Pesquisador diz que Rio Doce vai “ressuscitar” em 5 meses

Jornal GGN – Paulo Rosman, professor de Engenharia Costeira da COPPE/UFRJ, afirma que na maior parte do percurso do Rio Doce, as próprias chuvas devem limpar os estragos causados pela lama trazida pelo rompimento das barragens da mineradora Samarco em Mariana (MG), e que, no período de cinco meses, os peixes deverão voltar ao rio.

Autor de um estudo encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente para avaliar os impactos e a extensão da chegada da lama ao mar, na costa do Espírito Santo, ressalta que a recuperação das regiões próximas às barragens deve levar mais de um ano, e também diz ser “inaceitável” que o governo permita que as pessoas voltem a morar nas regiões afetadas.

Enviado por bf costa

Da BBC Brasil

Tido como morto, Rio Doce ‘ressuscitará’ em 5 meses, diz pesquisador

por Jefferson Puff

Embora esteja considerado atualmente “morto”, o rio Doce, que recebeu mais de 25 mil piscinas olímpicas de lama proveniente do rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), “vai ressuscitar” em até cinco meses, no final da época de chuvas, em abril do próximo ano.

A afirmação é de Paulo Rosman, professor de Engenharia Costeira da COPPE/UFRJ e autor de um estudo encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente para avaliar os impactos e a extensão da chegada da lama ao mar, ocorrida no último domingo e que afeta a costa do Espírito Santo.

Embora especialistas tenham divulgado previsões de danos catastróficos, que incluiriam danos à reserva marinha de Abrolhos, no sul da Bahia, e um espalhamento da lama por até 10 mil m², Rosman afirma que os efeitos no mar serão “desprezíveis”, que o material se espalhará por no máximo 9 km e que em poucos dias a coloração barrenta deve se dissipar.

Para ele, há três diferentes cenários de gravidade do desastre e de velocidade de recuperação. No alto, onde a barragem se rompeu, próximo ao distrito de Bento Rodrigues, deve durar mais de um ano e dependerá de operações de limpeza dos escombros e de um programa de reflorestamento. Para ele, a sociedade e os governos mineiro e federal precisam cobrar de Vale e BHP Hillington, donas da Samarco, o processo de reflorestamento e reconstrução ambiental, de custo “insignificante” para as empresas.

Ele diz que, na maior parte do percurso do rio Doce, as próprias chuvas devem limpar os estragos e os peixes devem voltar ao rio no período de cinco meses, e, no mar, a diluição dos sedimentos deve ocorrer de forma mais rápida – até janeiro do próximo ano.

Ao mesmo tempo, o especialista considera “inaceitável” que o governo permita que as pessoas voltem a morar nas regiões afetadas e que seria “criminoso” não retirar os outros povoados que se encontram nas linhas de avalanche de outras barragens.

Leia os principais trechos da entrevista:

BBC Brasil – Nos últimos dias, especialistas, ativistas, moradores, pescadores e indígenas têm repetido que o rio Doce “está morto”. O senhor diz que ele “vai ressuscitar”. Como isto deve acontecer?

Paulo Rosman – Eu vou repetir um chavão muito conhecido: o tempo é o senhor da razão. Há a visão quantitativa e fria do pesquisador, do cientista, e a visão emocional e por vezes desesperada do morador, do pescador e do índio. Os dois estão expressando as suas razões. Nenhum dos dois está certo ou errado.

No caso da ciência as coisas são mais factuais, quantitativas, mais numéricas. No caso do indígena, ele constata e sofre com a “morte” do rio. A diferença é que o rio está morto neste momento, é verdade, mas ressuscitará muito rapidamente, e eles vão poder comprovar isso.

Há muitos exemplos de acidentes muito mais graves e mais sérios do que este da barragem de Mariana. Veja a erupção vulcânica do monte Santa Helena, nos Estados Unidos (em 1980). Foi tudo devastado e destruído, numa área imensamente maior. Você vai lá hoje e vê que os animais voltaram e a mata voltou.

Para fazer a conta, você tem que pegar o peso da lama e dividir pela massa específica dessa lama. Se neste momento eu tenho 4 kg/m³ de água e for dividir pela massa da lama, dá mais ou menos 1,3 mm. Então isso significa que se esses sedimentos todos se depositassem no fundo do rio formariam um tapete de 1 mm de espessura, o que nem vai acontecer, porque a correnteza vai levar.

As fortes chuvas entre novembro e abril “lavarão” o rio Doce, num processo natural.

Digo isso baseado em quantidades de sedimentos, em conhecimentos de processos sedimentológicos, na dinâmica de transporte desses sedimentos pelas correntes dos rios, dos estuários, das zonas costeiras. Então essas coisas são relativamente rápidas, a natureza se adapta, se reconstrói, se modifica.

BBC Brasil – Como o senhor avalia a mortandade e o retorno de peixes ao rio, posteriormente? E como responde a especialistas que avaliam que a recuperação da área e do rio pode levar mais de dez anos?

Paulo Rosman, professor de Engenharia Costeira da COPPE/UFRJ

Rosman – A onda de lama matou os peixes, mas o volume, pelo que eu vi publicado nos jornais, representa uma quantidade muito baixa. A não ser que tenha havido algum erro de cálculo, foi divulgado que morreram 8 mil kg de peixes no rio Doce. Veja, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro: quando há uma baixa mortandade, estamos falando em 70 mil peixes, mas este número pode chegar a 200 mil, e depois sempre há o retorno. A gente sabe que não demora muito para que a Lagoa encha de peixe de novo.

Quanto aos comentários de especialistas citados, eu diria apenas que eu espero que eles estejam enganados. Não vou entrar em discussão. Mas basta olhar coisas que já aconteceram. Por exemplo, a quantidade de sedimentos que desceu dentro do rio Itajaí-Açu (SC), no final de 2008, quando caíram inúmeras encostas no vale do Itajaí, na região de Itajaí e Blumenau. Houve um desmoronamento do cais do porto, um mega-assoreamento do canal do porto de Itajaí, sem contar diversas mortes na tragédia. Foi um evento natural, e em quantitativos ele é extremamente maior do que esse do rio Doce.

E o porto de Itajaí está lá, o rio Itajaí-Açú está lá, Blumenau está lá. O rio voltou ao normal. Sinceramente eu acho que essas pessoas estão sendo movidas pelo impacto humano da tragédia, pela emoção. As mortes e os prejuízos são dores e perdas eternas. Mas temos que separar. Para voltar para o plano racional, só deixando o tempo passar.

BBC Brasil – É possível mensurar a quantidade de sedimentos que chegou ao mar do Espírito Santo e o impacto ambiental disso? Dias atrás cientistas cogitaram impactos catastróficos nos ecossistemas marinhos da região.

Rosman – Sim. De acordo com os últimos números, a concentração a 10 km de distância da foz do rio Doce, onde a lama teve contato com o mar, está entre 50 e 20 mg/l de sedimentos em suspensão. Isto é muito insignificante para ser considerado um risco ambiental. É absolutamente desprezível.

Para se ter uma ideia, a água transparente do mar, costeira, tem tipicamente 5 mg/l de sedimentos em suspensão. A água dentro de uma baía tem tipicamente entre 50 mg/l a 100 mg/l de sedimentos em suspensão. A água de um rio com cor barrenta tem em torno de 500 mg/l de sedimentos de suspensão, são todos dados naturais.

Rios muito barrentos, como o Amazonas, têm entre 1.500 e 2.000 mg/l de sedimentos em suspensão na época de cheia.

Então se a 10 km da foz do rio Doce você vai ter concentrações de no máximo 50 mg/l no mar, embora você veja a coloração diferente por mais algumas semanas, é óbvio que não estamos falando de danos ambientais. Diferentemente de um vazamento de petróleo, que você usa bactérias para decompor e limpar – e leva tempo e gera mortalidade de vida marinha muito maior -, no caso atual você não tem como “limpar” a lama no mar. Ela se dilui naturalmente, sozinha.

Mesmo que você tenha um padrão de ventos que gere correntes fora do usual, a distância é tão grande e a diluição é de tal ordem que não causaria efeitos danosos em Abrolhos.

BBC Brasil – E quanto à composição destes sedimentos que compõem a lama? É possível que seja descoberto que têm uma toxicidade muito maior do que se imagina e que possa causar danos futuros?

Rosman – Risco sempre há, mas não tenho razões para acreditar nisso. Já ouvi pessoas que não são da área darem prognósticos devastadores quanto à toxicidade desse material. E já ouvi pessoas que são especializadas, da área de geologia, e que conhecem muito bem isso, dizerem o oposto, que se trata de um material de baixa toxicidade.

Então não tem grandes impactos persistentes no longo prazo. As pessoas podem tirar da cabeça essa ideia de que se trata de algo radioativo, de um veneno ambiental que vai matar tudo e nunca vai sair do chão. Não é nada disso.

Para você ter uma ideia, a doutora Marilene Ramos, que é a presidente do Ibama, tem doutorado em mecânicas do solo. Ela fala inclusive com um conhecimento específico de solo muito maior do que o meu. Ela me disse que esse material não é de alta toxicidade e que é basicamente areia fina, argila e óxido de ferro. Claro que tem traços de outras substâncias, mas em concentrações muito baixas, que não oferecem risco.

BBC Brasil – Na sua opinião o que deveria ser feito no distrito de Bento Rodrigues (MG), o vilarejo mais devastado pela avalanche de lama? Como limpar ou recuperar o local? E quanto isto pode custar?

Rosman – Primeiramente o governo de Minas Gerais precisará avaliar o que retirar de escombros, de estruturas danificadas, e ver se deixa algo como marco simbólico da tragédia. É um absurdo permitir o retorno das pessoas para aquele local.

Se eu fosse o governo de Minas Gerais obrigaria a Samarco a fazer um parque memorial ali. Fazer um projeto bonito, fazer um paisagismo, uma correção de solo, um jardim, e ficaria como memória, com homenagem às pessoas que sofreram essa desgraça toda. Ninguém vai poder voltar a morar ali.

BBC Brasil – O senhor orientaria o governo mineiro a retirar os outros povoados que estão na linha de avalanche de outras barragens de rejeito de mineração?

Rosman – Com certeza. Muitas vezes os povoados se formam próximo às barragens porque atraem empregos e comércio. Mas o poder público não poderia permitir a instalação de povoados em áreas de passagem de eventos como esse que ocorreu. Hoje não faltam ferramentas computacionais que nos permitem simular um rompimento de uma barragem e mostrar qual é a trilha de percurso da avalanche. Atualmente é inaceitável e injustificável ter povoados em rotas de avalanche de barragens, ninguém poderia morar nestes locais.

BBC Brasil – O senhor considera que isto foi uma irresponsabilidade dos atores envolvidos?

Rosman – Olha, irresponsabilidade é quando você tem consciência do fato e não faz nada. Tudo é óbvio depois que você já sabe o que aconteceu. Ou seja, a partir de agora, deste exemplo dramático e catastrófico, se o governo não tomar medidas para realocar pessoas em áreas de alto risco, em outros locais onde se sabe que poderia ocorrer algo semelhante a Mariana ou até pior, eu diria que estaríamos falando de uma atitude mais do que irresponsável, mas sim criminosa.

Há duas opções. Você pode remover o povoado para outro local, ou se o povoado for grande demais, você embarga o negócio lá em cima. Para de usar a barragem, estabiliza, deixa secar, e pronto. Transfere a atividade para outro lugar. Tem que ver o que é mais viável.

Redação

20 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Excetuando a última resposta, concordo com o professor.

    Segundo os dados que aparecem na página da CPRM, realmente o maior impacto é nas cabeceiras junto a barragem, logo o dano é exatamente neste local.

    Estes dados colhidos nos dias 25, 26 e 27 de novembro deste ano mostram que as concentrações de sedimentos, aqui representados pela turbidez são extremamente altos na região próxima a barragem.

    Estes dados, junto ao mapa que representa o trânsito do pico sedimentograma mostram que nestes dias o início da mancha de sedimentos já haviam chegado a foz (no dia 21/11/2015) e provavelmente o pico estaria em torno destes dias.

    O que esquecem todos é que a fonte da lama é num dos extremos da bacia e que mais de 90% da mesma contribuiu com água “limpa” (falar em água limpa no Rio Doce é a verdadeira piada).

    Ao longo destas últimas semanas tenho insistido que o dano maior e que deve ser levado em conta é das populações em torno da barragem, e aí que vem a minha discordância ao professor (atenção o professor é um especialista em engenharia costeira, e por isto não deveria se pronunciar sobre a presibilidade ou não do acidente).

    Na realidade a questão básica, que com todo oportunismo de diversos pesquisadores que estão se pronunciando sobre diversos assuntos, é a RUPTURA DA BARRAGEM, e o que fica claro nos dados que aparecem em determinados artigos é que o coeficiente de segurança da barragem estava muito próximo da unidade. Isto é um dado que condena os que mantinham esta estrutura, pois barragens com coeficiente de segurança da ordem da unidade (aparecem valores em torno de 1,3) é uma atitude temerosa, arriscada e que joga com a vida das pessoas que estão logo a jusante desta.

    Logo a resposta correta a última pergunta seria: Se os coeficentes de segurança estão na ordem de 1,3 como aparece em alguns dados divulgados nos jornais, realmente foi uma grande irresponsabilidade.

    1. Olhando o lado positivo (que acho difícil encontrar) ….

      Olhando o lado positivo (que acho difícil encontrar) neste acidente causado pela negligência das mineradoras, o Rio Doce, que já vinha num processo de deterioração contínuo e praticamente irreversível, tenha um projeto de recuperação.

      Olhando os indicadores deste rio, antes da passagem dos sedimentos ele realmente estava um verdadeiro pré-lazaro, com os sedimentos, morreu de vez, talvez agora se comece a etapa da recuperação.

  2. tenho impressão de que depois

    tenho impressão de que depois do incidente geográfico que causou a descoberta do brasil

    mar de lama de mariana rio doce abaixo é a maior catástrofe ambiental das terras brasilis.

    1. Foi ridículo, mas por outro motivo

      Foi sim ridículo, mas por outro motivo.

      Boias só funcionam quando o material fica apenas, ou primariamente, na superfície da água. É o caso de óleo. Mas não é o caso de lama, que inclusive tem a tendência a decantar, se depositar no fundo.

      Colocar as boias é inútil, foi desperdício de tempo e dinheiro. Meu chute é que só foi feito para mostrar à população que algo estava sendo feito, uma ação puramente de marketing.

  3. É bom verificar toda a exploração em MG !

    Justamente, porque há inúmeras minas e barragens (vide Congonhas).

    “… se o povoado for grande demais, você embarga o negócio lá em cima. Para de usar a barragem, estabiliza, deixa secar, e pronto. Transfere a atividade para outro lugar. Tem que ver o que é mais viável.”

    Isso também me fez lembrar da situação de Paracatu, MG, com o caso da exploração do ouro, já mostrada pelo CQC da Band:

     

  4. Ambientalistas = INÚTEIS!!!

    Finalmente uma pessoa sensata que está aí para nos conduzir para o CAMINHO CORRETO.

    Uma vez que a sedimentação não é mais problema(em 5 meses saberemos), o que restou de problema?

    Pense!

    O que restou nesta história que ainda pode nos prejudicar no futuro? Vamos ser otimistas. O rio, voltou a vida, o sistema de abastecimento de água, normalizado.

    O que restou?

    Sabe porque pergunto? Porque o que restar, é a única coisa que importa!

    1. O que restou e sempre restará são as mortes …

      O que restou e sempre restará são as mortes dos moradores da região e a destruição de suas vidas, este sim que é o foco e onde deveria ter punição aos irresponsáveis, o resto é balela.

      Estou escrevendo um texto sobre isto, se não desistir no meio do caminho, hoje a noite coloco no meu blog.

  5. Finalmente!

    Finalmente um contraponto a todo este sensacionalismo onde tem muita gente aproveitando para faturar com a tragédia. Seja vendendo jornal, serviços para “salvar” o rio e o mar, marketing para suas ongs, lobby na votação do código novo de mineração, etc. Cheguei a ler declarações de “especialistas” comparando o rompimento da barragem com chernobyl, previsões de interferência na reprodução de baleias, mortandade de corais em Abrolhos e até de elevação da temperatura do planeta! Parabéns ao engenheiro Rosman por colocar um pouco de sanidade na avaliação dos reais problemas do rompimento da barragem o que facilitará a recuperação dos estrago, a punição dos responsáveis e indenização das vítimas.

  6. Lama no Mangue!!!!

    O Prof. Rosman deu o exemplo do Rio Itajaí para mostrar que lama em foz de rio é comum. Não precisava ir tão longe. Estas fotos da praia de Regência, que encontrei num site de surf, mostram que o Rio Doce despeja muita lama no mar em suas periódicas cheias. E foi engraçado ver “ambientalistas” na TV preocupadíssimos com a possibilidade de lama se depositar no mangue!!

     

  7. Estou com a desagradável

    Estou com a desagradável impressão de que todos estão opinando sem que se tenha (pelo menos que eu saiba) até o momento o resultado oficial das análises quimicas da lama que escorreu ao longo do rio, desde a barragem até o oceano. A meu ver, só após a análise desses laudos os técnicos/especialistas deveriam se manifestar. Claro que com tantos “palpites” alguem irá acertar, mas poderíamos ser mais sérios ao tratar do assunto. 

    Gringo 

  8. certamente o rio doce  vai se

    certamente o rio doce  vai se restaurar, porque nao tem como a lama  penetrar  na  sua  nascente, a tendencia  é ela correr para o mar..  Vi  um juiz  da  uma sentança  de  24 ou 48  horas para  a samarco  vedar  a  passagem da lama  para o mar.Ora gente  se isso  fosse feito  ai o  estrago seria muito maior. pois  onde  ela  fosse barrada  iria  se acumulando formando umanova  barragem que nao sei ate  quando aguentaria  e  unundaria  uma  regiao  muito  grande  que  acabaria  sendo  prejudicada  com  vidas  de animais plantas  ou seja  a flora  e a fauna  é que  iriam sentir o reflexo  da  medida do juiz. Parece que  ele teve o bom senso ja que  eu mesmo  escrevi  um poster ponderando sobre a  decisao dele. 

    Voltando ao rio doce  enquanto existir  uma vasta  regiao  com restos  de minerio  ainda vai  haver  dificuldade para a vida  de  peixes  e animais  na regiao. mais aos  poucos  o rio  vai  limpando  o  seu corrego  e um dia  certamente  tudo volta ao normal.porem  isso nao  exime  a  samarco  vale  e  bhp  das responsabilidades  sobre o meio ambiente. Os  estragos  e  as vidas que  foram perdidas e  ainda com mais  11  desaparecidos tem que  ser cobrado  a  mineradora  de qualquer jeito. Que  eles construam  uma nova  vila  para os moradores, mais que eles tambem  indenize  as familias  nao so pelos  estragos  mais pelas mortes. ]

    Ha  tambem  as  multas que  devem  ser  pagos  ao  estado e a  UNIAO. NAO TEM como se  abrir mao disso, pois  so assim ela  vai  ter mais responsabilidade  e vai entender que  vidas e meio  ambiente merecem respeito.

  9. Barragens Vale

    Até agora não vi e nem li nada sobre as barragens da Vale que estão na região.

    A Samarco tem ou tinha cerca de 40 profissionais para monitorar as barragens, entre geólogos, geotécnicos, técnicos de nível médio e vários consultores renomados.

    A Vale só tem um geólogo e 2 técnicos para monitorar barragens do mesmo porte ou maior que a que rompeu da Samarco na região de Mariana.

     

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador