Sem conhecimento sobre a saga da mandioca, repórter critica Dilma

Jornal GGN – A temporada de ataques à presidente Dilma Rousseff tem produzido algumas reportagens clássicas, em que repórteres se valem da própria desinformação como arma de ataque. Hoje, reportagem da Folha tenta ironizar as declarações da presidente Dilma Rousseff sobre a importância da cultura da mandioca na história do país, ignorando extensos estudos sobre a civilização da mandioca.

Na sequência, a repórter ironiza um chiste da presidente, ao falar em “mulheres sapiens”, um mero jogo de palavras que a repórter tratou como algo ignorante.

É possível que o próximo curso Folha seja reforçado com aulas de interpretação de textos e interpretação de palavras. Para um repórter se mostrar superior ao personagem da reportagem, precisa comprovar conhecimento sólido sobre o que escreve.

Da Folha

Em cerimônia com índios, Dilma saúda ‘mandioca’ e fala de ‘mulheres sapiens’

Foram quase dez dos vinte minutos de seu discurso dedicados a cumprimentar as autoridades presentes na abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, nesta terça-feira (23) em Brasília. Mas a presidente Dilma Rousseff surpreendeu mesmo ao fazer um cumprimento especial “à mandioca” e ao criar uma nova categoria na evolução humana: as “mulheres sapiens”.

“Nenhuma civilização nasceu sem ter acesso a uma forma básica de alimentação e aqui nós temos uma, como também os índios e os indígenas americanos têm a deles. Temos a mandioca e aqui nós estamos e, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu tô saudando a mandioca, uma das maiores conquistas do Brasil”, disse Dilma de um fôlego só.

A plateia riu baixinho. E a presidente continuou dizendo que é de se orgulhar “ter no DNA do nosso país essa relação com a natureza”.

“A capacidade de ter na natureza não aquela a quem se subjuga e explora, mas uma relação fraterna de quem sabe que é dessa relação que nasce nossa sobrevivência.”

Dilma segurava nas mãos uma bola cinza escura, a qual colocou debaixo do braço quando se dirigiu ao púlpito para fazer, de improviso, seu discurso. Não quis passar a bola para um assessor, que logo se aproximou para ajudá-la a ficar com as mãos livres. “Não precisa”, sussurrou.

Usaria em sua fala o presente que veio “de longe, da Nova Zelândia” para, segundo ela, “durar o tempo que for necessário.”

“Aqui tem uma bola, uma bola que eu acho que é um exemplo. Ela é extremamente leve, já testei aqui, testei embaixadinha, meia embaixadinha… Bom, mas a importância da bola é justamente essa, é símbolo da capacidade que nos distingue”, recomeçou Dilma sob suspiros dos presentes.

“Nós somos do gênero humano, da espécie sapiens, somos aqueles que têm a capacidade de jogar, de brincar, porque jogar é isso aqui. O importante não é ganhar e sim celebrar. Isso que é a capacidade humana, lúdica, de ter uma atividade cujo o fim é ele mesmo, a própria atividade. Esporte tem essa condição, essa benção, ele é um fim em si. E é essa atividade que caracteriza primeiro as crianças, a atividade lúdica de brincar. Então, para mim, essa bola é o simbolo da nossa evolução, quando nós criamos uma bola dessas, nos transformamos em Homo sapiens ou mulheres sapiens”, concluiu. Dessa vez, entre risos menos tímidos da plateia.

Sentada na primeira fileira do auditório que abrigou a cerimônia, ao lado do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), Dilma assistiu a apresentações de danças típicas indígenas, foi abençoada por um pajé e citou a civilização grega para dizer que, com ela, “aprendemos a transformar os jogos em um momento de confraternização.” 

Luis Nassif

70 Comentários

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  1. Nassif, já tinha comentado

    Nassif, já tinha comentado aqui algumas vezes o que você escreveu como comentário a essa reportagem, o jornalistas brasileiros, ao menos, alguns, estão tendo grandes dificuldades para fazer umas interpretação de textos, e olhe que não textos muito elaborados, daqueles que exigem ler e reler para entender o que está escrito e as entrelinhas, são textos diretos, e que muitas vezes estão ligados diretamente com o histórico do autor ou autora, como é o caso dessa fala da presidente Dilma.
    Quando assumiu a presidência do Brasil, ela adotou o termo presidenta, como para demonstrar igualdade de gênero, e iniciar uma luta que ela tem feito pela igualdade, já tardia, entre homens e mulheres, quando ela fala, mulheres sapiens, está tão somente sendo coerente com sua visão de mundo.

  2. Viva a mandioca, o polvilho e

    Viva a mandioca, o polvilho e o pão de queijo, uai!

    Muita coisa se perdeu na conquista das Américas, na medida que povos inteiros foram aniquilados. Contudo, parte do conhecimento acumulado pelos ameríndios ao longo de milhares de anos terminou apropriada pelos invasores, desde que sua utilidade pudesse ser reconhecida de imediato. Mas nunca houve muita disposição para dar aos índios o devido crédito por suas descobertas. De onde teria surgido, por exemplo, o nome batata-inglesa para um alimento originário da América? A questão vai muito além do problema de nomenclatura: as variedades de batata, milho e mandioca encontradas aqui pelos europeus, para ficar apenas nos casos de alguns dos produtos mais cultivados hoje no mundo inteiro, eram frutos de um trabalho milenar e sistemático de melhoramento de plantas!

    Atualmente, como se sabe, essa tarefa fica por conta de pesquisadores altamente qualificados das instituições científicas. À primeira vista, índios realizando esse tipo de proeza era algo inacreditável para um europeu. Assim, no século 19, ao se defrontar com a botânica e a agricultura dos indígenas brasileiros, o cientista Karl F. von Martius julgou que a grande quantidade de espécies vegetais cultivadas por eles só poderia ser o legado de uma civilização mais adiantada, há muito desaparecida.

    Na realidade, estudos aprofundados e sem preconceitos sobre os povos indígenas de todas as latitudes começaram faz pouco tempo. Por isso, os dados levantados pelos especialistas ainda são escassos e um tanto dispersos. A situação reflete a própria dispersão e rarefação dos povos indígenas remanescentes. Mas as informações que aos poucos vão surgindo sobre essas populações surpreendem e ao mesmo tempo encantam – são como peças de um delicado mosaico.

    Na domesticação de plantas, talvez o mais notável processo de seleção tenha sido o da mandioca, quem sabe iniciado há 4.000 ou 5.000 anos, na Amazônia. Como resultado desse esforço, os habitantes da América pré-colombiana chegaram a um produto agrícola de qualidades excepcionais, perfeitamente adequado às suas necessidades. A mandioca, pouco suscetível a pragas, é uma planta que cresce em regiões semi-áridas, como as do Nordeste; nas de clima temperado, como as do sul do Brasil; e nos solos pouco férteis, como os da Amazônia. O rendimento das lavouras por unidade de área é muito grande e a colheita pode ser feita aos poucos. Ou seja, a estocagem fica por conta da própria terra.

    Vai uma mandioquinha aí?

  3. Jornalistas Ignorantes

    Não sei se é o caso, mas certamente com o fim do diploma obrigatório de jornalismo, muitos profissionais despreparados têm ingressado nos meios de comunicação, mostrando erros de português, além de uma abissal ignorância sobre variados assuntos. Chega a ser constrangedor, que se ignorem os estudos antropológicos sobre a cultura da mandioca na historiografia indígena brasileira. E que não se compreenda um trocadilho com a expressão “Homo sapiens”. Por outro lado, vejo a coerência em se contratar profissionais despreparados, para um público leitor residual de baixo nível.

  4. Nao tendo mais dinheiro para

    Nao tendo mais dinheiro para contratar bons jornalistas, nao so a Folha, mas todo o PIG, agora contratam o primeiro que veem na esquina para escrever suas “reportagens”. O resultado nao poderia ser outro.

    Sera que um desses pseudo-jornalistas ja teve a curiosidade intelectual de mapear a complexidade do processo que eh para a fabricacao da farinha d’agua, prato popular e saboroso da regiao Amazonica? Eh um processo longo que exige conhecimento do tempo certo para de cada etapa de preparacao, desde o amaciamento e eliminacao do veneno da casca da mandioca brava, passando pela prensagem, pela moagem, ate o ultimo passo da fabricacao numa bandeja enorme mantida aquecida, onde a farinha eh revirada por horas a fio, sob calor abrasador. Um primor de tecnologia criada pelos primeiros habitantes do Brasil.

    Mas jornalista coxinha nao quer saber disso. Quer saber mesmo eh de satisfazer seus empregadores em reportaens que humilhem nosso povo e nos faca parecer estupidos para deleite sua plateia aculturada e avida por noticias ruins.

  5. Quem manda falar asneiras?

    É só mais uma pérola da Presidenta. Discurso sub-ginasiano como tantos outros que já fez. Merece ser debochado.

    1. Perola? onde vc viu

      Perola? onde vc viu isso?

      Sabia que a mandioca eh uma das maiores fontes de alimento do mundo com producao anual de mais de 200 milhoes de toneladas? Sabia que sem ela a Africa ja teria padecido de fome,  pois eh la onde se concentra a maior producao. Sabia que a mandioca rende mais de 30 ~ 40 toneladas por hectare, 10 vezes mais que a soja e 3 / 4 vezes mais que o milho.

      A mandioca sozinha eh capaz de sustentar uma nacao. Merece a homenagem prestada pela nossa Presidenta.

      1. Exatamente De Barros, a

        Exatamente De Barros, a mandioca teve na África o mesmo papel que a batata na Europa. Produtos ameríndios matando a fome no mundo.

        Reproduzo abaixo trecho do texto “MANDIOCA E FARINHA: subsistência e tradição cultura”, de Maria Dina Nogueira Pinto.

        “Importância histórica: Planta nativa da América, provavelmente do Brasil onde sua exploração é milenar, a mandioca era o principal produto agrícola indígena quando aqui chegaram os primeiros colonizadores. Levada para a África pelos portugueses, devido à sua grande capacidade de adaptação expandiu-se rapidamente para outras regiões do planeta, sendo atualmente 3 Alguns pratos típicos como tutu à mineira, feijão-de-tropeiro e pão-de-queijo, que têm na farinha seu principal componente, são marcas da identidade culinária mineira. 3 produzida em mais de oitenta países. O Brasil é o segundo maior produtor mundial, competindo no mercado internacional com a Nigéria (maior produtor), Congo, Tailândia e Indonésia. Produção abundante e barata, constituiu a base do sustento da população colonial uma vez que, pela facilidade de cultivo e múltiplas formas de aproveitamento, oferecia os meios necessários à manutenção dos pioneiros. Além disso, os novos grupos populacionais que aqui se foram fixando adaptaram-se muito facilmente a essa alimentação.”

        E do ponto de vista nutricional é mais saudável que o trigo, já que não possue glútem. E hoje sabe-se que o glútem é altamente inflamatório.

         

    2. ´

      Ginasiano? Meu caro, tem um tal de Luiz Câmara Cascudo, se não souber quem é tem uma tal de wickpédia que vai lhe dar parcas informações, ele escreveu um ensaio que se chama “A História da Alimentação no Brasil” onde ele afirma e comprova que sem a mandioca, ou aipim, ou candinga, ou macaxeira, ou mucumda, ou simplesmente pão-da-américa, e tem mais uma dúzia de nomes, pois é, ele, nesse documento chama a mandioca de “rainha do Brasil”, pois sem ela o Brasil não existiria! Ou acha que os primeiros colonos se alimentavam de quê? Escargot?  Um pouco de leitura e menos arrogãncia faz bem a saúde!

    3. SUB-GINASIANO?

       

      Sub-ginasiano de qual ginásio? O que você estudou, o ginásio grego de filosofia ou o que você assistiu ao jogo de embaixadinhas da DILMA? Realmente tolos defendem tolos, simples assim. Um segundo de fama. Dependendo de com que você conversa não há necessidade do coloquial conservador da língua e nem em discorrer conhecimento além do conhecimento alheio. A simplicidade no falar faz com que certas pessoas entendam melhor, ao que parece nem você e nem o repórter entenderam nada porque não dominam nenhum conhecimento sobre os agentes do diálogo e nem tão pouco o tema conversado. Criaram para si uma figura patética do intelectual que rejeita as suas raízes por não telas conhecido.

    4. Sub-ginasiano é rir da

      Sub-ginasiano é rir da presidenta da república porque supostamente falou uma bobagem, como se fossem todos alunos de colégio fazendo galhofa da professora. Um senhor da sua idade deveria ter vergonha de repetir tal postura.

    5. Que Nada Besteira! Vai Que a Pérola é Sua.

      Que nada, Besteira, a pérola é sua e ninguém tasca, nem mesmo a ignorância nada discreta da “jornalista”. 

      Vai que a pérola é sua, Besteira!

    6. Mais uma viuva do risadinha.

      isto será que nunca vai acabar, o cara sorridente ja perdeu, se conforma e parte pra outra (ou outro) em 2018.

  6. Quem sera mesmo que riu baixinho?

    A jornalista esta tão contaminada pelo antipetismo que não consegue mais entender metaforas e brincadeiras. E ainda uma lição sobre a importância que a mandioca teve para o Brasil, quanto a batata teve para a Europa.

  7. Quando invadiram o Brasil, os

    Quando invadiram o Brasil, os holandeses tinham os melhores barcos, as melhoras armas e os melhores mercenários que o dinheiro podia comprar na Europa. E no entanto eles perderam a guerra para as milícias luso-brasileiras engrossadas por índios que lutavam usando arcos e flechas. A “munição de boca” dos invasores holandeses era cara e vinha toda da Europa. A “munição de boca” dos luso-brasileiros era a mandioca, a farinha de peixe e os bichos que a mata podia fornecer. A mandioca salvou o Brasil da dominação holandesa. E muito me estranha que os jornalistas desconheçam este fato. 

      1. Das bolas daqueles colonos

        Das bolas daqueles colonos portugueses, meu caro, você também veio. Não teria vindo se as bolas dos holandeses tivessem predominado. 

      2. Nem pensar!

        Conheça a história de Suriname e verás ingleses, holandeses e americanos como colonizadores.

        Conheça a história da Guiana Holandesa.

  8. Domesticação da cassava – tecnologia secular tupiniquim

    Todos sabem que a mandioca (cassava, em Inglês) é, em sua origem, um tubérculo venenoso e inóspito para o consumo humano, comparável ao veneno altamente concentrado de uma cobra urutu. 

    Não fosse a sofisticada tecnologia dos indígenas brasileiros em sintetizar o Ácido Cítrico, a mandioca não seria domesticávbel e consumível como alimento. Mais profundamente, a base de dieta alimentar brasileira. 

    É de um non-sense absoluto a ironização da repórter da Folha sobre a mandioca. Para dizer o mínimo.

     

    1.  Ele deve fazer parte da

       Ele deve fazer parte da população de neo-gringos que habita este país. Os americanos não chamam os povos latinos de “comedores de feijão ao sul do Rio Grande”? 

  9. Quem julga cara a educação não conhece o custo da ignorância.

    Para quem deseja entender como o domínio da cultura dos alimentos foi o primeiro fato que diferençou os povos entre dominantes e dominados, um grande livro: Armas, germes e aço.

     

    Há um longo texto sobre as culturas da mandioca, do inhame e da abóbora. A jornalista ficaria espantada com a importância que Jared Mason Diamond, o autor do livro, biólogo evolucionário, fisiologista e biogeógrafo, dá para o assunto.

    1. Uma mandioca para a jornaista

      Ficaria mais espantada, ainda, se soubesse que a mandioca esta’, alem do inigulavel pirao de peixe, nas paredes de sua casa, nas suas roupas, na sua pele e, talvez, ate no seu coraçao. Mas, principalmente, na Historia do Brasil

  10. Citação lapidar

    “Nenhuma civilização nasceu sem ter acesso a uma forma básica de alimentação e aqui nós temos uma, como também os índios e os indígenas americanos têm a deles. Temos a mandioca e aqui nós estamos e, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu tô saudando a mandioca, uma das maiores conquistas do Brasil”.

    ……Vou mandar talhar a frase acima numa prancha e pendurar na porta do paiol lá da minha chácara onde dormem grãos e tubérculos para alimentação da porcada. Tenho certeza que impressionarei os que a lerem pela profundidade do raciocínio, pela natureza filosófica e, sobretudo, pela qualidade literária. 

    1. entalhar.
      Para quem quer corrigir a Presidente o senhor devia estudar um pouco. De português, como mostra o título, e de Brasil. Sim, a mandioca é importante para seres humanos brasileiros, além dos parentes suínos que o senhor detém em sua – estimo- confortável chácara.

      1. Estudando português

        Onde está o problema? No verbo entalhar? Então vou perder um pouco do meu tempo contigo: Entalhar significa fazer entalhe, talhar, cinzelar a pedra ou madeira, esculpir, criar forma de letras, desenhos, figuras. 

        Minha implicância não é em relação à mandioca. É sobre o despropósito de discursar sobre o tubérculo numa solenidade onde o assunto não fazia o menor sentido. E discurso ruim, como sempre. E viva a mandioca. A mandioca é nossa.

         

  11. Onde está a crítica?

    Nassif, você diz o seguinte em seu texto:

    “Hoje, reportagem da Folha tenta ironizar as declarações da presidente Dilma Rousseff sobre a importância da cultura da mandioca na história do país”

    “A repórter ironiza um chiste da presidente, ao falar em “mulheres sapiens”, um mero jogo de palavras que a repórter tratou como algo ignorante.”

    Você poderia apontar no texto onde a reporter ironiza as declarações da presidente sobre a importância da cultura da mandioca e o chiste da presidente ao falar em “mulheres sapiens”? Me parece que o texto apenas narra o que aconteceu, sem julgar o mérito das palavras da presidente.

    1. Serve esse?

      O Nassif tem mais o que fazer, em vez de dar aulas de interpretação de textos. Mas, acredito que a gente pode ajudar. Veja se serve o contexto em que se insere esse período, como exemplo da tentativa da ignara repórter.

       

      [A plateia riu baixinho. E a presidente continuou dizendo que é de se orgulhar “ter no DNA do nosso país essa relação com a natureza”.]

       

      Se isso não é uma entre outras tentativas de ridicularizar a exposiçao sobre o tema que a reporter desconhece, eu sou candidato a fazer os cursinhos que o Nassif sugeriu.

    2. “Você poderia apontar no

      “Você poderia apontar no texto onde a reporter ironiza as declarações da presidente sobre a importância da cultura da mandioca e o chiste da presidente ao falar em “mulheres sapiens”?”:

      Lembro me diki uma vez que eu escrevi uma critica mais ou menos longa a respeito desse cartun brasileiro:

      http://3.bp.blogspot.com/-LObKLOorjIQ/UQerpyl69yI/AAAAAAAAHC8/4nSogX-7uPg/s1600/sta129_2741-alt-chico2801.jpg

      Que eh tao primitivo que pensa que vai deixar uma tragedia com 242 mortos pendurada no pescoco de Dilma(!).  A pontuacao eh primitiva em dois pontos, travessao e exclamacao, e o cartun em si peca por 3 tracinhos aa cabeca de Dilma.  Sim, Dilma era ALVO do cartun.  Duvido que vou achar a critica original, mas de qualquer maneira eu nao ensino pontuacao pra trogloditas –o que o ponto era, claro, era noticiar aqui o primitivismo do item, que por ter 3 excrescencias nao tem o peso dramatico ou emocional que poderia ter tido.

      PO DE RIA.  Mas nao teve.

      O reporter escreveu isso:

      “Rousseff surpreendeu mesmo ao fazer um cumprimento especial “à mandioca” e ao criar uma nova categoria na evolução humana: as “mulheres sapiens””.  Isso eh ironia sim.

      Tente sem as aspas:

      Rousseff surpreendeu mesmo ao fazer um cumprimento especial à mandioca e ao criar uma nova categoria na evolução humana: as mulheres sapiens.

      Isso nao eh ironia, eh so os fatos -ate o “surpreendeu” esta correto e o “nova categoria” sem aspas teria mostrado a inteligencia do autor da sentenca -tipo “sim, eu pesquei a piada”- enquanto a forma previa da mesma sentenca so mostra a ignorancia do escritor.

      Mas tem outras coisas tambem.  A plateia nao podia rir baixo nao, tinha que “rir baixinho”.  (siga a sequencia de referencias ao riso da plateia no texto, fica pior depois)

      Talvez ele tivesse a impressao que Dilma tinha contado uma piada engracaderrima e todo mundo tinha que ter desandado a gargalhar, mas o ponto era ironizar e demostrar que a “piada” (imaginaria) de Dilma tinha falhado.  So que nao era nem “piada”, era uma brincadeira.

      (em tangente, o uso excessivo de virgulas erradas tambem demostra maneirismos sociais de exibicao publica de conhecimento e nem de perto demonstra conhecimento;  o mesmo vai pro uso de “diki”s)

      Concussao, digo, conclusao:  o cara nao conhece nem linguagem o bastante e a falha merece o que paga seus focas.  (Ironia requer shitloads de talento e eh mais efetiva dirigida ao proprio autor, eu poderia te dar uma carrada de exemplos mas ja nao tenho tempo imediatamente).

      Como dito:  eu nao ensino pontuacao pra trogloditas, muito menos interpretacao do que o proprio escreve pra si mesmo na calada da noite -ainda mais eu!- mas o cara mostra mais o proprio rabo depenado na escrita do que aponta ao rabo alheio.  Portanto, acho que a falha de SP tem os autores -complexados ou inexperientes ou ambos como ela propria- que merece.

      E como os merece…

  12. A mandioca,,planta cultivada

    A mandioca,,planta cultivada ha milhares de anos pelos nativos sul americanos teve e tem uma importância tremenda na alimentação humana, sobretudo dos povos do nordeste brasileiro.

    Ela faz parte da cultura e é reverenciada pelos indígenas  de todas as etnias.

    “Pra faZer pirão ou minguau, farinha com feijão é animal..aquele que não tem eira nem beira, lá no fundo do quintal tem um pé de macaxeira.” Djavan.

  13. “Nenhuma civilização nasceu

    “Nenhuma civilização nasceu sem ter acesso a uma forma básica de alimentação…”

    Concordo com a presidenta e acrescento: dona Marina, a da Folha; não a outra, se alimenta basicamenta de alfafa. Só isso pode justificar tamanha “jumentice”.

    O jorna* das manhãs globais também inviezou a questão. O interino de Brasília, a titular estava na bancada principal, se despediu de seus companheiros chamando-os respectivamente de homo sapiens e mulher sapiens.

    Triste imprensa. Atualmente não necessitam de credibilidade já que contam com um leitorado zumbi. Num futuro tenebroso que se avizinha vão precisar, aí…

    *Assisti esperando uma consulta médica.

  14. Mandioca, o alimento “universal” e ancestral brasileiro

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=by59pIXOOb4%5D

    Não há nada mais “universal” e ancestral no Brasil do que a mandioca e seus derivados. A começar pela farinha de mandioca, presente na mesa de norte a sul. Foram os matogrossenses que ensinaram os ingênuos paulistas que o acompanhamento do churrasco é a mandioca cozida, e não o horrível pãozinho (se fosse pra comer sanduíche de carne não precisava fazer churrasco). No Nordeste, a farinha de mandioca está presente na mesa todos os dias, sem falar que cada Estado tem seu jeito de preparar a farinha. Mas é na região Norte que a farinha ganha relevância mesmo. Um paraense fica 90 dias sem arroz e feijão, mas é impossível ficar um único dia sem a farinha, que está presente na dieta do nortista do café da manhã ao jantar (tapioca, beiju). São lendárias as histórias de baianos e nordestinos em geral que para onde viajam levama própria farinha, porque não se acostumam com a de São Paulo, por exemplo, o mesmo se dá com o paraense, que abomina a farinha do sul. No interior das fazendas paraenses, a farinha ainda é feita do mesmo modo como se fazia há 500 anos, usando o tipiti para espremer a massa e extrair o tucupi. 

    Mandioca

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.  Nota: Este artigo é sobre a espécie Manihot esculenta. Para outras espécies, veja Manihot.Como ler uma caixa taxonómicaMandiocaRaízes de mandioca após colheita
    Raízes de mandioca após colheitaClassificação científicaReino:PlantaeDivisão:MagnoliophytaClasse:MagnoliopsidaOrdem:MalpighialesFamília:EuphorbiaceaeGénero:ManihotEspécie:M. esculentaNome binomialManihot esculenta
    CrantzSinónimosVer texto

    Mandioca, aipi, aipim, castelinha, uaipi, macaxeira, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre,1 mandioca-brava e mandioca-amarga são termos brasileiros para designar a espécie Manihot esculenta(sinônimo M. utilissima).2 Descrita por Crantz, é uma espécie de planta tuberosa da família das Euphorbiaceae.3 O nome dado ao caule do pé de mandioca é maniva, o qual, cortado em pedaços, é usado no plantio. Trata-se de um arbusto que teria tido sua origem mais remota no oeste do Brasil (sudoeste da Amazônia) e que, antes da chegada dos europeus à América, já estaria disseminado, como cultivo alimentar, até a Mesoamérica (GuatemalaMéxico).

    As denominações “aipim4 e “macaxeira“,4 entre outras, são usadas para os tipos com baixa toxicidade e que podem ser consumidos in natura.5 6 Tanto as mandiocas de uso industriais e tóxicas, quanto as de uso doméstico estão enquadradas nessa especiação.7

    A mandioca é a terceira maior fonte de carboidratos nos trópicos, depois de arroz e milho,8 9 é ainda um dos principais alimentos básicos no mundo em desenvolvimento, existindo na dieta básica de mais de meio bilhão de pessoas.10 Possui elevada toxicidade, porém, pode ser consumida após um preparo especial.11 Espalhada para diversas partes do mundo, tem hoje a Nigéria como seu maior produtor12

     

  15. Riobaldo fala da mandioca (ilustração ao replantio da Folha)

    “… arrepare: pois, num chão, e com igual formato de ramos e folhas, não dá a mandioca mansa, que se come comum, e a mandioca-brava, que mata? Agora, o senhor já viu uma estranhez? A mandioca-doce pode de repente virar azangada – motivos não sei; às vezes se diz que é por replantada no terreno sempre, com mudas seguidas, de manaíbas – vai em amargando, de tanto em tanto, de si mesma toma peçonhas….”

    Trecho de “Grande sertão: veredas”, de Guimarães Rosa

     

     

     

  16. Será ignorância mesmo?

    Fico em dúvidas se houve, MESMO, ignorância ou foi clara e inequívoca PROVOCAÇÃO típica do PIG…

    Ficou parecendo “ignorância” ESTUDADA, previamente AGENDADA em certo sentido…

    Esse PIG….

  17. Mandioca

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    Conta a lenda que há muitos e muitos anos atras graçava um longo período de fome entre as nações indígenas da amazônia e planalto central.

    A filha de um cacique de uma grande tribo deu à luz uma linda criança que logo encantou a todos.

    A mãe lhe deu o nome de Mani . Bonita, extremamente inteligente, antes mesmo de andar já havia aprendido a falar e dialogar com os mais velhos. Dava conselhos a todos , orientava nas decisões da tribo e acabou sendo consultado por índios de regiões distantes da amazônia. Todos queriam conhecer esta criança tão inteligente e bondosa.

    Quando completou um ano de idade disse que ia morrer.

    E morreu na manhã seguinte.

    Com enorme tristeza Mani foi enterrado numa pequena casa perto da aldeia.

    Todos os dias sua mão lhe trazia flores e regava o terreno ao redor da casa.

    Com o passar dos dias brotou uma planta que a mãe retirou do solo e descobriu um grande tuberculo . Levou-o para a aldeia. Descascou. Moeu. Ralou. Cozeu e deu de comer a todos da tribo.

    Com este tuberculo a fome desapareceu na tribo. A planta foi distribuida por todas as regiões. Todos queriam a planta que vinha da casa de Mani. todos queriam a planta que vinha da Oca de Mani

    Todos queriam a Mani Oca

    E a fome desapareceu

    E desde então esta planta tem este nome

    1. mani

      Também conheço essa lenda amazônica, contextualizada de outra forma, mas com o mesmo fim em relação ao nome da planta, não o popular, mas o científico que se chama “Manirot esculenta”  

       

       

  18. “Mulher-sapiens”

    Quando uma pessoa está no seu azedume anti-tudo-fanático, consegue ser idiota o suficiente para não perceber a elevação do gênero feminino, quando, figuradamente, Dilma criou a categoria “mulher-sapiens”. Será que a repórter Marina não pertence, ou não quer pertencer, a essa evolução da espécie?

  19. “Mulher-sapiens”

    Quando uma pessoa está no seu azedume anti-tudo-fanático, consegue ser idiota o suficiente para não perceber a elevação do gênero feminino, quando Dilma, figuradamente, cria a classificação “mulher-sapiens”. Será que a repórter Marina não pertence, ou não quer pertencer, a essa evolução da espécie?

    1. É óbvio que “homo” de homo
      É óbvio que “homo” de homo sapiens não se refere ao sexo masculino, consequentemente só um ignorante poderia falar em mulher sapiens. Tá explicada a lambança desse governo. Ela realmente não é inteligente. Para piorar, não sabe fazer um discurso coerente, o mínimo que se espera de um bom estadista. Sinceramente, dá para aplaudir um discurso desse? Como uma figura dessa pode gerir um país de maneira séria?

      1. finalmente alguém realmente

        finalmente alguém realmente culto…capaz de esclarecer a este estúído que homo não se refere a sexo, mas à espécie humana dham!!!!!

  20. MANDIOCAS, ACARAJÉS GOSPEL E A BURRICE NOSSA DE CADA DIA.

    Os cursos de Jornalismo têm que rever suas grades curriculares. Ás vezes, um pouquinho de erudição sobre a cultura brasileira já evitaria gafes como esta da repórter Marina Dias. Ela entenderia, por exemplo, o que a Dilma falava; assim como devem muito bem ter entendido e apreciado os seus interlocutores. A jornalista da Folha de tão ignorante, ignora a sua própria insipiência. Este é um problema dos apedeutas: criticar aquilo que desconhecem. Se soubéssemos um pouquinho sobre a importância de determinados alimentos para determinada cultura não faríamos deboches infelizes tipo este ou apropriações incorretas como aquele caso do Acarajé Golpel. Queria ver ela fazer piada de milho para um Mexica.

  21. MANDIOCAS, ACARAJÉ GOSPEL E A BURRICE NOSSA DE CADA DIA.

    Os cursos de Jornalismo têm que rever suas grades curriculares. Ás vezes, um pouquinho de erudição sobre a cultura brasileira já evitaria gafes como esta da repórter Marina Dias. Ela entenderia, por exemplo, o que a Dilma falava; assim como devem muito bem ter entendido e apreciado os seus interlocutores. A jornalista da Folha de tão ignorante, ignora a sua própria insipiência. Este é um problema dos apedeutas: criticar aquilo que desconhecem. Se soubéssemos um pouquinho sobre a importância de determinados alimentos para determinada cultura não faríamos deboches infelizes tipo este ou apropriações incorretas como aquele caso do Acarajé Golpel. Queria ver ela fazer piada de milho para um Mexica.

  22. Farinha de trigo !

    Se não fossem os “expertinhos do Norte ” terem  oferecido ao Brasil, por um preço simbólico (inicialmente) lá pelos idos de 1940, a famosa farinha de trigo, talvez demorássemos mt mais tempo a ter a obesidade que hoje grassa em boa parte dos estados brasileiros e do mundo . Sem falar na quantidade do nosso rico dinheirinho despendido em importações de trigo, quando o povo começou a gostar do produto e o seu  preço a aumentar.

    E viva a mandioca ! que não precisa ser refinada, conservando assim seus princípios nutritivos.

  23. Falar ao público alvo  (os

    Falar ao público alvo  (os indigenas) sobre suas qualidades e sua cultura, foi um gesto de sensibilidade da presidente Dilma, o discurso foi pertinente e muito bem feito, gostei demais.

  24. Os haters não admitem piada,

    Os haters não admitem piada, senso de humor, descontração. No mundo sisudo deles, tudo é muito sério, tudo tem que ser lido ao pé da letra. Não há espaço para interpretações além das que eles podem fazer. Inferências? Nem pensar. Ou melhor, só se for para destratar, deturpar, distorcer. Por quê? Por causa da condição limitada da maioria deles que, com suas mentes hermeticamente fechadas e encerradas, não permitem diversidade de opinião, não aceitam o debate de ideias, não aguentam um argumento embasado e diferente do imposto por eles.

  25. Triste.

    Triste mesmo, é ainda existirem pessoas que defendam essa senhora (Dilma).

    Diante de tudo o que já foi visto em seus discursos, entrevistas, debates, enfim…
     

     

    1. Triste mesmo é a pessoa errar

      Triste mesmo é a pessoa errar de endereço e, ao invés de ir para a degradante página do “Tio Rei”, parar neste espaço. Isso, sim, é triste.

    2. Triste

      Triste mesmo é ler esse comentário, pois ao não ter discernimento para uma leitura ficar pensando que uma página de comentário é um penico e destilar o que tem na cabeça

  26. Ando às turras com nossa

    Ando às turras com nossa Presidenta, mas, achar esse discurso não tem sentido é, infelizmente, mais um dos inúmeros atestados de estupidez de  nossa imprensa. Talvez se os Frias e Marinhos procurassem jornalistas entre plantadores de batatas, seriam mais cultos do que os que andam infestando nossa atual midiona.

    Se você for ao Peru, ligue o rádio algumas vezes, e escutará a história da “papa”, batata. Várias  estaçoes costumam contar essas histórias. De tanto escutá-las, eu já sei que existem mais de duas mil variedades desenvolvidas pelos Incas e conheço a história de algumas. Só ouvindo pelo rádio. 

    Foi a primeira vez que escutei em minha vida alguma referência a história da mandioca, alimento fundamental dos nossos antepassados. Acho que o Brasil vence qualquer campeonato de ignorância.

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