Para Armínio Fraga, Previdência, Salário e BNDES precisam ser ajustados

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Armínio Fraga é o entrevistado desta segunda-feira na Folha. E vem se declarando Aécio até o fim, mesmo se ele não ganhar a eleição presidencial. E reclama do patrulhamento no debate sobre problemas econômicos, dizendo ser impossível abordar temas como salários e Previdência sem causar comoção. “Não vamos arrochar salários nem assassinar velhinhas”, clama ele.

Armínio dá corpo a outras propostas feitas pelo tucano em seu programa de governo. Um deles é diminuir a oferta de empréstimos do BNDES para que o empresariado se engaje “numa posição mais moderna”. E criticou o Banco como sendo uma UTI do empresariado e pode se voltar para um leque maior de obras de infraestrutura.

Veja a matéria a seguir.

da Folha

Entrevista da 2ª Arminio Fraga

Não vamos arrochar salários nem assassinar velhinhas

Economista aliado do tucano Aécio Neves reclama de patrulhamento no debate sobre problemas do país

ÉRICA FRAGA / MARIANA CARNEIRO

“Nomeado” futuro ministro da Fazenda, caso Aécio Neves (PSDB) vença a eleição, Arminio Fraga, 57, reclama do aparente patrulhamento, na sua opinião, do atual debate sobre problemas econômicos.

Ele diz que precisa “fazer um discurso” antes de tratar de temas relevantes, como o reajuste do salário mínimo e as mudanças na previdência. “Senão, você é acusado de ser assassino de velhinhas, o que obviamente não é o caso.”

Falar da discussão muda a fisionomia do (quase sempre pacato) economista: “Eu tenho que fazer um preâmbulo. Se não, imediatamente, o PT vai falar: Eles vão arrochar os salários, arrochar os aposentados'”, afirmou.

Nesta entrevista à Folha, Arminio fala sobre uma das bases de maior apoio político de Aécio: a diminuição da oferta de empréstimos do BNDES. “O empresariado tem que se engajar numa posição mais moderna.”

Para ele, sua “nomeação”, sozinha, não representa um choque de confiança. “Arminio Fraga não resolve nada.”

Folha – Se Aécio Neves vencer, qual será a regra de reajuste do salário mínimo?

Arminio Fraga – O Aécio já declarou que a política de aumento real do salário mínimo continua. A regra, no mínimo, vale por um ano e a essa altura não vejo por que mudar –a preocupação é que ele [o reajuste] fique até baixo neste momento.

Eu disse, e fui mal interpretado, que os salários em geral tinham subido muito, e que para continuar a subir, o que é totalmente desejável e alcançável, o Brasil teria que mostrar também um crescimento da produtividade. Como acredito que, com Aécio, os salários vão subir, sinceramente, não tenho problema com essa fórmula.

Economistas próximos do sr. dizem que a regra atual onera a Previdência e desequilibra as contas do governo.

O papel de um futuro ministro da Fazenda não é tanto ter uma opinião a respeito disso, mas mostrar qual é o orçamento e qual é a tendência no médio prazo. Eu acho que isso está fazendo falta, o Brasil está voando no escuro, em um ambiente de um populismo exacerbado.

Vocês são críticos à atuação do BNDES, mas o banco oferece crédito barato para parte do empresariado. Como dizer para eles que isso tem de mudar?

O empresariado hoje entende que esse mercado de crédito dual, onde alguns privilegiados recebem crédito e a maioria não recebe, não é bom. Indiretamente põe pressão no juro, tem implicações distributivas perversas e, no fundo, existe porque outras coisas não estão funcionando.

Se outras coisas forem postas para funcionar, todo esse aparato de UTI pode ser removido. Fazer uma reforma tributária que desonere a exportação, o investimento, simplifique o sistema [tributário], tem um impacto enorme. Mobilizar capital para infraestrutura e arrumar a casa para ter um juro mais baixo para todo mundo tem um impacto enorme também.

Essas políticas, não só o crédito subsidiado, mas muitas das desonerações e do aparato protecionista, não são a resposta ideal.

À medida que se possa corrigir essas falhas, será possível desfazer esse caminho que não está dando certo. Alguém acha que a indústria no Brasil está indo bem, com todo esse crédito, subsídio e proteções?

Um ajuste fiscal envolveria cortar quais gastos?

A sociedade tem que fazer opções. O nosso papel é colocar essa discussão na mesa, de uma maneira que ela possa ser concluída com mais consciência dos custos e benefícios e quais são os efeitos do ponto de vista do crescimento, da distribuição de renda. Há um imenso espaço para fazer políticas que teriam impacto redistributivo relevante. O caminho a seguir foi mapeado pelo FHC. Ele tomou a decisão de delegar áreas que naquele momento faziam parte do governo para o setor privado, sob supervisão, para focar em saúde e educação. Foi um pacto extraordinário. Essa discussão tem que ser permanente.

O sr. falou em tirar subsídios e focar na redução da desigualdade. Como os empresários reagiriam?

Eles temem que a correção dos fundamentos [da economia] não ocorra e eles fiquem no pior dos mundos. Mas acho que o empresariado tem de se engajar numa posição mais moderna. O melhor exemplo é o Pedro Passos [sócio da Natura e colunista da Folha], que com muita coragem está quebrando todos os tabus e defendendo posições muito parecidas com essas. Acho que esse esgotamento do modelo já é entendido pela maioria. Ninguém gosta de ficar indo a Brasília negociar alguma coisa. Mesmo os que se beneficiavam mais disso estão vendo o Brasil parando.

Eu tenho a convicção de que arrumar a casa, fazendo ajustes, vai gerar crescimento. A recessão já chegou.

Se o crescimento se recuperar, não diminui o ímpeto por reformas?

Só vai haver choque de confiança se o governo mostrar serviço. No gogó não vai.

O seu nome sozinho não basta para recuperar a confiança?

Arminio Fraga não resolve nada. Quem tem de resolver é o Brasil. Se o governo não atrapalhar, já ajuda bastante.

O programa do PSDB não trata de problemas da Previdência como a necessidade de aumentar a idade mínima, acabar com as pensões. Vocês vão enfrentar essas questões?

Nossa estratégia já está bem mapeada. Começar com uma reforma política, uma reforma administrativa, e colocar na mesa uma proposta já bem amarrada de reforma tributária. Fazer uma blitz na infraestrutura, mobilizar capital privado e, com isso, deslanchar uma primeira etapa do investimento no Brasil que nos parece ser urgente.

Em paralelo, acho que temos que declarar a guerra ao custo Brasil.

O tema da Previdência é importante, mas ele se presta também ao populismo. A nossa posição é que esse tema precisa ser debatido. Mas tenho de fazer um preâmbulo, se não imediatamente o PT vai falar: “Eles vão arrochar os salários, vão arrochar os aposentados”. Isso tudo é mentira. Mas é, assim, nós não temos medo de discutir.

Na medida em que as pessoas vivem mais, você tem de pensar na idade de aposentadoria e na viabilidade atual do sistema. Outra coisa estranha são as pensões. E acho que também merece ser discutido, sem prejuízo de quem já tem o benefício. E outros temas: como um país que está com desemprego baixo tem um aumento colossal no seguro-desemprego?

São ótimos temas, mas para falar deles é preciso fazer um discurso antes, senão você vai ser acusado de “assassino das velhinhas”, o que obviamente não é o caso.

O governo diz que está fazendo um ajuste gradual e que chegaria aos mesmos objetivos sem dor.

Que ajuste? As contas fiscais estão piorando. Eles estão fazendo um desajuste gradual na área fiscal, e a inflação está em 6,5%, apesar dos preços reprimidos. Qual a credibilidade que o governo tem para dizer que vai fazer um ajuste gradual? Eu também acredito que o ajuste fiscal pode ser feito em dois anos. Eu também acredito que a meta de inflação não precisa ser reduzida da noite para o dia, mas tem que acontecer. Não é incorreto o que o governo diz, mas não corresponde ao que eles praticam.

Por que a independência do Banco Central não é bandeira do PSDB?

Esse é um tema antigo e polêmico dentro do PSDB. O partido sempre gostou da ideia de dar autonomia ao Banco Central, mas com algum mecanismo de proteção em relação a problemas extremos, como o Banco Central trabalhar mal. O Aécio deixou claro que vai dar a chamada autonomia operacional ao Banco Central e não está fechado discutir a lei.

Olhando de fora, o atual Banco Central é autônomo?

Menos do que seria desejável. Sou amigo do [presidente do BC Alexandre] Tombini, mas acho que ele vem sofrendo porque há de fato uma percepção de que ele está sob muita pressão.

Para aprovar uma reforma tributária precisa construir uma maioria. Como vocês fariam?

Precisa. Acho que o Aécio trabalharia isso.

Com quem?

Acho que com o país todo. É tal a emergência nessa área que eu acho que tanto o Congresso quanto a sociedade, os empresários em particular, iam dar muito apoio. Acho que é algo que seria muito bacana. E, se o Executivo estiver disposto a trabalhar isso dando um mínimo de garantia para os Estados, a coisa é bem viável.

O que a proposta de reforma tributária de vocês tem de diferente?

Correndo o risco de soar um pouco agressivo, a nossa é a única. Teve proposta [do governo] de unificar as alíquotas do ICMS. Nós estamos falando em consolidar esses impostos, acabar com a cumulatividade, simplificar as regras. Estamos bem avançados nesse trabalho. Nossa ideia é abrir a discussão.

Vocês ofereceriam propostas para uma reforma em um eventual governo Marina?

Sim, sim, claro. Acho que qualquer coisa que nós façamos não é segredo.

Você participaria de um eventual governo Marina Silva?

Estou discutindo esses temas com Aécio há quase dois anos e acredito que ele é o caminho. Eu não vou. Não pretendo ir se não for com ele.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

26 Comentários

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  1. resumindo…
    arrocho.
    Isso é

    resumindo…

    arrocho.

    Isso é o que propõe a história do PSDB e a cartilha de Marina Silva.

    Quem acha que é o caminho que escolha um dos dois.

    De minha parte constato que países com democracia mais avançada foi conseguida quando se realizou uma redistribuidão de riqueza e direitos. New Deal e a social democracia europeia e no japão.

    O Brasil ainda não alcançou o patamar dessas democracias para tentar resolver seus problemas nos mesmos moldes que UE e EUA estão tentando.

    Essas democracias avançaram quando seus estado foram mais forte e orientaram os ditames distributivos.

  2. Quando dizem….

    Quando dizem: “Não vamos arrochar salários nem assassinar velhinhas”, é porque certamente a ideia de fazer isto já está no menu, logo já estamos com duas chances em três de assassinato de velhinhas, Aécio e Marina.

  3. Trololó cínico

    Nassif,

    Entrevista de um cínico.

    Na primeira vez em em que comentou o assunto, naquele jantar na casa do Dória, AFraga foi muito claro quanto aos salários, ” vocês todos concordam que os saários estão altos”. Agora adapta e fica o dito pelo não dito.

    O resto do trololó caminha na mesma direção, porque o pano de fundo é a contração fiscal e, por consequência, maiores taxas de desemprego. Nada que preocupe o economista zilionário, a ele bastaria ficar bem na fita com o ex-patrão George Soros & Cia. Dali em diante, os Marinho fazem o resto.

    Uma coisa é certa, Gianetti e AFraga estão sendo suficientemente transparentes a respeito do que fariam, nenhum dos dois se omite, logo, acabou o espaço para o sempre cômodo ” mas eu não sabia”.

    1. Pois é, Alfredo. Os programas

      Pois é, Alfredo. Os programas de governo (dizem que são iguais) não deixam dúvidas. Então, é arrocho pra todo mundo e tendo que engolir o famigerado “programa consagrado nas urnas”.

       

  4. Interessante…

    Acho interessante essa conversa econômica mimetizada que ele “leva”… Diz que vai tomar medidas arrochantes sem arrochar… Vai espremer duas goiabas para fazer uma laranjada… Por aí vai… 

    Um abraço.

  5. Tem mais uma sinalização nessa entrevista:

    FHC delegou áreas para a iniciativa privada. Armínio cita como um caminho mapeado pelo sociólogo ex presidente. Traduzindo: privatizações.

  6. lembrem-se do que acontecia escondido nos gabinetes…

    ” E reclama do patrulhamento no debate sobre problemas econômicos, dizendo ser impossível abordar temas como salários e Previdência sem causar comoção. “Não vamos arrochar salários nem assassinar velhinhas”, clama ele.”

     

    Para aqueles embusteiros ligados ao mercado e aos conchavos com os bancos,  os ares da democracia são irrespiráveis. Hoje a sociedade vê tudo, … quer participar de tudo, … quer ter voz ativa nas decisões de governo.

     

    O que antigamente acontecia nos submundos dos jantares privados, nos conchavos de interesse, … na escuridão dos gabinetes à noite, não deve voltar jamais, …. 

     

     

  7. “Tentar influenciar o governo

    “Tentar influenciar o governo é obrigação”, diz Marcelo Odebrecht

     David Friedlander – Folha de São Paulo

    Um dos homens de negócios mais poderosos do país, Marcelo Odebrecht diz que é obrigação dos empresários tentar influenciar as decisões do governo –posição que seus pares não gostam de discutir abertamente. “Sendo legítimo e transparente, não vejo nada de mais em defender pontos que muitas vezes a gente conhece melhor do que qualquer um.” Odebrecht acredita que o próximo governo deve melhorar a comunicação com o setor privado e corrigir de uma vez as distorções da economia para destravar os investimentos. Ele também defende que as reformas estruturais da economia sejam feitas já no primeiro ano. Sócio e presidente do grupo Odebrecht, que tem vários negócios com o setor público, o empresário é contra o fim das doações para políticos por empresas. Mas diz que o custo das campanha está muito alto. “O ideal seria que o candidato aparecesse com uma parede branca atrás e só ele falasse. Você ia votar no candidato, e não no programa de TV dele.”  Eduardo Knapp/Folhapress O empresário Marcelo Odebrecht em seu escritório em São PauloO empresário Marcelo Odebrecht em seu escritório em São Paulo*Folha – Quais deveriam ser as prioridades do novo governo já no primeiro ano?
    Marcelo Odebrecht – O país precisa das reformas trabalhista, política, previdenciária e tributária. Acho que teriam mais chances de passar se fossem aprovadas logo, mas para só entrar em vigor daqui a 8, 10, 15 anos.Sabendo que não serão afetados pelas mudanças imediatamente, os parlamentares vão parar de olhar para o próprio umbigo e fazer as reformas.Outra prioridade seria melhorar a comunicação entre governo e sociedade, para soltar o espírito animal dos empresários. A comunicação entre a presidente Dilma e o empresariado é ruim. Se ela for reeleita, como refazer as pontes com o setor produtivo?
    Depende dos dois lados. Não adianta ficar batendo de frente. O empresário tem o papel de tentar influenciar o governo naquilo que acha correto e fazer crítica construtiva do que não está bom. Mas precisa também entender algumas concepções do governo. O que não consigo influenciar, vou me ajustar. É legítimo que os empresários tentem influenciar as decisões do governo?
    É legitimo e é obrigação. Por que obrigação?
    O empresário tem, sim, a obrigação de se posicionar sobre aquilo em que acredita. Sendo legítimo e transparente, não vejo nada de mais em defender pontos que muitas vezes a gente conhece melhor do que qualquer um.Quando vou lá e defendo uma tese que beneficie a minha empresa, é porque acredito que vai contribuir também para o bem comum. O que não pode é defender interesses ilegítimos. Todas as sua reivindicações são transparentes?
    Sempre. Não faria nenhum pedido que não pudesse ser feito de maneira transparente. Que mais tarde pudesse me deixar mal com meus filhos. E, se eu levar um pedido que não é justificável, ele não vai ser atendido. O setor privado vive pedindo ajuda do governo, como benefícios fiscais e recursos do BNDES. Por que os empresários dependem tanto de Brasília?
    O governo brasileiro tem um papel grande na economia e isso criou uma interface também grande com o setor produtivo.Se os Estados Unidos, que todo o mundo usa como referência, tivessem estatais do peso da Eletrobras e da Petrobras, ou um banco do porte do BNDES, os empresários americanos fariam igual aos brasileiros.E o tamanho do Estado não é decisão deste governo. É uma decisão da sociedade. Tanto que não vejo nenhum candidato querendo privatizar a Petrobras ou o Banco do Brasil. O sr. defende a reforma política e o STF está a um passo de acabar com as doações de empresas para campanhas eleitorais. A Odebrecht é grande doadora. Qual sua opinião?
    Acho uma decisão equivocada. Financiamento de campanha é uma forma legítima e transparente de as empresas contribuírem com a democracia. Fica o registro de quem contribuiu e para quem foi a doação.O que não pode ocorrer é a criminalização de quem faz contribuição de campanha às claras, com especulações sem fundamento. Se você critica quem está doando às claras, acaba motivando as doações às escuras. Quando vocês fazem doação, ajudam a pagar a propaganda eleitoral na TV. O sr. assiste a esses programas?
    Aí é outra questão. Independentemente de que o financiamento seja público ou privado, os custos das campanhas precisam ser reduzidos. Precisa focar mais o conteúdo.O ideal seria chegar ao ponto em que o candidato aparecesse com uma parede branca atrás e só ele falasse. Você ia votar no candidato, e não no programa de TV dele.O país deve crescer abaixo de 1% neste ano e os anteriores não foram muito melhores. Quais são os principais gargalos para o crescimento?O Brasil precisa atualizar sua infraestrutura, melhorar a educação e fazer as reformas no Congresso para que o país se torne mais produtivo e possa crescer de forma sustentável de 4% a 5% ao ano. Discute-se muito a necessidade de um ajuste duro em 2015, com reajustes nos preços dos combustíveis, da energia elétrica, talvez alta dos juros. Qual é a sua expectativa?
    Acho que as distorções devem ser corrigidas o mais rápido possível. Só a percepção da distorção já influencia os investimentos. Aumentar o preço dos combustíveis de uma vez pode ter impacto forte na inflação…
    Para mim, o foco dessa discussão está errado. A Petrobras sempre trabalhou com defasagem de 10% a 15% no preço da gasolina. O que mudou é que a Petrobras passou a importar o produto, depois que o governo acabou com a Cide (o imposto sobre o combustível), em 2008.A gasolina ficou barata e todo o mundo abandonou o etanol, que estava crescendo. Tudo o que a Petrobras está importando de gasolina agora era para ser suprido por etanol. Portanto, tem que voltar com a Cide para que o consumo volte para o etanol e a Petrobras pare de importar gasolina. Aí, a Petrobras se prepara para aumentar a produção de gasolina também. O sr. não está defendendo isso porque a Odebrecht é grande produtora de etanol…
    Também. Eu conheço isso de perto, estou sofrendo no etanol. Mas não é por isso que estou errado. Eu falo porque conheço o tema. E a volta da Cide traria R$ 10 bilhões a mais na arrecadação do governo. Pega essa receita e coloca na área de transporte.Isso pode reduzir a tarifa do transporte público. Penaliza quem usa carro e beneficia quem usa ônibus. É também desinflacionário, porque o peso do transporte público na inflação é maior que o da gasolina. É um circulo virtuoso. Defendo isso porque acredito. Marina Silva despontou como alternativa viável para a Presidência. Alguns empresários dizem que ela é intransigente em questões ambientais…
    Não vou falar dela. Mas acho que existe exagero nessa questão ambiental. Há muita deficiência nos estudos ambientais feitos por várias empresas. Seja porque não fazem direito o dever de casa ou porque intencionalmente querem atrasar determinado empreendimento e usam como desculpa a questão ambiental.  Eduardo Knapp/Folhapress Marcelo Odebrecht em seu escritório, na zona oeste de São PauloMarcelo Odebrecht em seu escritório, na zona oeste de São Paulo
     

     

    1. Construtoras

      Não lí a matéria toda, pois não tenho mais paciência de ficar escutando dono de construtora reclamando do governo. Justamente eles que adoram pagar uma propina para ganhar concorrências. Há obras bombando no país inteiro e outras virão, mas está tudo ruim, né Sr. Odebrecht?

  8. “A sociedade tem que fazer

    “A sociedade tem que fazer opções. O nosso papel é colocar essa discussão na mesa bla bla bla…”

     

    Tá bom, me engana qu eu gosto…

  9. Agora que Aécio está

    Agora que Aécio está consolidado no terceiro lugar, o que seu “futuro” ministro da fazenda declara não tem lá muita importância.

    1. surpresinha…

      Já é dada como certa a informação de que o Aécio deve renunciar e apoiar a Marina. Essa estratégia já esta consolidada desde antes do “acidente” que vitimou o Eduardo Campos.  Tem muita coisa costurada “por baixo dos panos”, ….   é aguardar pra ver….  a CIA que o diga.

      1. Cruz, credo!
         
        Eu até

        Cruz, credo!

         

        Eu até desconfio que o  “sobrenatural”´(nada a ver com a  Providência Divina) ronda o cenário político do Brasil há algum tempo. Mas nada assim tão grandioso. Mas, nesse mundo de loucura e barbárie …

         

  10. Um deles é diminuir a oferta

    Um deles é diminuir a oferta de empréstimos do BNDES para que o empresariado se engaje “numa posição mais moderna”.

    Vampiros,  eles querem reduzir atuação do BNDS para extinguir a oferta de empréstimos fazendo pressão nas taxas de juros que remuneram esses capitais, aí eles entram… Lei da oferta e da demanda!

    Moderna = Moderno (do latim modernu) significa algo que é recente, novo ou do tempo presente

    Vejam pessoal, os investimentos no mundo estão sendo financiados pelos bancos estatais para darem seqüência as economias, porque o capital privado sucumbiu com a crise. “Moderno ?”

    Atualmente o Capital de Banco privado serve para especulação financeira em todo mundo em busca de retorno de curtíssimo prazo … É falso pensar que esse tipo de capital financia as contas correntes e da balança, pois é contabiliza a entra e saída em período curto..

    Poucos são os capitais de Banqueiros direcionados para economia real.

    Na maioria das vezes os capitais são desembolsados para investimentos feitos pelos controladores de empresas multinacionais  que investem no sentido de expansão da empresa controlada, novos negócios  e/ou em fusões/aquisições (neste último caso prejudicando a concorrência de mercado).

    O Brasil chegou a este grau de desenvolvimento com ajuda do BNDS, esses vampiros querem acabar com isso.

    Maria+Aécio vão acabar com o pequeno e médio empresário.  

     

  11. Acho sacanagem da parte do

    Acho sacanagem da parte do Nassif dar espaço para o ‘futuro ministro da fazenda do Aécio’ e não fazer o mesmo para o pastor Everaldo, Eymael e outros nanicos…

    1. Aho justo, pois so desta

      Aho justo, pois so desta forma saberemos a loucura dos vendilhões da patria e a perca magnifica para o povo trabalhador. Agora sabendo da bandidagem vota-se em quem quiser. O ruim e votar enganado.

  12. Minha humilde análise dessas

    Minha humilde análise dessas respostas:

    “Armínio dá corpo a outras propostas feitas pelo tucano em seu programa de governo. Um deles é diminuir a oferta de empréstimos do BNDES para que o empresariado se engaje “numa posição mais moderna”.

    Posição mais moderna: O BNDES empresta dinheiro para investimentos em infraestrutura que não tem retorno do investimento e os bancos privados ficam com os empresários.

    “Ninguém gosta de ficar indo a Brasília negociar alguma coisa.”

    Os empresários não gostam de juros subsidiados, porque isso não é moderno e tem que ir em Brasilia negociar”.

    “Na medida em que as pessoas vivem mais, você tem de pensar na idade de aposentadoria e na viabilidade atual do sistema.”

    Nossos patrões, os banqueiros, vão vender previdência privada para quem quiser se aposentar.

    “O Aécio deixou claro que vai dar a chamada autonomia operacional ao Banco Central e não está fechado discutir a lei.”

    Afinal de contas todas as dividas do país são operação do mercado financeiro.

     

  13. é a mania tucana de agir,

    é a mania tucana de agir, acusa primeiro para depois argumentar, como se não fosse ele mesmo que disse dias atrás que seria preciso desempregar para reajustar a economia.

  14. Na verdade o que ele gosta

    Na verdade o que ele gosta mesmo é do BNDES financiando privatizações. Daí quando não houver mais o que vender, privatizaria também o próprio BNDES.

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