Produção da indústria fica estável em setembro, diz CNI

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O indicador de produção da indústria brasileira ficou estável em 49,7 pontos, o que revela uma discreta melhora nas condições do setor na comparação com os meses anteriores, segundo a Sondagem Industrial de setembro divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de zero a cem, sendo que resultados abaixo de 50 indicam queda na produção.

O indicador de estoques efetivos em relação ao planejado baixou para 51,3 pontos no mês passado, aproximando-se da linha divisória de 50 pontos que separa o estoque previsto do indesejado. A utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual aumentou pelo quarto mês consecutivo e ficou em 42,5 pontos, mas permanece abaixo dos 50 pontos – ou seja, a utilização da capacidade instalada está abaixo do usual, mas está se aproximando desse nível.

Segundo a entidade, dos três principais aspectos negativos do cenário industrial nos últimos meses (queda na produção, estoques indesejados e elevada ociosidade), um não se fez presente em setembro (a produção ficou estável) e os outros dois mostram melhora (excesso de estoques e ociosidade diminuíram). Os índices de condições financeiras também mostraram melhora na comparação com o segundo trimestre, mas a insatisfação persiste e o acesso ao crédito tornou-se mais difícil. A situação atual ainda prejudica as expectativas do empresário, que permanecem pouco otimistas em outubro.

A produção industrial se manteve constante em setembro, após uma sequencia de quedas. Porém, tal cenário negativo continua a impactar o emprego. Apesar do aumento (de 46 pontos em agosto para 46,8 pontos em setembro), o índice de número de empregados ainda está abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que denota queda. Contudo, o resultado apresentou seu segundo aumento consecutivo do índice.

Em setembro, os estoques se mantiveram constantes (índice de 50,2 pontos, sobre a linha divisória). O nível efetivo ficou mais próximo ao planejado no mês (índice de 51,3 pontos), o que significa que o excesso de estoques diminuiu.

De acordo com a pesquisa, o indicador de satisfação dos empresários com o lucro operacional aumentou para 41,2 pontos e o de satisfação com a situação financeira alcançou 45,9 pontos. Embora permaneçam abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa a satisfação da insatisfação, os dois indicadores são superiores aos registrados no segundo trimestre.

No entanto, o acesso ao crédito foi ainda mais difícil. O indicador recuou de 38,3 pontos para 37,6 pontos. Os empresários também avaliam que os preços das matérias-primas aumentaram de forma mais intensa do que no último trimestre – o indicador passou de 58,9 pontos no segundo trimestre para 61,6 pontos no terceiro trimestre. Embora a elevada carga tributária continue sendo o principal problema enfrentado pelos empresários, no terceiro trimestre aumentaram as dificuldades com a competição acirrada de mercado. 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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