Petrobras puxa bolsa, que fecha em alta de 0,29%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa de valores encerrou a terça-feira com leve ganho, em dia marcado pela instabilidade, e favorecida pelo ganho das ações da Petrobras. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou em alta de 0,29%, aos 47.735 pontos e com um volume negociado de R$ 6,397 bilhões. O índice acumula ganhos de 1,49% na semana e de 5,94% no mês, mas perde 4,54% no ano e 16,42% em 12 meses. Os setores que apresentaram as melhores performances foram Petróleo/Petroquímico, Bancos, Siderurgia/Mineração, e Holding Financeira.

“O Ibovespa manteve trajetória errática ao longo do pregão, operando em alta quase a totalidade do período até pouco depois das 14h30min. A partir daí, o índice entrou em baixa, mas, recuperou-se nos 20 minutos finais, apoiado na evolução final positiva do Dow Jones”, dizem os analistas do BB Investimentos, em relatório. “Os papéis de maior liquidez como Petrobras, Vale e do setor de bancos apoiaram o término positivo, com favorável volume financeiro geral. A agência internacional de rating Moody’s declarou hoje: “o cenário mais provável é que a avaliação do rating do Brasil ocorra em meados de 2016” e “só algo totalmente inesperado mudaria nossa visão sobre o País neste ano, pois faltam pouco mais de 90 dias para terminar”. As afirmações deram fôlego ao mercado doméstico”. Externamente, em dia de agenda vazia, as bolsas em Wall Street patinaram, mas, na Europa mantiveram a recuperação de ontem.

Entre as empresas, o destaque ficou com a Petrobras. A estatal anunciou nesta segunda-feira (05) um corte em seu Plano de Negócios, o que acabou sendo interpretado como um sinal positivo e de transparência. Desta forma, os papéis ordinários da estatal (PETR3) subiram 5,21%, a R$ 9,89, enquanto as ações preferenciais (PETR4) ganharam 4,73%, a R$ 8,19.

O desempenho positivo das ações da Vale e dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil também influenciou as operações. As ações ordinárias da Vale (VALE3) encerraram em alta de 0,94%, a R$ 18,31. As ações preferenciais (VALE5) avançaram 1,57%, a R$ 14,92. O Banco do Brasil (BBAS3) ganhou 2,29%, a R$ 16,53. Os papéis do Bradesco (BBDC4) subiram 0,95%, a R$ 23,39. O Itaú Unibanco (ITUB4) teve valorização de 0,91%, a R$ 28,82.

No câmbio, a cotação do dólar fechou em queda pela terceira sessão seguida, e registrou seu menor valor em três semanas. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (6) vendido a R$ 3,843, com queda de R$ 0,058 (-1,48%). A cotação caiu para o menor nível desde o último dia 16 (R$ 3,834).

Em linhas gerais, o dia foi de poucos negócios, o que acabou intensificando o movimento de queda do dólar, mas os investidores continuam preocupados com o cenário político e econômico brasileiro.De acordo com informações da Agência Brasil, a moeda operou em queda durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 12h, chegou a ser vendida a R$ 3,835. Durante a tarde, a cotação oscilou em torno de R$ 3,84. A divisa caiu 3,1% em outubro, mas acumula alta de 44,5% em 2015.

O Banco Central (BC) deu prosseguimento à rolagem (renovação) dos contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. A autoridade monetária renovou 10.275 contratos que venceriam em novembro. Em outubro, o BC rolou US$ 2,05 bilhões de contratos que venceriam no próximo mês, o que equivale a 20% do lote total. Na rolagem, o BC não leiloa novos contratos de swap, apenas prorroga o vencimento dos contratos em circulação.

No cenário externo, contribuiu para a queda do dólar dados sobre o comércio exterior dos Estados Unidos divulgados hoje. Em agosto, o país exportou US$ 185,1 bilhões, queda de US$ 3,7 bilhões em relação ao mês anterior.

A queda nas vendas norte-americanas para o resto do mundo indica que a maior economia do planeta não está crescendo no ritmo esperado. Atrasos na recuperação dos Estados Unidos podem fazer o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) adiar o aumento de juros no país, o que adia a retirada de capitais de países emergentes como o Brasil e pressiona para baixo a cotação do dólar.

Para quarta-feira, os agentes esperam a divulgação do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) e do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no Brasil, além dos dados de crédito ao consumidor nos Estados Unidos, produção industrial na Alemanha, balança comercial na França, produção industrial na Grã-Bretanha, e as reservas estrangeiras na China, entre outros.

 

(com Reuters e Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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