PIB brasileiro cresce 0,1% em 2014

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, na comparação com o ano anterior, segundo levantamento elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A estabilidade do PIB resultou da variação positiva de 0,2% do valor adicionado e do recuo nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios (-0,3%).

De acordo com os dados divulgados, o resultado do valor adicionado neste tipo de comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (0,4%), Indústria (-1,2%) e Serviços (0,7%). O recuo dos impostos reflete, principalmente, a redução, em volume, do Imposto de Importação (-4,7%) e do IPI (-1,7%) – decorrentes, em grande parte, do desempenho negativo da indústria de transformação no ano.

A variação em volume do valor adicionado da Agropecuária (0,4%) decorreu do desempenho de várias culturas que aumentaram sua produção, como a soja (5,8%) e a mandioca (8,8%), mas apontaram perda de produtividade. Vale ressaltar também que algumas culturas tiveram variação negativa na estimativa de produção anual, como, por exemplo, cana-de-açúcar (-6,7%), milho (-2,2%), café (-7,3%) e laranja (-8,8%).

Na Indústria, destacou-se o crescimento da extrativa mineral, que avançou 8,7% no ano, influenciado tanto pelo aumento da extração de petróleo e gás natural quanto pelo crescimento da extração de minérios ferrosos. Já a construção civil e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana caíram (-2,6%). O desempenho desta última foi influenciado pelo maior uso das termelétricas, sobretudo a partir do segundo trimestre do ano.

A indústria de transformação apresentou uma retração de -3,8%, influenciada pela redução do valor adicionado da indústria automotiva (incluindo peças e acessórios) e da fabricação de máquinas e equipamentos, aparelhos elétricos e produtos de metal. Esse resultado foi parcialmente contrabalançado pelo crescimento de outras atividades, com destaque para a indústria farmacêutica, a fabricação de produtos de limpeza e perfumaria e a fabricação de bebidas.

Dentre as atividades que compõem os Serviços, o comércio sofreu queda (-1,8%). Os demais serviços acumularam crescimento no ano de 2014, com destaque para serviços de informação (4,6%), atividades imobiliárias (3,3%) e transporte, armazenagem e correio (2,0%). Administração, saúde e educação pública cresceu 0,5%, seguida por intermediação financeira e seguros (0,4%) e outros serviços (0,1%).

Na análise da despesa, o recuo da formação bruta de capital fixo (-4,4%) foi o destaque. A redução é justificada, principalmente, pela queda da produção interna e da importação de bens de capital, sendo influenciada ainda pelo desempenho negativo da construção civil neste período. Em 2013, a formação bruta de capital fixo havia crescido 6,1%.

A despesa de consumo das famílias desacelerou em relação ao ano anterior (quando havia crescido 2,9%) e cresceu 0,9%. Se a massa salarial dos trabalhadores cresceu, em termos reais, 4,1% entre 2013 e 2014, por outro o crédito com recursos livres para as pessoas físicas deixou de crescer em termos reais. A despesa do consumo do governo cresceu 1,3%, mas desacelerou em relação a 2013 (2,2%).

No setor externo, tanto as exportações (-1,1%) quanto as importações (-1,0%) de bens e serviços tiveram queda. Entre as exportações, os destaques negativos foram a indústria automotiva (incluindo caminhões e ônibus) e embarcações e estruturas flutuantes. Ao mesmo tempo, produtos siderúrgicos, celulose e produtos de madeira apresentaram crescimento. Já nas importações, a queda foi puxada por máquinas e equipamentos e indústria automotiva (incluindo peças e acessórios). Apresentaram crescimento óleo diesel, tecidos e bebidas.

A taxa de investimento no ano de 2014 foi de 19,7% do PIB, abaixo do observado em 2013 (20,5%), enquanto a taxa de poupança foi de 15,8%, ante 17% em 2013.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

9 Comentários

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  1. Em 2014 eu ganhei apenas 70%

    Em 2014 eu ganhei apenas 70% do que havia ganho em 2013. O meu PIB regrediu 30%. A julgar pelo que é divulgado na imprensa, eu deveria estar me descabelando nas ruas e exigindo golpes de estado, intervenções militares, Impedimentos, e coisa e tal. No entanto estou tranquilo.

    Em 2014 paguei todas minhas contas e comprei tudo que precisei (e até algumas coisas que não precisava acabei comprado). Findei o ano sem gastar o que havia poupado nos anos anteriores e até consegui guardar algum (pouco é verdade). Já estou quites com a Receita Federal e tocando a vida.

    Bola para a frente… já tive anos piores, já tive anos melhores. Nada disto me importa. O que me interessa é continuar trabalhando com autonomia, dignidade e honradez. No mais estou satisfeito em ver que o país é melhor hoje do que jamais foi antes de 2000. Votei em Dilma porque é possível superar o passado. Não me arrependo do meu voto e tudo farei para defender o mandato dela. 

  2. Lula fez o país crescer a

    Lula fez o país crescer a 7,5% em 2010, no epicentro da crise.

    Sete anos depois de sua eclosão, a incompetenta tem a cara dura de dizer que a culpa é da “crise”.

    Cada um acredita no que quer………………………

  3. Por enquanto só é melhor que
    Por enquanto só é melhor que o Collor, mais não vai deixar barato, vai humilhar o advogado de defesa e aliado, ponto de honra, vai se colocar como o pior presidente desde a redemocratização.
    Vai Poste!

    1. Vamos fazer as contas! PIB do

      Vamos fazer as contas! PIB do itamar 1994 US$534 Bilhões!.

      PIB do FHC 2002 US$504 bilhões, hoje US$2 Trilhões e 300 Bilhões!

      Renda percapta caiu de U$$ 3.460 para U$$ 2810 em 2002.Hoje 11.208.

      salario minimo Itamar 108,00 dolares do FHC 81,hoje 250,00 dolares!

      Certos nem vamos comentar as reservas ridiculas e negativas devido o emprestimo do FMI,os 50 milhões de indigentes segunda a folha e o desemprego de 16%.Ah durante a seca um racionamento de 9 meses mais a tragédia da fome no nordeste,e sem lembrar que tudo isso ocorreu depois da doação do patrimonio publico ,dizem 100 bilhões e até hoje ninguem sabe onde foi parar!

       

  4. Zona do Euro,somando os

    Zona do Euro,somando os paises que usam essa moeda crescimento 0,9!

    Não adianta vim com catastrofismo.menor inflação anti FHC e Lula e o menor percentual de desemprego da história do País,maior poder de compra do minimo dos ultimos 50 anos.

    Alemanha em 2013 cresceu 0,1% e o Brasil 2,7% e o Mexico tão queridinho 1,1%.

    aos que lembram do 7,6% do Lula de 2010,esquecem -0,2 de 2009.Brasil teve um formidavél crescimento do PIB em 70 ,por outro lado aumentou de forma gritante a desigualdade social e o exodo nordestino.

    A detalhe o valor total da riqueza do país ficou em mais de 5 trilhões!

  5. Caro Nassif e demais
    O PIB

    Caro Nassif e demais

    O PIB pode ter atingido 0,1%. Mas adquiri coisas em 2014, bem mais do que isso, e ainda antecipei o pagamento final de um empréstimo.

    Isso vale para o efeito Moro, o que faz a diferença?!

    Saudações

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