Petrobras responde editorial do Estadão sobre Abreu e Lima

Sugerido por Carlos Rajão

Do blog Fatos e Dados

Abreu e Lima: carta ao Estadão

Leia carta enviada ao jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira (19/05) sobre editorial que aborda a refinaria Abreu e Lima:

“Sobre o editorial ‘Minucioso preparo do desastre’ publicado no dia 18/5 a Petrobras reitera, como esclarecido ao jornal Valor, citado no editorial, que o estudo da Fase I da Refinaria Abreu e Lima, elaborado em 2005, já apresentava um Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica. Todas as fases seguintes (II, III e IV, sendo esta a fase de implantação) também continham análises de viabilidade econômica.

As projeções iniciais de custos da RNEST referiam-se a um projeto em fase inicial de avaliação, cujo grau de definição permitia apenas estimativas preliminares em relação aos prazos e aos custos. A evolução do projeto, que permite maior grau de definição e detalhamento, possibilitou a incorporação de fatores inerentes à otimização do escopo, aos ajustes cambiais, ao aquecimento do mercado fornecedor de bens e serviços, dentre outros, que afetaram os prazos e elevaram o valor do investimento. A aprovação de aditivos passa por avaliação técnica, comercial, negocial, jurídica e tributária. Após estas etapas, segue para aprovação.

A companhia destaca que vem fazendo otimizações e simplificações em seus projetos e obras de refinarias de forma a adequá-los a métricas internacionais.

A Petrobras vem esclarecendo ao TCU que há divergência metodológica na contabilização de itens que são específicos da indústria de petróleo. O próprio tribunal reviu os valores, após os esclarecimentos. A companhia continua em entendimentos com o TCU para demonstrar que não há qualquer sobrepreço ou superfaturamento nas obras.

Entre as ‘impeditividades’ indicadas pela Petrobras ao TCU estão requisitos como contratação, treinamento, acesso ao local da obra, exames de saúde e rotinas de comunicação diária, decorrentes do rigor com que a Petrobras trata questões de meio ambiente, saúde e segurança do trabalho.

Por fim, a Petrobras reafirma que a refinaria entrará em operação em novembro de 2014 e contribuirá para o abastecimento de derivados ao mercado brasileiro, que vem crescendo a taxas superiores às da economia.”

Leia também carta enviada ao Estadão em relação ao editorial “CPI da Trapaça”, publicado no dia 16 de maio:

“Em relação à editorial ‘CPI da Trapaça’, publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo (16/5) a Petrobras esclarece que a comissão interna instaurada pela companhia para investigar denúncias de supostos pagamentos de suborno envolvendo a SBM Offshore não encontrou fatos ou documentos que evidenciem tais pagamentos. Em nota de esclarecimento publicada em O Estado de S. Paulo (11/5), a própria SBM Offshore destacou que suas investigações ‘não encontraram evidências sobre pagamentos indevidos’.

Com relação à Refinaria Abreu e Lima, conforme já informado em 15/5 ao Estado de S.Paulo, não procede a informação de que não havia estudo de viabilidade.  O estudo da Fase I, elaborado em 2005, já apresentava um Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica e todas as fases seguintes do empreendimento (II, III e IV) também continham tais análises. As projeções iniciais de custos referiam-se a projeto em fase inicial de avaliação, cujo grau de definição era incipiente. A evolução do projeto possibilitou a incorporação de fatores como ajustes cambiais, aquecimento do mercado fornecedor, dentre outros. A companhia destaca que vem fazendo otimizações e simplificações em seus projetos e obras de refinarias de forma a adequá-los a métricas internacionais.”

OBS:

O artigo “Minucioso preparo do desastre” foi publicado pelo veículo no dia 18 de maio (versão online). 

O artigo ” CPI da Trapaça” foi publicado no dia 16 de maio (versão online).

Redação

8 Comentários

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  1. É muito bom o Estadão ser

    É muito bom o Estadão ser vigilante com o patrimônio público. Pena é que essa preocupação não sirva para outra coisa a não ser tentar passar a ideia de que a Petrobras é mal gerida. Seguem tentando desmoralizar a empresa, pois deseja que tenha o mesmo destino da Vale.

  2. 1.
    Quantos conhecem o jornal

    1.

    Quantos conhecem o jornal Estado de São Paulo?

    Quantos conhecem o Blog Fatos e Dados?

    2.

    Quantos leram o Editorial do Estado de São Paulo?

    Quantos leram a resposta da Petrobrás?

    3.

    Qual a repercussão do Editorial em outros veículos?

    Qual a repercussão da resposta em outros veículos?

    4.

    Porque o governo não prioriza a votação da regiulação do direito constitucional de resposta na mídia?

    5.

    Acabei de verificar: esse projeto NÂO será votado essa semana (de novo) na câmara.

     

     

    1. Resposta no lugar certo

      Mauro,

      É exatamente isto.

      Pelo lado do governo federal, o fraquíssimo Pulo Bernardo, ao contrário de sua mulher, só faz confirmar a sua inutilidade como ministro, e pelo lado da Petrobras é a mesma coisa, pois somente a sobera explica publicar apenas no Fatos e Dados e pronto.

      Tanto um quanto o outro pagam uma fortuna $$$ em comerciais na televisão, mas não são capazes de utilizar aquele mesmo espaço para se defenderem.

  3. “Coisica” de nada…

    “A evolução do projeto, que permite maior grau de definição e detalhamento, possibilitou a incorporação de fatores inerentes à otimização do escopo, aos ajustes cambiais, ao aquecimento do mercado fornecedor de bens e serviços, dentre outros, que afetaram os prazos e elevaram o valor do investimento.”

    Tá legal. Mas “só” 10 vezes o valor inicial? Ou ainda: “olha, estimamos gastar 2 “paus”, mas pode ser 20…”.

    Não é impressionante como o dinheiro dos outros sempre é barato?

    1. Impressionante mesmo,

      Impressionante mesmo, NNN-Ninguém, Nada, Negativo, são as ilações automáticas sem terem UM MÍNIMO CONHECIMEN||TO DE CAUSA. Necas de pitiriba em, ao menos, ler e entender as razões expostas pelo “outro lado”. 

  4. O grande problema, A MEU VER,

    O grande problema, A MEU VER, no sistema de comunicação do aparato estatal(administração direta, indireta e estatais) é a lerdeza na resposta o que leva ao recorrente “fechar a porta depois do ladrão levar tudo”.

    O melhor antídoto contra as investidas, insidiosas ou não da imprensa, é a antecipação. Por que só reagem quando a versão dela, mídia, já ecoou nas mentes e corações de muitos? Aí, meus caros, “Inês já é morta e comida de vermes”.

    Não adianta apelar para direito de resposta sob alegativas de leviandes ou mesmo só distorções de cunho técnico. A tática da antecipação, de chofre já desarma, enfraquece, dilui uma boa porcentagem da gana “investigativa” dessa mídia partidarizada-compromissada, quando não neutraliza até eventuais reportagens do tipo.

  5. Lembrei-me agora de uma frase

    Lembrei-me agora de uma frase pitoresca do grande dramaturgo inglês George Bernard Shaw:

    OS JORNAIS SÃO INCAPAZES, APARENTEMENTE, DE DISCERNIR ENTRE UM ACIDENTE DE BICICLETA E O COLAPSO DA CIVILIZAÇÃO.

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