O ano de 2015 foi bastante tumultuado para Dilma Rousseff, mas ela soube resistir às investidas da imprensa, da oposição, do presidente da Câmara e do seu vice-presidente.
Sob intensa pressão Dilma Rousseff nomeou um Ministro da Fazenda que estropiou a economia brasileira aplicando fórmulas neoliberais. Ele perdeu o cargo, mas foi premiado no exterior porque preparou nosso país para ser saqueado pelos mesmos vigaristas que arrebentaram a economia norte-americana, européia e japonesa. O saque, contudo, não ocorreu.
A mudança de rumo em curso recolocará o povo brasileiro em cena. E tem tudo para evitar a privatização da Petrobras e a entrega do Pré-Sal aos norte-americanos nos moldes desejados pelo seu representante no Senado. A proposta de José Serra foi, aliás, rejeitada no Senado e dificilmente passará na Câmara dos Deputados antes de Eduardo Cunha ser afastado do cargo e preso na Papuda.
O ressurgimento de Lula no encontro com os blogueiros http://www.revistaforum.com.br/2016/01/20/lula-a-blogueiros-o-pt-vai-ressurgir-das-cinzas-muito-mais-forte/ foi contrabalançado pela notícia da nova investida da oposição contra o partido governista. Derrotado nas urnas e sem esperança de conseguir derrubar Dilma Rousseff mediante um golpe paraguaio, Aécio Neves pediu ao TSE a extinção do PT http://noticias.terra.com.br/brasil/psdb-pede-a-justica-eleitoral-a-extincao-do-pt,97b277e2da045a48bf1a36465e61b25es85bbnug.html. O PT já deveria ter pedido a extinção do PSDB por atentar contra a democracia e rejeitar o resultado legítimo das urnas. É bem possível que o partido de Lula aproveite esta oportunidade para fazer Aécio Neves engolir o veneno que vem espalhando pelo país.
O novo ataque de Aécio Neves ao PT, contudo, pode ter outro motivo. Hoje foi divulgado que um dos delatores da Lava Jato o chamou de o “mais chato” cobrador de propinas http://www.jb.com.br/pais/noticias/2016/01/21/delator-diz-que-aecio-neves-era-o-mais-chato-para-cobrar-propina/. O aspecto anedótico deste episódio certamente será devastador para a imagem do presidente do PSDB, isto para não falarmos das consequencias jurídicas da acusação. Aécio Neves foi definitivamente arrastado para o banco dos réus e ficará a alguns passos da prisão.
A revanche eleitoral mortal iniciada pelo PSDB contra o PT no Judiciário evidencia que o Estado brasileiro está sendo submetido a um deliberado processo de destruição. Não há política partidária sem partidos. Não há coexistência pacífica entre os partidos se a oposição quer destruir a situação e a obriga a revidar na mesma moeda.
Uma nova ditadura está sendo exigida pelo PSDB. Os jornalistas da velha mídia também a exigem. Não é certo se os tucanos conseguirão o que desejam. Mas também não seria bom que conseguissem ser esmagados por uma ditadura petista, pois em caso de rompimento da legalidade pela esquerda o PT ficaria exposto à execração internacional.
No pior dos mundos uma guerra civil irá explodir nas ruas, mas para que isto ocorra o PSDB terá que começar a recrutar terroristas e utilizá-los (talvez isto já tenha começado, pois o Instituto Lula foi vítima de um ataque a bomba). A repressão aos terroristas tucanos, contudo, deverá ser feita dentro da Lei e sem exageros. Os líderes da intentona neoliberal devem ser localizados e neutralizados, doa a quem doer.
No melhor dos mundos, após minúscula hemorragia a que foi submetida Dilma Rousseff sairá da letargia e começará a fazer a oposição sangrar tanto quanto seus líderes fizeram por merecer. E se a presidenta for obrigada a recorrer às Forças Armadas para preservar a paz civil, a unidade territorial do Brasil e o bem-estar geral da nação contra as milícias tucanas ela terá todo meu apoio.
A racionalidade, a civilidade, a preservação da legalidade e a valorização dos resultados eleitorais são os limites intransponíveis da disputa democrática. Se quiser chegar ao poder pela força bruta ou destruir com artimanhas irracionais o poder constituído os líderes do PSDB devem sofrer as consequencias. Dentre elas, inclusive a prisão temporária mesmo que a ordem seja legalmente questionada.
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