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quinta, 02 de maio de 2024
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O Amor, Vladimir Maiakóvski (1893 – 1930)
Um dia, quem sabe,
ela, que também gostava de bichos,
apareça
numa alameda do zoo,
sorridente,
tal como agora está
no retrato sobre a mesa.
Ela é tão bela,
que, por certo, hão de ressuscitá-la.
Vosso Trigésimo Século
ultrapassará o exame
de mil nadas,
que dilaceravam o coração.
Então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em enumeráveis noites de estrelas.
Ressuscita-me,
nem que seja só porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo quotidiano!
Ressuscita-me,
nem que seja só por isso!
Ressuscita-me!
Quero viver até o fim o que me cabe!
Para que o amor não seja mais escravo
de casamentos,
concupiscência,
salários.
Para que, maldizendo os leitos,
saltando dos coxins,
o amor se vá pelo Universo inteiro.
Para que o dia,
que o sofrimento degrada,
não vos seja chorado, mendigado.
E que, ao primeiro apelo:
– Camaradas!
Atenta se volte a Terra inteira.
Para viver
livre dos nichos das casas.
Para que
doravante
a família
seja
o pai,
pelo menos o Universo;
a mãe,
pelo menos a Terra.
Trad: Boris Schnaiderman e/ou Augusto e Haroldo de Campos
Trad.: Boris Schnaiderman e/ou Augusto e Haroldo de Campos
Marinaia.
Abujamra declama Maiakovski.
A outra tradução (que vai escrita no outro post abaixo) soa melhor e carrega mais sentido de subversões, acho.
(Esta que Abujamra declama, é de uma parceria de Caetano Veloso com Nely Costa Santos e foi cantada por Gal Costa. A que achei melhor, portanto, transcrevi no outro post )
[video:http://www.youtube.com/watch?v=_BAlhGsB-6I align:center]
(Sem título)
[video:http://www.youtube.com/watch?v=-G-j-bkw8Mk%5D
Latin Jazz!
[video:https://www.youtube.com/watch?v=RRCgYYirUzo%5D
Clareana
A música de Joyce para as duas filhas
Joyce só tinha Ana e Clara em 1978 – a terceira viria em seguida.
Foto: Lizzie Bravo
Um coração
De mel de melão
De sim e de não
É feito um bichinho
No sol de manhã
Novelo de lã
No ventre da mãe
Bate um coração
De Clara, Ana
E quem mais chegar
Água, terra, fogo e ar
Joyce, intimista, dispensa o apoio da banda e canta, acompanhada apenas por seu violão, a música que a popularizou ao ser classificada para o Festival de Música Popular Brasileira da Rede Globo em 1980. Em parceria com Maurício Maestro, feita em 1976, a música é dedicada às suas filhas Clara e Ana, nascidas respectivamente em 1971 e 1972.
[video:http://youtu.be/THI_toSqn5k width:600 height:450]