Stiglitz diz que BC brasileiro estrangula a economia

Jornal GGN – Para Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia, a política monetária aplicada pelo Banco Central no Brasil estrangula a economia, e ela deveria se contrapor aos efeitos da queda do preço das commodities. Ele também acha que o BC deveria considerar os efeitos da Operação Lava Jato, reconhecendo que este é um período em que haverá restrição de gastos com contração da construção civil.

Stiglitz também diz que a ideia de aumentar os juros para conter a inflação é uma teoria desacreditada, e que é preciso saber qual é a fonte da inflação. “Não é bom ter inflação em disparada, mas também não é bom matar a economia. E eu acho que eles (o BC brasileiro) perderam esse equilíbrio”, afirma. Leia mais abaixo:

Do Estadão

‘O BC no Brasil estrangula a economia’

Às vésperas da reunião do Copom, em que se acredita que o Banco Central pode subir mais uma vez os juros, Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, disse em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial, que o BC brasileiro estrangula a economia. Para ele, a política monetária do Brasil deveria se contrapor aos efeitos depressivos da queda do preço das exportações e da Operação Lava Jato. Sobre o quadro mundial, o economista avalia que a economia terá desempenho em 2016 igual ou pior ao de 2015. O Nobel também considera o aumento da desigualdade como outro fator que reduz a demanda global. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Como o sr. vê os atuais problemas do Brasil?

A característica distintiva do Brasil é que a política monetária estrangula a economia. Vocês têm uma das mais altas taxas de juros no mundo. Se o Brasil reagisse à queda no preço das exportações com medidas contracíclicas, o País talvez pudesse ter evitado a intensidade da atual crise. Outra questão é que, sempre que ocorrem escândalos de corrupção da magnitude do que acontece agora no Brasil, a economia é jogada para baixo. Isso cria uma espécie de paralisia. O sistema legal no Brasil está colocando muita gente na prisão. Não estou dizendo que não deveriam fazer isso, mas a política monetária deveria reconhecer que este é um período em que haverá restrição de gastos, particularmente no setor público, em que as pessoas serão mais cautelosas em tomar decisões, em que a construção civil vai se contrair.

Mas a inflação está muito mais elevada que o teto de tolerância do sistema de metas.

e modelo que diz que, se a inflação está alta, você sobe os juros é uma teoria que foi desacreditada. É preciso saber qual é a fonte da inflação. Se for excesso de demanda, aí você sobe juros, porque tem de moderar a demanda. Mas se for um impulso dos custos, você tem de ser cuidadoso. Nesse caso, a forma pela qual a alta dos juros reduz a inflação é matando a economia. Se você conseguir desemprego o suficiente, os salários são deprimidos, e você segura a inflação. Mas isso é matar a economia. Não é bom ter inflação em disparada, mas também não é bom matar a economia. E eu acho que eles (o BC brasileiro) perderam esse equilíbrio.

No Brasil, muita gente acha que a culpa é da política fiscal, e não do Banco Central.

Quando a economia se desacelera, as receitas tributárias caem e ocorrem déficits. Se a economia for estimulada, a receita sobe. Dessa forma, a política monetária pode ajudar a política fiscal.

Então o problema no Brasil é a política monetária?

Na verdade, vocês têm dois problemas: o colapso do preço das exportações e o escândalo de corrupção. O que eu disse é que a política monetária deveria se contrapor a esses fatores, mas, em vez disso, ela está agravando o problema.

Como o sr. vê a economia global hoje?

Meu diagnóstico não é nada complicado: há falta de demanda agregada global. Mesmo antes da crise, o que sustentava a economia americana era uma bolha artificial. Se não fosse por ela, a economia teria sido fraca.

Por que a demanda global está fraca?

Olhando em volta do mundo, há quatro razões básicas. A primeira é a desigualdade. As pessoas no topo não gastam tanto (como parte da sua renda) quanto as pessoas na base. Então, à medida que a desigualdade cresce, a demanda se enfraquece. Em segundo lugar, há transformações estruturais acontecendo em quase todos os países. Nos EUA, a transição da indústria manufatureira para os serviços. Na China, das exportações para a demanda interna. Mas os mercados são duros em conduzir essas transições. Tem sempre gente que fica para trás, o que contribui para a desigualdade. Os setores que ficam para trás não podem demandar bens. Em terceiro lugar, a zona do euro está uma bagunça, com políticas econômicas que contribuíram para reduzir o crescimento.

O sr. se refere à austeridade?

Sim, até nos EUA temos uma forma moderada de austeridade, pela pressão política dos Republicanos. Nós temos meio milhão de empregos menos no setor público do que tínhamos em 2008, antes da crise, e, se houvesse uma expansão normal da economia, seriam dois milhões mais. Então temos austeridade nos EUA.

E qual seria o quarto fator para a demanda global enfraquecida?

Sempre que há uma perturbação como a queda do preço do petróleo. Todo mundo esperava que o preço mais baixo estimularia a demanda, mas se esqueceram de que se trata de redistribuição. Os vendedores perdem e os compradores ganham. Se os vendedores diminuem seus gastos em exatamente o mesmo volume que os compradores aumentam, não há nenhuma mudança. Mas há assimetrias. Muitas vezes os que perdem têm de contrair o seu gasto, dólar por dólar, e aqueles que ganham economizam, pois não sabem se o ganho é temporário ou de longo prazo. E os desdobramentos podem ser ainda piores em termos de investimento – uma das fontes de crescimento nos EUA e outros países vinha sendo o investimento em hidrocarbonetos (petróleo e gás). E isso foi cortado. Os efeitos são enormes. Da mesma forma, a desaceleração na China provoca a queda do preço do minério de ferro, e os ganhadores não gastam mais tanto quanto os vendedores gastam menos.

Qual a sua previsão para 2016?

É provável que essas tendências que eu descrevi continuem este ano. Se eu fosse otimista, eu chamaria atenção para o fato de que o orçamento americano acabou sendo melhor do que o esperado, mas há muitos fatores negativos. Não vejo nada positivo na Europa. Acho que muita gente esperava a desaceleração na China, mas não o tamanho da turbulência financeira. Tudo isso me diz que 2016 será tão ruim ou pior do que 2015.

O problema da economia global é demanda, para o senhor. Qual seria a terapia?

A terapia econômica é fácil. O problema é a política. Em termos econômicos, precisamos de um aumento dos gastos do governo nos EUA e na Europa. Nos dois casos, os setores públicos podem tomar emprestado a juros muito baixos. E, por outro lado, é preciso investimento em tecnologia, educação, infraestrutura. Isso estimularia a economia. Compraríamos mais do Brasil, o que ajudaria vocês. Na Europa e nos EUA, temos espaço fiscal, vocês têm menos. Mesmo que os EUA estivessem preocupados com o déficit público, podemos elevar impostos. Nossos impostos são muito baixos. Podemos aumentar impostos, conseguir mais igualdade.

E qual o obstáculo para isso?

O problema maior está nos EUA e na Europa, e se resume à política. Na verdade, é um pouco mais complicado. Nos EUA, é apenas a política. Acredito que há um amplo sentimento no Partido Democrata em favor das políticas que acabei de descrever. Na Europa, é complicado por causa da ideologia alemã. Tenho dúvida de que, caso a oposição vencesse, haveria uma mudança. Os alemães reescreveram a história para acreditar que a inflação foi o problema principal (na ascensão do nazismo), mas o que causou Hitler foi o desemprego. E eles se esqueceram disso. Eles esqueceram que o desemprego é a verdadeira causa da instabilidade social. E eles promovem políticas que causam o desemprego. Então a zona do euro tem de ser reformada, e isso é mais difícil, é um problema estrutural.

Redação

29 Comentários

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  1. Procura de Opções

    Funcionários de alto escalão (em dezenas de repartições e poderes paralelos – sem voto) são “prata da casa”, homens “de confiança”, que vestem – em tese – a camisa do Brasil. Parece que na cabeça e no PC desses funcionários descansa o acervo histórico da nação brasileira. Mas, isso é tudo?

    O time brasileiro está perdendo de pouco (em determinadas áreas perdendo de muito), mas os jogadores titulares estão concentrados no meio campo, mexendo-se com trote manso e com pouca ambição.

    A proposta de risco inato que uma nação em desenvolvimento leva no seu bojo, desde a sua origem, é incompatível com a zona de conforto que às vezes inadvertidamente criamos para alguma parcela dos nossos líderes ou elites. Brasil, às vezes desestimula investidores, mas o “poder” (principalmente os poderes “sem voto”) fica em mãos de gente que tem salário garantido e aposentadoria integral, mesmo quem fosse demitido.

    Para explorar novas fronteiras, sacudir as equipes da zona de conforto, procurar novas saídas para novos desafios, é preciso sair da caixa e ouvir opiniões diferentes, principalmente conflitantes e que incomodam (às vezes rejeitadas por mero preconceito). Algumas vezes se confunde o interesse do Brasil com o interesse pessoal, na defesa da “cultura econômica e social” existente (ou na defesa do próprio cargo), que dá alguma segurança a determinadas pessoas, mas muita incerteza ao desempenho futuro do Brasil.

    Como construir uma nação sob o comando de gente e instituições sem interesse real pelo povo, pela luta diária, pela saúde das empresas e o emprego dos outros, sem importar a consequência dos seus próprios atos, ou seja, sem correr risco nenhum? Gente que não corre risco não pode comandar uma atividade de tanto risco como é a construção de uma nação.

  2. Essse Tombini está garantindo

    Essse Tombini está garantindo uma boa posição no mercado quando ele sair, veja para onde foi o Levy, um fracasso que ganhou uma belo emprego

    1. Tudo é culpa do Levy Tombine Mercado

      Cara Manu, quanta ignorância, Tombine é diretor e funcionário de carreira do bacen. 

      Quando sair da presidência continuará na diretoria exercendo sua competência, caso reasolva sair do bacen… sim, com certeza será muito bem recebido pelo mercado.

      Quando ao Levy, minha cara, este não conseguio por em prática NADA, portanto não podemos falar em fracasso. NADA devido ao congresso achacador e uma presidente fraca. Fracasso são seus comentários ignorantes.

      Saudades de Lula, esse sim um estadista genial.

       

  3. Fatalidades

    “…O sistema legal no Brasil está colocando muita gente na prisão. Não estou dizendo que não deveriam fazer isso…”

    “Na verdade, vocês têm dois problemas: o colapso do preço das exportações e o escândalo de corrupção. O que eu disse é que a política monetária deveria se contrapor a esses fatores, mas, em vez disso, ela está agravando o problema.”

     

  4. as teses do stiglitz são as

    as teses do stiglitz são as defendidas por vários comentaristasd daqui, há tempos…

    o que mias me impressiona é a falta de visão e de sensibilidades

    dos próprioos empresários, que acabam prejudicados por seus próprios equívocos….

    na hora em que exigem altos ajustes fiscais, etc, estão criando problemas a eles mesmos….

  5. Reforma ministerial para ontem, Dilma!

    Faça a reforma ministerial e dê chance para o Brasil escapar da tragédia.

    Vamos direto para o pricipício.

    Dilma, acorda!

    Ps. há mais de 3 anos atrás eu já tinha cravado que a Petrobrás estava falida, não vou errar nesta aqui também.

    1. World faces wave of epic debt

      World faces wave of epic debt defaults, fears central bank veteran

      Exclusive: Situation worse than it was in 2007, says chairman of the OECD’s review committee

      Burning euro notes

      The next task awaiting the global authorities is how to manage debt write-offs without setting off a political storm Photo: Rex

      The global financial system has become dangerously unstable and faces an avalanche of bankruptcies that will test social and political stability, a leading monetary theorist has warned.

      “The situation is worse than it was in 2007. Our macroeconomic ammunition to fight downturns is essentially all used up,” said William White, the Swiss-based chairman of the OECD’s review committee and former chief economist of the Bank for International Settlements (BIS).

       

      “Emerging markets were part of the solution after the Lehman crisis. Now they are part of the problem, too.”William White, OECD  

       

      “Debts have continued to build up over the last eight years and they have reached such levels in every part of the world that they have become a potent cause for mischief,” he said.

      “It will become obvious in the next recession that many of these debts will never be serviced or repaid, and this will be uncomfortable for a lot of people who think they own assets that are worth something,” he told The Telegraph on the eve of the World Economic Forum in Davos.

      “The only question is whether we are able to look reality in the eye and face what is coming in an orderly fashion, or whether it will be disorderly. Debt jubilees have been going on for 5,000 years, as far back as the Sumerians.”

      The next task awaiting the global authorities is how to manage debt write-offs – and therefore a massive reordering of winners and losers in society – without setting off a political storm.

      Mr White said Europe’s creditors are likely to face some of the biggest haircuts. European banks have already admitted to $1 trillion of non-performing loans: they are heavily exposed to emerging markets and are almost certainly rolling over further bad debts that have never been disclosed.

      The European banking system may have to be recapitalized on a scale yet unimagined, and new “bail-in” rules mean that any deposit holder above the guarantee of €100,000 will have to help pay for it.

      The warnings have special resonance since Mr White was one of the very few voices in the central banking fraternity who stated loudly and clearly between 2005 and 2008 that Western finance was riding for a fall, and that the global economy was susceptible to a violent crisis.

      Mr White said stimulus from quantitative easing and zero rates by the big central banks after the Lehman crisis leaked out across east Asia and emerging markets, stoking credit bubbles and a surge in dollar borrowing that was hard to control in a world of free capital flows.

      The result is that these countries have now been drawn into the morass as well. Combined public and private debt has surged to all-time highs to 185pc of GDP in emerging markets and to 265pc of GDP in the OECD club, both up by 35 percentage points since the top of the last credit cycle in 2007.

      “Emerging markets were part of the solution after the Lehman crisis. Now they are part of the problem too,” Mr White said.

      Mr White, who also chief author of G30’s recent report on the post-crisis future of central banking, said it is impossible know what the trigger will be for the next crisis since the global system has lost its anchor and is inherently prone to breakdown.

      Chinese devaluation clearly has the potential to metastasize. “Every major country is engaged in currency wars even though they insist that QE has nothing to do with competitive depreciation. They have all been playing the game except for China – so far – and it is a zero-sum game. China could really up the ante.”

       

       

      Mr White said QE and easy money policies by the US Federal Reserve and its peers have had the effect of bringing spending forward from the future in what is known as “inter-temporal smoothing”. It becomes a toxic addiction over time and ultimately loses traction. In the end, the future catches up with you. “By definition, this means you cannot spend the money tomorrow,” he said.

      Federal Reserve

      A reflex of “asymmetry” began when the Fed injected too much stimulus to prevent a purge after the 1987 crash. The authorities have since allowed each boom to run its course – thinking they could safely clean up later – while responding to each shock with alacrity. The BIS critique is that this has led to a perpetual easing bias, with interest rates falling ever further below their “Wicksellian natural rate” with each credit cycle.

       

      “It was always dangerous to rely on central banks to sort out a solvency problem … It is a recipe for disorder, and now we are hitting the limit.”William White, OECD  

       

      The error was compounded in the 1990s when China and eastern Europe suddenly joined the global economy, flooding the world with cheap exports in a “positive supply shock”. Falling prices of manufactured goods masked the rampant asset inflation that was building up. “Policy makers were seduced into inaction by a set of comforting beliefs, all of which we now see were false. They believed that if inflation was under control, all was well,” he said.

      In retrospect, central banks should have let the benign deflation of this (temporary) phase of globalisation run its course. By stoking debt bubbles, they have instead incubated what may prove to be a more malign variant, a classic 1930s-style “Fisherite” debt-deflation.

      Mr White said the Fed is now in a horrible quandary as it tries to extract itself from QE and right the ship again. “It is a debt trap. Things are so bad that there is no right answer. If they raise rates it’ll be nasty. If they don’t raise rates, it just makes matters worse,” he said.

      There is no easy way out of this tangle. But Mr White said it would be a good start for governments to stop depending on central banks to do their dirty work. They should return to fiscal primacy – call it Keynesian, if you wish – and launch an investment blitz on infrastructure that pays for itself through higher growth.

      “It was always dangerous to rely on central banks to sort out a solvency problem when all they can do is tackle liquidity problems. It is a recipe for disorder, and now we are hitting the limit,” he said.

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    2. JUROS e PETROBRAS

      Ao ler a entrevista fiquei super contente. Estava cansado de ler comentários de economista, analistas e outros istas que já começava a pensar que, irrediavelmente, eu era burro. Agora chego a conclusão que, se sou burro, irremediavelmente o Prémio Nobel também o é! Tudo, mais tudo mesmo, que ele diz eu digo ha mais de 15 anos. (Não, não aceito convite para Diretor do BC). É cristalino o que ele diz.

      Outro assunto é PETROBRAS. Como aparece pessoas com conclusões simplórias e imediatistas. Será que acham que o “ouro negro” perderá a importancia antes de cem anos? Petrobras quebrada? Só se o petróleo perdesse a importancia nos p´roximos dez anos. Não acredito que isto vá acontecer. O corpo técnico da Petrobrs é fantástico. Os corruptos estão sendo afastados ( os desvios acontecidos, apezar de grandes para empresas comuns, é coisa ínfima em relação a grandeza da dela. A Petrobras é estratégica para o Brasil, foi erro privatizar qualquer fatia dela. Era para ter ficado estatal sem se preocupar com lucros para acionistas tinha que se preocupar com lucros para o Brasil. Foi erro querer fazer a Petrobras maior do que precisava ser. Que ficasse do tamanho do Brasil era suficiente para ela e o Brasil agradeceria, pois pelo tamanho do país ele precisava dela, e se bastava. Se o petroleo perder importancia daqui a cem anos ela, empresa, passaria a ser sem importancia. Mas até isto acontecer a importancia dela é para o Brasil e não para o mundo.

      NÃO SEI SE PRECISO DESENHAR

  6. Duas coisas…

    Em uma justificativa para o aumento de juros, uma das atas do COPOM mencionava que “… a melhor literatura recomendava o aumento das taxas de juros..” 

    Os caras leram em um livro” UM LIVRO! Leram em algum canto que deveriam fazer essa besteira toda. Saíssem do ar condicionado veriam uma economia diferente dos livros mal escritos.

    Na ótima entrevista menciona-se “… A primeira é a desigualdade. As pessoas no topo não gastam tanto (como parte da sua renda) quanto as pessoas na base. Então, à medida que a desigualdade cresce, a demanda se enfraquece.”

    Uma questão que sempre ocorreu-me. Há um senso comum de que os rentistas e banqueiros são gananciosos e loucos por dinheiro (no pior sentido). Em minha opinião são é preguiçosos. Fossem realmente ambiciosos procurariam uma maior base de consumo e atividade econômica que garantiria lucros muito maiores com uma economia maior, ganhando em escala. Em minha percepção são financistas bastante medícres o que explica a falta crônica de talentos no BC e as atas pueris do COPOM que são cheias do que dizia Jonathan Swift “tentam através de palavras multiplicadas provar que o preto é branco e o branco é preto e que a mentira é verdade e a verdade é mentira…”

  7. Essa ideia de colocar

    Essa ideia de colocar bancario como ministro da fazenda ou presidente de bc nunca deu certo no Brasil desde os tempos do Sarney. Mesmo já tendo esse historico os presidentes continuam errando. É incrivel a capacidade de nossos administradores persistirem nos erros.

  8. Stiglitz para o BC e para a

    Stiglitz para o BC e para a Fazenda. Pé na bunda desses jaguaras tupiniquins vendidos para o mercado financeiro, assassinos da economia real e do estado de bem-estar social.

  9. Política econômica para a produção, não para rentistas

    Voltando a Aristóteles e às causas: a causa eficiente da atual política econômica brasileira, os condutores dela, ganham mais com o fracasso do Brasil (mas com o enriquecimento espetacular dos rentistas) do que com o sucesso do país. Além disto, se demitidos, são premiados pelas organizações financeiras com mamatas regiamente remuneradas, como o caso de Levy, um de muitos, prova.

    Os empresários que estão comprometidos com a produção e que não foram ainda cooptados pelo rentismo, esmagados por um financismo que os explora e por um Judiciário estúpido que desmonta empresas, deveriam há muito ter criado think tanks para defender a área produtiva de nossa economia de parasitas financeiros, políticos e judiciários. Uma primeira providência é suportar veículos que defendam a área produtiva.

    Nas mãos de Tombinis e Levys, o futuro do Brasil é trágico. O Brasil tem de ser daqueles que trabalham e produzem em favor do país.

  10. ATÉ QUANDO ISSO?

    Crises e crises…  exemplos e exemplos…  continuamos com os mesmos erros

    – taxas de juros alta aumenta a crise

    – Queda das exportações aumenta crise

    – Dar atenção demais a escândalos de corrupção, fazendo a política do quanto pior, melhor,  provocado pela imprensa, aumenta a crise.

    – Preço de petróleo baixo NÃO É BOM para nenhuma economia. Os vendedores perdem e os compradores ganham, temporariamente. Pois quem perde, contrai gasto, e quem ganha, acaba economizando por longo prazo, gerando desinvestimento.

     

  11. Há Tá! Dá o prêmio Nobel pra mim!

    Qualquer economista mirim, chuletão, pé de chinelo, sabe disto aí…

    O BC brasileiro é gerido pelo maior bando de chacais do mundo. Este pessoal deveria ser enforcado em praça pública por roubar uma nação inteira. O que me entristece é ver o Governo do PT engolindo isto tudo, jogando fora 12 anos de governos de meia boca a bom.

    Não sei como ainda não jogaram frutas e legumes estragados nestes economistas LADRÕES DA NAÇÃO.

    Parece que o “Cavalo de Tróia” foi tirado do recinto? Não! Ele somente foi trocado… 

    O PT perdeu para os rentistas…

  12.  
    O preço da

     

    O preço da desigualdade

    Novo livro do economista Joseph Stigliz promove uma análise crítica das causas e consequências das desigualdades nos Estados Unidos.

    O crescente fosso entre os 1% mais ricos e os restantes 99% da população norte-americana é a evidência empírica de base a partir da qual Joseph Stiglitz desenvolve uma análise integrada dos fatores que explicam esse fenómeno e as suas consequências. O principal objectivo da obra é o de promover uma cartografia dos processos econômicos, mas sobretudo políticos, que fizeram dos Estados Unidos da América (EUA) uma sociedade na qual a riqueza e o bem-estar se concentram cada vez mais numa minoria da população.

    VÍDEO – entrevista com Joseph Stigliz, economista, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2001 e ex-chefe do Conselho de Assessores Econômicos no primeiro período do governo Bill Clinton

     

    https://www.youtube.com/watch?v=w8OYlOCb0IM

  13. Amigos, eu pergunto, onde
    Amigos, eu pergunto, onde está Dilma?
    Ela fez uma tentativa de baixar os juros, no primeiro mandato, forçando o BC a reduzí-los, porque não tentar novamente, se for o caso tira o “trombini”!

    1. Dilma sabe muito bem

      Dilma sabe muito bem o que faz. Ela se acovardou diante as manifestações rentistas de 2013, e mudou de lado. Agora ela é uma empregada neoliberal do rentismo. Quanto antes o povo acordar para esta realidade,melhor será.

  14. Até as pedras sabem disto…

    Até o reino mineral sabe disto… O que este inocente senhor não sabe, é que estamos em uma guerra do mercado contra os governos de esquerda. Então tudo o que o mercado puder fazer para quebrar o país contra o povo, ele fará. Enquanto esta guerra não terminar, nenhuma medida que melhore o país vai ser ouvida pelo BC.

  15. higienização,…

    enquanto não se fizer uma limpeza na cambada que esta instalada no BC a décadas, e que busca todos os interesses, menos o interesse do Brasil, ….  vai tudo continuar a lesma lerda….

  16. Hum, então nossa inflação é

    Hum, então nossa inflação é de custos, não de demanda, logo o aumento dos juros é inócuo para combatê-la, mas não para a economia que na verdade é muito danoso. 

    E o caminho para solucionar? Políticas anticíclicas, estimular o consumo.

    Sabem quem sugeriu isso há alguns meses? Isso mesmo, o presidente Lula.

  17.  O Levy foi um desastre. Por

     O Levy foi um desastre. Por que a política de juros altos combate a inflação, segundo o manual neokeynesiano? Primeiro, reduz a demanda, pelas razões já explicadas por muitos. Segundo, ao aumentar o desemprego reduz o poder de barganha dos trabalhadores fazendo com que os salários nominais aumentem menos do que a inflação. No entanto, ainda segundo o manual, quanto maior for a indexação formal ou informal, maior é o custo em emprego e produto para reduzir a inflação via aumento de juros. E há um agravante: a redução do nível de atividade diminui a arrecadação tributária, o que se soma ao aumento dos gastos com juros, resultando em crise do setor público, piora das expectativas, etc. Some-se a tudo isso os choques cambiais e dos preços administrados e redução dos gastos do governo. Mas os economistas neoliberais nos dizem que o contrário ocorre. O ajuste fiscal e os juros altos vão restaurar a confiança do setor privado, que aumentará seus investimentos ocupando o espaço aberto pela contração do ineficiente setor público… Sendo as políticas monetária e fiscal críveis, o custo em termos de produto não será tão alto. Durma-se com um barulho desses. Esses caras realmente acreditam que “reformas do setor público” (tipo previdência, etc) vai levar as empresas multinacionais aumentar os investimentos em plena crise mundial, com os preços das commodities despencando? Mas a grande questão é: por que a Dilma entrou nessa? Por que ela entregou a polícia econômica a um funcionário do sistema financeiro? Só faltou chamar o Meirelles para fazer dupla com o Levy. A resposta a essa questão só pode estar na política.

  18. na última reunião que

    na última reunião que aumentou os juros, o país já estava em recessão. Agora, o país continua em recessão e os caras dizem: “OK, vamos continuar ganhando a mesma coisa até a próxima reunião!”

    1. Taxa selic
      Esse é o maior problema do país,um BC alinhado com os interesses do capital financeiro, que dita, antecipadamente, de quanto deve ser o aumento dos juros e o tamanho da recessão. É triste mas é a mais pura verdade !

  19. modewanderleysilva=on
    Tadinho

    modewanderleysilva=on

    Tadinho desse Stiglitz para saber mais economia do que a Mirian Leitão ou o Merval Pereira.

    modecoxinha=off

     

  20. Dilma está demorando muito

    Dilma tá demorando muito a substituir o comando do BC. A turma que está lá só entende de taxa de juros e câmbio. Todos sabem que não é isso que toca a economia da nação. Seria importante o comando do BC ser entregue a alguém que entenda de produção, distribuição e consumo. O país possui vários economistas com esse perfil. As atuais decisões do BC só favorecem os rentistas. Isso precisa mudar e rápido.  

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