Os prisioneiros da Papuda e o déficit civilizatório brasileiro

Por Luiz Alberto Vieira, pelo Facebook
 
Toda a discussão sobre os supostos privilégios dos condenados pelo Mensalão apenas mostra a indigência intelectual em que vivemos. 
 
Indigência intelectual da qual não escapam membros do Ministério Público, do Judiciário e da imprensa.
 
Ora, os réus foram condenados ao regime semi-aberto, ele têm o direito de trabalhar fora da cadeia. No local de trabalho, eles comem o que bem entenderem. 
 
Toda essa falsa discussão apenas existe porque o judiciário não cumpre a lei e pune com o regime fechado, aqueles condenados ao semi-aberto.
 
Mas toda essa explicação não servirá para nada. Não queremos o cumprimento das leis. Nosso déficit civilizatório requer linchamentos e humilhações. É assim que funciona a mente medieval dos brasileiros.
 
Luis Nassif

20 Comentários

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  1. E o défict não vem das

    E o défict não vem das camadas mais pobres e simples, vem justamente de onde se esperava uma contribuição civilizatória, dos profissionais autônomos de nível superior, muitos, quem sabe, até financiados pelo Estado na sua formação acadêmica. Estão dando vexâmes sem parar os médicos x o Mais Médicos, e esses da área jurídica, promotores, procuradores e juizes. Duas áreas carentes, em que os profissionais a despeito do muito trabalho que têm, ignoram-no para se intrometem em seaara alheia, da qual nada entendem. Querem fazer Política, mas só fazem politicagem baixa, estourando os parametros civilizatórios e adentrando na barbárie.

    1. Nossa, nilccemar, arrasou.

      Nossa, nilccemar, arrasou. Estava falando, exatamente sobre isso no FB, ontem.  Como todo esse ” saber” é fake; nossa elite tem algum conhecimento mas é é sabedoria zero. Uma dificuldade absurda para enxergar o todo; parecem viver saltando de um foco para outro sem jamais caputar sequer parte do conjunto em que estão englobados. Nem sei se conseguem se perceber como parte de um conjunto… Tb não sei se é imediatismo, pirraça, capricho, interesse… mas o fato é que não tem a menor capacidade de compreender uma situação por mais simples que seja, projetar as consequências de suas ações, num futuro próximo; perceber um erro e recuar ou desviar ( se percebessem já estaria ótimo )… Talvez por desconhecerem sobreviência e subsistência, tb desconheçam regras básicas de atenção, alerta ou sei lá, cuidados que qq um aprende desde o berço. A impressão que fica é que nossa elite pensante é treinada para não pensar, por mais paradoxal que possa parecer. Ficamos sempre com a sensação de que estão trabalhando para alguém pq ninguém normal, sobreviveria, uma semana, com tão pouco conetúdo, conteúdo desnecessário ou conetúdo aplicado de forma equivocada em situações clarissímas. Nossa elite é uma farsa. E, o pior, acreditam profundamente que são os mestres da nação. E, agora?

      1. “Nossa, nilccemar, arrasou” 

        “Nossa, nilccemar, arrasou”  (2)

        Quando os de cima nao dao exemplo, a coisa fica cada vez mais preta.

      2. Mas aí, pela primeira vez eu

        Mas aí, pela primeira vez eu tenho que discordar de você em um ponto, Cristiana. Essa “elite” não é a “elite pensante”. A “elite pensante” é um pedacinho dentro da “elite econômica”.

        E a “elite pensante” pode até ser de direita, mas não compactua com esse déficit civilizatório. Acho que o André Araújo é um ótimo exemplo!

        E aliás o André vive chamando a atenção para o fato de que, no Brasil, a elite econômica não necessariamente representa em sua totalidade a elite intelectual… eu tenho inúmeros exemplos disso, na família, no trabalho…

        meus alunos na universidade vêm, em geral, da tal “elite econômica”, mas muitos são tão fechados em seus mundinhos que não enxergam um palmo à frente (com isso não quero que concordem comigo, mas que pensem e argumentem!). Passaram a vida no mesmo colégio de classe alta, convivendo com as mesmas pessoas, e continuam…

  2. Errado. O regime semi-aberto

    Errado. O regime semi-aberto é TAMBÉM uma penalidade dentro do regime fechado.

    O condenado tem direito, APÓS CUMPRIR 1/6 da pena, com bom comportamento, CONFORME O QUE DECIDIR o juiz da vara de execuções.

    1. Errado, senhor Cavin. O

      Errado, senhor Cavin. O semiaberto só é uma penalidade do regime fechado se houver progressão de pena. No caso, Zé Dirceu foi condenado ao regime semiaberto, não podendo a penalidade ser regredida para o regime fechado. 

    2. faltou ao cursinho do prof. Gilmar

      Parece que o colega faltou ao cursinho do prof. Gilmar Dantas.

      Confundindo progressão de regime com pena.

      tsc, tsc, tsc.

      Assim não vai passar na provinha da OAB

  3. Eles dizem que isso é justiça, é democracia.

    Quando o ditador, a revelia dos princípios e normas que regem a magistratura e o serviço público, mandou afastar um juiz da Vara de Execuções Penais para colocar um pau-mandado já ficara evidenciado o tal déficit civilizatório.

    Aliás, esse déficit civilizatório vem rondando o STF já há algum tempo. O mal que também contaminou o Ministério Público parece herdado das práticas mais selvagens da velha e carcomida imprensa brasileira.

    Você junta tudo e dá nisso que estamos constatando.

  4. Quem teria a autoridade pra

    Quem teria a autoridade pra dizer ao Capitão do Mato que a lei tal, no seu artigo tal, não pode deixr de ser respeitada, e, assim, demonstrar por A+B que José Dirceu é um ser comum, que já foi condenado, mas que não está sendo respeito seu direito de ficar em regime semi-aberto, e nem mesmo de comer o que gosta, ou de poder trabalhar, ou de poder pensar. Querem torturar o cara a toda hora, e não surge quem diga que o homem merece ter um tratamento digno, como qualquer ser humano, dentro ou fora da prisão. 

  5. O regime escravista causou lesões cerebrais na zelite tupniquim

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=kgeKE-fCQdg%5D

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=H2Qu3kwNVcM%5D

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=NGLKBX-Cno4%5D

    O regime escravocrata lesou defintivamente o cérebro da zelite tupinquim, esse ranço vem daquela época que, alías, não faz tanto tempo assim, parece que foi ontem, não tem jeito, tão cedo não teremos uma elite ‘Padrão Fifa”, ainda mais com essa imprens ai que, pelo jeito, da mesma forma que a escravatura, será o Brasil o último pais a democratizá-la, até o México já fez isso,  triste afirmar isso mas é verdade, esse déficit não será compensado tão cedo, alias, a este respeito…:

    Superestrutura e Infraestrutura – Karl Marx

    Postado por Jarlison Augusto

    Por Heitor H. Sayeg
     

    A sociologia marxista gira em torno de dois conceitos: a infraestrutura, composta pelos meios materiais de produção (meios de produção e força-de-trabalho), e a superestrutura, que compreende as esferas política, jurídica e religiosa, ou seja, as instituições responsáveis pela produção ideológica (formação das idéias e conceitos) da sociedade. Segundo a sociologia marxista, a superestrutura é determinada pela infraestrutura, ou seja, a maneira na qual a economia de uma sociedade é organizada irá influenciar nas ideologias presentes na sociedade.  Tudo o que não pertence à esfera da produção de mercadorias (infraestrutura) pertence ao que Marx chama de superestrutura (instituições jurídicas e políticas, representações mentais, etc); segundo o autor, as relações jurídicas não podem ser entendidas em si mesmas: encontram suas raízes nas condições de existência material de uma sociedade. Deste modo, a análise da religião como “ópio do povo” segue esta mesma linha, ou seja, as instituições políticas são instrumentos a serviço da reprodução da estrutura de classes, seja ela qual for. “O resultado geral a que cheguei e que, uma vez obtido, serviu-me de fio condutor aos meus estudos pode ser formulado em poucas palavras: na produção social da própria vida, os homens contraem relações determinadas, necessárias e independentes de sua vontade, relações de produção estas que correspondem a uma etapa determinada de desenvolvimento de suas forças produtivas materiais. A totalidade destas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta uma superestrutura jurídica e política, e á qual correspondem formas sociais determinadas de consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo em geral da vida social, político e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência. Em certa etapa do seu desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes. 
    Sobrevém então uma época de revolução social. Com a transformação da base econômica, toda a enorme superestrutura se transforma.” (Karl Marx: “Para a crítica da economia política.”)

     

    http://www.chumanas.com/2013/02/superestrutura-e-infraestrutura.html

    1. Avatar acha que esta na sala

      Avatar acha que esta na sala de aula e ensinando doutrinação marxistas aos seus alunos.

      Próxima aula gramsci, hegemonia, e revolução cultural.

      1. Medievalismo, trevas, obscurantismo científico

        Entendo que vc, como parte dessa elite, foge do conhecimento como o diabo foge da cruz, ás vezes Marx é usado como desculpa para não aprender. Nem ensinar

        1. Não afirmei que não se deve

          Não afirmei que não se deve estudar Marx, que é muito diferente que doutrinar. Não tem problema algum em ler Marx, o problema é a falta do contra ponto, da refutação.

          Não leia só marxismo leia  Solzhenitsyn, Vladimir Bukovsky, Anne Applebaum, Alexander Dolgun, Kolakowski, Nadiejda Mandelstam, Boris Gulko, Guillermo Cabrera? E isso só falando em dissidentes que nem foram pra “direita”. Que se dirá de Václav Havel, Billington, Norman Cohn, Böhm-Bawerk, Eric Voegelin, Raymond Aron, Berdiaev, David Horowitz, Edmund Wilson…

           The World Tomorrow : Slavoj Žižek – David Horowitz

          [video:http://www.youtube.com/watch?v=BDNResrkqmM%5D

           

           

           

           

  6. Para mim, não são elite de

    Para mim, não são elite de nada. Apenas pensam que fazem parte de algum grupelho “superior” e nem percebem que fazem o jogo, aí sim das elites predadoras. São macaquitos, descartáveis a qualquer momento, tal como os “aviões” do tráfico. É só algum deles se rebelar e já está no ostracismo. Merecido. Agora, que eu não consigo entender os advogados dos condenados, não consigo mesmo.

  7. Prezado senhor,Com pesar

    Prezado senhor,
    Com pesar constato por sua afirmação “Ora, os réus foram condenados ao regime semi-aberto, ele têm o direito de trabalhar fora da cadeia. No local de trabalho, eles comem o que bem entenderem”, que desconhece a letra da Lei no que concerne à prisão em regime semi-aberto, além do que, comete um pequeno deslize de concordância, perfeitamente desculpável admitida a hipótese de erro de digitação, falha comum dada a ânsia que domina os dedos dos articulistas.

    É de seu inalienável direito, o Livre Pensar, bem como, a Livre Manifestação desse mesmo pensar, pois além de Direitos Naturais de qualquer ser Humano, recebem o endôsso expresso na Constituição da República. Recalcittro minha afirmação como adepto do pensamento de Voltaire, ou seja, “Posso não concordar com nenhuma de suas palavras, porém, verterei meu sangue até a útima e derradeira gota para defender seu direito de proferí-las”.

    Dito isto, permito-me discordar de algumas afirmações feitas no correr do seu texto.

    Realmente o poder judiciário nem sempre cumpre a Lei conforme está redigida. Exorbita seu ofício de aplicá-la estrito senso e arvora-se em interpretações próprias a quem legisla, não julga. Tal, no entanto, não acontece com relação à aplicação aos condenados em regime semi-aberto, no qual a expressão que o nomina não se refere senão ao tipo de presídio onde deverá ser cumprida a pena. Por outra, ainda que de direito do condenado preso naquela condição solicitar, é da alçada do juiz de execução penal aceitar ou refutar o pedido de trabalho externo solicitado pelo apenado.
    O déficit civilizatório a que se refere, expressão pedante tanto quanto seu criador, está no fato de confundirmos insidiosamente interesses escusos com a proeminência e soberania da Lei.

    A meu ver, Sua Senhoria equivoca-se, ainda que de forma cínica, ao afirmar que “Mas toda essa explicação não servirá para nada. Não queremos o cumprimento das leis. Nosso déficit civilizatório requer linchamentos e humilhações. É assim que funciona a mente medieval dos brasileiros”.
    Sou brasileiro, afalbetizado e como seguidor da Doutrina Espírita Kardequiana não requeiro, muito menos aceito, linchamentos e humilhações, venham de onde vierem, partindo de quem partirem e a que título forem.

    De minha parte não estou em déficit civilizatório, pois, no que me cabe, reconheço e respeito o Ordenamento Jurídico do meu país; cumpri e continuo cumprindo com meus deveres de cidadão, embora discorde de vários deles.

    Não tenho por hábito culpar meus semelhantes pelos erros que haja praticado ou ainda venha a praticar, pois, tenho absoluta consciência de que embora criado pela perfeição e que ela, portanto, faz parte da minha essência, estou anos luz de torná-la plena em meu espirito. Também repudio a ofensa gratuita e grosseira independente da razão ou motivo.

    Nunca menti? Se confirmasse estaria mentindo. Claro que menti em meus tempos de criança e bem menos ao aproximar-se a adolescência. A partir de então fui tornando-me adulto e amadurecendo e introjetando a educação que recebi de meus queridos pais e segui o caminho que me pautou uma vida digna e merecedora de ser considerado um cidadão.

    Nunca errei ou equivoquei-me? Nem como piada ouso dizer que não! Cometi, cometo e continuarei a cometer erros, porém, é preciso que se avalie o tipo e a espécie de erros. Garanto-lhe que dificilmente equivoco-me com a índole das pessoas e não cometi e não pretendo cometer os erros e malfeitos que entopem noticiários em toda a mídia, seja ela realmente independente do ponto de vista editorial, seja cooptada a dar guarida a desmandos, ou ainda, versada por autônomos ou pseudo-autônomos.

    No início de sua carreira como comentarista de economia e finanças eu trabalhava no mercado financeiro e também depois de algum tempo no de capitais. Ao todo foram 22 anos. Deixei de acompanhar seu trabalho ao perceber que sua veia editorial transmutou-se da política econômico financeira para a política ideológico-partidária. Reafirmo que está em seu pleno direito.

    Aposentado com um mísero salário mínimo (esclarecer os motivos não seria próprio neste momento) dedico-me a redigir artigos em meus blogs. Um amigo presenteou-me com um domínio e o hospeda em sua conta no Hospedeiro. digo isso para que saiba que apesar dos 67 anos de vida permaneço em pleno domínio de minhas faculdades mentais e plenamente lúcido diante dos fatos que desfilam frente aos meus olhos de observador atento.

    Caso haja se dado ao trabalho de ler este comentário até esse ponto, permita-me a indelicadeza de uma sugestão. Não dê motivos a críticas deletérias por manter publicidade oficial como forma de rentabilizar seu espaço virtual. Garanta de todas as formas possíveis sua independência e autonomia editorial.

    Aceite minhas saudações democráticas,

    Oswaldo Alves de Siqueira Júnior
    São Paulo

    P.S.: Caso encontre algum erro de Português ou de digitação, antecipadamente me desculpo e encareço que me informe para que possa repará-los. Grato.

  8. mentes medievais dos

    mentes medievais dos brasileiros componentes desse timinho  do mp – ministério perseguidor –  inquisidor…. 

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