Fora de Pauta

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Redação

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    http://1.bp.blogspot.com/-I9vwLLGgsIs/TWlFNHapW6I/AAAAAAAAAoc/rCp1vZsJpYM/s1600/Bank+Run+In+Berlin+July+1931.jpg

    A URGENCIA DO EMPREGO – O desemprego na Alemanha em 1932 chegou a 40% e criou as condições para que os nazistas ganhassem o poder nas eleições de Janeiro de 1933. Na mesma Alemanha em 1923 a inflação chegou a muito mais que 1.000% ao dia e não causou quebra das instituições da Republica de Weimar e nem agitação de rua. No ano seguinte o economista Hjalmar Schacht, com um palo simples acabou com a hiperinflação mas para acabar com o desemprego foi muito mais dificil em 1933, só a preparação bélica da Segunda Guerra e que fez a taxa baixar a zero.

    A inflação é toleravel, o desemprego não. Programas dirigidos ao emprego precisam ser implantados com urgencia, nenhum governo pode ficar impassivel com o desemprego porque este é combustivel de crise social e desta para a crise politica que

    inevitavelmente leva à convulsão social e desta se segue um governo autoritario de salvação, que pode ser rotulado como DITADURA. A inflação ao contrario é curavel por metodos relativamente simples, todos modelados em torno do Plano Schacht de 1923, copiado literalmente pelo Plano Real de 1994.

    Como fazer um programa urgente contra o desemprego? Não havendo apelo ao consumo porque não há teria base real,

    não sendo possivel rapidamente incrementar as exportações de manufaturados sobra como unica alternativa um programa

    de obras de infra estrutura em grande escala. Como financia-lo?

    O Brasil é um dos paises mais financiaveis do momento desde que se trabalhe nessa direção. É o maior pais ligado ao mundo ocidental entre os grandes emergentes, em segundo lugar o México, os principais paises do G-20 estão dispostos a financiar o Brasil desde que saibam para que. Um programa de obras de saneamento, agua, meio ambiente e energia renovavel é amplamente financiavel DESDE que: 1. Existem projetos prontos para PPP 2. Não existam probemas complicados de licenciamento 3.Exista no Brasil uma plataforma UNICA E COM PODER dentro do Governo para coordenar esses projetos.

    Não será dificil levantar 200 bilhões de dolares em fundos soberanos, nos bancos de fomento do Japão, Coreia do Sul,

    EUA, Canada, União Europeia, paises arabes desde que o Brasil se apresente devidamente organizado para essa tarefa. Um prgrama desses empregaria direta e indiretamente 2 milhões de pessoas e seria um freio no desemprego.

    O Brasil NUNCA fez um esforço real de captação de investimentos, com poucas exceções. Durante o Governo militar o empresario Mario Garnero fez um seminario em Salzburgo para atrair investidores estrangeiros novos para o Brasil.

    Foi um sucesso absoluto, mais de 100 empresas vieram para o Brasil por causa desse seminario. Foi um seminario privado mas com total apoio do Governo. Nunca mais se fez coisa igual.

    Em 1981 o Brasil estava a beira da quebra, precisva desesperadamente de dinheiro novo. O Ministro da Fazenda Ernane

    Galveas fez um giro pelo Oriente Médio com uma comitiva de empresarios, levantou em 20 dias US$3,2 bilhões mas foi no esforço pessoal e na capacidade de convencimento, Galveas fala perfeitamente ingles e frances e era bom vendedor,

    foi uma viahem muito bem plaejada, com encontros agendados com as pessoas certas, a receptividade aos brasileiros foi excepcional, dou meu testemunho porque estava junto.

    O Brasil nuca mais fez esses “road shows”, provavelmente nem sabe como fazer mas esse é um caminho para relançar a economia parada, alguem do Governo precisa ter esse papel de caixeiro viajante, há enorme interesse pelo Brasil mesmo na crise mas o comando economico hoje liga-se exclusivamente ao mercado financeiro de curto prazo, NÃO É DAI QUE

    VIRÁ DINHEIRO PARA DIAMIZAR A ECONOMIA. O BC tem diretores exclusivamente ligados ao curto prazo internacional, não tem ninguem, absolutamente ninguem que tenha uma percepção  para  ir atrás da  enorme liquidez mundial de US$75 trilhões em fundos que não estão interessados em apostas cambiais, derivativos de indices e produtos tipicos de curtissimo prazo baseados em apostos e ganhos de spreads de um dia para outro. Esses fundos procuram

    paises viaveis que tenham projetos de longo prazo a serem financiados. O diretor internacional do BC na ultima reunião do COPOM votou pela alta da Selic, esse cidadão mora ou morou muito tempo fora do Brasil, suas ligações são com o Canada, para ele quanto mais altos os juros melhor, é claro que com desse tipo de cabeça não se destrava a economia mas é essa a cabeça hoje do comando economico do Pais, com foco em agencias de rating, carry trade, swaps cambiais e ponto.

    Não há nenhum grupo de pessoas no Governo preocupadas com crescimento sem o que não se ataca o desemprego.

    Para fomentar o crescimento há um longo caminho, a base são bons projetos, algo que o Brasil ainda pode fazer apesar da devastação da Lava Jato nos escritorios de projetos, o crescimento começa nos bons projetos e depois na venda deles a quem possa financiar porque modelo seja. Isso exige engenho e arte, não contadores e tesoureiros.

    É preciso a qualquer custo evitar que o desemprego suba alem dos 10 milhões dos demitidos de hoje, todo foco do Governo precisa estar nessa direção, o resto é detalhe.

    Na Historia o desemprego crescente e sem perspectivas sempre acaba muito mal para a politica..

  2. Ainda com muita esperança, mas agora com medo

    “Houve um momento em que a maioria de nós brasileiros acreditou no mote de que a esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a ação penal 470 e descobrimos que o cinismo venceu a esperança. E agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo”.

    Ministra Carmen Lúcia, essa sua sentença não tirou de mim a esperança, que parece insistir em fazer parte do meu jeito de ser.

    Digo mais.

    A minha esperança continua muito grande.

    Não há, entretanto, como negar, por paradoxal que pareça, que o medo que voltou a fazer parte da minha vida nesses últimos tempos, agora tomou proporções preocupantes.

    Houve um momento em que a maioria de nós brasileiros acreditou que as dificuldades afetivo-emocionais da antiga mulher brasileira tivessem se transformado em elevação espiritual e intelectual e que assim ela não precisasse se vingar do passado e traze-lo com a mesma roupa para o presente.

    Mas ao revermos a sua declaração

    “Outro dia eu falei com um juiz do trabalho, que disse: ministra, mas a senhora não acha… Primeiro, eu não acho, eu voto, eu decido. Ele disse: eu estava falando para florear, para a senhora não ficar de mandona. Não, meu filho, eu obedeci a Madre Superior, minha mãe, meu pai, namorado, professor, agora eu mando. Adoro mandar. Eu mandei, cumpra. Mulheres, depois que passa dos 50, a gente gosta mesmo é do sim senhora, não é do eu te amo. Se tiver o eu te amo junto, aí isso é um Deus. Sim senhora e eu te amo, aí é realização total”.

    Descobrimos que algumas mulheres não conseguiram avançar e alcançar a mulher atual, aquela que se põe ao lado do homem.

    Nem à sua frente nem atrás.

    Sem mandar ou obedecer.

    Simplesmente compartilhando emoções e decisões.

    E isso se deve ao fato de que não houve um momento, mas vários, em que alguns de nós brasileiros descobriram que algumas mulheres jamais alcançariam a “realização total” porque poderiam até ser obedecidas, jamais amadas.

    E em vários momentos a maioria de nós brasileiros descobriu que a ausência de amor pode ter consequências graves na vida de alguém.

    E é daí que vem o meu medo.

    “Adoro mandar. Eu mandei, cumpra… a gente gosta mesmo é do sim senhora, não é do eu te amo”.

    Essas palavras assustam, metem medo, quando vindas da mulher, mulher mãe, mulher companheira, mulher filha.

    Vindas de uma ministra do Supremo Tribunal Federal elas trazem uma profunda tristeza.

    E preocupação.

    Onde estão de fato o cinismo e o escárnio?

    Não serão encontrados no lado contrário para onde a senhora aponta?

    Houve um momento em que a maioria de nós brasileiros acreditou no mote de que a Justiça é cega.

    Houve um momento em que a maioria de nós brasileiros acreditou no mote de que a Justiça é cega e por isso só vê com a razão.

    E houve, finalmente, ministra, este momento em que milhões de brasileiros constataram que a Justiça não é cega.

    É caolha.

    E só vê com o olho do lado direito.

  3. Por que Janot não indicia o Cunha?

    Porque não quer.

    E por que não quer? 

    Só ele sabe.

    O que é indiciar: declarar em processo criminal haver indícios de que um arguido é criminoso. 

    Será que não existe indícios suficientes contra Eduardo Cunha para o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot indiciá-lo? 

    O Brasil sabe que sim, mas o Procurador acha que não.

    INEXPLICÁVEL!!!

     

     

     

     

  4. Quem muito se agacha …
    http://www.brasil247.com/pt/blog/brenoaltman/207509/PT-Cunha-e-Churchill.htm

    PT, Cunha e Churchill
    1 de Dezembro de 2015

    BRENO ALTMAN
    Breno Altman é diretor do site Opera Mundi e da revista Samuel

    Hoje é um dos dias mais importantes da história do PT.

    Se seus três deputados na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados votarem pela continuidade do processo de cassação de Eduardo Cunha, como se espera, honrarão seu mandato e o compromisso histórico do partido com o povo brasileiro.

    Mas se sucumbirem a supostas pressões para mudar seu voto, empurrarão o partido e o governo a uma das máximas de Winston Churchill: “entre a desonra e a guerra, eles escolheram a desonra, e terão a guerra.”

    O ex-primeiro-ministro inglês se referia, com estas palavras, à decisão de seu antecessor, Neville Chamberlain, aliado ao governo francês, que optou por entregar os sudetos tchecos a Hitler, em 1938, no Pacto de Munique, apostando que iria pacificá-lo e evitar o confronto.

    Não tenhamos dúvidas: salvar o pescoço de Cunha apenas adiaria o processo de impeachment na Câmara, para um cenário no qual o PT e a presidente Dilma estariam tão desmoralizados, exatamente pelo eventual socorro ao peemedebista, que ralas seriam as forças dispostas a combater o golpismo.

    No caso, se perderia a honra e a guerra.

  5. Um grito de socorro

    O Brasil quer terminar 2015 e voltar à normalidade

    vignet

    Ficaram para hoje a votação da abertura do processo de cassação de Eduardo Cunha e da adequação do Orçamento e, salvo engano meu, de hoje não devem passar.

    Dificilmente deixará de haver quorum, porque ainda resta votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, sem o que não haveria recesso parlamentar.

    Mas não é só por isso.

    Já há algum tempo é possível recolher a impressão difusa de que há um anseio nacional pela volta de uma situação de normalidade, que teima em voltar após o abalo sísmico da prisão de Delcídio Amaral, após bem armada ratoeira  que nada teve de casual.

    Na política e na economia, afundou-se o Brasil com uma rapidez como poucas vezes se viu, num movimento tão rápido que não se pode deixar de ver que foi artificial.

    Não fomos afundando, fomos empurrados poço abaixo.

    E por maior que seja a força que isso faz, passou-se do ponto de equilíbrio, e o Brasil quer emergir.

    Porque o Brasil tornou-se algo tão grande que, como um corpo de grandes proporções, não pode ser mantido submerso por muito tempo, nem ser levado abaixo de certa profundidade.

    Os movimentos golpistas perderam sua base social, como as “jornadas de junho” de 2013 reduziram-se aos blacblocs.

    Não representam o Brasil real.

    Tanto quanto não se inventam revoluções, também não se inventam retrocessos reacionários.

    Mas se alguma decisão precisamos tomar, não há dúvida que é a de oferecer uma direção à imensa força de sobrevivência que inscientemente está se despertando.

    O Brasil quer ir em frente, “apesar da crise”.

    É uma sociedade – e uma economia –  que não pode ser contida artificialmente.

    O Brasil não cabe mais no figurino colonial.

    Podem ter  nos  roubado um ano; não roubarão uma era.

    1964 é impensável em 2015, ainda que com togas em lugar de fardas.

     

     

  6. Dia nacional do samba, por Luiz Antonio Simas

    NÃO SOU SAMBISTA

    No Dia Nacional do Samba – dia em que lanço oficialmente o Dicionário da História Social do Samba, em parceria com o mestre Nei Lopes – é importante reafirmar que não, eu não sou sambista.

    Há quem cante samba, componha, toque, estude, escute. Ser sambista, todavia, é outro papo. O buraco é mais embaixo e demanda fundamento, tempo e responsabilidade. Mais do que gênero musical ou bailado coreográfico, o samba é elemento de referência de um complexo cultural que dele sai e a ele retorna. No samba vivem saberes que circulam: formas de apropriação do mundo, construção de identidades comunitárias, hábitos cotidianos, jeitos de comer, beber, vestir, enterrar os mortos, celebrar os deuses e louvar os ancestrais.

    Há, todavia, quem se aproprie do samba para submeter sua complexidade aos limites da indústria cultural (incluídos aí os meios de difusão de massa e o Carnaval, cada vez mais reduzido ao mero entretenimento; distante da potência de uma festa de reinvenções do mundo). Há que se descarnavalizar o samba. Ele é de vivências cotidianas.

    Não sou sambista. Também não sou — a despeito de ter lançado livros sobre o tema — pesquisador do samba. Prefiro me definir como um pescador; fascinado pela dimensão oceânica do batuque que une as praias da África e do Brasil.

    E assim sigo no samba. Nele pesco meu sustento, manifesto a alegria de viver e educo meu filho. Os que reinventaram a vida no escuro — sambistas! — me ensinaram assim a viver na claridade do sol. Eu não sou sambista.

    02/12/2015 00:06:25 – Atualizada às 02/12/2015 00:07:56

    Luiz Antônio Simas: Rio de Janeiro

    A ilegalidade foi a opção que um Estado excludente deu à maioria da população da nossa cidade

    O DIA

    Rio – Vamos ao vício da História: os primeiros governos republicanos, no pós-abolição, incriminaram as diversas manifestações da cultura popular no Rio de Janeiro — quase todas marcadamente vinculadas às áfricas que existem nas nossas ruas. Essa cultura, afinal, se chocava frontalmente com o projeto civilizatório de recorte europeu que o Estado pretendia impor na capital da República, vitrine do país. O negro foi tolerado no Brasil apenas enquanto o meio de transporte para chegar às nossas praias foi o navio negreiro, assim como certos segmentos das elites toleram as camadas populares porque precisam de domésticas, babás, porteiros, lavadores de carros e catadores de lixo.

    É exatamente dentro desse contexto do pós-abolição que começa a ser gerada a reação a essa política pública elitista: a cultura da fresta e das brechas como estratégia de sobrevivência, meio de reinvenção da vida, reafirmação de laços associativos e construção de uma noção de pertencimento ao grupo e ao território. A ilegalidade no Rio de Janeiro, do ponto de vista histórico, foi a opção que um Estado excludente deu à maioria da população da nossa cidade.

    Me recuso, portanto, a discutir algumas questões polêmicas sobre o Rio de Janeiro dentro apenas de um paradigma de legalidade higienizador, fundamentado em um projeto civilizatório que maneja o mito do ‘carioquismo’ como simulacro da informalidade; enquanto na prática se alimenta desse mesmo simulacro para moldar a cidade como o balneário de grandes eventos capaz de atrair vultosos capitais. A cidade é o território em disputa, também travada no campo das narrativas, que pulsa na flagrante oposição entre um conceito civilizatório elaborado a partir do cânone ocidental, temperado hoje pela lógica empresarial, e um caldo vigoroso de cultura das ruas forjado na experiência da escassez.

    No horizonte da invenção da sobrevivência, esse é o terreiro carioca. O debate é necessário e não pode se restringir a uma política de resultados que não problematize a cidade. Para que ele seja vigoroso, afinal, é conveniente evitar também a infantil e messiânica romantização do precário (de mitos já nos basta carregar a cruz do carioquismo maneiro) e o discurso iluminado dos que se acham sabedores do que é melhor ou pior para o povo.

    Ouçamos as vozes do tempo; aquelas que incomodam a normatização da ordem higienizadora e gritam os dilemas da cidade. Aqui, afinal, a chibata que bateu no lombo foi subvertida em baqueta que bateu no couro.

    E-mail: [email protected]

     

  7. Governo Alckmin promove barbárie em escolas ocupadas: Milícias f

    Reportagem importante e elucidatva da Conceição Lemes

    Governo Alckmin promove barbárie em escolas ocupadas: Milícias fascistas destroem patrimônio público e PM bate em crianças e jovens

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/governo-alckmin-promove-barbarie-em-escolas-ocupadas-por-estudantes-milicias-fascistas-destroem-patrimonio-publico-e-pm-bate-em-criancas-e-jovens.html

    publicado em 02 de dezembro de 2015 às 13:52

    Coronel-001

    Como ficou a Escola Estadual Coronel Sampaio, em Osasco, após ser invadida por homens encapuzados e armados

    por Conceição Lemes

    Sorocaba, 27 de novembro, sexta-feira.

    Oficiais de Justiça tentam, sem sucesso, entregar a notificação de reintegração de posse aos estudantes, que ocupam 21 escolas contra a“reorganização” do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

    Nas 48 horas seguintes, duas são invadidas por pessoas encapuzadas e armadas, que cortam a luz elétrica, ameaçam os alunos, roubam equipamentos e destroem o patrimônio público de ambas, quebrando vidros das janelas, portas, carteiras, máquinas.

    Na madrugada de sábado, 28, isso acontece na Escola Estadual Mário Guilherme Notari, no Jardim Luciana Maria. Na noite de sábado, na EE Guiomar Camolesi Souza, no Jardim Maria Eugênia. À força, os estudantes  desocupam  as duas escolas.

    O site Sorocaba de Verdade denuncia: 

    Mais grave do que isso é o motivo que levou os estudantes a deixarem as escolas estaduais Mario Guilherme Notari, no Jardim Luciana Maria, e Guiomar Camolesi Souza, no Jardim Maria Eugênia: invasão da escola por bandidos que nada têm a ver com o movimento de resistência ao fechamento de escolas por parte do Governo do Estado e o constrangimento a que foram submetidos por profissionais da educação e “lideranças” dos bairros. Outras 19 escolas seguem ocupadas pelos alunos

    Osasco, 30 de novembro, segunda-feira.

    O modus operandi utilizado em Sorocaba é aplicado na Escola Estadual  Coronel Sampaio, em Osasco, na Grande São Paulo.

    O site O Mal Educado denuncia:

     “ATAQUE À E.E. CORONEL SAMPAIO EM OSASCO!! ESSA É A ESTRATÉGIA DE “GUERRA” DO GOVERNO?

    Logo após o Governo declarar que iniciaria uma “guerra” contra o movimento dos estudantes, começam ataques violentos contra as ocupações mais afastadas das câmeras da grande mídia. Em Osasco, a E.E. Coronel Sampaio foi invadida e destruída por pessoas estranhas. A Polícia Militar estava no local e jogou bombas nos estudantes, mas não impediu que os invasores ateassem fogo no colégio.

    (…)

    O que aconteceu? Na manhã dessa segunda-feira, a Diretoria de Ensino de Osasco convocou a comunidade escolar para uma reunião para incentivar a desocupação da E.E. Coronel Sampaio. Logo em seguida, à tarde, um grupo de pessoas de fora invadiu a ocupação e começou a quebrar toda a escola, roubando muitos materiais. Aterrorizados, muitos dos estudantes que estavam ocupando o prédio saíram. Logo em seguida chegou a PM jogando bombas dentro da escola.

    Os estudantes que permaneceram tentavam se reunir no pátio para decidir o que fazer, quando a escola foi novamente invadida pelos fundos e incendiada – e a PM estava presente o tempo todo! Tentando ajudar os outros alunos, dois estudantes ficaram feridos, um cortado pelos pedaços de vidro no chão, outro que passou mal devido ao medo e a fumaça. Um estudante conseguiu recuperar um tablet que fora roubado e trouxe de volta à escola.

    São Paulo, 1º dezembro, terça-feira.

    Sai no Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOSP) o decreto 61.671/2015, do governador Geraldo Alckmin, oficializando a “reorganização” escolar, que fechará 94 escolas e desestruturará  outras 782. Curiosamente não traz a assinatura do secretário da Educação, Herman Voorwald, nem a lista das escolas atingidas.

    Ao mesmo tempo, a Secretaria Estadual de Educação põe escancaradamente em prática outra estratégia de “guerra” do governo tucano contra os estudantes.

    Ela foi acertada no domingo 29, na reunião reservada do chefe de gabinete de Voorwald, Fernando Padula Novaes, com 40 dirigentes de ensino do Estado, e que vazou. “A gente vai brigar até o fim e vamos ganhar e vamos desmoralizar [quem está lutando contra a reorganização]”, Padula arrotou.

    Ao arrepio da lei, inclusive contrariando decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (T-SP), manda a PM  invadir escolas. Além disso,  para mobilizar a comunidade espalha mentiras. Por exemplo, a de que os alunos irão perder o ano. Chega ao cúmulo de orientar  pais e mães a fazerem matrícula em escolas ocupadas, para gerar tensão.

    O alvo “inaugural” desta outra estrategia é a Escola Estadual Maria, na Bela Vista, zona central da capital.

    Jornalistas Livres acompanhou toda ação desde cedo:

    * No início da manhã, Fernando Padula foi pessoalmente à Maria José pressionar os estudantes. Ridícula a sua “performance” como tiozão legal, compreensivo (veja no vídeo abaixo).  Mais falsa que nota de R$ 3. Não convenceu.

    *Em seguida, um bando, tendo à frente o diretor da escola, Vladimir Teofilo Fragnan Filho, arrombou o cadeado do portão do colégio e invadiu o prédio, que vem sendo mantido e cuidado pelos alunos.

    * À porta, a Polícia Militar (PM) assistiu toda essa movimentação, como se não estivesse acontecendo nada.  O spray de pimenta ficou apontado só para os alunos.

    * Na sequência, orquestrados pela diretoria de ensino na sua chamada “guerra” contra as escolas ocupadas,  a Polícia Militar e um bando de civis invade a escola e expulsa os jornalistas (veja no segundo vídeo abaixo).  A ação é truculenta. Na tentativa de desocupar, policiais espirram spray de pimenta em crianças e adolescentes.

    * E, aí, a covardia das covardias. O diretor da Escola Estadual Maria José, Vladimir Teofilo Fragnan Filho, deu um tapa rosto de uma estudante de 16 anos que protestava contra a “reorganização escolar”.  Um colega foi socorrê-la e acabou espancado por policiais que escoltavam o diretor. Acompanhados da mãe da menina, os dois jovens fizeram Boletim de Ocorrência (BO) na 5ª DP, para denunciar diretor e PMs por lesão corporal.

    Diante da leitura do BO e das imagens destes vídeos, a pergunta óbvia: Se o governo Alckmin agiu com tamanha truculência, em plena região central da capital, o que não será capaz de fazer nas escolas das “quebradas”?

    Barbárie - BO-002

    CONEXÃO SOROCABA-OSASCO-BELA VISTA SP

    A esta altura, outras perguntas são inevitáveis:

    – O que aconteceu em Sorocaba tem a ver com o que ocorreu em Osasco e Bela Vista, na capital paulista?

    A resposta é sim, claro.

    – O que une os ataques de grupos armados a escolas ocupadas em Sorocaba e Osasco?  

    Como o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) vetou a reintegração de posse das escolas ocupadas e o uso da PM nessas ações, aparentemente a “solução” foi criar milícias de cunho fascista para expulsar a garotada.  Há indícios de digitais tucanas nelas.

    Vejamos.

    Barbárie -- roney - devolve a minha escola1. Na semana passada, o Movimento Ação Popular, ligado à juventude do PSDB, criou no Facebook a página Devolve a Minha Escola, cujo objetivo  é combater as ocupações nos colégios. Administra-a Roney Glauber (na foto ao lado, com Alckmin). Ele trabalha no Diretório do PSDB em Guarulhos e  preside  Juventude tucana Guarulhos.

    Além da página no Facebook, integrantes do Movimento da Ação Popular  têm visitado escolas ocupadas para pressionar os alunos, revela a revista Fórum.  Quando percebem que não vão conseguir, fazem ameaças.  “Tudo bem, se não vai sair por bem, vai sair por mal”, disseram a uma manifestante  da capital.

    2. Tudo indica que aí eles já iniciavam os preparativos para a “guerra” contra as escolas ocupadas, deflagrada por Fernando Padula, chefe de gabinete do secretário da Educação de São Paulo,em reunião reservada, cujo áudio vazou.

    3. Coincidentemente, nessa reunião do domingo, Padula apresentou de forma solene um militante do Movimento Ação Popular, que frequentemente comparece nas manifestações pelo impeachment da presidenta Dilma. Seria o próprio Roney? Como apenas o áudio vazou, não dá para ter certeza.

    4.O fato é que o movimento fascista contra as escolas ocupadas se intensificou na já famosa reunião de domingo, quando foram divulgadas por Fernando Padula e Valéria Volpato as estratégias do governo Alckmin contra os movimento dos estudantes.

    Ouvir Padula contar que as placas de carros estacionados próximos às escolas estavam sendo fotografadas para saber se eram de integrantes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo) deu náuseas. Me fez voltar aos tempos da ditadura militar, quando professores, alunos, funcionários eram vigiados.

    Barbárie - Coronel4-0035. Curiosamente, o chefe de gabinete do Secretário da Educação (ao lado, de terno) chegou  à Escola Estadual Coronel Sampaio, em Osasco, logo após o ataque armado de destruiu o colégio. Teria sabido antes?

    No caso da Maria José, a PM e um bando de civis (acompanhava o diretor) partiram para cima da garotada pouco depois de Fernando Padula ir embora. Teria partido dele a ordem para a PM invadir a escola?

    6. Estranhamente, tanto em Osasco quanto na Bela Vista a Polícia Militar do governo Alckmin assistiu passivamente às agressões aos estudantes  e às escolas e nada fez. Pelo contrário. Na escola da Bela Vista, os estudantes levaram spray de pimenta no rosto. Seriam ordens  superiores?

    CONLUIO CRIMINOSO DA GRANDE MÍDIA COM O GOVERNO PAULISTA 

    Como era de esperar, os telejornais desde ontem cedo apontavam para os alunos como responsáveis pelo vandalismo, livrando a cara do governo Alckmin.

    No caso de TV Globo, isso começou no Bom Dia São Paulo e culminou no Jornal Nacional. O conluio mídia/tucanos, como sempre.

    Ao mesmo tempo, abriu os microfones para o chefe de gabinete do secretário da Educação conjeturar sobre haver “movimento político por trás”.  Ele quis incriminar

    PT, PCdoB, movimentos sociais de esquerda… Nada de novo.

    Só que não é necessário contratar nenhuma força-tarefa para se descobrir que os ataques de vandalismo às escolas ocupadas não partiram de alunos. Destruí-las não lhes interessa nem aos seus apoiadores.

    A quem então interessa detonar uma escola?

    A quem interessa fazer com que os estudantes desocupem uma escola?

    Será essa a tática “de guerra” do governo em ação, para colocar a população contra a luta justa e digna dos estudantes?

    Sugiro que o governador Alckmin procure os responsáveis  por estas arbitrariedades e truculências, nas próprias hostes tucanas, talvez alguns mercenários.

    Diante tudo isso:

    * Por que o Ministério Público do Estado de São Paulo demorou tanto para intervir e, assim, proteger crianças e adolescentes? Estava esperando uma morte para cumprir o seu papel constitucional de defender a sociedade? Nessa terça 1, finalmente, MP começou a se movimentar.

    * Cadê os Conselhos Tutelares para proteger crianças e adolescentes de agressões e abusos?

    * Os ataques  não seriam a materialização da volta de um eventual “acordo” entre o PCC e o governo Alckmin para impedir a continuidade do movimento?

    Assim como Alckmin, os traficantes estão gostando nenhum pouco das escolas ocupadas. Primeiro, porque os alunos proíbem o uso de drogas nelas. Segundo,  porque aumenta o policiamento nas escolas, atrapalhando os “negócios”.

    Há, portanto, uma tragédia anunciada e não dá para silenciar diante de tantas barbaridades.

    Mais do que nunca quem realmente defende Estado de direito e a democracia só pode estar de um lado neste momento: o dos estudantes que ocupam as escolas.

    A propósito: por trás dessa barbárie toda não estaria também o truculento Saulo de Castro, secretário de Governo de Alckmin? É aquele mesmo Saulo de Castro, que desacatou deputados e foi denunciado ao Ministério Público. Esse cidadão é conhecido pelo estilo trator e pela truculência.

    PS do Viomundo:  Segundo o site Não fechem minha escola já são 231 escolas ocupadas. Até o momento, 2 de dezembro às 13p2, contabiliza 116 mil curtidas. Já o site do grupo pró-Alckmin, o Devolve minha escola, tem apenas 1.600.

  8. “A Arte de ser ousada – Uma homenagem a Carmem da Silva”

    “A Arte de ser ousada – Uma homenagem a Carmem da Silva”

    ENVIADO POR HENRIQUE MARQUES PORTO QUA, 02/12/2015 – 15:39ATUALIZADO EM 02/12/2015 – 15:40

    Uma homenagem a Carmem da Silva

    “A Arte de ser ousada – Uma homenagem a Carmem da Silva”, livro da Juíza e liderança feminista Comba Marques Porto, será lançado amanhã, dia 03 de dezembro, a partir das 19 horas, na Livraria Argumento, no Leblon. O livro é edição da Vieira & Lent Casa Editorial. Todos estão convidados. O livro é excelente é muito oportuno. Confira um trecho.

    “Como legítima precursora do movimento feminista recuperado em 1975, a escritora Carmem da Silva nos fez compreender a arapuca em que sempre estivemos metidas: das sinhazinhas e mucamas de antanho às modernas donas de casa e suas empregadas domésticas -mulheres às voltas com um tratamento diferencialmente excludente, em razão da sua condição de sexo. Os cortes de classe social e de raça, constatou Carmem, não se prestavam a responder às sutis contradições decorrentes das especificidades da condição de mulher, tal como até então moldada em nossa sociedade. Assim, como princípio humanista, o feminismo brotou do enfrentamento de uma cultura divisionista que diferencia as próprias mulheres entre si. Sem exagero e com tristeza, creio, é possível afirmar: no Brasil ainda não alcançamos um patamar mínimo de respeito à dignidade das mulheres. Passados mais de trinta anos da morte de Carmem, seu pensamento permanece atualíssimo.”  

    Imagens

     

  9. Tímida iniciativa contra a maior força conservadora do planeta

    Nassif,

     

    Talvez possamos atribuir uns 70% de culpa, para as instabilidades políticas e social que vem ocorrendo nos últimos 100 anos, à sede por Petróleo de alguns países (ou corporações). Mas o mundo começa, timidamente, a regair:

    http://www.mobikers.com.br/7-cidades-do-mundo-que-estao-deixando-os-carros-de-lado/
     

    7 cidades do mundo que estão deixando os carros de lado

    Copenhague VENDO AGORA

     

      capacete00b 

     

      Desenhos no Strava - Urso 

     

       

    De acordo com um artigo publicado pelo site Fast Coexist, em Los Angeles os motoristas ficam presos em engarrafamentos aproximadamente 90 horas por ano. Estudos britânicos também atestaram que um condutor de veículo demora o equivalente a 106 dias de sua vida apenas buscando uma vaga para estacionar seu carro. A busca por um estilo mais saudável e a praticidade de circular entre vias fez com que sete cidades se destacassem na missão de diminuir o número de carros nas ruas.

    Enquanto o Brasil não figura nessa lista preciosa, veja as mudanças feitas em cada uma das cidades-exemplo.

    Madri – Espanha

    MadridFoto: Mispahn

    Uma lei municipal fez com que algumas ruas do centro da cidade bloqueassem o tráfego de carros em alguns dias da semana. O objetivo, contudo, é ainda maior. A prefeitura pretende transformar toda essa região apenas para circulação de pessoas, onde o acesso seja feito somente por quem mora nas redondezas.

    Paris – França

    ParisFoto: Lukema

    Em pouco mais de 10 anos a quantidade de carros na cidade de Paris aumentou 20%, fazendo com que a poluição atmosférica figurasse entre as mais sérias do mundo. Essa precariedade no ar fez com que a prefeitura restringisse o uso de automóveis em alguns dias da semana, oferecendo em troca transporte público gratuito.

    Chengdu – China

    ChengduFoto: Kuruman

    A cidade-satélite de Chengdu já foi criada pensando na circulação de pedestres e sem a necessidade do uso de automóveis. Todos os serviços úteis para os moradoras não ficam a uma distância maior do que 15 minutos de caminhada. Não há uma lei, como nas duas cidades anteriores, proibindo o uso de carros, mas esses caem no desuso justamente pela facilidade de acesso entre um ponto e outro por outros meios de transporte.

    Hamburgo – Alemanha

    HamburgoFoto: Martin Brooks

    A prefeitura criou um projeto que interliga todos os parques verdes da cidade, fazendo com que os moradores possam atravessar toda a área municipal caminhando ou pedalando. O projeto tem prazo de finalização para, no máximo, 20 anos e as zonas serão liberadas a medida que estejam construídas.

    Helsinque – Finlândia

    HelsinkiFoto: Benjamin Horn

    Helsinque segue o mesmo exemplo de Chengdu, reformulando as vias da cidade para que os trajetos a pé sejam favorecidos. A meta para que todas as ruas passem por tamanha mudança e que os carros sejam desnecessários é de apenas dez anos. A prefeitura também criou um aplicativo que identifica transportes compartilhados como carros, taxis e até mesmo bicicletas.

    Milão – Itália

    MilãoFoto: M.Maselli

    A prefeitura de Milão anda fazendo uma troca justa com seus moradores. Para cada dia que um motorista deixar seu veículo em casa, a instituição envia um bilhete eletrônico que dará direito de livre circulação em transportes públicos.

    Copenhague – Dinamarca

    CopenhagueFoto: News Øresund – Johan Wessman

    A última cidade da lista foi, talvez, a que primeiro começou essa mudança. Copenhague passou a incentivar o uso de bicicletas ainda na década de 60, quando não se falava tanto em sustentabilidade. Hoje, é a cidade com menos carros e mais ciclovias do mundo.

     

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