Para presidente da Comissão Europeia, é um ‘absurdo’ UE não ter acordo com Brasil

 
 
Enviado por Paulo F.
 
Da Agência Brasil
 
Durão Barroso diz “ser absurdo” União Europeia não ter acordo com Brasil
 
Apesar de reconhecer que há resistências de ambos os lados, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, voltou a defender hoje (21) que a União Europeia e o Brasil tenham um acordo de comércio bilateral, o que depende de uma assinatura com o Mercosul.

A mim, parece absurdo que a União Europeia tenha acordos de livre comércio com praticamente o mundo inteiro e não com o Brasil. O Brasil é o ponto mais importante do Mercosul”, disse.

Durão Barroso afirmou que, como o Brasil, a União Europeia defendeu as negociações multilaterais da Rodada Doha, que, segundo ele, não avançaram porque alguns países, como Estados Unidos e Índia, “não estavam preparados”. O bloco, então, partiu para negociações bilaterais e já fechou acordos com Coreia do Sul, países africanos, caribenhos e andinos, além de estar em negociação para um grande acordo com os Estados Unidos. Com o Mercosul, no entanto, ele disse que as negociações estão paradas.

Na avaliação do presidente da Comissão Europeia, o acordo com os norte-americanos não vai prejudicar a economia brasileira. O que pode causar isto, na visão dele, é a demora para fechar um acordo entre europeus e o Mercosul. “Se a União Europeia fechar um acordo com os EUA, abrindo para a carne bovina, por exemplo, que é um assunto importante para a economia brasileira, as importações são limitadas. Se abrirmos para o Canadá, os Estados Unidos e outros, quando formos fechar com o Brasil, pode não haver muito mais o que interessa”.

O português afirmou que a relação com o Brasil é importante também para aumentar o comércio também com o Atlântico Sul, e que o país é um parceiro que compartilha de valores do bloco europeu, o que não ocorre com a China, por exemplo. Durão Barroso considerou Pequim um aliado importante inclusive na defesa do euro, mas disse que há pouca intimidade política com os valores de Bruxelas.

Para o líder do bloco, durante a crise, o projeto de integração da União Europeia superou a avaliação dos analistas, que chamou de “cassandras do pessimismo”, em referência às videntes da mitologia grega que previam desastres. Segundo ele, o projeto do euro é político, e por isso, ele acreditava que sempre haveria vontade para mantê-lo. “O euro nunca esteve ameaçado. Continua sendo forte e estável. Alguns industriais se queixam de ser demasiadamente forte. Ninguém se queixa de o euro ser fraco”.

 

Redação

3 Comentários

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  1. Duro golpe

    Paulo F.,

    Durão Barroso é empregadinho do Bilderberger, só está repercutindo o que mandaram ele falar.

    Depois de passar uma semana digerindo o BRICS e seu NBD, um duro golpe, os manda-chuvas $$$ começam a perceber que aquele grupo não foi criado apenas para ocupar espaço no noticiário.

    Não existe melhor sinal para indicar a enorme preocupação de USA e UE com relação ao tal grupo, que o silêncio cavernoso da grande mídia internacional ( a mídia daqui não passa de repetidora amestrada de Tio Sam) a respeito da renião realizada no patropi. 

  2. Mercosul e UE

    No dia 23l07l14, em entrevista concedida ao SBT, Marco Aurelio Garcia (assessor para assuntos internacionais da presidencia), rebateu esta afirmacao,afirmou que a proposta do MERCOSUL ja esta pronta, faltando a contraparte da UE apresentar sua proposta. Fazer um acordo bilateral com o Brasil seria o mesmo que enterrar de vez o bloco sulamericano.

    Portanto, ha uma sonegacao de informacoes da fonte que emite. Uma meia verdade , visando atingir NEGATIVAMENTE O MERCOSUL e em especial o Brasil que busca o seu fortalecimento politico institucional.

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