Para entender a treta em que o Uber se meteu, por Pedro Burgos

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Enviado por Leo V

do Vice – Motherboard

Para Entender a Treta em que o Uber Se Meteu, Olhe para Nova York nos Anos 1930

Por Pedro Burgos

A crise no Brasil não é tão terrível quanto a que os Estados Unidos enfrentaram logo após o crash da bolsa de 1929, é certo. Mas para entender por que é tão complicado simplesmente liberar o Uber para rodar no Brasil (e em qualquer país do mundo), é bom dar um rolê por Nova York nos anos 30.

Naquela época, havia mais táxis em Nova York do que hoje. A equação muita gente sem emprego + fábricas precisando desovar a produção de carros + máfia precisando de entregadores de contrabando entupiu as ruas da Grande Maçã de carros amarelos. Grandes montadoras, como GM e Ford, forneciam os carros e lucravam pagando miséria para os motoristas.

Sem regulação, a cidade chegou a ter 30 mil táxis circulando. Logo, motoristas tinham que trabalhar 16 horas por dia para conseguir o suficiente para comer: a concorrência desenfreada fez o preço da “bandeirada” cair e os congestionamentos ficaram insuportáveis.

Em 1934, dois mil taxistas que trabalhavam para as frotas das grandes empresas, revoltados, fizeram uma grande greve por melhores condições de trabalho. Os taxistas que eram donos dos próprios carros, que não tinham nada com isso, foram alvo da ira dos motoristas das frotas, e tiveram os vidros quebrados pelos manifestantes. Para piorar, o prefeito à época foi acusado de receber dinheiro dos lobistas das grandes empresas de táxi. Foram anos de caos.

Frota americana do Uber. Crédito: Instagram/ Uber

Até que, em 1937, o novo prefeito Fiorello La Guardia implementou o sistema demedallions, algo como o alvará (ou autonomia ou permissão, dependendo da cidade brasileira) que temos hoje. A ideia: reduzir o número de táxis disponíveis e limitá-los a cerca de 14 mil. Isso garantiria corridas para todos os taxistas a um preço digno e ao mesmo tempo limitaria os carros, desafogando o trânsito. Para dar um golpe na máfia, ele limitaria a 60% as licenças de táxi para empresas, enquanto 40% ficaria com os indivíduos. O custo da licença era relativamente baixo (10 dólares), então ser taxista era uma boa forma de ser microempreendedor, especialmente para os imigrantes.

O que aconteceu nos anos 1930 foi trazido de volta à tona nas últimas semanas em Nova York, quando a cidade discutia regular o Uber e serviços semelhantes de transporte individual pago, como o Lyft. O prefeito da cidade, Bill de Blasio, sujeito tão ou mais à esquerda que o atual prefeito de São Paulo Fernando Haddad em termos de políticas públicas, acenava para algo semelhante ao que foi feito por LaGuardia. Seu desejo era licenciar os carros de serviços de motorista particular, como o Uber, e limitar o seu número.

Os argumentos de De Blasio também são parecidos: de 2010 para cá, no período em que o Uber e similares tiveram expansão, o trânsito tem piorado em Manhattan. Ninguém sabe exatamente a extensão da culpa dos carros pretos, mas a estatística mais aceita é que eles reduziram a velocidade na região mais movimentada da cidade em cerca de 7%.

Da mesma forma, um excesso de motoristas usando o Uber contribui para que eles recebam menos e tenham menos demanda por corridas. De acordo com a própria companhia, menos de um quarto dos motoristas do Uber em Nova York hoje trabalha 35 horas por semana ou mais (51% trabalha apenas 15 horas ou menos). Em outras palavras, não é um trabalho, no sentido clássico, ou como os taxistas encaram. Entre em fóruns de motoristas e as reclamações de quem “ganha menos que um chapeiro” são abundantes.

No Brasil há várias histórias de motoristas particulares felizes com o Uber — a assessoria de imprensa deles é eficaz em propagar esses causos. Mas começam a aparecer depoimentos como este feito à Trombone Media, em que um motorista que trabalha no Rio de Janeiro para o Uber, comenta:

O mercado deu uma caída, até mesmo com o Uber. Quando eu entrei havia poucos carros, hoje tem muito mais carro do que quando eu entrei. Aí, lógico, também deu uma caída no faturamento. A demanda é maior, mas o número de carros também aumentou muito.

Será que estamos caminhando para isso a repetição de Nova York nos anos 30? Em março, o número de Ubers passou o de táxis na cidade: 14.088 contra 13.587 carros amarelos. O problema do Uber, ou qualquer prejuízo que ele traga, não é de responsabilidade exlusiva do Uber, Mas da indústria do táxi. O que precisa ser repensado é toda a política de transporte da cidade, como se discute hoje em Nova York. Não há por que ser diferente do Brasil. Vejamos os problemas.

Um dos protestos nos Estados Unidos no começo do ano. Crédito: Wikimedia Commons

O número de táxis é o mesmo há décadas, em Nova York, e tem crescido pouco em várias cidades do mundo. As licenças foram congeladas e, como sabemos até aqui, isso foi bom para não aumentar o congestionamento e para atender o lobby dos próprios detentores de táxis, que não queriam ganhar menos. Por melhor que fosse a intenção, esse sistema trouxe dois problemas claros em qualquer lugar do mundo.

O primeiro é que uma quantidade não-desprezível de taxistas age como se tivesse um privilégio, uma estabilidade funcional: rejeita corridas curtas, só aceita dinheiro quando ninguém mais anda com dinheiro na carteira, pega aquele caminho etc. A maior parte das minhas experiências com táxi no Brasil foi boa, mas todo mundo tem histórias parecidas. (A minha melhor: um taxista que andou com o taxímetro adulterado me deu uma nota falsa de troco depois que reclamei do preço.)

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

26 Comentários

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  1.   Desde que o UBER pague

      Desde que o UBER pague impostos como todo mundo,não tenho problema nenhum contra o serviço.

    O que não dá é essa tal de nova economia ocupar todos os espaços sem contribuir para a sociedade.

    Ou  aposentadorias, escolas e hospitais não mais necessitam de recursos para funcionar?

  2. É preciso ver tb o ponto de vista dos passageiros

    E isso nao significa aprovaçao do Uber nao. Alguns acham que sim, que o serviço é melhor e mais barato, mas claro que isso nao é possível a longo prazo. Querer levar vantagem em tudo hoje pode custar muito caro amanhã. Taxistas sao regulados. O preço das corridas é tabelado. Eles têm que pagar seguro para os passageiros. Sao registrados na Prefeitura. Tudo isso representa uma segurança relativa para os passageiros.

    Quem controla os motoristas do Uber? A própria companhia que lucra com o serviço? Raposa tomando conta de galinheiro? Até agora a empresa está “boazinha”, mas, e depois que ferrar com os taxistas e nao tiver mais concorrência? Além disso o uso dos carros do Uber exige smartphones, os carros nao estao acessíveis na rua. Para passageiros habituais de táxi tudo isso é PÉSSIMO.

    1. Deve ser a favor

      Deve ser a favor descriminalização das drogas por que é um direito de escolha individual, mas é contra o UBER porque o individup não sabe escolher e necessita do estado para isso.

      .

       

      1. Usar “drogas” até o momento

        Usar “drogas” até o momento que é uma escolha individual que não tem consequencia sobre os outros, o poder público não deve se meter.

        O que não significa que o poder público não deva regular o mercado de “drogas”.

        O Uber tem consequencias no trânsito, e no mercado de trabalho.

    2. Cautela ao defender os taxis

      Cautela ao defender os taxis tradicionais. Há que se levar em conta a diferença entre o taxista e dono de frota de táxi, verdadeira máfia aqui no Brasil e em qq lugar do mundo. Máfia, aliás, normalmente em conluio com o poder público (prefeitura) encarregado de conceder licença para táxi. Trabalhei com ‘car service’ (uma espécie de rádio táxi) em N. York em 1986 e sei como é isso. Lá e cá, são raros os taxistas que trabalham por conta própria, ou seja, são donos do próprio carro. Isto porque, quando a prefeitura abre uma licitação para concessão de alvarás, rola propina e quem pode (pagar) mais ganha mais, criando assim um “câmbio paralelo” em que os alvarás chegam a custar o preço de um apartamento. Daí que o pobre taxista acaba pagando o pato e tem que ralar muito para conseguir pagar o aluguel ao dono do carro. A existência de “serviços paralelos” (no caso da Uber e, no meu caso, o car service) serve para somar e democratizar – não para atrapalhar. Assim sendo, a repressão aos “concorrentes” do táxi tradicional só serve aos donos das frotas e aos servidores da prefeitura corruptos. Aliás, a prefeitura de SP fez muito bem em conceder alvarás aos interessados (inscritos) em táxi baseado no sorteio da loteria federal. 

      1. O q vc diz nao responde ao q eu disse sobre o lado dos passageir

        E só reforça a concorrência desleal do Uber. Quer dizer que os taxistas pagam o preço quase de um apartamento para poder trabalhar, e os uberistas podem chegar e deitar e rolar?

        Tb sou contra as frotas. Mas a oposiçao a elas nao pode levar a criar outras máfias, outros donos dos serviços dos motoristas, como o Uber.

        1. Acho que vc não entendeu o

          Acho que vc não entendeu o que eu disse. Ninguém paga o preço de um apto para trabalhar. O valor da licença (que pertence ao dono do táxi) é que vale o preço de um apto, pois há um enorme ágio em cima do valor real do preço que a prefeitura cobra. E o dono do  táxi cobra uma diária violenta (R$ 150,00 de acordo com a matéria abaixo linkada) do taxista. Com uma diária assim daria para o taxista financiar tranquilamente um “carro preto” da Uber. Confira a matéria:

           http://www.vermelho.org.br/noticia/254069-8

          1. De novo, nao responde ao q eu disse sobre o interesse dos passag

            E além do mais há muitos taxistas que sao donos da licença, nao sao todos terceirizados. E para terminar com a máfia, o remédio é proibir as terceirizaçoes, e nao criar outra máfia. Deixa de rodeios.

          2. É óbvio que os passageiros só

            É óbvio que os passageiros só tem a ganhar. Desde qdo diversificar as opções é ruim para o consumidor? Ninguém é obrigado a chamar um Uber assim como ninguém é obrigado a chamar um rádio-táxi. 

          3. Tá se fazendo de desentendido, né?

            O Uber arrasa com os taxistas, e depois fica sem concorrência e faz o que bem quiser. Ora, ora.

          4. É, vc tem razão. Melhor Uber

            É, vc tem razão. Melhor Uber ir embora e os taxis ficarem sozinhos sem a concorrência que vai eliminá-los do mapa. Vou parar tb de agitar contra a concentração da mídia, pois a nova mídia googleriana ianque quer eliminar a velha mídia para depois fazer o que bem quiser. Como fui ingênuo, ora.

          5. Foi mesmo; os táxis obedecem regras, sao regulados p/ prefeitura

            Eles nao podem fazer o que bem entendem, nem cobrar o que bem entendem. E a mídia googleriana tb é péssima, embora AINDA nao pior que a velha mídia (em termos de submissao aos EUA e espionagem generalizada, aí nao sei…)

             

          6. Uber paga muito mais impostos

            Uber paga muito mais impostos que os táxis, que são subsidiados. Acho que Uber vai acabar rendendo mais impostos que a Globo. Taxi não paga IPI, ICMS e IPVA. Uber paga. Táxi paga taxas à prefeitura, Uber não paga. Mas Uber paga ISS à prefeitura e táxi não paga. Pra vc ver como os donos de táxi são beneficiados. Insisto que táxi e Uber podem conviver pacificamente. 

          7. Mesmo s fosse verdade, E DAÍ? Nao resolve os problemas apontados

            Para começar, Uber só paga impostos NA COMPRA do carro, o que nao acontece todo dia, certo? Nao paga impostos sobre o trabalho feito, e provavelmente nem IR, porque dificilmente a Receita saberá quanto ganham os motoristas, e a firma é no exterior.

            E nada disso dá segurança aos passageiros, garante táxis na rua, nem garante corridas com preço tabelado, seguro contra acidentes para os passageiros, etc.

            E dizer que táxis e Uber podem conviver pacificamente é piada. Deve ser por isso que os taxistas estao fazendo manifestaçoes, ne? O Uber é concorrência desleal, e pode tornar inviável a profissao de taxista.

            Vc só pode ser motorista de Uber…

          8. polemica Uber X Taxis

            Se me permitem… 

             

            Motoristas Uber, terão que recolher impostos como todos nos mortais.. caso não façam sua declaração de imposto de renda, simplesmente a Receita faz o cruzamento de dados de depositos feitos em sua conta corrente ou utilização de cartão de debito/credito.. e malha fina nele.

            Empresa Uber… sua sede pode estar no EUA, CHINA, SUDÃO ou até no TIBET.. se esta operando aqui no Brasil  a Receita Federal tem total controle do volume financeiro envolvido.. e evasão de divisas esta fora de cogitação, tudo isto é muuuuuiiiitooo bem controlado, principalmente se uma empresa que vale 40 Bilhoes de Dolares estiver tirando dinheiro de nosso País nesta epoca de crise. 

            link com taxas e impostos pagos por motoristas Uber e taxistas.

             http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/07/1653037-custos-fixos-deixam-motoristas-do-uber-e-taxistas-com-bolsos-apertados.shtml

            Sou a favor de uma coexistência pacífica, desde que com regras,  até porque grandes cidades precisam melhorar no quesito serviços, principalmente transporte publico, de massa ou individual. 

            Ressalto que se o serviço de Taxi, ou a prefeitura, ou o Sindicato dos Taxistas  tivesse percebido essa necessidade de melhora na qualidade do serviço prestado, e os taxistas tivessem se adaptado ao novo perfil do passageiro, a Uber não chegaria causando este impacto que causou.

            A tecnologia que a Uber usa, ja existia aqui no Brasil e ja era usada por taxistas, na forma de Easy Taxi, 99Taxis, Wappa etc… Uber somente aperfeiçou a plataforma,  incluiu no serviço  alguns mimos  e padronizou a forma de atendimento. 

            Infelizmente a falta de concorrência criou uma zona de conforto(nao generalizando, pois existe uma pequena parcela de taxistas que prestam um otimo atendimento) para uma categoria que existe ha muito tempo, prestando o mesmo serviço da mesma forma a 30 ou 40 anos.

            O mundo mudou, as pessoas mudaram e as necessidades tambem. Hoje a maioria das Empresas focam no Cliente. O Preço é fator importante, mas fala-se muito em custo beneficio.. pago mais , mas recebo mais.

            No caso Uber… mais conforto, mais agilidade, mais praticidade, mais educação e um copo de agua.

            A evolução é assim, inventa-se uma coisa, outro vai la e aperfeiçoa e a vida continua, para alguns é claro.

            Kodak, Xerox e outros que o digam. 

             

    3. (A ultima sentenca eh

      (A ultima sentenca eh problematica, Analu:  quem eh o “passageiro habitual” de taxi?!  A ultima vez que eu peguei um, por exemplo, foi ha 3 anos atraz.)

      1. Ivan, meu querido: vc nao usar táxi significa mto pouco…

        Nao quer absolutamente dizer que ninguém precise usar… Eu preciso, e muito, só faço translados de táxi, porque nao sei dirigir, tenho problemas no joelho e ando com muito peso, nao dá para andar de ônibus ou metrô cheios e arriscar a ficar em pé.

        Tb nao tenho smartphone, nem quero ter: é perigoso usar na rua. OK, outras pessoas usam, mas nao pode ser o único modo de pegar um táxi. E como telefonar para cias de táxis normalmente representa demora, e elas tb nao costumam aceitar pegar vc se vc está na rua, o melhor interesse dos passageiros é que haja táxis disponíveis nas ruas, o que nao impede que possam ser chamados por smartphones, para quem preferir, pois há aplicativos para isso.

        Nao quero ficar refém de uma companhia, como seguramente aconteceria se o Uber conseguir tornar a profissao de taxista impossível. Me sinto mais segura com taxistas registrados na Prefeitura, e que devam cobrar segundo o taxímetro. Nao confio em deixar a regulaçao do galinheiro para a raposa (a própria companhia que lucra com o serviço nao posde ser quem o regula).

        E além do mais o Uber representa concorrência desleal, nao é justo para com taxistas que pagam licenças que qualquer um possa fazer o mesmo serviço sem pagá-las, Sou a favor de lutar contra as companhias de táxi gigantes que exploram motoristas, mas isso deve ser feito impedindo a terceirizaçao e proibindo o mesmo proprietário de ter mais de uma licença, nao introduzindo outra companhia para explorá-los também…

        Abs para vc

  3. Ainda o estado se metendo

    Ainda o estado se metendo onde não é necessário.

    Trocas voluntárias, sem coerção (redundância) não deveriam ter inteverência do governo.

     

    1. Pelo jeito você não leu o

      Pelo jeito você não leu o artigo.

      Você realmente acha que um negócio que aumenta a poluição e aumenta o tempo das pessoas perdido em deslocamentos não deve ser regulado?

      1. “aumenta a poluição e aumenta

        “aumenta a poluição e aumenta o tempo das pessoas perdido em deslocamentos não deve ser regulado?”

        Quem lhe deu esta informação é quem é contra o UBER.

        Informação não confiável.

  4. “O primeiro é que uma

    “O primeiro é que uma quantidade não-desprezível de taxistas age como se tivesse um privilégio, uma estabilidade funcional: rejeita corridas curtas, só aceita dinheiro quando ninguém mais anda com dinheiro na carteira, pega aquele caminho etc. A maior parte das minhas experiências com táxi no Brasil foi boa, mas todo mundo tem histórias parecidas”:

    Primeira sentenca:  eh logico!  A ultima vez ue ouvi falar, licencas pra taxis em NY custavam cerca de 150 mil dolares!!!  Eh logico que eh privilegio.

    SEgunda sentenca:  taxi no Brasil eh esquizito, especialmente em BH.  Como todos ja podem imaginar, eu nao pego taxi nos EU ha anos, eh carissimo, mas em BH eu peguei varias vezes -uma vez o cara disse “Oi voce quer peg…” e eu gritei SIM no meio da saida do aeroporto.  Eu tava carregando uma “mala” de menos de um quilo.  O taxista era absolutamente fabuloso em conversa, nao so “perguntava” como dizia tudo -e a vida sexual dele era interessantissima!  Me deu o cartao pra chamar quando eu saisse do Brasil, eu achei tudo barbaro.  So que eu chamei o numero pra me levar pro aeroporto e o cara que apareceu nem era ele.  Foi estranho mas nao pensei nada a respeito.

    So um problema…  aconteceu 3 vezes comigo em BH.  Em 3 viagens diferentes.  A quarta vez foi pior pois o cara pensou que eu e minha irma estavamos indo pra cidade x e a gente tava indo pro bairro x!

    CHEGANDO ao assunto do Uber, finalmente:  nao estou seguindo a historia do Uber suficientemente.  Mas quando eu preciso de 3 oncas de tinta vermelha eu sei que tenho um milhao de viziiinhos que a tem e nao tenho como perguntar a ninguem deles  Nao existe limite local ainda, e se eu ponho que preciso de 3 oncas de tinta aa olio de cor vermelha na internet aparece gente ate do outro lado do pais oferecendo alguma coisa valida pra necessidade mas cara e problematica demais pra comprar ou  conseguir.

    Ocupado com janta, termino mais tarde se estiver sobrio e teoricamente afiado,  O ponto eh que se eu estou a 5 minutos da necessidade e a posso preencher, eh evidente que o MENOR preco seria o ideal para ambos os lados da transacao. O problema do capitalismo vai se tornar PIOR e nao melhor:  nao existe competicao para o menor preco, claro,  Mas nao existe competicao para o melhor preco para ambos os lados tampouco.

  5. Para entender o Uber

    1) Ele não é um aplicativo, mas uma empresa tradicional que usa a brecha que a internet permite. Seu departamento mais forte é o jurídico.

    2) Sabem, estudaram e viram que os tradicionais taxis em todo o planeta são em grande parte pequenas e médias empresas. E as regulaçoes com o estado são parecidas. Acham que é fáciltomar conta deste mercado.

    3) Eles entram aos poucos em várias cidades. Tentam ganhar primeiro os consumidores, depois o estado, regulando o serviço.

    4) Em breve não haverá mais briga de Uber com os amarelinhos, a briga será com outras empresas internacionais. Uma chinesa já tem planos para se espalhar.

    É o capitalismo…

  6. A explicação do controle da

    A explicação do controle da demanda está redonda, fechadinha. Mas por que é que os motoboys –  que igualmente empenham seu patrimônio inteiro na moto, que têm de se arriscar muito mais que os taxistas para alcançar uma escala de serviço maior, e que ainda por cima entregam a conta da desregulação ao SUS e à Previdência Social –  cresceram sem essa proteção? O argumento legislativo não fecha.

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