Quando o “Amigo Secreto” deixou de ser brincadeira e virou denúncia

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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No Dia Internacional do Combate à Violência Contra a Mulher, internautas se apropriaram da ideia da brincadeira para denunciar machismo, homofobia, racismo e preconceitos
 
 
Jornal GGN – Uma nova campanha para denunciar o machismo velado nas redes sociais alcançou o ápice nesta quarta-feira (25), Dia Internacional do Combate à Violência Contra a Mulher. Com a hashtag #MeuAmigoSecreto, milhares de internautas lotaram as páginas do Facebook e do Twitter para apontar práticas machistas de pessoas próximas, ou comuns no cotidiano, que são tratadas com naturalidade.
 
Inspirada na tradicional brincadeira do “amigo oculto”, durante as festas de fim de ano, com a tag, mulheres relataram casos em que pessoas transmitem uma imagem diferente do que são na prática. A campanha fez tanto sucesso que o leque de denúncias se estendeu, envolvendo temas como a homofobia, racismo e preconceito contra religião.
 
Nesta terça (24), uma página no Facebook foi criada para reunir algumas denúncias. “Esta é uma campanha que incentiva denúncias sobre incoerência de pessoas que se julgam uma coisa e, no fim das contas, são outra, com comportamento preconceituoso principalmente relacionado ao machismo. Este é um espaço aberto para levar a hashtag #MeuAmigoSecreto muito além e mostrar todos os preconceitos velados que ainda insistem em existir ainda hoje”, diz a descrição da página.
 
A intenção, de acordo com a página criada na rede social, é alertar as pessoas sobre o tipo de prática. “Por muitas vezes nos pegamos percebendo que nosso melhor amigo se diz ‘não machista’, ‘não homofóbico’, ‘não racista’ e acaba tendo atitudes nada louváveis. Talvez neste momento, com tantos shares sobre tais situações, a pessoa se toque e comece a perceber que ainda pode ser doutrinada a viver numa sociedade onde o respeito e amor possam valer acima de tudo”, informa.
 
Leia alguns relatos:
 
 
 
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. O politicamente correto não é
    O politicamente correto não é problema.
    O problema é o politicamente correto aplicado em um pais dominado pelo analfabetismo funcional.

    Isso é o que gera confusão além do movimento normal contrário à nova ordem.

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