Pobreza crônica caiu para 1,1% da população brasileira, diz Tereza Campello

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Em onze anos, a pobreza multidimensional – aquela que considera todas as dimensões, não apenas a baixa renda – caiu de 8,3% para 1,1% da população brasileira. Os dados foram divulgados pela ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, nesta quarta-feira (19).

A redução foi ainda maior entre negros, nas famílias com crianças e no Nordeste brasileiro. Se antes a região concentrava cerca de 18% de pobreza, hoje ela tem 1,9%. Entre os negros, a queda brusca também foi de 12,6% para 1,7%. E nas famílias com pelo menos um filho de seis anos ou menos, esse número despencou de 13,4% para 2,1%.

Os avanços foram percebidos pelos dados de metodologia do Banco Mundial, que considera renda de até R$ 140 mensais e indivíduos privados de três entre sete necessidades como educação, saúde, habitação e acesso a bens e serviços, são caracterizados como pobreza crônica.

A ministra justifica parte dos avanços pelo Plano Brasil Sem Miséria, que hoje beneficia 14 milhões de famílias. Mas lembra que não é só. “Muita gente acaba atribuindo ao Bolsa Família, mas o programa é apenas parte de um modelo de desenvolvimento econômico inclusivo”, ressaltando o conjunto de políticas públicas que geraram o aumento do salário mínimo, empregos e fortalecimento da agricultura familiar.

Os dados foram transmitidos no “I Seminário Internacional WWP – Um Mundo sem Pobreza”, que começou em Brasília nesta terça-feira (18) e terminou hoje (19).

População jovem

Durante a sua apresentação, Tereza Campello também destacou o investimento brasileiro que traz benefícios à maior faixa etária presente no país: os jovens e adultos de 16 a 45 anos. Esta informação também foi lançada no seminário pelo Funda das Nações Unidas para a População (UNFPA).

 “A juventude hoje é uma das questões centrais em nossa agenda de educação”, disse a ministra, citando as ações de qualificação profissional, como o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Financiamento Estudantil).

Tereza Campello alertou que o Brasil precisa aproveitar melhor a produtividade dos jovens e ampliar os seus direitos, sobretudo no campo da educação.  “O principal ganho que temos com o Bolsa Família é que ele está garantindo que as crianças pobres estejam em sala de aula”, completou.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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      1. Raiva só não adianta, Analu

        Uniaõ dos blogueiros numa grande ”Última Hora” eletrônica – ou mesmo impressa, até mesmo para que possa ser distribuída gratuitamente em locais de grande acesso ´popular. Mas jornal impresso todos riem, ”idéia ultrapassada”…

        Quando os sabichões do lado de cá, que pensam que sabem aonde o povo está, acordarem, já era..

        A idéia é pra ontem, amanhã não serve mais. Como jornal (impresso) velho.

    1. Muito bom, Kepler, POREM…
      O

      Muito bom, Kepler, POREM…

      O Mexico nao bate com o que eu sei, conheco, e vi atravez das decadas.  Impossivel que o Mexico seja “branco” nesse mapa.

      As estatisticas mexicanas estao falsificadas e qualquer pessoa que conhece mexicanos pode te dizer isso.

  1. E o número de ricos subiu

    O número de multimilionários no Brasil subiu de 4015 em 2013 para 4225 em 2014. Um aumento de 5,2% apenas neste periodo. 

    A riqueza entre eles aumentou de 770 para 820 bilhões de dólares. Uma variação de 6,5% em um ano. 

    O número de multimilionários no Brasil é maior do que o da Suécia, Noruega, Finlândia e Dinamarca juntas!!

    E ainda há quem reclame do Bolsa-Familia.

    Os dados são do relatório World Ultra Wealth Report da Wealth-X, divulgado hoje. 

    1. Comparações

      Bom, calculando a crise econômica e o número de habitantes, que somam, junto com a Islândia, aproximadamente 25 milhões, não é difícil que haja mais bilionários no Brasil. Aliás, acho que quanto mais pobres os países, mais bilionários… basta ver a Índia.

      Melhor nos parabenizar por ter diminuido a pobreza. Isso, sim.

  2. pobreza

    Sabem que dá para perceber principalmente quando se anda nas ruas.?

    Não se vê mais gente pobre dormindo nas calçadas, protegidas pelas

    caixas de papelão.

    Obá !  Dessa vez a coisa andou

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