Setenta anos da Batalha de Berlim

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Por Motta Araujo

Em 2 de maio de 1945, cai a capital do Terceiro Reich para as tropas soviéticas do General Zhukov. A cidade estava destruída, mas ainda relativamente organizada, em meio às ruínas o correio funcionava. O General SS Karl Wolff, comandante geral das forças alemãs no norte da Itália, foi a Berlim em 26 de abril para retirar as jóias da esposa do cofre do banco, e chegou de avião, que pousou no aeroporto civil de Tempelhof. Havia destruição, mas não caos.

As tropas que entraram em Berlim, depois de dias de bombardeamento por artilharia pesada, eram basicamente da Siberia, soldados bastante rudes que não conheciam  vaso sanitário e adoravam relógios.

A ocupação de Berlim foi considerada pelos soviéticos um grande feito militar e, para marcar o evento, a URSS exigiu uma rendição em separado do comando alemão para as Forças Armadas soviéticas, o que se deu em 8 de maio, um dia após a rendição formal do Estado alemão – representado pelo Almirante Doenitz, novo Chefe de Estado após o suicídio de Hitler, em 7 de maio, marcando oficialmente o fim do conflito.

A ocupação de Berlim pelos russos tinha sido acordada na Conferência de Yalta, em fevereiro de 1945, para decepção do General George Patton que dizia que poderia ter sido ele o primeiro a chegar a Berlim, mas Roosevelt já tinha acertado a primazia soviética em função da divisão do mapa da Europa, definida entre os Aliados contra a Alemanha.

O ocupação de Berlim nas primeiras semanas foi terrível para os alemães, com estupros em série, roubos e saques. A divisão de Berlim em duas zonas de ocupação, Berlim Ocidental e Berlim Oriental colocou alguma ordem na grande cidade.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  1. Na verdade houve uma

    Na verdade houve uma “corrida” para ver quem chegava primeiro, independentemente do que ficara acertado em Yalta. Acordos entre os grandes nem sempre foram cumpridos. Um desses “acordos” foi a abertura do segundo frente (que aliviaria um pouso a carga que vinha suportando o Exêrcito Vermelho na Frente Oriental) que ficou para ser aberto primeiro em 42, depois em 43 (sempre os ocidentais tinham uma desculpa para isso. Primeiro a situação na Grécia, depois o “problemazo” que eram as unidades de Rommel na África, sempre meras desculpas para deixar sangrar à vontade os vermelhos…). Fo i assim que eles não perceberam o momento em que os soviéticos expulsaram o inimigo de seus territórios e passaram a lutar na Romenia, Hungria…Polônia, antiga Checoslováquia… até chegarem às fronteiras alemãs. A invasão à Normandia, feita às pressas, só revela como os aliados foram pegos de calças nas mãos diante o avanço soviético. Tomar Berlim não foi exatamente um passeio e as tropas norteamericanas não entraram, não por acordos em Yalta, mas para poupar suas vidas. E as tropas soviéticas que tomaram Berlim, mesmo sendo “selvagens”, não fizeram nem o dez por cento do que os civilizados alemães fizeram na Ucrânia, Bielorrúsia…

    1. Estelionato histórico

      A vitória militar contra o nazismo foi fundamentalmente uma obra soviética.

      A narrativa montada em cima do Desembarque da Normandia e a ideia de que os Estados Unidos “libertaram” a Europa foi uma construção da indústria cultural norte-americana.

      Em maio de 1945, 57% dos franceses reputavam à União Soviética a vitória na Segunda Guerra, e só 20% aos Estados Unidos. Em junho de 2004, apenas 20% dos franceses reputavam à União Soviética a vitória, e 58% aos Estados Unidos.

      Essa mesma indústria, que também inflacionou a imagem do holocausto judeu no sentido de monopolizar a vitimização do projeto genocida nazi, fez também questão de minimizar o fato de que não foram só judeus os exterminados nos campos, e que, perto dos 20 milhões de eslavos, sobretudo da Bielorrússia e Ucrânia, dizimados pela mesma lógica racista, os 6 milhões dos campos de concentração ficam até com cara de vítimas suspeitamente “privilegiadas”.

      Ou a hegemonia da indústria cultural norte-americana sobrevive para sempre, ou quando vier a decadência do Império Americano (que já bate à porta), essa narrativa passará para a história como mais uma palhaçada falsificatória de mau gosto, uma tentativa de estelionato histórico.

      1. Aé, a URSS ganhou a guerra

        Aé, a URSS ganhou a guerra sozinha? 

        Do mesmo autor Andre M.Arujo, artigo publicado aqui mesmo neste GGN.

        A LEI DE EMPRESTIMO E ARRENDAMENTO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL – Amanhã é aniversario dessa Lei que, segundo Stalin disse na Conferencia de Tehran “”permitiu às Nações Unidas ganhar a guerra””, assinada em 11 de março de 1941 pelo Presidente Roosevelt, pela qual os EUA mandaram a Europa sem cobrar nada 50,1 bilhões de dolares, equivalentes em dolar de hoje a US$647 bilhões, sendo a maior beneficiaria a Inglaterra com 31 bilhões (hoje US$393 bilhões) e a segunda a URSS com 11,3 bilhões, hoje equivalentes a US$147 bilhões.

        No caso da União Sovietica o porto mais proximo aos EUA eram os dois do Mar Artico, Archangel e Mursmansk, que só funcionavam dois meses por ano. Por ai foram remetidas 3.964.000 de toneladas, pela Persia foram 4.160.000 toneladas, os Aliados tiveram que ocupar a Persia para abrir essa rota e o maior volume foi por Vladivostok , no Pacifico, que recebeu 8.244.000 toneladas, carregadas por navios sovieticos , que eram neutros no Pacifico. Pelos portos articos a   perda por afundamento por submarinos alemães foi de apenas 7%.

        A URSS recebu dos EUA 2.000 locomotivas e 11.000 vagões para sua rede ferroviaria essencial,  18.700 aviões, 2/3 dos caminhões usados pelo Exercito Vermelho, praticamente todos os motores de tanques, alem de munição. seria enviado sem custo e o que não fosse destruido ou consumido deveria ser devolvido ou então pago em 50 anos com juros de 2% ao ano.

        Na pratica a Inglaterra pagou tudo, acabou de pagar em 2001, a URSS pagou uma parte, nada foi devolvido, pela desvalorização do dolar toda a operação foi na pratica dada de presente como parte do esforço de guerra.

        Ao fim da guerra sobrou muito material nos EUA, inclusive 11.000 avões C-47, que para uso civil era o Douglas DC-3,

        3.000 navios tipo Liberty, 110.000 maquinas operatrizes, 44.000 caminhões, tudo isso foi leiloado a preços ridiculos, oa aviões foram a base da criação de 600 linhas aereas pelo mundo, os navios deram origem as fortunas dos armadores gregos. Muita coisa foi doada para paises muito pobres, como barracas e barcaças, a economia americana naquela epoca era tão forte que absorveu sem maiores problemas esses custos, em 1946 a produção civil de automoveis, caminhões e aviões já estava a todo vapor e os EUA em 1947 começaram a mandar maquinas e equipamentos em grande escala para a reconstrução da Europa pelo Plano Marshall, que tambem era uma doação disfarçada.

         

        1. Museu de grandes novidades

          Ué!!!??? Há alguma dúvida de que os Estados Unidos, à época da Segunda Guerra já estavam se tornando a maior potência industrial do mundo? (Ainda não era, exatamente por causa da Alemanha).

          É até concebível a hipótese de que o parque industrial norte-americano e, com ele, a primazia da logística, foram decisivos para ganhar a guerra no Pacífico, uma guerra antes de mais nada naval, ou seja, onde as plataformas militares navais eram imprescindíveis e, no caso do Japão, limitadas.

          Só que potência industrial não necessariamente vence guerra. Ou eu preciso lembrar de uma delas chamada Vietnã, quando os Estados Unidos já eram, de longe, a maior potência industrial do planeta?

          De qualquer modo, quem fabricava os T-34, fundamentais para abrir o caminho entre Moscou e Berlim, era o heróico parque industrial soviético.

    2. “não fizeram nem o dez por

      “não fizeram nem o dez por cento do que os civilizados alemães fizeram na Ucrânia, Bielorrúsia…”

      Fizeram depois com os países englobados na tal chamada cortina de ferro, com muita repressão e miséria.

      Que azar tiveram esses países com a chegada dos vermelhos antes dos americanos, pagam até hoje pelo sofrimento que tiveram.

    3. A esmagadora maioria dos

      A esmagadora maioria dos historiadores da Segunda Guerra, antigos e atuais, consideram que era IMPOSSIVEL ABRIR UMA SEGUNDA FRENTE antes de 1944.  A invasão da Normandia em 6 de junho de 1944 exigiu DOIS ANOS de preparação, com 1,5 milhão de soldados americanos aquartelados na Inglaterra, soldados que foram transportados a partir de meados de 1943 e durante toda a primeira metade de 1944.

      O principal MATERIAL para a invasão eram as barcaças e os diques Mulberry, que não existiam em 1943, só no fim de abril de 1944 e que chegaram as ultimas das milhares de barcaças Higgins na Inglaterra. Sem as barcaças não poderia haver invasão, sem os diques a artilharia não poderia descer e tampouco os caminhões com provisões, combustivel e munição.

      A tentativa-teste de desembarque em Dieppe na costa atlatinca francesa em 1942 resultou em tragedia, 90% dos invasores foram mortos ou feito prisioneiros, os alemães resistiram com facilidade ao desembarque, toda a costa atlantica estava superfortificada com pontões de concreto e defesa de tanques em profundidade, a Werhmacht tinha ABSOLUTO dominio da costa em 1942 e 1943, tanto que instalaram sem problemas as RAMPAS DE LANÇAMENTO DA V-1 e V-2 ao lando da costa francesa.

  2. O prezado André Araújo sempre

    O prezado André Araújo sempre tirando uma casquinha dos seus desafetos ideológicos, merce da guerra fria já ter sido enterrada e sepultada. Pois foram esse soldados “rudes” que cagavam no chão e talvez nem se limpassem que derrotaram o brioso e profissional(o elogio aqui é sério) exército alemão. 

    Patton, a despeito de ter sido um bom cabo de guerra, era um fanfarrão. Adquiriu respeito e prestígio após socorrer seus compatriotas no chamado bolsão das Ardenas. De fato e por justiça caberia aos soviéticos a conquista de Berlim. Foi na Frente Leste, máxime a partir da Batalha de Stalingrado, que começou a derrocada da máquina de guerra nazista. 

    Os saques e estupros foram reais e abomináveis. Estima-se(a meu ver de forma exagerada) em dois milhões a quantidade de alemães assedias pelos russos desde quando adentraram no território alemão. Mas se confrontada com a bestialidade nazista até que os soviéticos foram “bonzinhos”.

    Claro que uma mal não justifica outro.

  3. Imprecisões e mitos

    Algumas correções necessárias: 

    01 –  G. Zhukov não era general, mas sim marechal.

    02 -O Ataque foi em três Frentes.  Sob o comando geral de Zhukov, mas não menos inportante que este, pelos marechais I. Koniev e C. Roskossovsky – 1ª Frente Bielorussa (Zhukov),  2ª Frente Biolorussa (Roskossovsky) e 1ª Frente Ucraniana (Koniev).

    03 – Hitler se suicidou em 30 de abril e não em 7 de maio. A propósito vejamos o que relata o marechal Zhukov em suas memórias:

    “……Às 3h e 50min. foi conduzido ao ao posto de comando do 8º Exército de Guarda o general de infantaria Krebs, chefe do Estado Maior Geral das tropas alemãs. Declarou que havia sido delegado para estabelecer contato direto com o Comando Supremo do Exército Vermelho a fim de negociar um armistício., 

    Às 4h, o general Vasili Chuikov me informou por telefone que o general Krebs lhe havia comunicado o suicídio de Hitler. Segundo disse Krebs, foi em  30 de abril, às 15 horas e 50 minutos……O general Chuikov leo-me uma carta de Goebbels e Bormann ao Comando Supremo Soviético…….

    Tendo em vista a importância do comunicado, enviei imediatamente o meu suplente, o general de exército V. Sokolovki ao posto de comando de V. Chuikov para negociar com o general alemão. Sokolovski devia exigir de Krebs a capitulacão incondicional da Alemanha fascista. Imediatamente me pus em comunicação com Moscou, telefonando para Stalin. Estava em seu chalé. Atendeu o telefone o chefe da direção de vigilância, general Vlásik, que me disse: – O camarada Stalin acaba de se deitar! – Peço que o acorde, É um assunto urgente que não pode aguardar até a manhã. Stalin chegou em seguida ao telefone. Lhe dei conta do suicídio de Hitler e do aparecimento de Krebs e da decisão de recomendar as negociacões para o general V. Sokolovski e pedí suas instruções. Stalin respondeu: –  Jogou o mal jogo, o filho da puta (canalha)! É uma lástima (pena) não tê-lo capturado vivo. Onde está o corpo de Hitler? –  Segundo comunicou o general Krebs, o corpo de Hitler foi queimado em uma fogueira. -Transmita a Sokolovski – disse o Chefe Supremo-, não sustentar nehhuma negociação, exceto arendição incondicional, nem com Krebs nem com outros hitlerianos. Se não acontecer mais nada de extraordinário, não me telefone até a manhã, quero descansar um pouco. Hoje teremos o desfile do 1º de Maio.”………. 04 – É mito essa história da predominância de soldados siberianos. O Exército Vermelho era composto por cidadãos e cidadãs de todas a as Repúblicas Soviéticas, mas predominava russos, por ser a República mais populosa. Os Exércitos que chegaram a Berlim eram altamente experimentados e qualificados; nada a ver com essa idéia de hordas que o texto passa…obviamente houve excessos, da a sede de vingança dos soviéticos, mas nada comparado as atrocidades que os alemães nazistas cometeram dentro da URSS nos mais de três anos que ficaram dentro do país até serem varridos para o seu covil, onde foram aniquilados.

    05 – Essa Patton era um fanfarrão.  Outro mito!…

    Na realidade quando do acerto em Yalta, as tropas soviéticas estavam a 60km de Berlim e as tropas anglo-americanas a 600km e muito menos preparadas. Entretanto havia uma forte tensão política, dado as iniciativas alemães, com a simpatia dos ingleses e setores dos EUA, de fazer um armistício em separado com as forças anglo-americanas; provocando com isso uma reviravolta nos rumos da guerra, que contraporia anglo-americanos e alemães nazistas contra a URSS!..Stálin com apoio de Roosevelt deu xeque-mate nessa doidice!…

    1. 1.Zhukov só foi promovido a

      1.Zhukov só foi promovido a Marechal em 18 de janeiro de 1945, de qualquer modo isso é irrelevante, não muda o registro da Batalha de Berlim, o titulo da ultima biografia de Zhukov, publicada na Inglaterra em 2013 é STALIN´S GENERAL – THE LIFE OF GIORGY ZHUKOV.  Napoleão era só general e todos os Marechais de França no seu Imperio. entre os quais Kleber e Ney, eram seus subordinados. Lideres de duas revoluções, Nasser do Egito e Chavez na Venezuela eram só coroneis.

      A elevação historica supera a patente.

      2.Patton foi um dos tres maiores generais da frente europeia, isso reconhecido pelos alemães e russos. Era um personagem complicado, boquirroto, encrenqueiro, mau politico, mas era um grande comandante que  IA A FRENTE DAS TROPAS. Zhokov o respeitava muitissimo. A descrição de “fanfarrão”” como se ele fosse só isso é inapropriada.

      3.A questão da fixação das linhas divisorias na Europa foi já acordada antes na Conferencia de Tehran, em Yalta foi feito o “ajuste fino”, especialmente em relação à Polonia para a qual havia um governo anti-comunista em Londres reconhecido pelos anglo-americanos, essa foi a questão mais complicada resolvida em Yalta. Nesse ponto Patton era um “outsider”,

      não era politico e desprezava a politica, criou varios problemas com os russos porque achava que o territorio era de quem chegasse antes. Já foi barrado na sua entrada em Paris em 1944, pois Einsenhower deu preferencia aos Franceses Livres de De Gaulle, permitindo que a 2ª Divisão do General De Lattre de Tssigny ultrapassasse Patton, que acantonou fora de Paris, quando poderia tranquilamente chegar uma semana antes, mas POLITICAMENTE era fundamental deixar De Gaulle

      ocupar antes  Paris para impedir que os comunistas tomassem o poder no lugar dos alemães.

  4. O “turning point” da segunda
    O “turning point” da segunda guerra mundial se deu em Stalingrado e indiscutivelmente foram os russos os maiores responsáveis pela derrocada do eixo . 27 milhões de russos morreram em defesa da “mother Rusia” e somos imensamente gratos a esse povo pelo desfecho da ultima grande guerra mundial. Nem o próprio Stalin acreditou na invasão alemã ao seu território, tanto que no dia da invasão germana, os russos faziam entrega do trigo Por trem aos alemães. O que teria sido de nós se o pacto germano soviético não tivesse sido violado?ou seja, se os dois tiranos tivessem feito o consorcio do mundo entre eles?

    1. Os russos não derrotaram a

      Os russos não derrotaram a Alemanha ( e não o Eixo, a Russia não lutou na Italia e era neutra com relação ao Japão) sozinhos. Antes das batalhas de Stalingrado, Kursk e Berlin a Alemanha foi bombardeada DIA E NOITE por quatro anos,

      destruindo sua infra estrutura de transportes, sua produção de combustiveis (em Ploesti, na Romenia) e sua base industrial. Alem disso os EUA enviaram 16 milhões de toneladas de material belico, munição e materias primas à URSS, sem a qual os russos não teriam como enfrentar a Alemanha). Stalin pediu desesperadamente a abertura da Segunda Frente para aliviar a pressão alemã a Leste. Leningrado esteve cercada por mil dias, quase até o fim da guerra.

      A guerra na Europa foi ganha por todos os Aliados, não só pela URSS.

      Essa lenda foi difundida durante o começo da Guerra Fria pelo COMINTERN e a esquerdolandia no mundo inteiro passou a rezar por essa cartilha ATÉ HOJE. Nem na Russia de hoje se fala esse bobagem mais, os livros atuais de historia russos

      reconhecem plenamente que a Alemanha foi derrotada pelo esforço coletivo dos Aliados.

  5. Porém…

    … nada comparado ao que as tropas alemãs fizeram na URSS.

    Além disso, tem crime prá todo gosto. Podemos pesquisar, por exemplo, estupros dos americanos no Japão, das 10 mil mulheres de Okinawa, ou aquele do estupro de 40 pacientes no hospital de Nakamura, etc.

    1. Cinismo e hipocrisia

      Comentário na tradicional e repetitiva linha petista. As falcatruas aconteceram, mas o que falar dos trambiques tucanos lá nas Minas Gerais? Os estupros praticados por  soviéticos podem ser minimizados diante das atrocidades americanas no Japão ou as dos alemães na URSS. Seria mais ético deplorar a bestialidade e a desonestidade com base num código moral não ideológico ou partidário, repudiando e condenando todos os envolvidos.

      1. Seu comentário reforça o macaco que não olha o rabo

        Talvez por um ódio desmedido à “linha petista” (ou um “amor” ao contrário…), mistura de pronto o tema guerra com politica, demonstra sua “irritação” ao pedir o “repúdio e condenação de todos os envolvidos”, desde que o destaque seja apenas o do lado que “repudia e condena”.

        Não vejo nestes macacos sem rabo por aqui o combate e a indignação às falcatruas muito mais graves ao país que sequer são investigadas e o reconhecimento de que algumas das “falcatruas” são ridículas armações ilimitadas, onde usam o “selo de legitimidade” de condenações claramente estapafúrdias na “Justicia” para bater e comemorar.

        Sim, nenhum grupo na História é constituido só de “santos”. Nem aqueles 12 de uma famosa ceia.

        Mas pedir a isonomia enquanto não há isonomia é o truque mais manjado de desrabeados símios.

        1. Xapralá

          Sua réplica não tem o menor sentido. Releia e volte mais objetivo.

          “desde que o destaque seja apenas o do lado que “repudia e condena”. 

          “Mas pedir a isonomia enquanto não há isonomia é o truque mais manjado de desrabeados símios.”

          Dá pra traduzir? Não quero ser indelicado, mas vc não tem lá muita intimidade com o vernáculo.

          1. Acho até que ele poderia

            Acho até que ele poderia traduzir… o problema é que teu único neurónio vai entrar em parafuso.

          2. Em miúdos para não torturar seus 2 neurônios

            Já que vc tbem tem dificuldades para interpretação de texto ou aquilo que tecnicamente conhecemos por analfabetismo funcional, informo que a critica do meu comentário ao Emilio GF se resume no seguinte: qdo se fala em mensalão petista os petistas se eximem ou relativizam lembrando o mensalão tucano. Ambos existiram e ambos são condenáveis.Daí a comparação com o argumento do Emilio, que contemporiza os estupros atribuidos aos soviéticos porque alemães fizeram o mesmo na URSS e os americanos no Japão. Um erro não justifica o outro. Por isso a ligação de um fato contemporâneo com a guerra de 70 anos atrás não é gratuita. Tem sentido. Mas o seu problema e o do comentarista que vc socorre na verdade não é de interpretação ou analfabetismo. É a velha e conhecida ideologia esquerdista ou petista. Negação por fanatismo. Sei, como dizia o bondoso Padre Anchieta: catequizar bugre (aqui no sentido de teimoso ou cabeça-dura) é phoda!

          3. Continua não olhando pro próprio rabo

            Siáxa (ih, o vernáculo!…) catequizador de bugres (?!), alfabetizador funcional (o que será isso?) e pensa que levantar mais fatos é “eximir” ou “contemporizar” e outras bobagetas, como preconceituar que quem lhe contraria é um “fanático esquerdista petista”. Quanta intelequetualidade! 

            Este macaco aqui, provavelmente mais velho que V.Sa, já foi executivo em multinacionais em várias cidades do Brasil e no exterior e está longe de ser petista, comunista ou fanático em qualquer coisa. Apenas busca avaliar os fatos e discutí-los, buscando e compartilhando conhecimentos. Porque gosta.

            Como vc já começou a se explicar, confirma que entendeu direitinho meu comentário “enigmático vernacular”. De que esse negócio de que é “tudo farinha do mesmo saco”, fica conveniente quando só a farinha alheia fica ensacada e a respectiva, de fora, já que “farinha pouca, meu pirão primeiro”…

            Alguém dá a visão de dois lados e o “catequizador” critica um lado, exigindo que … tchan tchan tchan! … se considere a visão de dois lados … desde que o seu lado esteja “na boa”… 

            Bem, procurei atendê-lo de várias maneiras “funcional-vernaculares-bugrescas”. Acho que vc entendeu todas (se não …xiiii!).

            Só não entendeu ainda é o valor de olhar pro próprio rabo.

          4. Pede pra “traduzir” e é “íntimo do vernáculo”…

            Tenho a convicção de que vc entendeu direitinho, sem nenhum “cinismo ou hipocrisia” de qualquer “tradicional linha” (inclusive a de quem não é petista, meu caso).

            Se estiver errado, lamento, deixo-lhe mais um “enigma vernacular”: 

            “A liberdade de imprensa (ou qualquer outra) é ótima pra quem não quer que ela exista pros adversários”.

            Vai exercitando que vc chega lá… 

  6. O articulista Motta, apesar

    O articulista Motta, apesar de ter uma noção ideologizada à direita, recebe dos responsáveis

    pelo blog uma deferência pouco vista. Seu fundamento histórico deve vir, ou deve ser copiado por editores da revista “Seleções”, que durante décadas foi o principal meio informativo das moças de fino trato.

    Não somente raso, mas, sobretudo, rasteiro.

    Poupe-nos dessas boboseiras espetaculosas sr. Motta! 

    1. Fiz o REGISTRO de uma data

      Fiz o REGISTRO de uma data historica e não uma analise opinativa, minha fonte é o livro STALIN´S GENERAL – THE LIFE OF

      GIORGY ZHOKOV, de Geoffrey Roberts, livro que me foi presenteado há duas semanas por Aldo Rebelo, nele não há nenhuma baboseira.

  7. Enquanto isso …

    por aqui nenhuma nota sobre os heróis nacionais que, muitos deles, morreram à mingua. Inconcebível serem desmobilizados antes de desembarcarem. Os caras participaram de uma guerra! Guerra! Numa guerra o humano é esquecido. E aí os brazucas que voltaram foram esquecidos. Hoje em dia um merda qualquer inaugura um poste de luz na casa do cacete é incessado como herói da pátria só porque fez o que é de dever do Estado fazer. Nunca seremos …

  8. Imprecisões
    Algumas correções necessárias:  01 –  G. Zhukov não era general, mas sim marechal. 02 -O Ataque foi em três Frentes.  Sob o comando geral de Zhukov, mas não menos inportante que este, pelos marechais I. Koniev e C. Roskossovsky – 1ª Frente Bielorussa (Zhukov),  2ª Frente Biolorussa (Roskossovsky) e 1ª Frente Ucraniana (Koniev). 03 – Hitler se suicidou em 30 de abril e não em 7 de maio. A propósito vejamos o que relata o marechal Zhukov em suas memórias: “……Às 3h e 50min. foi conduzido ao ao posto de comando do 8º Exército de Guarda o general de infantaria Krebs, chefe do Estado Maior Geral das tropas alemãs. Declarou que havia sido delegado para estabelecer contato direto com o Comando Supremo do Exército Vermelho a fim de negociar um armistício.,  Às 4h, o general Vasili Chuikov me informou por telefone que o general Krebs lhe havia comunicado o suicídio de Hitler. Segundo disse Krebs, foi em  30 de abril, às 15 horas e 50 minutos……O general Chuikov leo-me uma carta de Goebbels e Bormann ao Comando Supremo Soviético……. Tendo em vista a importância do comunicado, enviei imediatamente o meu suplente, o general de exército V. Sokolovki ao posto de comando de V. Chuikov para negociar com o general alemão. Sokolovski devia exigir de Krebs a capitulacão incondicional da Alemanha fascista. Imediatamente me pus em comunicação com Moscou, telefonando para Stalin. Estava em seu chalé. Atendeu o telefone o chefe da direção de vigilância, general Vlásik, que me disse: – O camarada Stalin acaba de se deitar! – Peço que o acorde, É um assunto urgente que não pode aguardar até a manhã. Stalin chegou em seguida ao telefone. Lhe dei conta do suicídio de Hitler e do aparecimento de Krebs e da decisão de recomendar as negociacões para o general V. Sokolovski e pedí suas instruções. Stalin respondeu: –  Jogou o mal jogo, o fdp (canalha)! É uma lástima (pena) não tê-lo capturado vivo. Onde está o corpo de Hitler? –  Segundo comunicou o general Krebs, o corpo de Hitler foi queimado em uma fogueira. -Transmita a Sokolovski – disse o Chefe Supremo-, não sustentar nehhuma negociação, exceto a rendição incondicional, nem com Krebs nem com outros hitlerianos. Se não acontecer mais nada de extraordinário, não me telefone até a manhã, quero descansar um pouco. Hoje teremos o desfile do 1º de Maio.”………. 04 – É mito essa história da predominância de soldados siberianos. O Exército Vermelho era composto por cidadãos e cidadãs de todas a as Repúblicas Soviéticas, mas predominava russos, por ser a República mais populosa. Os Exércitos que chegaram a Berlim eram altamente experimentados e qualificados; nada a ver com essa idéia de hordas que o texto passa…obviamente houve excessos, dada sede de vingança dos soviéticos, mas nada comparado as atrocidades que os alemães nazistas cometeram dentro da URSS nos mais de três anos que ficaram dentro do país até serem varridos para o seu covil, onde foram aniquilados. 05 – Essa Patton era um fanfarrão.  Outro mito! Na realidade quando do acerto em Yalta, as tropas soviéticas estavam a 60km de Berlim e as tropas anglo-americanas a 600km e muito menos preparadas. Entretanto havia uma forte tensão política, dado as iniciativas alemães, com a simpatia dos ingleses e setores dos EUA, de fazer um armistício em separado com as forças anglo-americanas; provocando com isso uma reviravolta nos rumos da guerra, que contraporia anglo-americanos e alemães nazistas contra a URSS!..Stálin com apoio de Roosevelt deu xeque-mate nessa doidice!…

  9. A aliança do neoliberalismo com o nazifascismo

    O autor flerta com o do revisionismo histórico, típico dos grupos neofascistas e neoliberais europeus de hoje. Esse caminho coloca a URSS como o Mal encarnado e o nazismo como um mal menor; em alguns lugares como no Leste Europeu o nazismo é glorificado como ‘força libertadora’ do julgo soviético. Parece que para alguns liberais, o nazismo pode e deve ser revivido como meio de combater o espectro do “Império do Mal”. O perigo real hoje não é a ressureiçao de Stalin, é a transformação do neoliberalismo em nazifascismo. Atiçar esse revisionismo é, no mínimo irresponsável senão uma atitude de cumplicidade. Dando algum crédito para o autor, vamos esperar agosto para ver se ele posta algo sobre o maior crime de guerra da história: a bomba de Hiroshima e Nagasaki que os ‘liberais civilizados’ dos EUA jogaram sob um Japão que já havia se rendido. 

    Essa aliança entre autodenominados liberais e nazifascistas não é repetição da história, é continuação. A ocupação da Alemanha pelo Ocidente realmente teve uma caracteristica diferente da da ocupação soviética. Os americanos, ingleses e franceses foram omissos e coniventes com criminosos nazistas. A desnazificação é um mito, as evidencias históricas acumuladas até hoje negam que ela tenha sido fruto de um real compromisso e oposiçao dos ditos liberais contra os nazistas. Muitos nazistas escaparam com a complacencia dos governos ocidentais ‘anticomunistas’ e da santa madre Igreja;

    http://www.spiegel.de/international/germany/unpunished-massacre-in-italy-how-postwar-germany-let-war-criminals-go-free-a-809537.html

    http://www.spiegel.de/international/germany/new-book-explores-how-so-many-nazis-escaped-justice-in-south-america-a-879101.html

    Outros foram colocados em postos chaves no ocidente. É mais do que sabido hoje que a CIA importou criminosos nazistas para trabalharem na Guerra Fria. Mais não foi só na CIA que nazistas aturam sob a vista grossa, a complacencia e cumplicidade dos ‘civilizados liberais’ para combater os ‘bárbaros soviéticos’. NA Alemanha ocidental liberal e democrática  membros da Gestapo particarparam do serviço secreto (BND), 2000 oficiais nazistas – que estavam obviamente livres, leves e soltos – formaram um exército paralelo, e vários participaram do governo ‘democrático’ da Alemaha ‘liberada’ (?) pelo Ocidente:

    http://www.spiegel.de/international/germany/intelligence-agency-s-murky-past-the-nazi-criminals-who-became-german-spooks-a-745640.html

    http://www.spiegel.de/international/germany/wehrmacht-veterans-created-a-secret-army-in-west-germany-a-969015.html

    http://www.spiegel.de/international/germany/from-dictatorship-to-democracy-the-role-ex-nazis-played-in-early-west-germany-a-810207.html

    PS: a Der Spiegel está longe de ser ‘comunista’, ‘stalinista’ e ‘pró-soviética’ se é que esse dois últimos epitetos fazem sentido hoje.

     

    1. Onde vc viu revisionismo?

      Onde vc viu revisionismo? Escrevi um post de registro da data, não há nele nenhuma revisão historica porque não fiz uma analise, relatei fatos sem colocações opinativas. E neoliberalismo é uma praxis de politica economica, não tem absolutamente nada a ver com nazifascismo, um ideologia autoritaria estatista que é o OPOSTO do liberalismo velho ou novo, neoliberalismo propugna pelo ESTADO MINIMO, nazifascismo é um ESTADO TOTALITARIO, é o Esrado máximo.

      1. O programa neoliberal do partido fascista italiano.

        Os fatos ocorridos não mudam, mas a História tem significados diferentes em momentos diferentes.Foi exemplificando no presente o horror stalinista (real para o povo soviético) com a segunda guerra que uma das portas do revisionismo foi aberta; lembre da minha referência ao que se passa no Leste Europeu. Por isso me refleti a um flerte, que pode ser inconsciente.

        Não confunda liberalismo econômico com liberalismo poltico; o ESTADO pode ser AUTORITÀRIO NA POLITICA E MINIMO NA ECONOMIA. A ditadura de Pinochet, apoiada pelos neoliberais Hayeck e Friedman é o exemplo mais recente disso. Totalitarismo hoje é só um slogan do Departamento de Estado americano, perdeu o valor conceitual e histórico. Nazismo, stalinismo e fascismo são diferentes; o fascismo como programa de governo era uma forma de neoliberalismo. Musoline em 1921, quando da fundação do partido fascista, escreveu o seguinte sobre o Estado e o Fascismo:”O Estado deve exercer todos os controles possíveis e imagináveis, mas deve renunciar a qualquer forma de administração econômica. Até mesmo os assim chamados serviços públicos não devem ser seu monopólio.”; e também: “Em resumo a posição do fascismo com relação ao Estado é a seguinte: a luta CONTRA o ESTADO MONOPOLISTA ECONÔMICO é indispensável para o desenvolvimento das forças da nação. Devemos retornar ao ESTADO POLITICO-JURIDICO pois essas são suas verdadeiras funções. Em outras palavras deve se REFORÇAR O ESTADO POLITICO e progressivamente DESMANTELAR O ESTADO ECONÔMICO.” (Fonte: Zeev Sternhall, The Birth of Fascist Ideology, p.228). Se isso não é um programa NEOLIBERAL, me explique o que é. Os primeiros anos do governo de Musoline foram liberais na economia; a bibliografia histórica a esse respeito é abundante(Robert Paxton, Kevin Passmore, etc). A intervenção estatal na economia só ocorreu depois da Crise, o que aliás ocorreu em graus diferentes no mundo todo.

        PS: desculpem os gritos, mas eu sei falar alto quando é necessário.

  10. recontros

    Conta-se que, às vésperas da derrota final da Alemanha, a piada era a seguinte: “Os otimistas estão aprendendo inglês; os pessimistas, o russo.”

    Sorte de quem acordou com um simpático soldado dizendo “Good morning”, e não “Доброе утрo”.

    Opinião pessoal: os alemães, em ambas as guerras mundiais, revelaram-se excelentes táticos mas péssimos estrategistas – ou seja, ganharam no varejo e perderam no atacado.

  11. Ideologias e asneiras !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    “Dando algum crédito para o autor, vamos esperar agosto para ver se ele posta algo sobre o maior crime de guerra da história: a bomba de Hiroshima e Nagasaki que os ‘liberais civilizados’ dos EUA jogaram sob um Japão que já havia se rendido.”

    Como disseram, esperemos agosto para ver as análises do AA, quesão sempre tão “perfeitas” nos moldes dos vencedores !!!

    Dou muito valor as que se dizem historiadores, mas verdadeiros historiadores  que são independentes de ideologias !!!!

    Fatos são fatos, tal como verdades são verdades !!!

    O resto é somente ideologias e asneiras, nada mais  !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  12. Os defensores

       Caro Motta,

       Não é uma verdade absoluta que “siberianos” ou “asiáticos” compunham as tropas soviéticas no assalto a Berlin, pois a maioria delas estavam enquadradas nos chamados “Exército de Guardas” ( denominação ressuscitada por Stalin, referente a seus antecessores, os “Guardas do Tzar” – denominação honorifica para tropas essencialmente russas e russófonas ), o que ocorreu após a vitória em Berlin, foi a retirada destas tropas profissionais da cidade e seus arredores, para que tropas “não de linha”, em sua maioria asiáticas, realizassem o saque da cidade, este comandado pelos “verdinhos”, da NKVD – uma ordem de Stalin, não do STAVKA, determinava o estabelecimento de um clima de vingança em Berlin, algo até compreensivel, pois as atrocidades alemãs na Russia exigiam uma resposta a altura, e “segurar” tropas vencedoras, seres humanos, é dificil – a hierarquia, a obediência relativa a subordinação, o enquadramento das unidades, são perdidos.

        Outra parte interessante da Batalha de Berlin, é que a “ultima defesa “, tanto do Reichstag, como do agregado Bunker, não foi feita por alemães, mas por franceses da 33a Waffen – SS a “Charle Magne ” e belgas da 28o Waffen-SS “Wallonie”.

         Já na parte exclusivamente militar da Batalha de Berlin, em relação a proteção e responsabilidade que um general/comandante, tem com seus subordinados, é ressaltada ainda hj. no Heer (Exército Alemão), não a figura de Gerd Von Rundsted, W. Keitel ou W. Jodl, mas de Walther Wenck, que no comando do 12o Armee ( 12o Exercito ), recusou a combater – o que seria suicidio – aos russos, e levou suas tropas e seus agregados civis (refugiados), para renderem-se aos americanos, salvando suas tropas do exterminio ou de um cativeiro mortal, o problema que Wenck teve, ao se render aos americanos, foi que somente estes aceitaram que os soldados de Wenck, cruzassem o Elba, para o oeste da margem, deixando os civis a sua própria sorte, e mesmo assim Wenck trouxe para o ocidente ( oeste do Elba ), mais de 50.000 civis.

    1. Meu caro Junior, é sempre uma

      Meu caro Junior, é sempre uma honra ter seus comentarios tão abalizados sobre esses registros historicos. não tenho nada a acrescentar, esses dias cruciais de maio a setembro de 1945 foram de terror e vingança mas Zukhov como grande militar profissional proferiu uma frase historica, que Stalin jamais diria : “”Devemos odiar os nazistas mas respeitar os alemães”. Zukhov fez chegar a Berlim em julho 50.000 toneladas de farinha, alem de 100.000 de carvão e 65.000 toneladas de batatas, a partir dessa visão não vingativa começou uma lenta ruptura com Stalin  o levou ao afastamento dos cargos de comando de dimensão estrategica  para encostos como Comandate Militar dos Urais, um posto bem menor do que ela já tivera. Zukhov caiu então em disgraça principalmente porque Stalin o via como potencial concorrente,

      oprestyigio de Zukhov era imenso pelo seu papel na guerra. Zukhov foi salvo pela morte de Stalin em março de 1953 quando foi operador fundamental na prisão e execução de Beria após o que tornou-se Ministro da Defesa do governo que sucedeu a Stalin, liderado por ele, Bulganin e Malenkov.

       

  13. A decisão se deu no Leste Europeu

    Dizem que o dia A da 2ª Guerra Mundial se deu na batalha por Moscou, o dia B em Stalingrado, o dia C em Kursk e o dia D em Dunquerque.

    Os historiadores britânicos, que considero os mais isentos, reconhecem que Stalin fez o acordo com Hitler para ganhar tempo para preparar o Exército Vermelho e ter uma faixa polonesa antes que o exército alemão invadisse a Rússia. Esses historiadores interpretaram a demora da criação de uma segunda frente na Europa para aliviar o exército russo ocorreu porquê americanos e ingleses tinham esperança que os exércitos soviético e alemão se destruissem mutuamente, mas quando viram que o Exército Vermelho tinha virado o jogo e se movia maciçamente em direção à Europa Central resolveram apressar o desembarque em Dunquerque temendo que a Rússia ocupasse toda a Alemanha. Quando os russos chegaram à Alemanha semidestruída por bombardeios anglo-americanos sobre populações civis e não sobre alvos militares, a guerra já havia sido decidida no território soviético e portanto, àquela altura, pouca diferença faria encontrar a Alemanha destruída ou semidestruída. O que houve de importante em ajuda ocidental à Rússia foi antes dos EUA entrarem na guerra quando o presidente Roosevelt, contra a vontade de quase todo o seu governo, enviou muita ajuda material ao governo soviético logo após a invasão alemã. O empenho de Roosevelt e os agradecimentos de Stalin estão muito bem descritos no magnífico livro “Prezado Sr.Stalin” de Susan Butler, onde estão reproduzidas as muitas cartas trocadas pelos dois líderes e a mídia russa divulgava com destaque a ajuda promovida por Roosevelt, diz o livro. Sobre o propósito dos pesados bombardeios contra civis alemães e japoneses por parte dos americanos (nos dois casos), na série dirigida por Oliver Stone “A outra história dos EUA”, é que os soldados estadunidenses tinham pavor da ideia de enfrentar por terra tanto o exército alemão (tido como uma máquina de guerrear) quanto o exército japonês (famoso pela crueldade com os inimigos) e por isso queriam fazer uma faxina prévia através dos bombardeios aéreos para depois encarar de frente apenas o que restasse dos inimigos.

  14. A decisão se deu no Leste Europeu

    Dizem que o dia A da 2ª Guerra Mundial se deu na batalha por Moscou, o dia B em Stalingrado, o dia C em Kursk e o dia D em Dunquerque.

    Os historiadores britânicos, que considero os mais isentos, reconhecem que Stalin fez o acordo com Hitler para ganhar tempo para preparar o Exército Vermelho e ter uma faixa polonesa antes que o exército alemão invadisse a Rússia. Esses historiadores interpretaram a demora da criação de uma segunda frente na Europa para aliviar o exército russo ocorreu porquê americanos e ingleses tinham esperança que os exércitos soviético e alemão se destruissem mutuamente, mas quando viram que o Exército Vermelho tinha virado o jogo e se movia maciçamente em direção à Europa Central resolveram apressar o desembarque em Dunquerque temendo que a Rússia ocupasse toda a Alemanha. Quando os russos chegaram à Alemanha semidestruída por bombardeios anglo-americanos sobre populações civis e não sobre alvos militares, a guerra já havia sido decidida no território soviético e portanto, àquela altura, pouca diferença faria encontrar a Alemanha destruída ou semidestruída. O que houve de importante em ajuda ocidental à Rússia foi antes dos EUA entrarem na guerra quando o presidente Roosevelt, contra a vontade de quase todo o seu governo, enviou muita ajuda material ao governo soviético logo após a invasão alemã. O empenho de Roosevelt e os agradecimentos de Stalin estão muito bem descritos no magnífico livro “Prezado Sr.Stalin” de Susan Butler, onde estão reproduzidas as muitas cartas trocadas pelos dois líderes e a mídia russa divulgava com destaque a ajuda promovida por Roosevelt, diz o livro. Sobre o propósito dos pesados bombardeios contra civis alemães e japoneses por parte dos americanos (nos dois casos), na série dirigida por Oliver Stone “A outra história dos EUA”, é que os soldados estadunidenses tinham pavor da ideia de enfrentar por terra tanto o exército alemão (tido como uma máquina de guerrear) quanto o exército japonês (famoso pela crueldade com os inimigos) e por isso queriam fazer uma faxina prévia através dos bombardeios aéreos para depois encarar de frente apenas o que restasse dos inimigos.

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