Política de cooperação para a indústria espacial

Jornal GGN – No final de novembro, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Agência Espacial Brasileira (AEB) firmaram um acordo de cooperação técnica para promover o desenvolvimento da indústria espacial brasileira. Nos próximos três anos, elas vão unir esforços para realizar estudos e pesquisas de interesse comum.

Para o presidente da AEB, José Raimundo Braga Coelho, é a oportunidade para consolidar a capacidade industrial do segmento espacial e lhe capacitar para atender à demanda interna e externa. De acordo com ele. O setor “já tem capacidade de desenvolver tecnologia, mas não tem volume de encomendas necessárias à sua sustentabilidade”.

A diretora da ABDI, Maria Luisa Campos Machado Leal, aposta nas parcerias para adensar a capacidade produtiva e tecnológica da indústria espacial. “Quando focamos em indústria espacial, aeronáutica ou de defesa, tudo é muito complexo, a começar pelo alto risco tecnológico e pela dificuldade de caixa das empresas, uma vez que os investimentos são altíssimos. Mas, por outro lado, já contamos com empresas de grande porte, competentes, e temos totais condições de buscar interfaces para melhorar os instrumentos de apoio e contribuir para a consolidação do setor”, disse.

Ambos entendem que o segmento espacial é importante no atendimento das necessidades de diversos setores, como o de defesa, telecomunicações, meio ambiente, agricultura e planejamento.

Entre os projetos conjuntos destacam-se: o estudo de viabilidade econômica do foguete suborbital VSB-30 e sua transferência tecnológica para a indústria nacional; o estudo analítico sobre o Índice de Competitividade Espacial; o mapeamento do Complexo da Indústria Espacial; e estudos sobre o impacto das tecnologias do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC).

Redação

11 Comentários

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  1. CBERS-4 vai ser lançado dia 7 – domingo

    Ao contrário do que disseram alguns veículos da imprensa, o CBERS-3 não foi colocado em órbita por um defeito no foguete chinês, e não no satélite brasileiro.

     

    http://www.aeb.gov.br/satelite-cbers-4-e-acoplado-ao-3-estagio-do-lancador-chines/

     

    SATÉLITE CBERS-4 É ACOPLADO AO 3° ESTÁGIO DO LANÇADOR CHINÊS

     

    Satélite Cbers-4 é acoplado ao 3° estágio do lançador chinês

     

    Brasília, 28 de novembro de 2014 – O satélite sino-brasileiro Cbers-4 foi instalado nesta quarta-feira (26) ao adaptador do terceiro estágio do lançador Longa Marcha-4B na base de Taiyuan, na China. Em seguida a coifa foi também montada junto ao adaptador do foguete.

    O conjunto montado segue para a torre de lançamento e será acoplado aos demais estágios do foguete. O lançamento do satélite está previsto para o próximo dia 7 de dezembro.

    As equipes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast, na sigla em inglês) realizam os últimos preparativos para o lançamento do quinto satélite do Programa Cbers (sigla para Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres).

    Imagens e informações sobre o satélite, suas câmeras e aplicações, bem como os antecedentes da cooperação com a China, estão disponíveis nas páginas:

    http://www.cbers.inpe.br

    http://www.cbers.inpe.br/hotsite

  2. Tomando-se o cuidado para não

    Tomando-se o cuidado para não entregar o filé – Base de Alcântara – à NASA, para mim, está tudo bem?!

    PS: se o Motta Araújo puder me responder sobre essa colocação, ficarei agradecido.

     

    1. Tentando explicar

        Qual a ginástica que será feita pelo governo eu não sei, pois a época o PT e seus aliados, bateram bastante no possivel acordo referente a Alcantara com os Estados Unidos, tanto que o “jenio” no mercado de satélites, o advogado Roberto Amaral ( ex-PSB), fez aquele acordo com os ucranianos, montando a joint-venture comercial ACS.

         Ocorre o seguinte: Tirando os satélites russos, chineses e indianos, que possuem seus próprios lançadores, os demais fabricantes de satélites, em sua esmagadora maioria (mais de 80%), utilizam em seus engenhos, algum ou varios sistemas e/ou equipamentos de fabricação ou patente americana, portanto sujeitos a legislação de controle, não da NASA, mas do Depto de Estado ( lista 2 e 3) e em alguns casos do Depto de Defesa ( lista 1),  o que exige do país lançador , caso das listas 2 e 3 ( DepofState), um TSA , já lista 1 (DoD) somente lançadores americanos podem ser utilizados.

          TSA: Technological Safeguard Agreement – Um acordo que permite que equipamentos americanos ou de patente americana, possam ser instalados em satélites não-americanos, e por lançadores em bases fora dos Estados Unidos, mas sujeitos a inspeções por membros do Depto de Estado – como ocorre com europeus, israelenses, japoneses e outros paises que possuam lançadores próprios.

           O Itamaraty, junto com a AEB, negocia um TSA há anos – a ACS acreditava que o TSA Ucrania – Estados Unidos fosse suficiente para operacionalizar os lançamentos em Alcantara, claro que se a ACS consegui-se decolar , mas tal interpretação não é valida, portanto para a ACS ser viavel economicamente, um TSA Brasil – Estados Unidos é fundamental.

  3. a nova geopolítica mundial

    a nova geopolítica mundial leva a necessidade de aperfeiçoar o sistema de defesa brasileiro.

    nenhum país se torna de primeiro mundo se não tiver isso.

    a história o comprova, não é desejo.

  4. O título já diz tudo a que veio…

    Politica de cooperação para a indústria espacial.

    Mais dinheiro gasto com consultores e “especialistas” para dizer o óbvio. Isso quando conseguem entender o óbvio.

    1. 2016, 2017, 2018………………

        Se quiserem  mesmo realizar este trabalho, não existe orçamento para consultorias externas, os R$ 113 milhões orçados para 2015, foram contingenciados e zerados, tanto que existem empresas pequenas e médias, já comprometidas em suas finanças e demitindo.

         A unica chance a vista para 2015 é o SGDC, pois é um contrato já financiado a longo prazo com os fornecedores europeus + Visiona ( Embraer ) + empreiteiras nacionais, empresas que possuem capital próprio e acesso a financiamentos do BNDES facilitados.

      1. Caro Junior, não sei como será operacionalizado esse trabalho. Mas não estava pensando em especialistas necessariamente externos, e sim no aspecto de que esses estudo só servem a justificar a existência da própria tecnocracia que habitam [ou orbitam] esses órgãos governamentais. E isso nem é uma critica a pessoas, porque eu também as vezes faço trabalhos de consultoria para área de tecnologia. Mas o problema é que esse tipo de “cultura técnica” não está nos levando muito longe. A coisa era pra ser simples…

        1- Existe um mercado a ser explorado? Por exemplo, qual o mercado que teríamos se tivéssemos um lançador tipo o Ariane considerando nossa vantagem comparativa de latitude?

        2- Qual a receita prevista e quais os ganhos colaterais?

        3- Temos capacitação para realizar?

        4- Se temos ou se podemos nos capacitar, quanto tempo e quanto custaria o projeto?

        Claro, essas perguntas não são fáceis de responder, mas são óbvias e deveriam estar respondidas a pelo menos 30 anos atrás.

        1. Apenas um palpite

            É muita gente , muitos projetos, muitas vaidades, cada um tentando algo, e não tem dinheiro para todos, e alguns, principalmente da area militar ou dela oriundos, querendo reiventar a roda, imaginando que com lançadores próprios, alem de competir no acirrado mercado de lançamento de satélites, poderiamos ter um missil balistico militar.

             Concorrer com a Ariane Space, é alem da imaginação, não dá nem para concorrer com os grupos privados americanos, europeus, ou mesmo os russos e ucranianos com seus SS-18 modificados – a panacéia vendida da ACS vai “cair” caso o relatório pedido pela portaria interministerial 775 de 31/07/2014, for feito seriamente, só de dinheiro a divida ucraniana já vai alem dos US$ 225 milhões.

             Na real, se fosse para meu palpite, o foco seria para ir no limite da tecnologia atual, temos pessoal para isto, tanto nas empresas como nas universidades, esquecer lançadores e satélites de grande performance, e focar em micro e nano satélites, e suas constelações já previstas, alem de “verbar” o projeto SARA, de sistemas de reentrada – tecnologia que podemos ter, própria, e que ninguem fornece.

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