Clipping do dia

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

As matérias para serem lidas e comentadas.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

21 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Sem militância na rede, Aécio usa “robôs” indianos e sul-coreano

    Sem militância na rede, Aécio usa “robôs” indianos e sul-coreanos

     

    A “virada” de Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de voto tem várias razões, muitas das quais oferecidas pelos próprios adversários, sobretudo por Marina Silva e suas contradições, idas e vindas, discursos dúbios e alianças esdrúxulas. Contudo, por certo a militância petista na internet pode se arrogar grande parte desse mérito.

    De meados de agosto em diante, uma certa apatia que vicejava entre essa militância, tanto nas ruas quanto na rede, foi cedendo espaço a forte engajamento de centenas de milhares de filiados e não-filiados do PT que passaram a enfrentar a avalanche pró Marina e Aécio Neves na grande mídia.

    A força do PT na internet ou nas ruas tem razão de ser. Segundo a Justiça Eleitoral, o PT é o segundo partido com mais filiados no país. Porém, em termos de engajamento desses militantes, é, de longe, o primeiro.

    Oficialmente, o PMDB é o partido com o maior número de filiados, com 2,3 milhões de inscritos (15,36% do total de filiados a partidos políticos no país). E, conforme dados divulgados em abril pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em seguida vem o PT, com 1,5 milhão de filiados (10,37% do total).

    Vale dizer que o Brasil tem, ao todo, 15.329.230 de cidadãos filiados a partidos políticos.

    O PMDB tem mais filiados porque, por muito tempo, foi um dos dois únicos partidos tolerados pela ditadura militar – o do governo (Arena) e o de oposição (MDB). É o partido político mais antigo do Brasil. Sob o nome de Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi fundado dois anos após o golpe de 1964 – em 1966. Já o PT, foi fundado 14 anos depois – em 1980.

    O caráter aguerrido da militância do PT é histórico e nem os inimigos do partido negam tal caráter. Com o advento da internet e a popularização da rede no Brasil a partir do início do século XXI, a militância massiva das ruas tornou-se muito mais eficiente.

    No início da campanha eleitoral deste ano, Marina, cuja militância na rede e nas ruas é insipiente, espalhou que o PT havia contratado militantes pagos para atuar na internet. Contudo, essa versão jamais foi comprovada. Até porque, o PT não precisa pagar militantes tendo tantos que trabalham espontaneamente, muitas vezes tirando dinheiro do bolso para militar.

    Palavras de Marina: “Eles [o PT] têm milhares de pessoas pagas nas redes sociais para mentir. É um verdadeiro mensalete”. E, depois, ela se queixa de ser alvo de virulência dos adversários. Faz uma acusação dessas e não apresenta uma só prova. E quando o PT revida, Marina se faz de vítima.

    Mas há candidatos usando militância paga, sim. O campeão é o PSDB. Mas esse uso de militantes pagos tem se resumido a eventos de rua, carreatas, comícios etc. Na rede, estudos recentes mostram que os tucanos preferem usar “robôs”.

    O estudo mais recente foi feito pelo Laboratório de Estudos Sobre Imagem e Cibercultura (Labic), da Universidade Federal do Espírito Santo. O campo de estudo escolhido pelo Labic foi o debate entre candidatos a presidente levado ao ar no domingo, pela TV Record.

    O Laboratório da UFES passou a monitorar desde a tarde do último domingo as menções na internet aos candidatos Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves. O gráfico abaixo mostra um dado surpreendente – mas não tanto – que o Labic apurou.

    Como se vê, desde as 16 horas do último domingo até o fim do debate na Record (por volta dos 45 minutos da madrugada de segunda-feira), as menções a Marina e a Dilma nas redes sociais se mantiveram, subindo levemente durante o início do debate. Já no caso de Aécio, as menções ao seu nome subiram abruptamente pouco antes do debate.

    Pesquisando um pouco mais, descobre-se por que isso aconteceu. E que aconteceu porque o PSDB usa “robôs” – programas que simulam comentários humanos nas redes sociais – para suprir a falta de militantes, que sobram a Dilma e que Marina tampouco têm. Por conta disso, no gráfico acima o leitor percebe que fora do horário do debate da Record Aécio era bem menos mencionado nas redes sociais.

    Faça-se Justiça a Marina: o estudo mostra que ela não usou os mesmos recursos de Aécio.

    O mais surpreendente, porém, foi a descoberta de um estudo independente que mostra mais provas de que Aécio usa fraudes para suprir a falta de militância de seu partido. Esse estudo foi feito por um cineasta mineiro.

    Esse cineasta produziu um documentário intitulado Gagged in Brazil (Amordaçado no Brasil).  Trata-se de Daniel Florêncio, cineasta mineiro radicado em Londres.  Ele produziu esse comentário para a Current TV, do ex-vice-presidente norte-americano Al Gore.

    O documentário mostra como o então governador de Minas Gerais Aécio Neves utilizou meios de comunicação comerciais do Estado para promover a sua imagem e calar adversários. Daniel Florêncio utiliza trechos do filme “Liberdade, Essa Palavra”, sobre o mesmo tema, realizado em 2006 como trabalho de conclusão de curso do então estudante de jornalismo da UFMG, Marcelo Baeta.

    Florêncio descobriu que Aécio mandou fazer um vídeo para se contrapor ao documentário “Liberdade, Essa Palavra”. O título do documentário tucano: “Aécio Neves responde a Liberdade, Essa Palavra”.

    O cineasta mineiro ficou intrigado porque o documentário-resposta do tucano em pouco tempo conseguiu cerca de 50 mil visualizações no You Tube. Assim, decidiu verificar as estatísticas que todo vídeo postado nessa rede social tem e que possibilitam saber quantos assistiram, quando assistiram e de onde são os que assistiram.

    Como se vê, praticamente todas as visualizações ocorreram em duas datas específicas: outubro de 2009 e março de 2010.

    Não satisfeito, Florêncio decidiu pesquisar de onde eram aqueles internautas que acorreram maciçamente ao documentário-resposta do tucano nas duas datas supracitadas e descobriu que praticamente todos os que assistiram eram da Índia e da Coreia do Sul… (?!!).

     

    Isso mesmo, muito mais indianos e sul-coreanos se interessam por Aécio do que brasileiros.

    Eis um dado interessantíssimo sobre o desempenho de Aécio Neves nesta campanha eleitoral. Apesar de tanto dinheiro para formular fraudes, apesar de todo o apoio da mídia e dos bancos, ele não consegue mais do que um pífio terceiro lugar na corrida pela sucessão de Dilma. Dá vontade de torcer para que substitua Marina no 2º turno, se houver.

    Assista, abaixo, ao vídeo explicativo de Daniel Florêncio sobre as fraudes marqueteiras de Aécio.

    http://www.blogdacidadania.com.br/2014/09/sem-militancia-na-rede-aecio-usa-robos-indianos-e-sul-coreanos/

  2. Ibope: Dilma cresce em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro

    De acordo com levantamento do instituto nos estados, petista ampliou a vantagem sobre segundos colocados em MG e RJ, chegando empatada ao 1º lugar em SP com Marina Silva
    setembro 30, 2014 20:45— Portal Fórum/Por Redação

    As pesquisas estaduais feitas pelo Ibope e divulgadas no noite desta terça-feira (30) mostram que a presidenta Dilma Rousseff (PT) cresceu em intenções voto nos três estados mais populosos do Brasil, todos localizados na região Sudeste, onde a petista tem tido maior dificuldade para consolidar sua liderança.

    Em São Paulo, Dilma cresceu de 25% para 29%, empatando em intenções de voto com Marina Silva, que perdeu três pontos em relação à sondagem anterior. Aécio ganhou três pontos, passando de 19% para 22%.

    A presidenta já liderava em Minas Gerais, com Aécio em segundo lugar mas em situação de empate técnico, 32% a 31%, com Marina apresentando 20%. Pelo levantamento divulgado hoje, a petista cresceu para 36%, com o tucano permanecendo no mesmo patamar e a ex-senadora caindo para 17%.

    No Rio de Janeiro, Dima tinha 34% e Marina 32% na semana passada, e Aécio contava com 13% de intenções de voto. Pela pesquisa de hoje, a petista tem 37% e a pessebista, 33%, com o tucano permanecendo com 13%.

    URL:

    http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/09/ibope-dilma-cresce-em-sao-paulo-minas-gerais-e-rio-de-janeiro/

  3. Fernando Pimentel venceria no 1º turno, diz Ibope

    Fernando Pimentel venceria no 1º turno, diz Ibope

    Já que contaria com mais da metade dos votos válidos, o petista seria eleito governador de Minas; ele contabilizou 45% das intenções de voto, enquanto Pimenta (PSDB) aparece com 25%

    iG Minas Gerais | DA REDAÇÃO |

    30/09/2014 19:03:41 PT / DIVULGAçãoundefined

    Em pesquisa divulgada pelo instituto Ibope, na noite desta terça-feira (30), o ex-ministro Fernando Pimentel (PT) continua liderando a corrida eleitoral ao Palácio Tiradentes. De acordo com os números de intenções de votos, o candidato possui 45% dos votos, enquanto Pimenta da Veiga (PSDB), que aparece na segunda colocação, tem 25%.

    Já que contaria com mais da metade dos votos válidos, o petista Fernando Pimentel seria eleito governador de Minas ainda no primeiro turno.

    Tarcísio Delgado (PSB) fica em terceiro, com 3%. Fidélis (PSOL), Professor Túlio Lopes (PCB) e Cleide Donária (PCO) aparecem com 1% cada.

    Os votos em branco ou em nulo contabilizam 12%, enquanto os indecisos somam 15.

    Senado

    O ex-governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), continua liderando a pesquisa de intenção de voto para o Senado. De acordo com a pesquisa, o tucano tem 46%, enquanto Josué Alencar (PMDB), em segundo, possui 23%.

    Ainda há 12% de votos brancos ou nulos e 14% de eleitores indecisos

    http://minasgerais.ig.com.br/?url_layer=2014-09-30/1924267.html

  4. No Paraná, Ibope mostra: Aécio tem 33%, Dilma, 32% e Marina, 19%

    —-No levantamento anterior, divulgado em 20 de setembro, Dilma tinha 29%, Marina, 29%, Aécio, 28%, Everaldo, 1%, e Genro, 1%. Brancos e nulos eram 5%, e indecisos, 6%.

    No Paraná, Ibope mostra: Aécio tem 33%, Dilma, 32% e Marina, 19%
    Instituto entrevistou 1.204 eleitores entre os dias 26 e 28 de setembro.—Margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
    30/09/2014 07p8 – Atualizado em 30/09/2014 07p8—Do G1 PR

    Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (30) aponta as intenções de voto dos eleitores do estado do Paraná para a Presidência da República. O resultado, entre os eleitores paranaenses, é:
     Aécio Neves (PSDB): 33%
    Dilma Rousseff (PT): 32%
    Marina Silva (PSB): 19%
    Pastor Everaldo (PSC): 1%
    Luciana Genro (PSOL): 1%
    Brancos e nulos: 7%
    Não sabe ou não respondeu: 7%

    Os candidatos Eymael, do PSDC; Levy Fidelix, do PRTB; Mauro Iasi, do PCB; Zé Maria, do PSTU; e Eduardo Jorge, do PV; não pontuaram nessa pesquisa.

    No levantamento anterior, divulgado em 20 de setembro, Dilma tinha 29%, Marina, 29%, Aécio, 28%, Everaldo, 1%, e Genro, 1%. Brancos e nulos eram 5%, e indecisos, 6%.

    A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 28 de setembro. Foram entrevistados 1.204 eleitores em 65 municípios do estado. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levada em conta a margem de erro de três pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.

    A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sob o número 00042/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR- 00886/2014.
    URL:
    http://g1.globo.com/pr/parana/eleicoes/2014/noticia/2014/09/no-parana-ibope-mostra-aecio-tem-33-dilma-32-e-marina-19.html

  5. Marina mente sobre CPMF e mídia conservadora tenta esconder

    Correio do Brasil

     

    30/9/2014 15:02

    Por Redação – de São Paulo

     

     

        

     

    Marina Silva precisa tomar cuidado para não querer ser “mais realistas que o rei”

    Marina Silva foi flagrada em uma mentira ao dizer que foi a favor da CPMF

     

    Durante ato do PT na capital paulistana, noite passada, ao lado da presidenta Dilma Rousseff e do candidato petista ao governo do Estado, Alexandre Padilha, o ex-presidente Lula fez um alerta aos eleitores:

    – Essa semana agora é a semana das mentiras. Vocês vão ver quantas mentiras vão ser contadas na imprensa. Vocês não têm que acreditar porque todas as vezes que aparece um candidato que tenta fazer as coisas para o povo mais humilde, ele é achincalhado pela elite brasileira que não quer que a gente faça – afirmou.

    Lula, falando para um público de mais de 10 mil pessoas, também rechaçou as comparações com a presidenciável Marina Silva (PSB), que foi ministra do Meio Ambiente durante o seu governo.

    – As pessoas dizem que a Marina é tão parecida com o Lula, tão amiga do Lula, é fundadora do PT e por que o Lula não está apoiando ela? Eu estou apoiando a Dilma e fiz a Dilma minha sucessora porque é como chamar alguém para ser padrinho dos nossos filhos. Quando vai escolher padrinho é alguém que na nossa ausência essa pessoa possa tomar conta dos nossos filhos. Quando escolhi a Dilma foi pela competência – acrescentou.

    Mentiras

    As falhas de Marina, porém, crescem sozinhas. No início da campanha eleitoral, durante o primeiro debate entre os presidenciáveis, na Rede Bandeirantes, Marina tentou passar a imagem de si própria que não correspondia à realidade. Disse que não fazia “oposição pela oposição”, dando como exemplo o fato de ter votado a favor da CPMF, quando seu partido – na época, o PT – era contra.

    Marina, porém, mentiu e foi flagrada na mentira. Nas quatro ocasiões em que teve a oportunidade de votar em relação ao imposto do cheque, criado para financiar a saúde, a candidata do PSB/Rede Sustentabilidade votou contra. E, como tem pernas curtas, a mentira foi revelada no debate da Record, na noite do último domingo, quando a presidenta Dilma Rousseff a confrontou com dados do próprio Senado.

    Flagrada em uma verdadeira ‘saia justa’, Marina soltou uma nota, na noite passada e, novamente, apelou para a mentira. Disse que foi favorável à CPMF quando o assunto tramitou numa comissão do Senado. Nesta ocasião, houve apenas uma votação simbólica e quem representou o PT foi a liderança do partido no Senado – e não Marina Silva.

    Embora Marina ter sido pega na mentira, o que se transformou em um dos pontos altos do último debate e da reta final da campanha, a mídia conservadora tem feito um esforço para proteger a candidata do PSB das suas próprias falhas. Na última edição do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, nesta terça-feira, Marina foi vitimizada. Na manchete, ela é colocada como “alvo do PT”, enquanto o verbo mentir é trocado por contradizer. No diário conservador carioca O Globo, Marina também é vitimizada: “após ataque”, “tenta explicar posição sobre CPMF”. No Valor, jornal de propriedade cruzada entre os grupos Folha e Globo, uma nova tentativa de proteção à candidata da direita. A manchete informa que ela votou quatro vezes contra a CPMF, mas “sob orientação do PT”. Isso quando o discurso da própria Marina era justamente o de “não fazer oposição pela oposição” e de ter desafiado seu partido.

    Mais mentiras

    Sob a proteção da mídia conservadora, Marina seguiu em mais uma mentira, na noite passada, em Caruaru, no interior pernambucano, tentou jogar a culpa de sua mentira para a presidenta Dilma Rousseff. Disse que ela, por não conhecer os meandros do parlamento, teria “feito confusão”.

    – A CPMF tramita desde 1993. Entrei no Senado em 95. No processo da comissão, o senador Antônio Carlos Magalhães (DEM, já falecido) propôs um fundo de combate. Eu propus estudar medidas de combate à pobreza. Fizemos o bom combate na comissão. Aprovamos a proposta e no plenário houve mudança no texto e os recursos foram reduzidos pela metade. Aí sim votamos contrários. Fico tranquila porque sei o que fiz. Obviamente, uma pessoa como a presidente Dilma, que nunca foi vereadora, deputada, que não teve qualquer mandato político, tem uma certa dificuldade de entender o trâmite legislativo de uma proposta – alegou.

    A realidade, porém, é que na comissão a que se referiu, quem se manifestou foi a liderança do PT, exercida na época por José Eduardo Dutra. E no plenário, em quatro ocasiões, a candidata votou contra a CPMF.

    http://correiodobrasil.com.br/noticias/politica/marina-mente-sobre-cpmf-e-midia-conservadora-tenta-esconder/731202/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=b20141001

  6. Por que partidos ‘nanicos’ têm tanto espaço no debate eleitoral?

    Postado em 30 set 2014

     

    por :   

    No último domingo, o candidato do PRTB à Presidência, Levy Fidelix, gerou grande polêmica ao fazer um discurso que classificou como de ‘enfrentamento’ aos homossexuais durante o debate organizado pela Rede Record. Em declarações consideradas homofóbicas pela comunidade LGBT, o presidenciável disse que “homossexuais precisam receber tratamento psicológico” e convidou a população a ‘combatê-los’.

    “O Brasil tem 200 milhões de habitantes, daqui a pouquinho vai reduzir para 100 [milhões]. Vai para a avenida Paulista, anda lá e vê. É feio o negócio, né? Então, gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los.”

    ADVERTISEMENT

    O discurso teve grande repercussão nas redes sociais e até mesmo o jornal britânico The Guardian noticiou o assunto. Levy Fidelix, que não chega a ter 1% das intenções de voto, literalmente, roubou a cena do penúltimo debate entre os presidenciáveis.

    Mas, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil, isso só pode acontecer por causa de uma falha no sistema eleitoral brasileiro. É ela que permite que partidos com pouca representação na sociedade tenham acesso ao fundo partidário e espaço em debates e no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão.

    Na próxima semana, Levy Fidelix verá seu nome nas urnas mais uma vez. Será a segunda ocasião em que ele disputará o cargo máximo do Executivo, mas ele também já concorreu a prefeito, governador, deputado federal e vereador. Jamais se elegeu.

    O presidenciável do PRTB é um dos cinco candidatos à Presidência que, de acordo com as últimas pesquisas, não alcançam sequer 1% das intenções de voto. Os demais são José Maria (PSTU), Mauro Iasi (PCB), José Maria Eymael (PSDC) e Rui Pimenta (PCO).

    Segundo o último levantamento do Datafolha, a corrida é liderada por Dilma Rousseff (PT), com 40%, seguida por Marina Silva (PSB), 27%, e Aécio Neves (PSDB), 18%. Em seguida, empatados com 1% cada, vêm Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV).

    A legislação eleitoral garante a todos os partidos tempo para propaganda eleitoral gratuita e recursos do fundo partidário – 5% do fundo é distribuído em partes iguais a todos os partidos registrados, e 95%, conforme o número de votos obtidos pela sigla na última eleição para a Câmara.

    Dentre os partidos que disputam o último lugar na corrida presidencial, o PRTB de Fidelix, que elegeu dois deputados federais, recebe a maior fatia, cerca de R$ 110 mil por mês. O menor valor é destinado ao PCO de Rui Pimenta, R$ 42 mil mensais.

    Em um mês, todas as siglas abocanham R$ 25 milhões do fundo partidário. As maiores porções vão para o PT (R$ 4,2 milhões) e PMDB (R$ 3 milhões) – partidos com maiores bancadas na Câmara.

    Para Maria do Socorro Souza Braga, professora de ciência política da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), o fundo partidário é uma das razões para a existência do que ela chama de “partidos de aluguel”, que sobrevivem sem apoio popular em um sistema bastante competitivo.

    Outro motivo, diz ela, são as coligações partidárias. A legislação permite que siglas se unam em disputas para o Executivo ou Legislativo.

    Nas eleições para o Executivo, partidos grandes buscam os pequenos para ampliar sua fatia de tempo de TV. Em troca, afirma Braga, as siglas grandes podem convencer financiadores a doar para os pequenos, transferir-lhes recursos ilegalmente ou, em caso de vitória, recompensá-los com cargos.

    “As negociações para a formação de coligações são uma caixa preta”, afirma Braga.

    E nas disputas para o Legislativo, siglas pequenas podem eleger candidatos que recebam poucos votos, desde que estejam em coligações bem votadas. Isso porque, segundo a fórmula eleitoral, o total de votos recebidos por uma coligação tem peso importante no preenchimento das vagas.

    Na última eleição para a Câmara, em 2010, os votos recebidos por Ana Arraes (PSB-PE), por exemplo, ajudaram a eleger outros 20 deputados da coligação, que incluía PP, PDT, PT, PTB, PSC, PR e PC do B.

    Deputado mais votado, o palhaço Tiririca (PR-SP) ajudou a eleger outros três congressistas de sua coligação. Neste ano ele deve se reeleger e arrastar outros deputados para a Câmara.
    Para Braga, a possibilidade de que partidos se coliguem em eleições para o Legislativo ajuda a explicar por que candidatos como Levy Fidelix se candidatam à Presidência mesmo sem chances de vencer.

    Ela diz que a candidatura dá projeção nacional aos candidatos e a seus partidos, fazendo com que sejam procurados nos Estados por outras siglas em busca de alianças para o Legislativo.
    Representantes de partidos pequenos, no entanto, rejeitam o rótulo de ‘nanicos’ ou de legendas ‘de aluguel’ e afirmam que seu fraco desempenho se deve a distorções causadas pela legislação eleitoral, que permite grandes doações a candidatos e favorece as agremiações maiores.

    Para Braga, as propostas de reforma política devem incluir mecanismos para barrar o que ela chama de “partidos de aluguel”. Ela afirma, no entanto, que as principais medidas em discussão para resolver o problema poderiam gerar outras distorções.

    Uma das medidas é a criação de cláusulas de barreira. A proposta impediria que partidos que não obtivessem um percentual mínimo de votos em determinado número de Estados elegessem candidatos para o Congresso.

    A outra medida é a proibição das coligações.

    Para Braga, as duas medidas reduziriam drasticamente o número de partidos, favorecendo poucas siglas. “Alimentaria uma espécie de cartel entre partidos que já são muito fortes e que formariam uma ‘partidocracia’”.

    Para barrar os partidos ‘nanicos’, a professora defende que no preenchimento de cadeiras no Legislativo se considerem apenas os votos direcionados a cada sigla, independentemente de estarem coligadas.

    Publicado na bbc.

    Fidelix

    Fidelix

    Já Francisco Teixeira, professor de História Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), avalia que o Brasil deveria adotar a cláusula de barreira.

    Ele defende que somente partidos que obtenham 5% dos votos em ao menos sete Estados possam eleger congressistas e participar de coligações.

    Os que não cumprissem os requisitos, diz ele, poderiam continuar existindo, mas fora do Legislativo.

    Teixeira afirma que hoje muitos partidos pequenos lançam candidatos à presidência na esperança de futuramente elegê-los para o Congresso ou Assembleias Legislativas. Com a cláusula de barreira, segundo ele, essa prática seria abandonada.

    O professor defende, ainda, que partidos barrados pela cláusula de barreira percam suas fatias de horário eleitoral gratuito.

    “Não é justo que a população pague o horário gratuito para um partido que não consegue ter representação”.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-partidos-nanicos-tem-tanto-espaco-no-debate-eleitoral/

     

  7. Ibope também não “segura” Marina.

    Tijolaço

    Ibope também não “segura” Marina. Mas 10% de diferença no 2° turno, tenha paciência…

     

    30 de setembro de 2014 | 20:53 Autor: Fernando Brito   

    ibopenovissimo

     

    O Ibope, tal como o Datafolha, não teve mais como “segurar” a tendência de queda acelerada de Marina Silva.

    Nem como forçar uma subida de Aécio Neves que, se existe, é lenta e tímida.

    O percentual de Dilma está, podem ter certeza, sendo “amarrado”, devolvido lentamente desde que foi “jogado para baixo” duas pesquisas atrás.

    2turnoA diferença entre a soma de intenções de voto no segundo turno ( veja o quadro ao lado) é impensável. No Datafolha, os votos somam 90% do total; no Ibope, apenas 80%.

    Não há margem de erro que  explique uma diferença de 10% a mais na indecisão sobre o voto de segundo turno.

    Isso são as tais “reservas técnicas” que deixam para ajustar o “desejável” ao real.

    Como no Brasil a imprensa aceita tudo e não investiga nada que não seja o governo, fica-se assim.

    Duas pesquisas, no mesmo dia, registrando uma diferença de 10%.

    Não há margem de erro que resista, nem com o William Bonner dizendo que “o intervalo de confiança é de 95%, o que significa que se forem feitas 100 pesquisas a margem de erro será de dois pontos para mais ou para menos”.

    Ainda bem que o Ibope está de saída da vida brasileira.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=21671

     

  8. Onde está a recuperação econômica internacional?

    Carta Maior

    30/09/2014

     

    Onde está a recuperação econômica internacional?

     

    Os dois principais organismos econômicos internacionais da economia capitalista mundial continuam revivendo a baixa de suas previsões de crescimento.

     

     

    Michael Roberts Arquivo

     

    Os dois principais organismos econômicos internacionais da economia capitalista mundial continuam revivendo a baixa de suas previsões de crescimento econômico para este e para o próximo ano.

    Em uma atualização de suas previsões realizadas em maio, a OCDE anunciou que “o panorama havia se escurecido para os anos de 2014 e 2015” para quase todas as grandes economias do mundo.

    A OCDE revisou a baixa de suas previsões de crescimento do ano 2014 para todas as economias, exceto para a Índia. Agora, espera um crescimento de 2,1% nos EUA, 0,8% na zona do Euro e de 0,9% do Japão, as revisões de baixa em cada economia são entre 0,3% e 0,5% pontos.

    O Reino Unido será o líder entre as economias capitalistas avançadas com 3,1% de crescimento. Para 2015, a OCDE mantém a esperança de alta no Reino Unido mas, inclusive neste caso, reduziu novamente a maior parte de suas previsões.

    O prognóstico é que os EUA cresçam 3,1% em 2014 abaixo da previsão de 3,5% feita em maio, enquanto agora se espera que a zona do Euro e o Japão cresçam apenas 1,1%.

    A OCDE reconheceu que o crescimento do PIB mundial de pouco mais de 3% ao ano foi muito abaixo das taxas anteriores à crise, confirmando que não houve retorno à “normalidade”.

    O interessante é que as chamadas economias emergentes também estão desacelerando. Segundo a OCDE, das principais economias emergentes, a China continuará sendo vanguarda com um crescimento de 7,4%, apesar de essa taxa parecer cada vez mais duvidosa. E o Brasil alcançará apenas 0,3% de crescimento este ano.

    Em um novo relatório, o FMI estima que o crescimento médio do PIB real das economias emergentes, incluindo a China, se reduziu de 7% durante o período anterior à crise (2003-8) a 6% no período pós-crise (2010-13) e agora se desacelerará para 5% para os próximos cinco anos (2014-18).

    As taxas de crescimento foram as mais baixas do que a média anterior à crise em mais de 70% dos mercados emergentes desde 2012.

    Ironicamente, depois de ter invocado a moderação salarial e a austeridade fiscal durante vários anos desde o final da Grande Recessão no ano 2009, a OCDE agora diz que “enquanto [a redução dos salários] ajudou a conter as perdas de emprego durante a crise e era necessária em alguns países da zona do Euro com o fim de recuperar a competitividade, agora está freando uma recuperação mais forte do gasto do consumidor”. O crescimento da produtividade nas principais economias é patético, em torno de 1%, mas inclusive já está sendo devorado, pois o crescimento dos salários reais esteve praticamente plano desde o final da Grande Recessão.

    Assim, não é de se estranhar que os mercados financeiros tenham tido alta enquanto o crescimento da economia real global não. Isto preocupa a OCDE. “Os mercados financeiros são exuberantes e marcham em descompasso com o crescimento da economia real, e isto coloca em destaque a possibilidade de subestimar riscos e os perigos concomitantes de uma correção repentina”.

    O FMI, em documento elaborado antes da reunião do G2O dos ministros de Economia e governadores de bancos centrais na Austrália, disse que o crescimento no primeiro semestre deste ano foi mais fraco do que o prognóstico de abril e a expectativa é que os próprios prognósticos sejam reduzidos ainda mais.

    O FMI adverte que “a recuperação mundial está em equilíbrio precário, assim como o aumento das tensões geopolíticas e a perspectiva de uma política monetária mais rígida nos Estados Unidos colocam em risco o crescimento global”.

    Isto contrasta com o discurso otimista que sai dos EUA e do Reino Unido através de seus economistas e funcionários sobre a recuperação econômica. A mais rápida taxa de crescimento do Reino Unido ainda parece estar baseada em uma economia desequilibrada, liderada pelo auge de preços dos imóveis e os mercados financeiros, em vez de uma recuperação na indústria de manufatura, as exportações e os investimentos produtivos, que poderiam aumentar a produtividade.

    Os últimos dados oficiais sobre os preços imobiliários do Reino Unido mostram um mercado imobiliário em espiral, com os preços médios das casas em Londres que vão de 500 mil libras esterlinas a 850,000 libras! Até julho, os preços das casas estavam subindo a 11,7% ao ano, com Londres mostrando altas de até 19%.

    Ao mesmo tempo, enquanto o desemprego diminuiu, os salários reais também caíram. O crescimento salarial de apenas 0,7% ao ano está ainda muito abaixo de uma taxa de inflação de apenas 1,7% ao ano. E a renda real disponível é provavelmente mais baixa, levando em conta os impostos. Esta não é uma receita para o crescimento econômico sustentável e é provável que um ajuste finalmente chegue ao Reino Unido.

    O panorama da renda dos lares se repete nos EUA. Certamente os lares norte-americanos sofreram outro ano com o estancamento da renda e a “recuperação” econômica não se traduziu no aumento da prosperidade nas famílias.

    A renda ajustada pela inflação para a família norte-americanas média aumentou somente 0,3% em 2013, segundo o Censo, e não é superior em termos reais aos de um quarto de século atrás.

    A crescente brecha da desigualdade bem documentada desde meados da década de 1990 foi confirmada pelo United States Census Bureau. Desde a década de 1990, 5% dos lares norte-americanos do alto da pirâmide aumentaram suas rendas reais em 1,4% ao ano, enquanto os lares de renda média conseguiram apenas um aumento de 0,4% a cada ano, mais de três vezes mais rápido na cúpula do que na base.

    E houve um grande descenso nas rendas familiares para os 20% mais pobre das famílias, que tiveram seu pico em 1999.

    De fato, 60% dos lares norte-americanos viram uma queda de renda real de cerca de 10% desde o ano 2000 e o golpe maior na renda é nas famílias com adultos de idades entre 45 e 54 anos, que teriam gastos grandes para que seus filhos fossem à escola, para manter cuidado com a saúde etc. Desde 1999, as rendas reais das famílias deste grupo de idade se reduziram em cerca de 16%.

    Até mesmo Janet Yellen, presidenta da Reserva Federal, viu-se obrigada a se pronunciar a respeito. Admitiu que a recessão de 2007-2009 tinha “cicatrizes duradouras nas famílias norte-americanas mais pobres, que ainda têm que esperar mais de cinco anos para fechar” no sentido da recuperação da economia oficial.

    Assim, os economistas esperam uma recuperação sustentada, baseada no aumento do gasto dos consumidores e podem se desiludir de maneira triste. Não é estranho que a OCDE esteja preocupada.

    Certamente, a produção capitalismo pode se recuperar através do investimento empresarial, que gera mais empregos. Mas o investimento na economia real e, sobretudo, nos setores produtivos, continua em queda em nível mundial, enquanto o crescimento dos lucros corporativos parecem ter chegado a seu limite neste ciclo, inclusive nos EUA. Assim, o panorama não augura nada de bom para esperar por uma retomada do crescimento mundial também no ano de 2015.

    (*) Michael Roberts é reconhecido economista marxista britânico que trabalhou por 30 anos no centro financeiro de Londres como analista econômico e publica no blog The Next Recession.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Onde-esta-a-recuperacao-economica-internacional-/7/31907

  9. Patrimônio da Santa Casa

    Patrimônio da Santa Casa despencou 98,5% em 4 anos

    Auditoria revelou que a instituição tinha, até o final do ano passado, uma dívida de R$ 433,5 milhões – em 2009, déficit era de R$ 146,1 milhões; “A instituição encontra-se em situação extremamente drástica, com indícios de falhas graves de gestão e evidente deterioração financeira”, diz relatório feito por uma comissão formada por representantes da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e do Ministério da Saúde

    Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

    Uma auditoria feita na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e divulgada ontem (29), em São Paulo, revelou que a instituição tinha, até o final do ano passado, uma dívida de R$ 433,5 milhões. Em 2009, a dívida era R$ 146,1 milhões. Já o prejuízo da instituição passou de R$ 12,8 milhões em 2009 para R$ 167,9 milhões em 2013.

    Segundo o relatório feito por uma comissão técnica formada por representantes da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Ministério da Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e Conselho Estadual de Saúde, se a Santa Casa fosse uma empresa, “estaria à beira da falência”. “A instituição encontra-se em situação extremamente drástica, com indícios de falhas graves de gestão e evidente deterioração financeira”, diz o documento.

    O relatório apontou que o patrimônio líquido da Santa Casa de São Paulo, que corresponde ao capital disponível com exceção dos imóveis, despencou 98,5% no período analisado.

    Em julho deste ano, a Santa Casa, que é o maior centro de atendimento filantrópico da América Latina, fechou o pronto-socorro e suspendeu as cirurgias eletivas e os exames laboratoriais, o que afetou em torno de 6 mil pessoas. Um dia depois de ter anunciado o fechamento, a Santa Casa reabriu o seu pronto-socorro e retomou os atendimentos.

    Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa da Santa Casa não foi encontrada para comentar sobre o resultado da auditoria.

    http://www.brasil247.com/pt/247/saudeebemestar/155223/Patrim%C3%B4nio-da-Santa-Casa-despencou-985-em-4-anos.htm

  10. Os money doctors
    Economistas

    Os money doctors

    Economistas treinados na academia americana discordam, mas os países emergentes têm razões para cuidar das taxas de câmbio

    No fragor da disputa eleitoral, o humor dos mercados balança a Bolsa, o juro e o câmbio. Instado pelos esgares e achaques do povo da finança, ocorreu-me revisitar com o leitor de CartaCapital um personagem onipresente na história econômica dos países, outrora periféricos, hoje emergentes.

    Tenho a honra de reapresentar os money doctors. Digo reapresentar porque já tratei das figuras em outra ocasião. Money Doctors, assim eram chamados os conselheiros a serviço da haute finance que perambulavam pela periferia do capitalismo entre o último quartel do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Nesse período, a finança internacional dedicou-se com esmero à produção de solavancos cíclicos nos países periféricos.

    A presença dos doutores era mais ostensiva nos momentos, muito frequentes, de queda nos preços dos produtos primários, crises do balanço de pagamentos e estrangulamento cambial.  In illo tempore, os doutores da grana eram estrangeiros, funcionários graduados dos grandes bancos europeus, ingleses em sua maioria.

    Hoje progredimos: os doutores da finança contemporânea, os que assumem ares de esculápios incumbidos de auscultar os padecimentos dos “emergentes” são gentios treinados na academia americana. Leio e ouço na mídia tupiniquim as opiniões de conhecidos e reputados money doctors da nova geração, aviando receitas para os achaques do câmbio. Recomendam que as doenças da moeda local sigam seu curso natural, entre valorizações indesejadas e desvalorizações traumáticas, sem interferências daninhas do banco central.

    Os doutores da corrente dominante recomendam a adoção de regimes cambiais mais próximos dos “extremos”: câmbio fixo ou câmbio flutuante com intervenções “em circunstâncias excepcionais”. Capturei esse ponto de vista no artigo publicado em coletânea organizada pelo FMI (In the Wake of the Crisis). Em sua contribuição, um respeitado economista brasileiro, Arminio Fraga, desconfia dos “regimes intermediários”. Fraga considera perigosos e, possivelmente danosos, os regimes de câmbio administrado.

    O argumento oferecido aponta duas graves inconveniências dos regimes intermediários. Primeiro, o risco de “confusão porque os atores não recebem sinais claros de como devem estruturar sua vida econômica e financeira”. Segundo, porque “os governos frequentemente sucumbem às pressões políticas de curto prazo e terminam por defender taxas de câmbio insustentáveis”.

    Refém das expectativas racionais e, portanto, da Hipótese dos Mercados Eficientes, a avaliação dos doutores passa ao largo do rosário de crises cambiais, monetárias e fiscais desfiadas urbi et orbi ao longo dos últimos 30 anos. Para consolo dos espíritos inquietos, outros celebrados economistas que escrevem na mencionada coletânea não escondem a importância crucial das “falhas de mercado” embutidas na assim chamada arquitetura monetária e financeira global.

    O economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard escreve: Antes da crise, muitas economias emergentes adotaram o regime de metas de inflação. Isso era visto como o estado da arte no que respeita à política monetária… Esses países (no que se refere ao câmbio) se incluíam entre os “flutuantes”. Argumentavam, continua Blanchard, que os cuidados com a taxa de câmbio deveriam ser considerados apenas por seus efeitos na inflação. Não deram qualquer importância à taxa de câmbio como objetivo de política econômica. Mas os países (emergentes) têm razões para cuidar das taxas de câmbio.  É importante dispor de instrumentos para afetar o nível e a volatilidade da taxa. Faloooou.

    Outros facultativos do dinheiro menos votados poderiam redarguir: as bulas que acompanham as mezinhas flutuantes indicadas pelos money doctors nativos não advertem para os efeitos colaterais da farmacopeia. Não importa: a bula está certa, errado está o organismo do paciente, que, diga-se, já emite sinais de falência em funções vitais, como é o caso da indústria brasileira de manufaturas.

    A valorização do câmbio foi largamente utilizada no Brasil para manter a inflação domesticada. A política de metas ao manejar a Selic apenas simulou a desimportância dos movimentos do câmbio nominal, ao mesmo tempo que sobreutilizava esse preço-chave para atingir seus objetivos.

    Nas pegadas da globalização financeira, o Brasil manteve por 20 anos uma combinação câmbio-juro hostil ao crescimento da indústria manufatureira, mas amigável à arbitragem e à especulação, filhas diletas das “pressões de curto prazo” exercidas pelos capitais (neuróticos ou racionais?) sobre as economias nacionais dos países de moeda não conversível.

    http://www.cartacapital.com.br/revista/819/os-money-doctors-509.html

     

  11. O eterno déjà-vu dos

    O eterno déjà-vu dos programas liberais

    Ao longo de 12 anos, o diagnóstico que fazem para o País é o mesmo, assim como as políticas propostas são as mesmas. Uma coerência quase religiosa em torno do ideário do liberalismo econômico, que revela certo desapego em relação à análise concreta de uma realidade em transformação

    Ler o programa econômico dos candidatos à Presidência não é exatamente uma tarefa prazerosa. De toda forma, em meio a esses calhamaços repletos de palavras bonitas e vãs, existem propostas importantes, reveladoras da maneira como o candidato pensa o Brasil e de suas estratégias.

    Para perceber como os candidatos do PSDB pensam o País desde o início do século até hoje, resolvi ler os programas de suas últimas quatro candidaturas presidenciais. Não sei nem se isso é motivo de espanto, mas os programas revelam que eles continuam enxergando um mesmo Brasil – como se estivéssemos congelados no tempo – e propondo as mesmas coisas ano após ano, eleição após eleição.

    Em 2002, o programa do candidato José Serra bradava pela manutenção do tripé macroeconômico; defendia um “choque de eficiência na administração pública”; dizia que a legislação trabalhista deveria se adaptar às “novas tendências da economia e do mercado de trabalho”, dando liberdade para negociações entre trabalhadores e empresas; fazia um apelo ao empreendedorismo. No campo externo, prometia a implementação da ALCA, a Área de Livre Comércio das Américas.

    Quatro anos depois, em 2006, o programa de Geraldo Alckmin, ironicamente fazendo ode ao período 1930-80, dizia ser necessário retomar as bases do crescimento.

    Para tanto, a receita seria: o ajuste das contas públicas, já que “o Estado é grande e ineficiente”; a modernização da legislação trabalhista; e o aprofundamento da abertura ao comércio exterior, para impor a “disciplina do mercado”. Para a política externa, dizia que os BRICS “não são aliados naturais” e propunha novamente a ALCA.

    Passam-se mais quatro anos e, em 2010, José Serra propõe de novo uma “gestão fiscal eficiente”, com austeridade e a criação de um Conselho de Gestão Fiscal. No setor externo, defende menos conivência com a China e os países sul-americanos e acordos preferenciais com os grandes mercados (leia-se EUA).

    Outros quatro anos se seguem e, em 2014, Aécio Neves, em suas diretrizes, defende austeridade fiscal, “Estado eficiente”, reformas micro, incentivo ao empreendedorismo, aprofundamento da abertura comercial etc. Afirma, inclusive, que serão “lançadas as bases para um acordo preferencial com os Estados Unidos” – ou seja, até mesmo a ALCA, reiteradas vezes rejeitada nas ruas pelo povo brasileiro, continua a fazer parte da receita.

    Não bastasse essa repetição quadrienal do programa econômico do PSDB e, na atual eleição, ele se desdobra em dois! A candidatura Marina Silva – como repetidamente indicado por seus assessores – tem elevadíssima convergência com o programa econômico de Aécio: reforço do tripé macro; austeridade nos gastos públicos, com a criação de um Conselho Fiscal; flexibilização do mercado de trabalho e estímulo ao empreendedorismo.

    A diferença é que o programa de Marina é menos despudorado que o dos tucanos, radicalizando os argumentos liberais e propondo um Banco Central independente e o fim dos empréstimos compulsórios.

    É impressionante como ao longo de 12 anos e quatro eleições o diagnóstico que eles fazem para o País é exatamente o mesmo e as políticas propostas são exatamente as mesmas.

    Alguns dirão que isso se trata de coerência. Concordo em parte. Por um lado, trata-se de uma coerência quase religiosa em torno ao ideário do liberalismo econômico. Por outro lado, revela certo desapego em relação à análise concreta de uma realidade em transformação.

    Será que nada mudou de 2002 a 2014?

    No cenário internacional, esse período inclui uma fase de elevado dinamismo econômico, uma crise de dimensões globais e o esforço de todos os países do mundo por enfrentar as consequências dessa crise – na Europa, a propósito, a tentativa de enfrentá-la por meio da austeridade fiscal, regra de ouro dos programas supracitados, tem se revelado desastrosa.

    No Brasil, algumas coisas também aconteceram. À maioria da população brasileira os números são desnecessários, já que ela percebe, a despeito dos inúmeros problemas que ainda enfrenta, que sua vida melhorou nos últimos 12 anos.

    Àqueles que precisam de números, eles mostram, por exemplo, que a dívida líquida do setor público era de 60,4% do PIB em 2002 e de 35% do PIB em 2014. Em 2002, a taxa de desemprego era de 11,7% do PIB e em 2014 está em torno de 5%. Em 2002, a taxa de pobreza era de 34,4%, tendo caído para menos da metade em 2014.

    Esses números são evidentemente restritos e as análises não podem parar aí. De toda forma, eles levantam algumas questões: por que o mantra da austeridade, se as contas públicas estão controladas? Por que a obsessão pela flexibilização do mercado de trabalho, se os empregos estão sendo criados? E assim por diante.

    Marina e Aécio criticam o programa de Dilma por seu pretenso caráter retrógado. Colocando-se como os arautos da modernidade, dizem que a coordenação estatal da economia é algo do passado, devendo ser substituída pelo ágil Estado (Mínimo) do século 21.

    O que não percebem é que o século 21 já está a pleno vapor, com todos os seus conflitos e transformações e eles continuam com o mesmo discurso.

    Discurso, aliás, que não retrocede apenas a 2002, mas aos anos 1980, com Thatcher e Reagan; aos anos 1970, com a ditadura Pinochet; e até mesmo ao século 19, na Inglaterra. Se já é estranho ver um mesmo receituário repetido ao longo de mais de uma década no Brasil, mais estranho ainda é vê-lo reiteradamente proposto em países e períodos tão distintos.

    A pergunta inevitável é: o que têm a ver o Chile de 1973, os EUA de 1981 e o Brasil de 2014? Bem pouco. Mas, para eles, não importa. O receituário liberal será obstinadamente proposto a qualquer país do mundo e em qualquer momento histórico. Por quê? Porque favorece alguns interesses e classes sociais, em detrimento de outros.

    A despeito da sensação de déjà-vu que sempre provoca, esse receituário será reapresentado nas eleições de 2018, 2022 e enquanto houver capitalismo. Cabe, portanto, à população brasileira rejeitá-lo novamente – nas urnas e nas ruas – a cada vez que ele se colocar.

    http://brasildebate.com.br/o-eterno-deja-vu-dos-programas-liberais/

  12. Com Alckmin sob ataque, falta de água em SP domina debate
    Com Alckmin sob ataque, falta de água em SP domina debate

    Por iG São Paulo |

    30/09/2014 23:57- Atualizada às 01/10/2014 00:09

    Texto

     

     
    Governador e candidato à reeleição garantiu que não faltará água no Estado, mas adversários desmentiram tucano

    Os candidatos ao governo de São Paulo participam na noite desta terça-feira (30) do último debate antes do primeiro turno das eleições. No evento promovido pela TV Globo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi o centro dos ataques, especialmente pelos adversários Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT). A seca nos reservatórios e a crise hídrica no Estado monopolizou grande parte das discussões.

    “Não é falta de chuvas, é falta de água. As obras não foram feitas. O projeto de São Lourenço existe há 10 anos. O governador fala que não tem problema, mas 60% da população sente a falta de água na pele”, criticou Skaf.

     

    Candidatos ao governo de São Paulo participaram na noite desta terça-feira (30) do último debate antes do primeiro turno das eleições. Foto: Marcos Bezerra/Futura PressLíder nas pesquisas e candidata à reeleição, Geraldo Alckmin participou do encontro com concorrentes ao Palácio dos Bandeirantes. Foto: ReproduçãoSegundo nas pesquisas, Paulo Skaf (PMDB) foi pouco atacado neste debate da Rede Globo, realizado nesta terça-feira. Foto: ReproduçãoAlexandre Padilha (PT) atacou o rival tucano inúmeras vezes no debate com os temas falta de água e saúde pública. Foto: ReproduçãoO jornalista César Tralli foi o mediador do último debate antes do primeiro turno das eleições. Foto: ReproduçãoLaércio Benko (PHS) também participou do encontro e se declarou contra a reeleição em cargos legislativos. Foto: ReproduçãoGilberto Maringoni (PSOL) usou seu tempo de resposta para criticar o presidenciável Levy Fidelix e "o discurso homofóbico". Foto: ReproduçãoGilberto Natalini, representante do PV, também participou do debate na TV Globo nesta terça-feira. Foto: ReproduçãoWalter Ciglioni (PRTB) defendeu o colega de partido Levy Fidelix, dizendo que as pessoas precisam 'respeitar a liberdade de expressão'. Foto: ReproduçãoEncontro com concorrentes ao Palácio dos Bandeirantes é o último antes do primeiro turno das eleições, realizado no dia 5 de outubro. Foto: Reprodução

     

     
    1 / 10

     
     

     











     

     
    Candidatos ao governo de São Paulo participaram na noite desta terça-feira (30) do último debate antes do primeiro turno das eleições. Foto: Marcos Bezerra/Futura Press
     
     

    O candidato Laércio Benko (PHS) acusou a Sabesp, que cuida abastecimento de água no Estado, de distribuir lucros aos acionistas em vez de investir em obras. “Eu quero lembrar ao Governador que a cidade de São Paulo tem falta de água e é administrada pela Sabesp. Isso é disfarçado com o nome de falta de pressão. Não temos água por falta de investimentos”, criticou Benko.

    “Apesar da grave crise que estamos vivendo, acredito que há soluções. Tirar as obras do papel, reduzir impostos, e proteção dos mananciais”, propôs Padilha sobre a crise hídrica.

    Negando mais uma vez que faltará agua na cidade, Alckmin defendeu a estatal. “Tem que abrir o capital. A Sabesp foi a primeira empresa do país a entrar no novo mercado. Não vai faltar água. Temos uma grande reserva técnica que achamos que nem vamos usar. Substituímos o Sistema Cantareira. O governo trabalhou. O inverno já acabou e ainda temos uma grande reserva técnica.”

    Além dos três lideres da corrida ao Palácio dos Bandeirantes, também estiveram no debate os candidatos Gilberto Maringoni (PSOL), Gilberto Natalini (PV) e Walter Ciglioni (PRTB).

     

  13. “Contra a holiwoodização”,

    “Contra a holiwoodização”, diretor se recusa a representar Rússia no Oscar

    2

    EFE De Moscou

    30/09/201416p4Compartilhe4922Imprimir Comunicar erro 

    O diretor russo Andrei Konchalovsky afirmou nesta terça-feira (30) que se negou a representar seu país na edição 2015 do Oscar com seu novo filme “The Postman’s White Nights” (veja o trailer acima).

    “Os motivos são dois: pessoal e público. Nos últimos anos, critiquei a ‘holiwoodização’ do mercado russo, as más influências do cinema comercial americano na formação dos gostos e das preferências de nossos espectadores”, afirmou ele à agencia russa “Itar-Tass”.

    O veterano cineasta de 77 anos, irmão do também prestigiado diretor Nikita Mijalkov, considerou que “lutar para receber um prêmio de Hollywood, parece simplesmente ridículo”.

    “Não lamento nem um pouco”, disse Konchalovsky, que inclusive escreveu uma carta ao presidente do comitê russo de cinema, Vladimir Menshov.

    O novo filme de Konchalovsky relata a história do carteiro Aleksey Tryaptisyn, a única conexão com o mundo exterior para os moradores do inóspito lago Kenozero, da região nortista de Arkhangelsk. Com esse filme sobre a vida rural, o diretor russo ganhou o Leão de Prata, segundo lugar no último Festival de Veneza.

    Ao mesmo tempo, Konchalovsky destacou a escolha como representante russo no Oscar de “Leviatã”, de Andrei Zvyagintsev, filme que aborda a corrupção e o abuso de poder.

    “Leviatã”, que ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes, “é bom cinema, um filme poderoso”, afirmou Konchalovsky.

    http://cinema.uol.com.br/noticias/efe/2014/09/30/contra-a-holiwoodizacao-diretor-se-recusa-a-representar-russia-no-oscar.htm

     

  14. Cacos, Fotos e Juvenis na Mídia

     

    O MERCENÁRIO CACHAÇA

    Ativista preso em São Paulo vira combatente na Ucrânia

    Entendimento Equivocado da ‘Grande e Democrática Festa Cívica’

    Rafael Lusvarghi, que é ex-policial militar, foi preso no dia 12 de junho na capital paulista, durante uma manifestação contra a realização da Copa do Mundo.

    O “coitadinhos” Rafael (esquerda) e Hideki foram algemados durante os protestos em São Paulo

    Rafael Lusvarghi, o ex-legionário estrangeiro e ex-policial militar preso no dia 12 de junho em São Paulo durante protesto contra a realização da Copa do Mundo, juntou-se aos separatistas russos no leste da Ucrânia, onde comanda um pelotão. Lusvarghi, cuja foto foi estampada nas capas dos jornais, de cabelos longos e sem camisa, dominado por policiais que disparavam spray de pimenta em seu rosto, trocou mensagens com a reportagem nos últimos três dias, de seu alojamento militar entre as cidades de Donetsk e Lugansk.

    Ele conta que chegou à região no dia 20. Demitido, ao ser preso, de seus dois empregos, de professor de inglês e assistente de helpdesk, Lusvarghi, de 30 anos, afirma que fez contato com os combatentes de etnia russa por meio de amigos, comprou a própria passagem e ingressou no Batalhão de Prisrak. “Minha manutenção aqui é humilde, é a manutenção de um soldado, não recebo nada, mas também não pago nada, durmo em um alojamento improvisado, não passo fome, mas os mantimentos são uma questão coletiva – nos últimos dias, foi uma alegria, pois conseguiram comprar três galinhas”, escreveu.

    “A tropa de voluntários se bate pela Nova Rússia, acima de tudo e contra o imperialismo americano”, definiu Lusvarghi, usando a denominação dos separatistas russos para o leste da Ucrânia. “Meu batalhão é formado em sua maioria por voluntários russófonos da região do Donbass. Pretendo ficar aqui mesmo depois que a luta acabar. Para dizer o mínimo, vou até o fim”, prevê.

    “No Brasil, eu só observava o conflito de longe, já com minhas posições atuais de apoio ao Donbass”, conta ele. “Consegui entrar em contato graças a uns amigos politicamente engajados. Não são recrutadores ou coisa assim, só tive a sorte de ter esses amigos que me encaminharam para um grupo especial. Eles sabiam da minha experiência militar.”

    Lusvarghi entrou aos 18 anos na Legião Estrangeira, onde fez cursos de paraquedismo, infiltração e comando. Diz que atuou na Europa e na África, mas não pode entrar em detalhes sobre suas missões.

    Serviu na Polícia Militar de São Paulo, entre 2006 e 2008, e na do Pará, entre 2008 e 2010. Saiu como cadete. Mudou-se então para a Rússia, onde morou até o início deste ano. Tentou entrar no Exército russo, mas não foi aceito por ser estrangeiro. Fez curso de Administração em Kursk, perto da fronteira com a Ucrânia.

    Ao voltar da Rússia, fez uma “visita” às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em Cartagena.

    TIROS

    “A artilharia ucraniana atira esporadicamente”, escreveu na noite de segunda-feira. “Nesse momento mesmo, já faz 4 horas que não param de martelar a uns 30 ou 40 km daqui.” Lusvarghi descreveu assim um dia típico: “Alvorada às 5h, café da manhã, conferir a tropa e repassar aos superiores, treinamento, instrução, pausa para o almoço, atividades diversas, responsabilidades como comandante de grupo”. Ele comanda de 6 a 11 homens.

    O combatente brasileiro garante que não viu militares das Forças Armadas russas, e que a ajuda da Rússia tem sido apenas “humanitária”. Ele é o único brasileiro. Há também franceses e sérvios. “Eu tenho um vínculo pessoal forte com a Rússia, que começou ainda criança, quando meu pai assistiu ao filme Taras Bulba, aquela novela de (Nikolai) Gogol.”

    “Na parte política, eu me oponho ao avanço imperialista na Ucrânia, às garras do grande capital financeiro internacional, a uma base da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos EUA) apontando mísseis para a Rússia.”

    Lusvarghi ficou preso durante 45 dias em São Paulo. Ficou provado que não levava consigo explosivos, mas continua alvo de processo por formação de milícia particular, resistência à prisão e associação criminosa.

     

    CACOS & FOTOS

     

    Novarússia Brigada Mecanica Prisrak

    155 Diversion Battalion from Призрак (Phantom) Brigade

     
       

    O brasileiro Rafael Lusvarghi na brigada ‘Fantasma’ da #Novarrússia

    Cacos & Fotos foram amontoadas por minha Conta & Risco.

    As informações são da Agência Estado

     

  15. O começo de uma nova era para a segurança pública

    Operação federal integrada em 9 estados do Nordeste mostra solução na segurança pública.

     

    Em 3 dias (2,3 e 4 de setembro) de uma mega-operação de segurança pública coordenada pelo Ministério da Justiça, com forças federais em conjunto com as forças estaduais 9 estados do Nordeste foram apreendidas:

    5,2 toneladas de explosivos apreendidos;
    1405 munições;
    112 armas de fogo;
    166 veículos, inclusive um avião;

    374 criminosos foram presos;
    3 quadrilhas especializadas em assaltos a bancos foram desbaratadas.

    Nos dias da operação, em relação ao mesmo período do ano passado, os crimes caíram:

    – roubo de carros caiu 32,20%
    – homicídio doloso teve redução de 25,23%
    – roubos a banco registraram queda de 71%

    Form feitas 72.493 abordagens e 1.014 barreiras policiais.

    Chamada “Operação Brasil Integrado – Ação Nordeste”, mobilizou 9.600 agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros e Exército, trabalhando em um esquema semelhante ao executado durante a Copa do Mundo.

    Os investimentos em equipamentos, convênios entre estados e União, capacitação de policiais, Centros de Comando e Controle regionais (CICCR) e aprendizado feitos nos últimos anos e usados na Copa, continua a serviço da população no dia a dia.

    A Operação Brasil Integrado será ampliada para todas as regiões do país, fortalecendo o controle das divisas interestaduais e intermunicipais.

    Quem disse que a Copa do Mundo era só gasto com estádios está queimando a língua. Todas as melhorias e capacitação na segurança pública que um evento de projeção mundial exige ficou a serviço do povo.

    http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/09/operacao-policial-integrada-em-9.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter&utm_campaign=Feed:+blogspot/Eemp+%28Os+Amigos+do+Presidente+Lula%29

  16. OSCE descobre tráfico de órgãos na Ucrânia

    OSCE descobre tráfico de órgãos na Ucrânia

    Ucrania, escandalo, soldados, civis, vitimas, órgãos, medicina

    Foto: REUTERS/Marko Djurica

    Foot de arquivo. Representantes da OSCE no lugar de uma vala comum em Donbass

     

    No leste da Ucrânia atuaram traficantes de órgãos. Em sepulturas coletivas encontradas no Donbass foram descobertos corpos a que faltavam órgãos internos.

    Essa informação foi confirmada pelos observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) que se encontram na Ucrânia. Deverá ser criada uma comissão especial, com a participação de peritos internacionais, para investigar as causas e as circunstâncias da remoção dos órgãos.

    O Donbass, que já foi a região carbonífera da Ucrânia, agora se dedica a outro tipo de escavações. Durante as várias semanas que decorreram depois do estabelecimento do cessar-fogo entre Kiev e as milícias no leste do país foram descobertas várias valas comuns nas regiões em que antes se encontravam as unidades do exército e os paramilitares da Guarda Nacional. Os cadáveres de homens e mulheres, vestidos ou despidos, com as mãos atadas e sinais de balas, foram simplesmente amontoados e cobertos com um pouco de terra. Neste momento eles são mais de 400.

    Quando as autoridades das repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk iniciaram a exumação dos corpos, foram descobertos pormenores ainda mais horríveis dos crimes dos militares ucranianos. Foram encontrados cadáveres com a barriga aberta, e aos quais faltavam órgãos internos.

    A representante especial da OSCE para o combate ao tráfico de seres humanos, Madina Dzharbusynova, confirmou essa informação em direto na televisão ucraniana e declarou que a situação exige uma investigação exaustiva com a participação de peritos internacionais. Os representantes da prestigiada organização internacional não excluem uma possível atividade de tráfico ilegal de órgãos na Ucrânia, refere o perito Alexander Karasev:

    “Há muito pouco tempo surgiu um caso desses durante o conflito entre os sérvios e os albaneses na Iugoslávia. Foi provado que aí foi praticado tráfico de órgãos. Os traficantes retiravam órgãos internos aos sérvios que ficavam prisioneiros dos albaneses, órgãos que depois eram vendidos na Europa. Isso provocou um considerável escândalo internacional, mas o caso foi praticamente abafado, porque esse negócio era na altura dirigido por Hashim Thaci, o qual se tornou no primeiro-ministro da parcialmente reconhecida República do Kosovo.”

    Já há muito que o mercado negro de órgãos da Europa e da América é abastecido a partir da Ucrânia. Basta consultar os anúncios nos sites locais. Eles procuram dadores entre a população mais desfavorecida do país. E eles encontram-nos. Mas eles têm de ser pagos. Por um rim, por exemplo, são oferecidos 200 mil euros. Um conflito militar é uma possibilidade para tornar esse negócio mais rentável.

    Este já não é o primeiro escândalo na Ucrânia associado ao tráfico de órgãos. No verão, durante o pico da operação militar, durante a exumação de corpos de soldados ucranianos mortos no leste do país, se verificou que parte dos corpos estava desprovida de órgãos internos. Mais tarde, na Internet foi divulgada a correspondência entre Serguei Vlasenko (advogado da conhecida figura política do país Yulia Tymoshenko) e a médica alemã Olga Wieber. A correspondência tratava da venda de órgãos de jovens recrutas ucranianos a clínicas na Alemanha. Havia mesmo uma encomenda específica de 17 corações, 50 rins e 5 pulmões, acompanhada do pedido para que os órgãos fossem retirados a pessoas ainda vivas, porque dos mortos a “mercadoria já não tinha qualidade.”

    A Ucrânia foi na altura abalada por uma vaga de indignação. Kiev negava a própria possibilidade da existência desses crimes na linha da frente, mas sossegou todos com a promessa de realizar um inquérito, recorda o perito do Instituto Internacional de Estudos Políticos Humanitários Vladimir Bruter:

    “Logo no início, quando esses sinais apenas tinham surgido, a sociedade exigiu a criação de uma comissão especial pelo Ministério da Defesa da Ucrânia. Esse caso deveria ser primeiro investigado dentro do país, mas, tendo em conta a situação política, não o fizeram e encarregaram disso quem comandava diretamente as operações militares.”

    Eis o resultado. As “peças sobresselentes” deixaram de ser cortadas dos soldados e passaram a ser retiradas dos civis. Os militares entregavam os habitantes detidos nos territórios ocupados do Donbass aos cirurgiões-carniceiros. Estes cumpriam as “encomendas” e o material que sobrava era descartado: as pessoas mutiladas eram abatidas pelos militares com um tiro na cabeça. Não são só os corpos esventrados que nos indicam que a máquina do tráfico de órgãos trabalhava no leste da Ucrânia a todo o vapor.

    Os milicianos tomavam frequentemente hospitais de campanha com instrumentos cirúrgicos e equipamentos médicos especializados. Por estranha coincidência, nas redondezas era normalmente registrada uma grande quantidade de habitantes desaparecidos. De muitos deles continua a não se saber nada.

    http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_10_01/OSCE-descobre-transplantes-ilegais-na-Ucr-nia-9002/

  17. Bombas ucranianas caem numa escola de Donetsk, provocando vítima

    Bombas ucranianas caem numa escola de Donetsk, provocando vítimas

    Donetsk, Ucrânia, crise, ataque, vítimas

    Foto: AP/Darko Vojinovic

     

    As autoridades da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD) declararam que, hoje, bombas ucranianas atingiram uma escola secundária em Donetsk, duas pessoas morreram.

    Na quarta-feira, em Donetsk começou oficialmente o ano letivo, porque, no dia 1 de setembro, as escolas não puderam abrir devido aos combates.

    Segundo Igor Kostenok, ministro da Educação e da Ciência da RPD, duas pessoas morreram, três ficaram feridas. Ele informou que entre os mortos e feridos não há crianças.

    http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_10_01/Bombas-ucranianas-caem-numa-escola-de-Donetsk-provocando-v-timas-1493/

     

  18. Jornalistas norte-americanos acusam Casa Branca de fazer pressão

    Jornalistas norte-americanos acusam Casa Branca de fazer pressão sobre mídia

    Jornalistas norte-americanos acusam Casa Branca de fazer pressão sobre mídia

    Foto: Flickr.com/Chris Oakley/cc-by

     

    Vários jornalistas norte-americanos acusaram a Casa Branca de ausência de “transparência” e de exercer pressão sobre os trabalhadores da mídia, o que complica significativamente o seu trabalho, afirma a Al-Arabiya.

    De acordo com alguns deles, “a administração de Bush não prestava tão fanaticamente atenção à divulgação das informações como a administração de Obama”.

    O jornalista James Risen, que se recusou a revelar suas fontes, usadas em seu livro “Estado de Guerra”, que descreve a falha de uma das operações da agência de inteligência, considera que o governo pressiona os jornalistas, “intimidando” cada vez mais fontes.

    http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_09_19/Jornalistas-norte-americanos-acusam-Casa-Branca-de-colocar-press-o-sobre-m-dia-1474/

  19. “Guerreiros de Alá” com passaportes europeus

    “Guerreiros de Alá” com passaportes europeus

    islamismo, Estado Islâmico, Europa, Uniao Europeia, política, religião, terrorismo

    Foto: AP/Raqqa Media Center of the Islamic State group

     

    Segundo comunica a mídia alemã, citando fontes do Departamento Federal de Proteção da Constituição, pelos menos, cinco atos terroristas cometidos no Iraque e na Síria são da autoria de bombistas suicidas procedentes da Alemanha.

    A mesma fonte refere que nas fileiras do Estado Islâmico (EI) estariam combatendo centenas de pessoas, portadoras de passaportes da Alemanha Federal e de outros países europeus.

    Enquanto isso, os vastos círculos sociais estão focando um processo judicial iniciado em Francoforte do Meno, estado do Hesse, aberto contra o antigo combatente do EI, Kreshnik B., natural da Alemanha.

    Nascido numa família dos naturais do Kosovo, ele terá sido influenciado por islamistas radicais e, em meados de 2013, partiu com destino à Síria. Lá entrou nas fileiras da oposição armada, mas depois decidiu voltar para sua terra natal, onde foi detido. Perante o fato de regresso voluntário e na ausência de provas convincentes de crimes graves, a acusação não insiste em pena de prisão de longo prazo.

    No entanto, o processo está em pleno andamento, podendo vir a revelar novos fatos. Os habitantes da Alemanha estão apreensivos com a tendência negativa e alarmante de conversão de muitos jovens ao islamismo radical. Segundo constata o periódico alemão Sueddeutsche Zeitung alegando fontes oficiais, um crescente número de jihadistas de origem alemã recém-convertidos não deixa de causar preocupações sérias e bem fundamentadas. O Departamento de Proteção da Constituição, destaca que, presentemente, o EI conta com mais de 400 pessoas nascidas na Alemanha, inclusive jovens.

    Uma análise mais detalhada do curriculum daqueles que foram para a guerra na Síria dá muitos outros motivos para refletir no assunto. Apenas 26% dos jihadistas alemães têm o curso médio, 6% são graduados de escolas técnicas, 12% tinham trabalhado como serventes. Cada quinto recrutado por extremistas era desempregado, cada terceiro possui um cadastro criminal. Assim, pois, as causas de radicalização de ânimos estão bem à vista!

    Conforme relatos da mídia alemã, os políticos têm proposto recrudescer o combate aos adeptos de islamismo radical. O chefe do Departamento de Proteção da Constituição, Hans-Georg Maassen, considera, contudo, que o problema tem de ser um objeto de cuidado especial de toda a sociedade alemã.

    E não só. No fim do ano passado, os chanceleres da França e da Bélgica anunciaram dispor de informações de que a oposição síria contava com 2.000 pessoas provenientes da União Europeia que, na sua maior parte, são jovens entre os quais 400 franceses e 150 belgas.

    A agência noticiosa Associated Press admite, ao mesmo tempo, que a oposição síria tem sido apoiada por voluntários de 11 países europeus, inclusive da Alemanha, Áustria, Suécia e Dinamarca.

    O mencionado acima Sueddeutsche Zeitung cita as palavras do porta-voz do Exército iraquiano, Kassem Atta, segundo o qual tem vindo a aumentar o número dos combatentes suicidas, recrutados na Europa. Conforme frisou adiante, eles são mais cruéis do que os árabes. Uma prova disso são as execuções por decapitação de dois jornalistas norte-americanos que foram filmadas e em que o carrasco era um cidadão britânico. Os serviços secretos do Ocidente, por seu turno, dão conta de múltiplos atos terroristas cometidos por jihadistas europeus, cujo número, desde março de 2014, teria triplicado.

    A mídia da Alemanha informa que as quatro maiores comunidades islâmicas exortaram a declarar esta sexta-feira, 19 de setembro, um Dia de Ação e Protesto contra o fanatismo religioso, racismo e ódio. Em sua ótica, não se pode admitir que, em nome dos postulados da fé maometana, sejam “feitos reféns” dos terroristas e de criminosos como os combatentes do Estado Islâmico. Pelo visto, chegou a hora de “libertar” o islamismo que se tornou “cativo” dos elementos radicais.

    Mas quem é que irá salvar os jovens europeus feitos reféns ideológicos?

    http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_09_19/Guerreiros-de-Al-com-passaportes-europeus-2405/

     

  20. Conselho da Europa observa crescimento do tráfico de pessoas na

    Conselho da Europa observa crescimento do tráfico de pessoas na Ucrânia

    Conselho da Europa, Ucrânia, crise, direitos humanos

    Foto: East News/Value Stock Images

     

    O Grupo de Peritos Contra o Tráfico de Seres Humanos do Conselho da Europa (GRETA) observou o crescimento do tráfico de pessoas na Ucrânia, nos últimos anos, sublinhando que a atual crise no país tem um impacto negativo sobre as ações de combate a este problema, afirma um relatório de peritos, publicado esta sexta-feira no site do GRETA.

    “Desde 2010, tem havido um aumento significativo do número de vítimas entre a população da Ucrânia com o propósito de exploração do trabalho”, afirma o relatório, sem divulgar números exatos.

    Os especialistas apontam que as autoridades ucranianas “deram alguns passos importantes, criando um quadro legal e institucional para o combate ao tráfico de pessoas”.

    No entanto, de acordo com o GRETA, os fundos alocados para a implementação do programa nacional de combate ao tráfico de seres humanos “não cobrem os custos projetados”.

    jornalggn.com.br/noticia/stf-afasta-posse-de-indigenas-com-criterios-de-raposa-serra-do-sol

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador