Temer, o vice que se move nas sombras

Jornal GGN – Matéria do jornal Zero Hora publicada no último final de semana analisa a movimentação do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), em meio à crise política enfrentada pela presidente Dilma Rousseff. Segundo a matéria, assinada por Carlos Rollsing, Temer se distancia das negociações políticas na tentativa de preservar sua própria imagem, enquanto seus escudeiros no PMDB articulam o impeachment da presidente Dilma. 

A matéria, publicada antes da carta de Temer para a presidente, também afirma que o vice-presidente se tornou uma “peça decorativa no organograma do governo federal”, sem funções executivas dentro do Planalto. 

Enviado por jns

Do Zero Hora

O vice que se move nas sombras do Planalto

Carlos Rollsing

Enquanto Michel Temer se mantém distante das negociações políticas, procurando preservar a imagem, seus escudeiros do PMDB entram em campo para articular o impeachment de Dilma e planejar um eventual governo comandado pelo atual vice-presidente
 
Nenhum movimento em público, discretas articulações nos bastidores. Essa será a tônica do comportamento do vice-presidente Michel Temer no processo de impeachment de Dilma Rousseff, de quem ele poderá herdar o mais importante cargo do país.

A postura não fugirá ao hábito tradicional do peemedebista, de perfil moderado e conciliador, com certo grau de mistério e dubiedade em suas posturas, típico de quem sabe se mover nas sombras.

Na política, Temer sempre foi um radical da cautela. Experiente, três vezes presidente da Câmara dos Deputados, agora depara com quadro mais delicado. Tem interesse direto nos desdobramentos, e os seus cuidados deverão ser redobrados. Se defender o impeachment abertamente, soará oportunista.

Se apontar ilegalidade no processo, comprometerá a sua  legitimidade para assumir o cargo caso a cassação da petista se confirme. É por isso que buscará passar longe dos holofotes.

— Ele vai ficar afastado desse processo. Isso não significa que não vai conversar com os companheiros e emitir opinião, mas, publicamente, guardará distância — avalia o deputado federal Alceu Moreira (PMDB).

Embora as análises sejam cautelosas, o indicativo óbvio é de que o vice-presidente conta com a hipótese de ser alçado à Presidência.

— Ele não manifestou nada, mas é claro que, intimamente, acredito que deve ter o interesse em ser presidente — diz o deputado federal Osmar Terra (PMDB).

Alguns sinais exarados ao longo de 2015 mostram que o PMDB se afastou do PT e, depois, procurou se apresentar como alternativa real de projeto para o país.

No primeiro semestre, o governo enfrentava dificuldades de articulação política — um dos problemas crônicos do Palácio do Planalto — e Temer foi chamado para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). Eliseu Padilha, seu braço direito, auxiliava paralelamente às atividades de ministro da pasta da Aviação Civil.

Logo as relações foram se deteriorando, os peemedebistas deixaram as funções em agosto e, partir daí, se consolidou o afastamento.

— Depois que deixou a secretaria, Temer deixou de ter funções executivas — admite o deputado federal Baleia Rossi, um dos mais próximos de Temer e presidente do PMDB de São Paulo.

Sem tarefas executivas no Poder Executivo, o peemedebista ficou escanteado, uma peça decorativa no organograma do governo federal, enquanto os petistas voltavam a controlar sozinhos o coração do Planalto.

— Depois disso, a reforma ministerial foi a linha definitiva do afastamento com Dilma. Ela conduziu as questões do PMDB somente com o Picciani (Leonardo, líder da bancada do PMDB) e passou por cima do partido, ignorou o Michel — avalia o deputado estadual Gabriel Souza (PMDB), que já atuou na Secretaria-Geral da Presidência da República, em 2011, por indicação pessoal de Temer.

A cabal sinalização do rompimento foi o lançamento, no final de outubro, do documento “Uma Ponte para o Futuro”, programa político do PMDB para o Brasil alinhado com reformas estruturais clamadas pelo mercado, antagônico às pregações históricas do PT. Foi o indicador de independência.

— Com esse lance, foi como se ele dissesse que o PMDB tem proposta para um novo Brasil e que está preparado (para assumir) — analisa o deputado federal Darcísio Perondi (PMDB).

Outros elementos começam a indicar que Temer não fará nenhuma defesa de Dilma. Quando Jaques Wagner, ministro da Casa Civil, e Rui Falcão, presidente nacional do PT, tentaram atribuir a ele, nos últimos dias, posições de apoio a presidente, Temer prontamente desmentiu.

Temer terá encontro com oposicionistas do PSDB

Os aliados mais próximos do vice começam a trabalhar pelo impeachment ou, ao menos, a aprofundar o divórcio. Eliseu Padilha, depois de consultar Temer, abandonou a Esplanada dos Ministérios. Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, braço intelectual de Temer, é vigoroso nas críticas ao governo Dilma nas redes sociais.

Ele é apontado como um possível articulador do impeachment, assim como Baleia Rossi. O fato é que os aliados mais fiéis a Temer começam a indicar o lado da trincheira em que irão se posicionar. Nos bastidores, corre até a informação de que o vice-presidente já teria contatos, desde o PT até o PSDB, para fazer um governo de coalizão.

Pelos mais entusiasmados, ele é apontado como o novo Itamar Franco, que assumiu o país após a queda de Fernando Collor para promover um mandato de conciliação.

— Conheço o Michel e não acredito que ele esteja fazendo isso, articulando agora um governo de coalizão. Mas nós vamos fazer, vamos convencer deputados e senadores. Sem um governo de unidade, vamos para o buraco — comentou Perondi.

Com os escudeiros em campo, Temer coloca em prática o seu plano de distanciamento. Não participa das reuniões do núcleo do governo e saiu de Brasília por alguns dias. Viajou para São Paulo.

Na segunda-feira, irá ao Palácio dos Bandeirantes encontrar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e receber uma homenagem do empresário João Doria Junior, filiado ao PSDB e crítico contumaz do Planalto.

Com tantos enigmas, habilidosas costuras e movimentos calculados, Temer também é considerado um estrategista imprevisível.

— Ele é um muçum ensaboado. Em 2006, veio aqui no Estado e defendeu a candidatura própria à Presidência. Na convenção, criaram uma regra para favorecer o Garotinho (Anthony) na prévia contra o Germano Rigotto. Eles sabiam que, se ganhasse o Garotinho, ele não sobreviveria ao processo político, não chegaria a ser candidato, cairia antes. E foi isso que aconteceu. Esse é o Temer, fala uma coisa e faz outra — diz um peemedebista gaúcho.

Documento do PMDB traz críticas ao governo Dilma

Em outubro, quando lançou o documento “Uma Ponte para o Futuro”, com remédios econômicos rechaçados pelo PT, a principal intenção de Michel Temer, garantem os aliados, era mostrar à sociedade o programa de governo do PMDB para as eleições de 2018, quando a sigla teria candidato próprio à Presidência.

O processo de impeachment contra Dilma Rousseff precipitou os fatos e, agora, a intenção é aplicar o programa caso Temer, de fato, se torne o presidente.

Escritas pelo ex-deputado Moreira Franco em parceria com economistas, mas sempre sob a supervisão de Temer, as 19 páginas trazem críticas claras ao governo Dilma. Embora não haja citação direta, constam frases como “nosso desajuste fiscal chegou a um ponto crítico” e “nos últimos anos, é possível dizer que o governo federal cometeu excessos”.

As propostas caíram no gosto do empresariado, de investidores e de parte dos economistas. Independentemente de concordar ou não com o conteúdo, o chamado Plano Temer surpreendeu por sugerir e defender claramente reformas impopulares para ressuscitar a economia brasileira e evitar colapsos futuros.

Na política do país, calcada no acordo tácito de não desagradar a ninguém, são mais tradicionais os programas vazios e superficiais.

Já o documento do PMDB defende a necessidade de estabelecer idade mínima para a aposentadoria e de dar fim às vinculações constitucionais no orçamento, como os repasses mínimos para saúde e educação. Também seriam extintas as indexações, seja para salários ou benefícios previdenciários. Os reajustes seriam discutidos anualmente, conforme o cenário.

As medidas, assegura o texto, vão baixar a inflação, reduzir os juros, controlar o perigoso crescimento da dívida pública e devolver ao país a capacidade de investimento, sobretudo o privado, uma prioridade da cartilha.

Se subir a rampa do Palácio do Planalto, o Plano Temer estará debaixo do braço do novo presidente.

LEIA TRECHOS DO PROGRAMA
“O país clama por pacificação, pois o aprofundamento das divisões e a disseminação do ódio e dos ressentimentos estão inviabilizando os consensos políticos sem os quais nossas crises se tornarão cada vez maiores.”

“Nos últimos anos o crescimento foi movido por ganhos extraordinários do setor externo e o aumento do consumo das famílias, alimentado pelo crescimento da renda pessoal e pela expansão do crédito ao consumo. Esses motores esgotaram-se e um novo ciclo de crescimento deverá apoiar-se no investimento privado e nos ganhos de competitividade do setor externo, tanto do agronegócio, quanto do setor industrial.”

“Nos últimos anos é possível dizer que o governo federal cometeu excessos, seja criando novos programas, seja ampliando os antigos, ou mesmo admitindo novos servidores ou assumindo investimentos acima da capacidade fiscal do Estado. A situação hoje poderia certamente estar menos crítica.”

“Outro elemento para o novo orçamento tem que ser o fim de todas as indexações, seja para salários, benefícios previdenciários e tudo o mais. A cada ano o Congresso, na votação do orçamento, decidirá, em conjunto com o Executivo, os reajustes que serão concedidos.”

Redação

29 Comentários

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  1. Traíra

    O seu silêncio o denunciou. Como ele próprio revelou quando, fingidamente, soube que havia vazado a carta para a imprensa –  é um sínico. Mas agiu feito criança nessa jogada. Temos que tomar cuidado com os próximos passos. Eles estão em silêncio, porém com o filme queimado diante da opinião pública. Simplismente, ficará para a história como mais um traidor da democracia.  

  2. Lula se lascou quando viu

    Lula se lascou quando viu melhor a cara do ladrão, bandido confesso, Roberto Jefferson, que saiu do seu governo atirando aos quatro ventos por ter tido seus interesses ameaçados. Por pouco não entrou na História como o salvador da Pátria. Por muito tempo Moreira Franco vem participando dos governos petistas. E quem é Moreira Franco, senão um falastrão, mentiroso e traidor. Desserviu ao povo carioca, quando, mentindo, assumiu seu governo. Não tem capacidade nem mesmo para ser síndico de um prédio. Por que, então, foi necessária a presença dele nos governos petistas? 

    O PMDB podia ter passado sem aquela carta infantil, como estão dizendo por aí. O que se pode esperar de um sujeito, que até ontem parecia ser responsável, aproveitar-se de circunstâncias para dizer, enfim, a que veio. Sua história ficou marcada para o resto de sua vida com essa missiva, mesmo, e talvez mais ainda, se vier a sentar-se na cadeira de Dilma, porque, uma vez sentado, terá que abrir os ouvidos e assumir o diálogo com o que existe de pior no seu partido, e em todos os outros que hoje estão a mimá-lo. Só Deus sabe o que seria o Brasil na mão desses moleques, desocmpromissados com a democracia, e mais afeitos aos seus interesses próprios.

    E pensar que, mesmo após a carta, Dilma ainda encontra brechas para falar com Michel Temer. Falar o quê? Será mais um tiro no pé que a Presidente está preparando pra ela mesma?

      1. Então, entraram no governo e DESDE então …

        Nunca se atacou tanto a corrupção. Ainda que seja também a interna (ou vc acredita que não existe mal feitos em QUALQUER país, instituição ou empresa nacional, estrangeira ou internacional, publica ou privada?

        Recordes de investigações, processos e condenações! Sem interferências, arquivamentos e engavetamentos…

        O que ainda não se conseguiu foi:

        1) Uma mídia equilibrada e plural que pare de destacar só as corrupções de um lado (menores e mais novas) e abafe as de outro lado (maiores, mais antigas e perenes).

        2) De (1), um povo melhor informado para não votar nesta canalhada que está aí e se mantém há séculos mamando.

        3) Uma Justiça desaparelhada, não política, corrupta e elitista, pois é OUTRO poder, não eleito.

        É lento e difícil mesmo. Mas a gente chega lá! 

         

        1. “Nunca se atacou tanto a

          “Nunca se atacou tanto a corrupção” inversão de causa e efeito. a corrupção passou dos “limites” e por isso é pega.

          “Sem interferências,’ um senador lider do governo foi preso por isso, a secretaria de aviação esta sendo rifada como pode afirmar sem interferêmcia?

          1,2,3 avançando temos que ter uma republica federativa democrática com voto distrital.

          Republica porque não somos uma, federação porque é um estado único, democrática porque o poder economico que manda hoje, voto distrital para qualificar o voto e podemos discutir sobre parlamentarismo.

           

          1. Atenha-se a fatos, não a torcidas e opiniões incongruentes

            Fato: o numeros de investigações feitas pela PF (Executivo) MULTIPLICOU-SE incomparavelmente.

            Fato: A PF e o MP agem livremente (até demais…) sem telefonemas, arquivamentos e engavetamentos do que é governo.

            Fato: Delcidio (que veio do PSDB e já é acusado de corrupção nestes tempos, como o FATO da compra a maior da Alstom) foi relator pelo PT da CPI dos Correios (® mensalão) que foi até o final, não acabou em pizza e gerou a famigerada AP470 que focou eminentemente em políticos do PT, Já a dos tucanos… (outro fato).

            Fato: Delcidio foi preso por uma gravação sobre corrupção relacionada aos tempos do PSDB.

            Fato: Secretaria de Aviação não está sendo rifada, o seu titular é que não aceita ser impedido de colocar comparsas lá dentro. O governo mantém a disponibilidade de sua substituição pela base aliada. Politica.

            Fato: o único fato que vc cita “de fato” é que “o poder econômico que manda hoje” (sic).

            O restante de seu comentário é opinativo. Um direito seu.

            Opiniões que vc sequer percebe, cazuzamente, que não correspondem aos fatos (como o último, citado por vc mesmo).

             

          2. “Fato: o numeros de

            “Fato: o numeros de investigações feitas pela PF (Executivo) MULTIPLICOU-SE incomparavelmente.”

            Eu disse que diminuiram?

            A falácia é atribuir isso não ao aumento da corrupção.

            “Fato: A PF e o MP agem livremente (até demais…) sem telefonemas, arquivamentos e engavetamentos do que é governo.”

            Não por desejo ou mérito do ataul governo mas pela melhora da infornação, pelo governo ele “melava” tudo.

            “Fato: Delcidio (que veio do PSDB e já é acusado de corrupção nestes tempos, como o FATO da compra a maior da Alstom) foi relator pelo PT da CPI dos Correios (® mensalão) que foi até o final, não acabou em pizza e gerou a famigerada AP470 que focou eminentemente em políticos do PT, Já a dos tucanos… (outro fato).”

            Passa a lista dos verdadeiros petistas porque se algum for preso ,  eu tenha como saber se é petista de verdade. A CPI do mensalão não prendeu o chefe do esquema, Lula.

            “Fato: Delcidio foi preso por uma gravação sobre corrupção relacionada aos tempos do PSDB.”

            E porque então o PT o aceitou de braços abertos  para continuar a pilhar agora para o PT,ou  supondo que o PT não sabia dos fatos , vale o mesmo pra o PSDB. 

            “Fato: Secretaria de Aviação não está sendo rifada, o seu titular é que não aceita ser impedido de colocar comparsas lá dentro. O governo mantém a disponibilidade de sua substituição pela base aliada. Politica.”

            O fato é que ninguém quer se aliar com o governo caindo.

             

             

             

             

             

  3. Filhos do fogo

    Segundo o escritor cristão de pseudônimo “Daniel Mastral”, ex-integrante de uma irmandade satanista denominada “Church of  Satan” ou simplesmente de “irmandade”, com ramificações no mundo inteiro, distinta, porém ligada à maçonaria, Michel Temer seria um de seus eminentes membros paulistas, e o escritor cristão seu filho bastardo.

    Esses fatos são razoavelmente conhecidos no meio cristão evangélico e são revelados em uma autobiografia intitulada “Filhos do Fogo”, onde o personagem do livro chamado “Marlon” seria Michel Temer.

    Fisionômicamente, os mesmos são bastante parecidos.

    O escritor e supostamente filho de Michel Temer nunca foi processado por fazer essas acusações contra o mesmo… 

    Aqui uma entrevista de 2010, onde Michel Temer admite ter conhecimento das acusações que pesam sobre ele a respeito desse assunto (de ele ser satanista): http://rollingstone.uol.com.br/edicao/34/o-vice-da-dilma#imagem0

  4. E se move nas sombras mesmo:

    E se move nas sombras mesmo: na coluna da Mônica Bérgamo de hoje há uma referência a encontros de Temer e Janot. Um dos pedidos do vice presidente seria para o PGR aliviar a barra do Eduardo Cunha. Deve ser por isso que a procuradoria do Brasil não procurou nada do Cunha: quem trabalhou no caso foi o Ministério Público da Suiça. E deve ser por isso também que Janot não encontra motivos para prendê-lo. 

    É vergonhoso. Algumas das nossas autoridades não merecem o salário que o povo brasileiro lhes paga.

    Tutti farabutti

      1. Vera Lúcia,
        Você se esqueceu

        Vera Lúcia,

        Você se esqueceu de mencionar o Aético e a Lista de Furnas, os irmãos Perrela (amigos de Aético) e o helicóptero com 445kg de pasta base de cocaína e a PF que abafou o caso, o Anastasia e aquela casa da propina, na ZS de BH. Nada disso sensibiliza o PGR. Que tal redigir uma carta aberta e perguntar a Rodrigo Janot essas coisas?

    1. Lembra?

      Lembra que, depois do Delcídio falar que fez e fará pressão em alguns agentes públicos, o STF se escandalizou e o Teori mandou a frase: “E o pior ainda está por vir…”?

      .

      Então… pode estar vindo daí.

      Sinceramente, não entendo o pânico do Temer. (ou entendo, mas não quero acreditar que até ele…)

  5. Caro Luis Nassif e demais
    Caro Luis Nassif e demais membros do GGN, gostaria de alertá-los para algo grave que tem acontecido no Facebook.  A comunidade abaixo foi feita pela Frente de Legalidade, articulada por Ciro Gomes e Flavio Dino, contrária ao golpe. Acontece que, no entanto, o Facebook não está permitindo que se convide os amigos para curtirem a página, o que está prejudicando que ela atinja mais pessoas. Já questionei o Facebook quanto a isso e eles não deram nenhuma resposta, a não ser algo vago, do tipo, “quando muita gente curte, o Facebook bloqueia”. Mas essa situação está acontecendo há três dias e bloqueio continua.  Informei-os da situação no domingo e, até agora, nada. Pergunto-me qual o interesse do Facebook, empresa norte-americana, a impedir a divulgação da página da principal frente de legalidade atualmente no Brasil. Se puderem, por favor, façam a denúncia. A página é a: https://www.facebook.com/golpenuncamais.br/ Obrigado, 

  6. Posição cômoda de se

    Posição cômoda de se distanciar para tentar preservar a imagem, só que o ignorante se esquece de que quem cala consente (com o impeachment), e é mais ignorante ainda por achar que os corruptos articuladores do golpe (em seus delírios criminosos) irão poupá-lo.

    Se conseguissem suas maracutaias, os golpistas lhe dariam no máximo, novamente, a presidência da câmara sob a rédea curta da dita-dura, dos alucinados descumpridores de leis.

    Esse Temer se colocou numa posição de total motivo de PIADA NACIONAL. É só isso que conseguem os covardes, que agem escondidos nos esgotos, e não às claras.

    Ele é um traidor do governo, pelo menos desde a eleição do cunha corrupto para câmara. 

  7. Para quem já assistiu um

    Para quem já assistiu um desenho antigo chamado “Caverna do Dragão”, diria que o “estimado” amigo da onça Temer lembra muito um personagem do desenho: o “demônio das sombras”, aquele que ajuda, de maneira sorrateira, ao outro personagem malvado, o “vingador” a cometer as mais diversas maldades. 

    1. Inviável tua proposta.
      Se

      Inviável tua proposta.

      Se protocolar pedido de impedimento do vice por pedaladas, automaticamente o oficialismo reconhece que as pedaladas de Dilma foram crime de responsabilidade contra a Lei de Responsabilidade Fscal.

      Situação pericletante, fugir da frigideira para cair no fogo.

       

       

  8. Livre para comprar. Livres para vender

    POR FERNANDO BRITO · 09/12/2015

    Alguém, depois das histórias da Suíça e dos papéis de André Esteves ainda tem alguma dúvida sobre os “argumentos” que usa Eduardo Cunha para, mesmo a dois passos do cadafalso, obter tantos votos na Câmara?

    livres

    Sejam dívidas do passado ou promessas de futuro, agora que Michel Temer já oferece as fatias do bolo que não é seu, como conta Monica Bergamo na Folha, há moedas de todos os sons a oferecer.

    E, do outro lado, mãos ávidas por recebe-las.

    É curioso, tomara que não trágico, que isso se faça em nome da “moralidade”.

    Não é inédito, entretanto. Ouve-se o mesmo canto desde a UDN, a caça aos marajás e tantos surtos com que a direita contamina o país para que não tenha de mostrar sua cara real, horrível e má.

    Há muita gente, porém, que não o percebe.

    E não percebe que a destruição dos partidos políticos, como se viu ontem e ainda se verá, por estes dias, é o caminho para colocar na venda a varejo os votos parlamentares que precisam para alcançar o poder sem os votos populares que lhes faltam.

    (outra curiosidade é que os agentes disso são os que sobem em suas tamancas para falar em “unidade do PMDB”, não é?)

    Já não sendo, depois de décadas, um homem de partido – embora com partido, sempre – tenho liberdade para dizer que, por pior que seja, qualquer ente coletivo melhora a natureza de seus integrantes, porque estabelece entre eles um sistema de freios e contrapesos que contém a ganância individual.

    É isso o que se consegue quando se faz do purismo o fundamentalismo político.

    Os mais imundos, nos métodos e nos fins, são os primeiros a proclamar sua honradez.

    E apontar os partidos como atividades marginais, aquadrilhadas, onde a honestidade individual, querendo ou não, sucumbe à presença do contágio.

    Nessa época de culto ao indivíduo, do “só quero saber do que pode dar certo” é, reconheço, luta inglória, embora não sejam eles, mas as coletividades, em seus erros e acertos, quem empurra o carro da História.

    A xepa da política é o lugar onde impera isso, o varejo do indivíduo.

    E o varejo é onde não apenas se é livre para comprar os homens públicos, mas para que eles possam se vender.

    FONTE: http://tijolaco.com.br/blog/livre-para-comprar/

  9. Tempo atrás quando Temer

    Tempo atrás quando Temer estava sendo escalado para vice da Dilma alertei aos petistas, aqui mesmo nesta blog, que Michel era um perigo. Rezava a lenda urbana que Michael Temer fazia parte de uma seita satanica, taí, o homem tem 75 anos e parece mais novo do eu que tenho 50, casou com linda discípula Marcela de 32 anos e esta com a mão esquerda na presidencia.

    A lenda também diz que Robert Johnson vendeu a alma ao diabo para se tormar o maior blueseiro de todos os tempos, nesse caso a coisa deu certo, pelo menos para nós que curtimos blues, esperemos que aconteça o mesmo com Temer no poder…

    hehehe

     

     

  10. José Serra, Ministro de José Temer

    por MONICA BERGAMO, na FOLHA

    Temer já desenha equipe de seu futuro governo

    Publicado em 08/12/2015 17:54 e atualizado em 09/12/2015 03:13

    O vice-presidente Michel Temer já desenha a equipe de seu eventual futuro governo, caso venha a substituir a presidente Dilma Rousseff. O homem forte da economia, de acordo com os planos dele, será Henrique Meirelles.

    A POSTOS

    Os dois mantêm canal aberto. Segundo interlocutores do vice-presidente, Meirelles, que aceitaria a “missão” até mesmo se fosse convidado por Dilma, como chegou a ser articulado, estaria pronto a assumir o comando do Ministério da Fazenda de eventual governo Temer.

    DE VOLTA

    Nelson Jobim, do PMDB e também próximo de Temer, voltaria ao comando do Ministério da Justiça.

    LÁ LONGE

    Ao senador José Serra (PSDB-SP) seria destinada pasta forte, mas sem qualquer interferência na área econômica. O tucano, que já disse que fará “o possível para ajudar” Temer, é rejeitado pelo mercado financeiro.

    AGENDA CHEIA

    Temer, por linhas tortas, pode seguir o roteiro traçado por Lula para Dilma. Há alguns meses, o ex-presidente sugeriu que ela nomeasse Meirelles para a economia, Jobim para a Justiça e que mantivesse Temer “ocupado” em missões políticas. Lula e Temer, aliás, mantiveram diálogo aberto nos últimos meses, apesar de todo o estresse que cerca a relação do vice com Dilma Rousseff.

    ORDEM E PROGRESSO

    A nomeação de Jobim sempre foi vista por Lula, por setores do PT e do PMDB, como possibilidade de o governo exercer maior controle sobre a Polícia Federal. “Com ele, delegado não vai mandar em ministro”, afirma um interlocutor de Michel Temer.

    FREIO DE ARRUMAÇÃO

    Há grande expectativa também sobre os rumos da Operação Lava Jato no Judiciário caso Dilma caia e Temer assuma. A imprensa se concentraria na cobertura do novo governo, diminuindo o espaço destinado às investigações. Ministros de tribunais superiores se sentiriam menos “acuados”, na opinião de profissionais do direito, e se encorajariam a tomar decisões contrárias às do juiz Sergio Moro.

    RESPEITO MÚTUO

    É lembrada também a relação respeitosa de Temer com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, outra peça-chave da Lava Jato.

    PALAVRAS

    A relação entre os dois chegou a gerar mal estar entre Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros. Em março, o parlamentar disse a interlocutores que o vice-presidente falou pelo menos três vezes com Janot para tirar investigados da lista da Lava Jato –inclusive Eduardo Cunha– , o que nunca foi comprovado.

    1. Mônica Bérgamo,

      Mônica Bérgamo, ‘interlocutores’ (claro, pois com notas plantadas as pessoas não têm nome próprio) e as fofocas de cada dia, para preencher o espaço da coluna. Se uma delas colar ou se confirmar, ela dirá depois: “bem que eu avisei” ou “eu não disse?”.

      Piada pronta é ver jornalistas que se dizem progressistas (dentre eles Fernando Brito e Marcelo Auler) embarcarem na canoa furada de Jorge Moreno, dando crédito a este pela divulgação do ‘furo jornalístico’ que foi aquela carta do vice-presidente à presidente Dilma. O vice-presidente aderiu ao golpe e deixou uma cópia da carta ao jornalista, como já ficou comprovado; antes da carta ser oficialmente entregue à presidente Dilma, o colunista global já havia divulgado trechos dela, na internet. Desde quando receber de mão beijada uma informação, por correio eletrônico  ou em mãos, oferecida pela fonte, constitui “furo jornalístico”? Que trabalho investigativo e que esfôrço dispendeu Jorge Moreno, para obter a cópia da carta?

      Na conspiração paulista, para aplicar o golpe, Mônica Bérgamo foi nomeda porta-voz do hipotético presidente – que acha que vai presidir o Brasil, mas que já foi moído, um dia depois da entrega da carta à imprensa?

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