“State of the Art” das elites paulistanas…

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Enviado por Marco St.

Significado de Elite

s.f. O que há de melhor numa sociedade; o escol, a flor, a nata.
Sociologia: Minoria mais culta ou mais forte, dominante no grupo.

São contra corredores de ônibus, ciclovias, estações de metrô, construção de parques e agora de …. Museus.

do Estadão

Moradores fazem abaixo-assinado contra o MIS

 

Moradores do Jardim Europa, na zona sul de São Paulo, estão fazendo um abaixo-assinado contra o Museu da Imagem e do Som (MIS) para reclamar de situações que “perturbam o descanso noturno, bem como a rotina diária dos cidadãos” do bairro.

Maria Aparecida Brecheret, de 70 anos, uma das coordenadoras do movimento, afirma que o museu tem provocado situações desagradáveis aos moradores das Ruas Bucareste, Alemanha e Luxemburgo. “Os ônibus param no meio da rua para desembarcar as crianças que vêm para a mostra do Castelo Rá-Tim-Bum. A rua enche de carro e buzinas, fica um horror logo de manhã, difícil de aguentar”, afirma a educadora, que se diz a favor da visitação das crianças, mas contra a maneira como elas são desembarcadas.

Martha Autran, de 70 anos, concorda que a exposição, aberta em 16 de julho, agravou a situação. “O pessoal que vem eu admiro, mas eles fazem fila na frente da nossa casa e muito barulho. O trânsito fica impossível, ninguém consegue sair da garagem.”

Ela diz que não consegue alugar a sua casa na Rua Bucareste. “O senhor de 60 anos que morava aqui pediu para sair por causa da Sunset (festa promovida pelo museu um sábado por mês). Ele devolveu as chaves e disse que gostaria de conseguir dormir.”

As duas dizem ter reunido 150 assinaturas e pretendem enviá-las ao diretor do MIS, André Sturm, e à Prefeitura. Martha afirma ter entregue solicitações a Sturm há três meses, incluindo o pedido para que caminhões de entrega para o restaurante Chez MIS não usassem as garagens dos moradores e que funcionários evitassem colocar lixo na rua de madrugada. Segundo Martha, o diretor tomou atitudes, porém, problemas persistem, como ambulantes na fila.

Há um mês, reenviaram reclamações ao diretor e copiaram o secretário estadual da Cultura, Marcelo Araújo. Sem resposta, decidiram recolher assinaturas. “O museu está destruindo parte do Jardim Europa. A rua já foi considerada a mais bonita do bairro e acabou. Estamos desesperados”, diz Maria Aparecida.

Gente diferenciada

O diretor do MIS, André Sturm, confirmou que recebeu as solicitações de Martha. “Ela trouxe questões pontuais de quatro ou cinco moradores. Eles tinham 100% de razão nas reclamações dos caminhões e do lixo, e nós resolvemos.” Agora, há uma placa em frente ao MIS, dizendo que as entregas estão proibidas na madrugada. E, se o caminhão parar em uma garagem, o museu não recebe as mercadorias.

“Há menos de um mês, recebi por e-mail um abaixo-assinado com mais ou menos dez assinaturas. Não respondi porque é uma manifestação visivelmente semelhante àquela em Higienópolis, quando anunciaram que ia ter Metrô e os moradores disseram que não queriam gente diferenciada. É preconceituoso.”

Sturm diz que a Green Sunset é realizada há três anos e meio e que, da Rua Bucareste, mal se escuta o barulho. “Todas as caixas de som são viradas para a Avenida Europa. Um minuto para as 22 horas nós desligamos a música, religiosamente.”

Sobre a presença de ambulantes, Sturm afirma que luta para combatê-los. “Não posso fazer nada, quem cuida é a Prefeitura. Não gostamos de ambulante. Pusemos dois vendedores oficiais, um de pipoca e outro de cachorro-quente, que têm preços populares, para desestimular os outros ambulantes.”

Secretaria e CET

A Secretaria da Cultura disse, em nota, que encaminhou a carta à direção do MIS e à organização de cultura responsável por gerenciar o espaço – a Associação do Paço das Artes. Já a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que vai intensificar a fiscalização na redondeza.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

29 Comentários

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  1. O problema não é o Museu em

    O problema não é o Museu em si mas sim a realização de eventos que atraem muito publico, o MIS existe no mesmo local há decadas e nunca houve reclamações, elas são procedentes em um tipo de eventos que não são da natureza do Museu, com isso provocam filas imensas que atraem ambulantes, sujeiira, barulho que não são naturais do local. O MIS é um centro de cultura, não é um salão de eventos populares, não foi construido para isso, está havendo um desvio de uso e desvirtuamento do Museu.

    Esse evento teria duzentos outros lugares para serem realizados, porque na Avenida Europa ?

    Uma cidade grande e complexa como São Paulo só sobrevive COM REGRAS, na bagunça todo mundo perde, os moradores pagam o IPTU mais alto de São Paulo, não tem cabimento aceitarem a degradação da região que está claramente ocorredto ao se transformar o MIS em tenda de eventos caça niqueis.

  2. É muita bobajada, eles mesmos se traem!

    “O senhor de 60 anos que morava aqui pediu para sair por causa da Sunset (festa promovida pelo museu um sábado por mês). Ele devolveu as chaves e disse que gostaria de conseguir dormir.”

    Pergunta: por causa de um sábado por mês o cara “não consegue dormir”?

    1. Depende. Que horas ocorre

      Depende. Que horas ocorre este evento? Se este evento ocorre de madrugada, o ex morador tem toda razão, mesmo que seja apenas uma vez por mês.

      1. Leia a reportagem.
        O evento

        Leia a reportagem.

        O evento terminava às 22hs em ponto.

        O que está em jogo tem nome e sobrenome: PRECONCEITO COM ESSA GENTE DIFERENCIADA !!

      2. Independente do horário, Caetano

        O fato é que ocorre 1 vez a cada 30/31 dias, e o cara se mudou por causa de 1 dia?

        Era mais fácil, mais barato e mais “logístico” ele procurar a casa de um parente ou amigo pra dormir nesse dia, ou mesmo ir dormir num motel, pagando por hora, do que procurar outra casa, assinar novo contrato de locação, pagar mudança, readaptar a vida pra novo endereço, etc…

  3. Essas pessoas não são contra

    Essas pessoas não são contra o museu ou a casa de festas, coisas que podem ser solucionadas. São apenas e tão somente a favor de seu mais completo e absoluto bem estar e distanciamento da sociedade.

  4. Ele não vai se casar?

    Há alguns anos eu trabalhei assessorando um prefeito. Acabei tendo que atender uma senhorinha, dessas que cheiram talco e esticam o cabelo em um coque apertado. Usava um portentoso óculos escuro e exigia, aos brados, ser recebida pelo prefeito. Era portadora de um sobrenome que remontava às origens da cidade e tinha sua moradia em sua região central.Chamei-a para tomar um café e ouvi sua queixa: queria que a mão de sua rua fosse invertida o mais rápido possível! Por que? Havia um ponto de onibus na esquina, que dava para o muro lateral de sua casa, cheio de pretos e um pessoal fedido e mal educado. Alguns, segundo ela, chegavam a urinar no muro de sua casa. Falavam alto e incomodavam sua paz. Se o menino (o prefeito) não quisesse mudar a mão da rua para passar o ponto de ônibus para a calçada em frente (pois expliquei que, pela sua posição central, requereria a reengenharia de todo o tráfego da região), o prefeito poderia desapropriar sua casa e ocupá-la ele mesmo! Não ia casar-se? Esta mulher importunou-me semanas a fio, com telefonemas diários, até que deixei o cargo.

    Com uma “elite” assim, não dá pra ir longe mesmo…

  5. Dizer o que????????????????????

    “Consideramos pobres e classe-media como diferenciados e sendo assim………….

    “Não podemos importunar nem afrontar estas pessoas que ao nos verem em nossos carros importados, portando nossas jóias, vão se sentir menores e explorados, pois veriam o quanto estão distantes de nós e jamais em toda suas existências, alcançariam estes patamares!

    Precisam estarem tranquilas para que não haja descontentamentos, pois o que de pior poderia acontecer, era uma luta de classes neste nosso pais, que tão bem tem administrado estes inconvenientes!

    Os bairros,  Higienópolis/Jardim Europa, foram criados para uma determinada classe de pessoas, e quando se começa a usar de demagogia para tumutuar esta convivencia, teme-se o pior!

    Não devemos incomodá-los, e acreditamos que a reciproca deva ser verdadeira!

    Necessitamos dos diferenciados, tanto quanto eles de nós, mas é como diz o ditado ” cada qual no seu pedaço”!!!

     

  6. Será que haveria essa

    Será que haveria essa reclamação se no imóvel vizinho ao MIS, o MUBE, tivessem construído um shopping, como tentaram em meados dos anos 80? Por falar nesse museu, o MuBE, houve reclamações dessas senhoras com a feirinha de dondoca que acontecia (ou ainda acontece?) aos finais de semana logo cedo?

    1. Nada a ver. Nunca poderia ter

      Nada a ver. Nunca poderia ter sido construido um shopping nesse terreno porque o Plano Diretor não permite E POR ESSA RAZÃO não foi, o proprietario do terreno tinha ideia de fazer o shopping mas o Prefeito Janio Quadros vetou porque tinha a lei ao lado da Prefeitura.

      Quanto a feirinha de antiquarios, tambem acho errado mas não incomoda ninguem, tem pouco publico e não tem bagunda externa, QUE É O PROBLEMA DO MIS.

  7. Lembro que o terreno ao lado

    Lembro que o terreno ao lado aonde se encontra o Mis foi salvo de se transformar em um Shopping , por pouco toda aquela região não virou uma bagunça maior com um Shooping bem no meio do quarteirão.Silencio em SP, seja no Jardim Europa ou no Caxingui vale ouro.

    1. Não virou shopping porque os

      Não virou shopping porque os moradores se mobilizaram, foram ao Prefeito Janio Quadros, a lei de zoneamento não permite na Av.Europa  estabelecimentos comerciais de venda de produtos, apenas show rooms, imobiliarias, escritorios de advocacia, clinicas, escolas e restaurantes.

      Alem disso o terreno faz tambem frente para a Rua Alemanha, que é exclusiva de residencias pelo zoneamento e pelas restrições do loteamento da Cia.City, portanto um shopping naquele lugar foi pensado mas nunca chegou a ser uma hipotese viavel legalmente, como lo percebeu o proprietario então, Alexandre Klein, que não insistiu com a ideia.

  8. Tirem essas pessoas de lá e

    Tirem os moradores  de lá e mantenham o museu, digo o prédio.

    Simples! Dia desses eles cavam um poço com crocodilos para

    estraçalhar “pobre..só crocodilos já que água ..nem chovendo.

  9. Assassinato de reputação:

    Enfim, pegaram a foto e o nome de duas senhoras para fazer demonização da suposta “elite paulistana”, sem mal saber o que as motivou a reclamar com o MIS. Depois vêm falar de “assassinato de reputação”.

    Para o Nassif, duas senhoras que reclamam do barulho feito em festas patrocinadas por um museu merecem execração pública.

    Valeu! Show de ética jornalística!

  10. “State of the Art” das elites paulistanas…

    Estas duas senhoras PRECONCEITUOSAS e INTOLERANTES deveriam ir morar na LUA, não existe mais lugar para elas na TERRA.

  11. Conversa

    Mais uma reportagem digna da PIG e seu famoso assassinato de reputação, algo discutido a exaustão aqui no blog, agora por discutirem problemas pontuais provocadas por açoes do museu são taxadas de eletistas e contra a cultura.

    Quando li o titulo achei que elas queriam impedir a construçao de um museu, aqui no RJ, um que custaria milhoes teve sua obra cancelada devida ao protesto dos cariocas, e não fomos chamados de eletistas, mais vendo o titulo e lendo o texto pude ver que era uma obra de ficção criada pelo autor para criar um sensacionalismo barato e ate mesmo incitar odio e preconceito contra a classe media.

    O que podemos ver na realidade é que as partes conversaram e na medida do possivel resolveram alguns dos problemas apresentados, e vemos que ambas as partes estão dispostas a manter uma forma de dialogo.

    É conversando é que a gente se entende. Um ditado simples que deveria ser usado mais vezes.

  12. Metralhadora giratória.

    Deixei há muito tempo de ir ao MIS. Não tanto pelo museu em si, mas por seu público. Cansei de ser medido de alto a baixo por pessoas que se acham a vanguarda da vanguarda de qualquer porcaria, confirmando a antiga tese que a educação não necessariamente aprimora os costumes. Mas não esqueçamos que o MIS é dirigido por uma espécie de associação de amigos do MIS, que ninguém sabe como amealharam tal condição, outra caixa preta nas coisas que acontecem via governo do estado de São Paulo. Estacionamento, serviço de valet, coisa fina,

    Enfim, possuem mais semelhanças entre si do que se iagina.

  13. Gente ranzinza sempre

    Gente ranzinza sempre existiu, como o português que odiava a bagunça dos alunos do colégio Pedro II… E morria de tédio na época das férias.

    1. Grosseiria

      Comentário grosseiro, estupido. A discórdia é valida, a ofensa, não. Elas estão exercendo o direito de alguém que mora em rua residencial contra o barulho e/ou a bagunça que certas condutas do MIS com o seu restaurante e o acesso de ônibus e pessoas causa para moradores que confiaram no caráter residencial da rua. Só. Sem essa de classe diferenciada que já encheu.

  14. Há uma quebra de rotina que

    Há uma quebra de rotina que gera um choque mas sem ir ao extremo há como se chegar a um consenso, investir no tencionamento não funciona muito, por outro lado os velhinhos na medida da legalidade vão ter, e o resto é implicância de classe mesmo.  

  15. “A rua enche de carro e

    “A rua enche de carro e buzinas, fica um horror logo de manhã, difícil de aguentar”, afirma a educadora,”

    Outra educadora? Putz grila. De qualquer forma, acho que dá para manter um espaço de arte e cultura funcionando e deixar as senhoras e o AA, que parece, mora na região, dormirem em paz. É questão de bom senso.

  16. Ninguém  é contra São contra

    Ninguém  é contra São contra corredores de ônibus, ciclovias, estações de metrô, construção de parques e agora de …. Museus.

      O que pessoas são contra é de uma ”educação” não convencional.

             Exemplo:Colocar os dois dedos no nariz e assoar  no chão arrepia a alma.

              Mas calma,porque tem mais.

                  E ainda limpa os restantes das melecas na camisa.

                      Tem mais:

                       E ainda quer te cumprimentar.

                      Convenhamos…..

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