Sabesp vai reduzir investimentos em esgoto pela metade

Jornal GGN – A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que vai reduzir em 55% o investimento em coleta e tratamento de esgoto. A justificativa é que os recursos economizados irão para as obras de enfrentamento da crise hídrica.

Entre as intervenções mais importantes estão a de levar a água da Represa Billings para o Alto Tietê e a transposição da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira. A primeira está prevista para julho, a segunda para 2016.

Ainda assim, a Sabesp diz que os investimentos no estado de São Paulo devem cair 26% este ano, na comparação com 2014. Culpa de dificuldades financeiras provocadas pela crise hídrica.

O diretor econômico-financeiro da Sabesp, Rui Affonso, disse que o plano de investimentos da estatal foi ajustado para antecipar gastos que seriam feitos ao longo dos próximos anos e aumentar “a curto e médio prazo” a segurança hídrica na região metropolitana.

O investimento em abastecimento vai crescer de R$ 1,3 bilhão em 2014 para R$ 1,5 bilhão este ano. Mas pra isso, os recursos para coleta e tratamento de esgoto vão cair de R$ 1,9 bilhão para R$ 843 milhões. A conta é simples, crescem 16% os investimentos em abastecimento, diminuem 55,7% os investimentos em esgoto. Investimentos totais caem 26%, de R$ 3,2 bilhões para R$ 2,3 bilhões.

Rui Afonso diz que os investimentos em esgoto retomam o ritmo normal gradativamente, a partir de 2017. O objetivo do ajuste é “preservar a sustentabilidade econômico-financeira” da Sabesp.

Ouvidos pelo Estadão, ambientalistas se queixaram da solução. “Não dá para ter uma distância tão grande entre universalizar a água e cuidar do esgoto, que transmite doença e degrada nossos mananciais”, disse Marussia Whately, do Instituto Socioambiental. “Temos visto muito investimento em água e pouco em esgoto. Essas duas coisas precisam andar juntas”.

Isso porque o serviço de abastecimento já atinge quase 100% da população. Enquanto que 15% do esgoto ainda não é coletado e 23% não é tratado.

Com informações do Estadão Conteúdo

Leia também: Sabesp distribui até 60% dos lucros aos acionistas durante governo Alckmin

 

Redação

3 Comentários

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  1. O deboche ao povo paulista continua.

    A SABESP tem uma política de investimentos fantástica, não investe na água na época certa e com isto o faturamento diminui, para compensar a falta de faturamento ela diminui ainda mais o investimento em tratamento de esgoto, coisa que tem direta relação com a falta de água que possa ser tratada.

    Os paulistas são débeis mentais?

    Pois a SABESP faz qualquer coisa e ficam tudo com cara de imbecis deixando esta companhia transformar as suas vidas um inferno!

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