Otimismo externo e Petrobras impulsionam bolsa, que sobe 0,39%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Após um começo de operações volátil, a bolsa brasileira ganhou força e fechou o dia em alta pelo oitavo pregão consecutivo, influenciada pelos ganhos apurados pela Petrobras. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações em alta de 0,39%, aos 49.106 pontos (maior nível de fechamento desde 10 de agosto) e com um volume negociado de R$ 6,781 bilhões.

Em linhas gerais, a bolsa voltou a se beneficiar do otimismo dos estrangeiros com os mercados emergentes. Segundo informações da Agência Brasil, a cotação do dólar caiu em todo o planeta após a divulgação da ata da reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). No documento, integrantes do órgão informaram ser necessário esperar os efeitos da desaceleração da China sobre a economia norte-americana antes de tomar alguma decisão quanto aos juros básicos dos Estados Unidos, atualmente no nível mais baixo da história, entre 0% e 0,25% ao ano.

A possibilidade de que o Fed adie o aumento de juros da maior economia do planeta desestimula a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, para títulos do Tesouro norte-americano, considerados o investimento mais seguro. Os juros mais altos nos países emergentes ajudam a atrair capital financeiro, empurrando para baixo a cotação do dólar.

O cenário político brasileiro adicionou certa volatilidade depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou a rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, o que aumenta a pressão para um eventual processo de impeachment.

Entre as empresas, a Petrobras foi o destaque do dia: os papéis ordinários da estatal (PETR3) subiram 3,37%, a R$ 10,75. As ações preferenciais da estatal (PETR4) ganharam 3,31%, a R$ 8,75 – as ações da empresa avançaram pelo quinto pregão consecutivo. É a quinta alta seguida da Petrobras. Outro destaque ficou com a Rumo ALL, companhia de logística que resultou da fusão da Rumo com a ALL: as ações da empresa (RUMO3) dispararam 14,49%, a R$ 7,90.

Em um dia marcado pelo otimismo no mercado externo, a moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 3,80, pela primeira vez, em mais de um mês. O dólar comercial encerrou vendido a R$ 3,793, com queda de R$ 0,084 (-2,17%). A cotação está no menor nível desde 3 de setembro (R$ 3,76).

A moeda abriu com leve alta, oscilando entre R$ 3,87 e R$ 3,88, mas caiu depois das 11h até encerrar na mínima do dia. A divisa tem queda de 4,34% em outubro, mas acumula alta de 42,7% em 2015. A cotação ampliou o ritmo de queda depois que a ata da reunião do Federal Reserve aumentou as apostas de que o BC só elevará os juros nos EUA no ano que vem.

No Brasil, o Banco Central brasileiro deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) com vencimento programado em novembro, com a venda da oferta total de até 10.275 contratos. Até agora, o BC já rolou US$ 3,069 bilhões, ou cerca de 30% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

Para sexta-feira, os analistas aguardam a publicação do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e a primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) no Brasil, além do índice de preços de importação e estoques no atacado nos Estados Unidos; produção industrial na França e balança comercial da Grã-Bretanha.

 

(com Reuters e Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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