qualquer lugar, das ideias arrojadas de um indivíduo genial. Para além do brilhantismo de uma pessoa, a inovação depende de dinheiro. Muito dinheiro.

Mais do que criar novos mercados, é natural que os governos busquem apoiar setores nos quais a iniciativa privada já se destaca. De modo que os investimentos em inovação são muito concentrados.

Os países que mais investem em Pesquisa e Desenvolvimento costumam focar seus esforços na indústria. Na Alemanha, 89% dos investimentos em P&D vão para a indústria, na Coréia do Sul 87,7%, no Japão 87,1%, na China 84%, na França 83,6%, no Reino Unido 73,9% e nos Estados Unidos 69,3%.

E não é em qualquer indústria. O foco maior, invariavelmente, está nas indústrias mais fortes de cada país. Não é coincidência que a Coréia do Sul invista 47% dos seus gastos em Pesquisa e Desenvolvimento na indústria eletrônica, como não é coincidência que a Alemanha prefira a automobilística.

O Brasil, no entanto, não parece aceitar bem a vocação dos seus campeões nacionais. Chovem críticas ao BNDES por oferecer os recursos para apoiar a internacionalização de empresas como a JBS, Marfrig e Fibria.

Mas o fato é que o banco não escolhe as empresas. Pelo contrário, depende da disposição do empresário. Ele não pode forçar o crescimento em uma empresa que não quer crescer.

O assunto foi tema de debate no 65º Fórum de Debates Brasilianas.org, onde o presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane, apresentou evidências de por que o Brasil não pode prescindir de instituições como o BNDES e a Finep.

A inovação disruptiva e o mito do gênio revolucionário

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Leia também: Os bancos estatais e a agenda nacional

“Essa ideia de tecnologias disruptivas tem um pouco essa marca, de que se houver algum estopim do crescimento, será em função de inovações. A imagem da mídia, o senso comum construído nos últimos anos, dizem que essas oportunidades são muitas, estão espalhadas, estão prestes a estourar, e que basicamente tudo depende de algum indivíduo genial, criativo, arrojado. As coisas não são bem assim. Infelizmente, a realidade é um pouco mais complexa. Qualquer uma dessas rupturas, desses avanços de conhecimento, não será feita sem uma enorme quantidade de dinheiro”.

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Os países que mais investem em inovação

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“Aqui, os maiores países que gastam em P&D. O Brasil aparece em um honroso décimo lugar, gastando US$ 33 bilhões. Agora, vejam, a distância entre o décimo, o Brasil, e o primeiro, os Estados Unidos. É de uma ordem de grandeza razoável. Eu diria que a distância entre o primeiro e o segundo colocado também não é pequena. Embora o da China venha crescendo bastante rápido, a ponto que antes do final da década provavelmente já terá ultrapassado os Estados Unidos se continuar aumentando os investimentos em P&D no ritmo que vem até agora e se os americanos continuarem no ritmo deles. Mas vejam, depois da China nós temos Japão, Alemanha. Já a partir da Alemanha menos de US$ 100 bi. Mas o que eu quero destacar dessa tabelinha é que se você somar os dez primeiros países, você já está muito perto dos 80% dos gastos totais em P&D do mundo”.

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A associação entre os Estados nacionais e os grandes grupos empresariais

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“Esses países não gastam de maneira aleatória em todas as atividades econômicas, em todos os setores da economia. Os gastos dos grandes investidores em conhecimento se concentram na atividade industrial. Há foco. As oportunidades dentro de cada país miram em um alvo específico. Os alvos parecem estar dentro da atividade industrial. Mas me permitam ir um passo além. Porque indústria é uma coisa muito ampla. Sequer é na indústria em geral que se gasta. Não é na indústria de transformação. É em algumas indústrias. Então, boa parte dos investimentos, 50% do investimento coreano se concentra em uma indústria, a eletrônica. 30% do investimento em P&D da Alemanha se concentra em uma indústria, a automobilística. E a mesma coisa para o Reino Unido, a farmacêutica. No caso dos Estados Unidos são todos serviços de transmissão, processamento de dados, software, internet”.

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Investimento público ou privado para criar novos mercados

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“Como é que será que se divide o esforço entre investimento público e investimento privado? Meio a meio. Em 2010, investiu-se no mundo aproximadamente US$ 1,1 trilhão. Se eu pegar apenas as mil maiores empresas investidoras, elas investiram alguma coisa em torno de US$ 500 bi. 47, 48% do que se investiu no mundo em P&D. Foi dividido meio a meio entre empresas e Estados Nacionais. Curiosamente, reforçando uma ideia de que aqui tem alguma forma de associação virtuosa, se der certo, entre investimento público e privado”.

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A organização e a alta concentração dos investimentos em P&D

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“Sabemos que há investimentos públicos e privados, que têm foco, que parecem ser convergentes. Isso sugere alguma forma de coordenação. Que tipo de arranjo, como é que se materializa essa convergência? Vocês podem imaginar que a coisa seja de uma complexidade institucional, contratos extremamente sofisticados. Na verdade não é tanto assim. É importante ter claro que nós estamos falando, na verdade, de um número de atores muito pequenos. Se a gente for pegar os setores que contam, onde se concentra grande parte dos investimentos em P&D no mundo, não passa de 50 empresas. Põe os 20 grandes fundos de investimento e nessa sala aqui se junta as pessoas que precisariam se coordenar, e que de fato se coordenam, para que isso funcione”.

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Como fluem os recursos de cada país

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“A complexidade da coordenação não é tão grande. De qualquer maneira, os recursos precisam fluir. E aí começam a aparecer as diferenças. Nem todos os países têm sistemas financeiros com as mesmas características, com o mesmo grau de maturidade. Nos Estados Unidos, Inglaterra, por exemplo, que são sistemas financeiros mais modernos, boa parte dos esquemas de financiamento são privados. E efetivamente no caso dos Estados Unidos 71% do P&D é realizado nas próprias empresas. As empresas contam com grandes laboratórios, mobilizam recursos procurando as linhas de ruptura na fronteira do conhecimento. O financiamento público, de qualquer maneira, não é irrelevante. Os Estados Unidos gastam muito em P&D diretamente e indiretamente. Mas outros países têm sistemas diferentes. A China conta com um banco de desenvolvimento, que faz investimentos em novas energias”.

As críticas ao BNDES e por que não se pode prescindir dos seus empréstimos

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“Quando o BNDES faz uma aposta na internacionalização  de uma empresa brasileira, é demonizado. Com dois argumentos bastante ingênuos, me permitam dizer. Um porque dizem que o BNDES não deveria apoiar grandes empresas. Elas não precisam, deviam se financiar no mercado. Outra crítica é que o banco tenta criar campeões nacionais. Na verdade, o banco está tentando apoiar as intenções de algumas empresas de virar campeões globais. Mas escolhe os setores errados. Não é o banco que escolhe. As empresas é que escolhem. O banco não consegue internacionalizar quem não quer se internacionalizar. O BNDES, que em 2006 gastava alguma coisa inferior a R$ 0,5 bilhão, em 2014, diretamente, gasta em apoio à inovação quase R$ 4 bilhões. E ainda repassa outros R$ 2 para a Finep. Então, nós passamos de R$ 0,5 bilhão para R$ 6 bilhões em um período muito curto. Está errado? Está errado. Devemos gastar muito mais”. 

Mariano Laplane, presidente do centro de gestão e estudos estratégicos from Jornal GGN
Redação

10 Comentários

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  1. O Sistema Telebrás mantinha

    O Sistema Telebrás mantinha um centro de pesquisa tecnológica que era tecnologia de ponta, mas isso virou pó com a privataria. A indústria naval, nuclear e de construição civil  foi submetida a uma operação de guerra e sua tática da terra arrasada pela Lava Jato

    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/santayana-a-lava-jato-se-nao-for-enquadrada-pelos-limites-da-lei-se-estabelecera-como-uma-nova-republica-do-galeao-de-curitiba.html

  2. Agora eu entendi melhor o

    Agora eu entendi melhor o BNDES como um banco. Ele é um banco como qualquer outro, está lá disponível para oferecer empréstimos a quem se interessar. Como fornece condições mais vantajosas que o banco privado, poderá escolher as melhores ofertas de pedido de empréstimo. Ou seja, as propostas mais vantajosas para o país (por ser um banco público) e mais lucrativas para o banco (por ser uma instituição financeira). E por isso a tendência de risco aliada a facilidade de pagamento se tornam maiores. Mas, por mais que escolha como prioridade investimento estratégicos para o desenvolvimento do país, o banco não pode por exemplo, por conta própria; utilizar do dinheiro público para investir em uma empresa tecnológica contra a vontade dela simplesmente porque ela é essencial para desenvolver o país em determinado setor. Por mais interesse que o banco público tenha de investir em empresas que ajudem o país a desenvolver-se em determinados setores… se não houver empresas capacitadas, será perda de tempo e dinheiro. Então, o banco deve cumprir o papel de banco investindo em negócios lucrativos para ele, ao mesmo tempo que o estado deve cumprir papel de estado; investindo em educação, pesquisa e desenvolvimento em setores essenciais para que aí, surjam empreendedores e assim surja uma indústria que se auto-sustente em determinado nicho e assim o país possa progredir em determinado setor independentemente da ajuda do estado. E aí quem sabe, receber ajuda do BNDES para aventuras maiores. Mas se o estado não investir na população e esperar que as empresas e empreendedores surjam do ar, podem até surgir… mas o processo será muito mais demorado e preguiçoso. E se o estado esperar que o BNDES corra atrás de empresas de setores estratégicos ainda verde para alavancar o setor, colocará o banco em grande risco de falência.

  3. Nada a ver. A JBS foi

    Nada a ver. A JBS foi INTEIRAMENTE financiada pelo BNDES. 100% de seu capital de internacionalização veio do BNDES e ainda sobrou troco. Nos demais paises as empresas já são grandes e consolidadas, o Estado complementa os recursos da internacionalização a partir de uma base construida pela propria empresa. Um caso JBS seria impensavel em qualquer Pais do primeiro mundo, só existe em cetos emergentes, na Venezuela 22 bilionarios nasceram com financiamento 110% do Estado,

    esseé o padrão “terceiro mundo” de campeões nacionais do capitalismo de compadrio.

    A tempo, o TCU abriu processo para investigar como foram aplicados os recursos dados pelo BNDES para “intercionalização” da JBS, porque verificou-se que o BNDES deu os dolares pedidos mas não tem relatorios da aplicação do dinheiro.

  4. o setor de tecnologia só vai

    o setor de tecnologia só vai evoluir caso o estado ajude; investindo em educação e pesquisa. Daí quem sabe, surjam as tecnologias e consequentemente os empreendedores que possam ter um empréstimo com uma condição especial do BNDES. Mas como um banco, como qualquer outro, o BNDES precisa ser inteligente na sua concessão de empréstimo para que não desperdice dinheiro público.

  5. Graças a lei de informática

    Graças a lei de informática hoje o Brasil é lder mundial no setor.

    Graças a venda de MPs para subisidiar a industria de automóveis, o setor  se tornou ider mundial.

    Graças a SETE Brasil o país se tornou licer em compra de jatinhos no mundo.

     

  6. Nossa empresa não tem o gene da inovação

    Por causa da sua própria gênese, nossas empresas não desenvolveram o gene da inovação. Sempre cresceram à sombra do governo mamando nas suas tetas, protegidas por altíssiimas tarifas alfandegárias, quando não por reservas de mercado. O Estado brasileiro investe 0,7% do PIB em CT&I, enquanto os percentuais mais elevados no mundo são 0,8%. Vê-se que o Estado investe satisfatoriamente. Mas nossas empresas investem só 0,5% do PIB, enquanto nos países líderes esse percentual vai de 1,5% a 2,2%. Na Finlândia, o investimento empresarial em CT&I é coisa de 3% do PIB.

    A inovação foi o fator que gerou as grandes empresas industriais e de serviços do mundo. Thomas Edison criou a RCA, que entrou a decadência após a invenção do trnsistor, e a GE, que é uma das maiores e mais competentes empresas do mundo. Grahan Bell fundou a AT&T, a maior empresa de telecomunicações do mundo, forçada a dividir em em 1980(?) porque se tornou um monopólio em telefonia. Nos seus tempo aúreos. só em pesquisa científica, realizada nos célebres Bell Laboratories, a AT&T despendia mais de US$10 bilhões por ano. Na AT&T se inventou o transistor, a telefonia por fibras ópticas e se descobriu a radiação de fundo originária do Big Bang. Os laboratórios Bell tinham 12 mil cientistas. Nos tempos recentes, jovens geniais se aglomeraram no vale do silício, criando start ups diversas, e algumas delas se tornaram gigantes. Os cursos de ciências e engenharia do MIT e de Stanford têm altíssimos índices de dropouts. Não são fracassados, e sim inventores precoces ávidos para se arriscar na indústria ou nos serviços.

    Muitos dos chamados robber barons, do século XIX, foram grandes inovadores.

    Só uma política industrial bem formulada e perseguida por décadas pode mudar nossa triste realidade.

  7. “E não é em qualquer

    “E não é em qualquer indústria. O foco maior, invariavelmente, está nas indústrias mais fortes de cada país. Não é coincidência que a Coréia do Sul invista 47% dos seus gastos em Pesquisa e Desenvolvimento na indústria eletrônica, como não é coincidência que a Alemanha prefira a automobilística.

    O Brasil, no entanto, não parece aceitar bem a vocação dos seus campeões nacionais. Chovem críticas ao BNDES por oferecer os recursos para apoiar a internacionalização de empresas como a JBS, Marfrig e Fibria.”

    Veja bem, há uma diferença abissal em você apoiar indústrias intensivas em tecnologia e inovação e produtos de grande valor agregado em relação a você fazer o mesmo numa área dominada por commodities, baixo valor agregado e onde a competição se faz basicamente via preço e não qualidade. Na primeira, você está garantido com excelente inserção internacional e bons termos de troca, além de ter grande renda enquanto que na segunda, qualquer um te põe para trás bastando produzir mais barato, e te relegando apenas migalhas.Nada contra o BNDES escolher áreas estratégias e nomeá-las campeões nacionais, mas isso jamais pode ser feito em áreas de exportação de produtos primários e commoditias. Fazer isso é ou burrice ou escárnio.

  8. Business as commodities.

    Entre os “empreendedores” brasileiros há um grande contingente de bem-nascidos que criam empresas com a intenção de venderem-nas a estrangeiros. Instalam-nas num lugar “descolado”, atraente, pintam-nas com cores neutras e um toque de contida brasilidade, algo como a “selvageria” comportada das vitrines de lojas country nos shoppings centers mais urbanos, enchem-nas de sócios e funcionários também modernosos e, no super-mercado de business baratos, as colocam na gôndola dos produtos naturebas. Com um selo “Made in Brazil”…

    – “Pô, promessas, promessas, promessas… você fica enchendo isso aqui de prospects, quero ver atendê-los para virarem clientes…”

    – “Que nada, isso aqui é uma startup, feita para ser vendida. Já tem até americano interessado! Ele compra pelo triplo do que investi, eu fico rico e posso me aposentar aos 30 anos, viver de renda.”

    Não que empreendimentos como a Microsoft sirvam como modelo de contribuição ao mundo e nem que tenham lá grandes méritos técnicos. Qualquer um escreve programas como os dessa empresa. Os sistemas operacionais baseados no Linux são muito competentes, tanto quanto as suítes para escritórios, programas de editoração, bancos de dados, utilitários… toda sorte de aplicativos que há para Windows há também para Linux. E são grátis. O endinheiramento da Microsoft está relacionado ao marketing agressivo, as práticas ilegais de trust e outros crimes contra o mercado, além de especulações em bolsas de valores, coisas bem distantes de técnicas de programação. Mas Bill Gates não deixou a Microsoft quando ainda engatinhava. O mesmo com Steve Jobs e Marc Zucherberg.

  9. Naturalmente as especialidades nacionais

    Naturalmente as especialidades nacionais são: plantação de boi (JBS), plantação de soja e extrativismo mineral (VALE, ou CVRD, e Petrobrás), i.e. uma colônia.

    Nós construímos no Brasil o embrião que o liberalismo democrático devastou: COBRASMA, MAFERSA, SCOPUS, EDISA, UNITRON, GURGEL, EMBRAER, ROMI, etc., etc., etc. Grande parte sediada em São Paulo, aliás. Sobrou pouco ou quase nada desse incrível tecido industrial autóctone, construído com muito sacrifício, erros e acertos. Mas era nosso enfim.

    A ditadura sul-coreana ao menos foi mais competente que a nossa: tratou de alocar os esforços nacionais nos principais ramos da Engenharia, que concentra a riqueza de uma economia moderna: Automobilística (Hyundai, KIA, Daewoo, etc.), Naval (Daewoo, Eletrônicos, STX), Aeroespacial (KAI), Eletrônicos (LG, Samsung), Construção Pesada (Samsung), Química (HCI); Ferroviária, etc.

    O mesmo está sendo operado na China, sua tecnocracia de engenheiros comanda a industrialização forçada do país há mais de 40 anos. Fazem concessões para as multinacionais, principalmente norte-americanas (IBM, GE, Intel, HP) mas criam-se as marcas próprias (Huwawei, Comac, Chery, China Railway, BYD). Estão inclusive construíndo um sistema próprio de GPS, o Beidou (COMPASS) utilizando foguetes chineses da série Longa Marcha. O mesmo foguete que lança os CBERS Sino-Brasileiros.

    Os engenheiros chineses tiveram a ousadia de construir 550 km de metrô em Shangai em apenas VINTE anos! As duas principais potências européis, tão pobrezinhas coitadas, levaram mais de CEM anos para construir menos do que isso nas suas duas capitais: Paris e Londres.

     

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