Política brasileira vive situação binária

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Ref.: CPI da Petrobras é parte da desconstrução da imagem do governo, confirma Álvaro Dias

Por Luiz Cláudio Leão

Sistema binário é usado em computação onde consideramos a base 2 de numeração e só temos o estado 0 ou o estado 1. A situação política no Brasil vem tomando esta característica desde a CPI em 2006 antes da reeleição do Lula.

Em minha opinião, a direita, ou melhor quem atua como oposição com o auxílio da grande imprensa joga tão pesado que quem se alinha do lado oposto acaba por perder a capacidade de analisar critica e racionalmente a atuação do governo.

A coisa ficou tão louca que atitudes mesmo não totalmente erradas mas também não totalmente certas acabam por ser tratadas como corretas e não são questionadas por conta do ambiente envenenado em que vivemos e por conta da certeza de que se existir a menor possibilidade serãodistorcidas e utilizadas como armas para atacar a presidente Dilma.

Não sei como isso se resolve. Só creio que levará tempo e acontecerá ao longo do amadurecimento das instituições do país.

Há um risco grande e esse talvez acabe por definir os apoios na hora H. Este risco é a quase certeza que muitos têm de que ruim com o governo do PT, muito pior será com um governo de linhas liberais como o PSDB ou o que tem mostrado o PSB.

O risco neste caso é deixar de avançar devagar para retroagir rápido. Obviamente isto sob o ponto de vista de quem acha que existe avanço social no país e este avanço deve ser intensificado.
Outro ponto é que ele deve acontecer mesmo ao custo de mudanças de hábitos da costumeria classe com mais recursos que se avaliarmos bem tem motivos para odiar um governo cuja política permitiu que os bens antes só usufruídos por eles passassem a ser usados também por aqueles que ascenderam.

O certo todos sabemos seria não o 0 ou o 1, mas algo no meio do caminho. Sendo assim, aqueles que aqui exprimem sua revolta com o tipo de cobertura feito pela mídia e acabam por necessidade e defesa pendendo para o lado oposto, de apoio ao governo, deveriam ser críticos com o governo para que as coisas melhorassem e fossem depuradas.

Infelizmente hoje em dia isto ainda não é possível. Acredito que se o povo brasileiro permitir que o pessoal liberal volte ao poder, atrasaremos ainda mais a chegada deste dia.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. O imbróglio presente é que é

    O imbróglio presente é que é paupável que a grande Imprensa vendeu sua alma para um diabo que veste Prada. O eleitorado já sacou isso e não é de hoje… e sabe que assim que conseguir o seu intento, a conta será apresentada. E como esse diabo só veste Prada, a conta será bem salgada…

  2. Entender

    Alguma alma caridosa pode me explicar o que é algo não totalmente errado e não totalmente certo?, porque ate agora não entendi.

    Ambiente envenenado?, isso parece mais folheto de novela mexicana, daqui a pouco vão dizer que quem matou foi o tio do primo em segundo grau da irma. Serio, para alguns o ambiente pode estar envenenado (para a PIG e alguns alarmistas de plantão, mas para o povo a Pres. Dilma é uma otima lider.

    As coisas estarem boas ou ruins sera uma decisão do povo, o senhor não tem bola de cristal para saber como sera o futuro politico do pais, apenas dizendo que com o partido A sera bom e com o B ou C sera ruim.

    Não acredito que so por eleger uma pessoa de um partido politico diferente possa causar tanto alarde e dizer que é um retrocesso para o pais, tendo em vista que o proprio PT e o ex-pres. Lula ja foram chamados de retrogados e de querer prejudicar o Brasil, querer usar as tecnicas do passado é simplista e comodo, pos é so copiar o que a mesma midia disse do PT no passado, e usar agora com o PSDB e o PSB.

    1. Esclarecendo…

      Prezado Fabio,

      Você tem razão, minha afirmação não ficou muito clara.

      Como exemplo de sua dúvida cito o ocorrido com o ministro Orlando Silva.

      Comprar uma tapioca de R$ 8,00 com o cartão corporativo pode não ser considerado moralmente correto, ok?

      Eu não considero, quero deixar bem claro.

      Mas o ministro cair por esse motivo é correto?

      O alarde feito pela mídia por conta disso é correto?

      Em minha opiníão também não é.

      Por isso que afirmo que as coisas devem ser analisadas com mais razão e de forma menos envenenada pois senão acontece uma polarização excessiva que só prejudica o debate e atrasa o desenvolvimento do país.

      Outra coisa, logo no início da mensagem fiz questão de frizar “em minha opinião”, porém seu comentário diz que ninguém tem bola de cristal para saber a situação futura.

      Você tem razão e novamente, na minha opinião, os rumos do país poderão ser bruscamente modificados (para pior) caso sejam eleitos os representantes da oposição e esta análise não é baseada em nenhum exercício de futurologia.

      Ela é baseada nas declarações dadas até o momento onde coisas como diminuir o salário mínimo e modificar o regime de exploração do pré-sal já foram afirmadas.

      Por outro lado, vejo muita gente ao meu redor melhorando de vida e acho que isso deve continuar.

      Serão necessários ajustes no rumo? Com certeza.

      Mas como analisar racionalmente e princialmente, apontar estes ajustes quando uma simples tapioca derruba um ministro?

      Este é o ponto.

      Um Abraço

       

    2. Esclarecendo…

      Prezado Fabio,

      Você tem razão, minha afirmação não ficou muito clara.

      Como exemplo de sua dúvida cito o ocorrido com o ministro Orlando Silva.

      Comprar uma tapioca de R$ 8,00 com o cartão corporativo pode não ser considerado moralmente correto, ok?

      Eu não considero, quero deixar bem claro.

      Mas o ministro cair por esse motivo é correto?

      O alarde feito pela mídia por conta disso é correto?

      Em minha opiníão também não é.

      Por isso que afirmo que as coisas devem ser analisadas com mais razão e de forma menos envenenada pois senão acontece uma polarização excessiva que só prejudica o debate e atrasa o desenvolvimento do país.

      Outra coisa, logo no início da mensagem fiz questão de frizar “em minha opinião”, porém seu comentário diz que ninguém tem bola de cristal para saber a situação futura.

      Você tem razão e novamente, na minha opinião, os rumos do país poderão ser bruscamente modificados (para pior) caso sejam eleitos os representantes da oposição e esta análise não é baseada em nenhum exercício de futurologia.

      Ela é baseada nas declarações dadas até o momento onde coisas como diminuir o salário mínimo e modificar o regime de exploração do pré-sal já foram afirmadas.

      Por outro lado, vejo muita gente ao meu redor melhorando de vida e acho que isso deve continuar.

      Serão necessários ajustes no rumo? Com certeza.

      Mas como analisar racionalmente e princialmente, apontar estes ajustes quando uma simples tapioca derruba um ministro?

      Este é o ponto.

      Um Abraço

       

  3. Correto
    É um dos  piores

    Correto

    É um dos  piores cenários políticos. Ou é 8 ou 80. Acabam por perder a objetividade. O que importa hoje não é mais se é bom ou não para o país, mas se é de direita ou de esquerda. Se a pessoa for de esquerda e a direita propor um excelente projeto para o Brasil, então esta pessoa é contra, sem mais nem menos. E o oposto também ocorre. É o princípio do fanatismo partidário, do radicalismo.

    E o pior é que quem está de um lado não entende o modo de pensar do outro, não quer entender e tem raiva de quem entende. Se busca não o poder para beneficiar o país, mas o poder pelo poder, para beneficiar a si mesmo, os familiares, ou, na melhor das hipóteses beneficiar a própria classe social.

    Não entendem que todas as classes sociais são igualmente importantes para o bem estar da sociedade. Sem os operários nada se produz; sem a elite, os engenheiros, não há projetos de produção, nem fábricas nem nada. Uma parte é tão indispensável quanto a outra. Os radicais imaginam poder ajudar uma parte do país e esquecer da outra, como se um médico pudesse curar apenas um braço de um doente e deixar o resto do corpo enfermo.

    É a miopia ideológica.

    Neste cenário, onde o que menos importa é a qualidade,nada de se admirar a queda do PIB, as manifestações apartidárias (também sem objetividade alguma), a falta de diálogo entre direita e esquerda. Falta antes de tudo a capacidade de auto crítica partidária. Seria até mesmo o ideal que cada partido tivesse um ombudsman para realizar uma saudável auto crítica.

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