O inquérito 2474 derruba as teses do mensalão, por Miguel do Rosário

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Enviado por José Carlos Lima

de O Cafezinho

por Miguel do Rosário

O inquérito 2474 derruba as teses do mensalão

Destrinchando a parte 1 do Inquérito 2474

Matutando sobre a razão pela qual Joaquim Barbosa manteve o Inquériot 2474 sob segredo de justiça, não o revelando nem a seus pares nem à imprensa, cheguei a algumas suspeitas.

É preciso entender que se trata de um documento policial, de acusação. Em tese, seria um complemento às investigações que levaram à Ação Penal 470, porque traz informações mais atualizadas.

O delegado Zampronha se esforça para encontrar indícios e provas que possam confirmar as suspeitas do Ministério Público, da oposição e da imprensa de que houve um escândalo de corrupção.

No entanto, o relatório foi praticamente descartado por Barbosa, que o ignora solenemente por ocasião do julgamento da Ação Penal 470. Por quê?

Minha tese inicial é a de que Zampronha deixou vários “furos” que impediriam Barbosa e o procurador-geral de sustentar algumas acusações. Ou seja, “furos” não necessariamente na qualidade da investigação, mas na sua forma, que envereda demais pelo período tucano e pela verdade, em vez de se ater exclusivamente às ficções criadas pela procuradoria, em conluio com Joaquim Barbosa e chanceladas pela imprensa.

Zampronha até tenta entrar no “clima” da época e bater no PT, mas é sério demais para se ater apenas a isso, e vai mais fundo.

Em primeiro lugar, o relatório é baseado no famigerado Laudo 2828, também ignorado por Barbosa, que inocentava Gushiken e Pizzolato.

Apesar do próprio Inquérito 2474 trazer algumas acusações contra a diretoria de marketing, constata-se logo que são acusações forçadas, puramente retóricas, como que enxertadas para satisfazer a sanha da procuradoria de incriminar Pizzolato.  De qualquer forma, jamais chegam ao ponto de afirmar que os R$ 74 milhões do Fundo Visanet teriam sido inteiramente desviados.

Zampronha comete a impudência de lembrar que o Laudo 2828 também investigou as ações do “grupo criminoso” nos anos de 2000 a 2002, o que tiraria o foco do PT.

Trecho da Parte 1, página 35:

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Ainda na página 35, Zampronha faz uma observação, numa nota de rodapé,  que, mesmo nitidamente querendo ajudar a acusação a montar a tese do mensalão, acabaria atrapalhando a vida dos procuradores e de Joaquim Barbosa.

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Zampronha tentava, talvez ingenuamente, ser verossímil. A DNA não poderia desviar a íntegra dos R$ 74 milhões do Fundo Visanet – Marcos Valério era esperto demais para fazer isso. Se houve desvio dos recursos Visanet a agentes públicos (e Zampronha não consegue provar sequer isso), ele corresponderia a um percentual pequeno do valor total.

Sendo um expert em mercado financeiro, Valério fazia malabarismos com o dinheiro do Fundo Visanet (segundo Zampronha) para desviar uma parte dele para seus objetivos comerciais e políticos.

Mas Valério nunca desviaria a totalidade dos recursos de uma campanha publicitária. A DNA era uma agência genuína, que mantinha contratos com o Banco do Brasil desde 1994. Está lá na página 39:

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Os adiantamentos em dinheiro feitos pelo Banco do Brasil às agências de publicidade eram uma “regra geral” desde muito antes da gestão Lula, e eram feitos para todas as agências que trabalhavam com o banco, não apenas para a DNA.

No caso da DNA, o relatório fala em seis grandes adiantamentos feitos pelo BB em benefício desta agência, sob a rubrica do Fundo de Incentivo Visanet. Os dois primeiros aconteceram em 2001 e 2002.

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Há um outro ponto do relatório que derruba um dos pilares da acusação: posicionar um petista no centro do núcleo financeiro do esquema.

Apesar de Zampronha revelar, em alguns trechos do relatório, o  desejo de incriminar o diretor de marketing, Pizzolato, o único petista ocupando um cargo de diretoria no Banco do Brasil, o documento não traz nenhuma prova contra ele; ao contrário, menciona repetidamente o Laudo 2828, que afirma que outros servidores, e não Pizzolato, eram os responsáveis pelos recursos do Fundo Visanet.

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Da página 42 até a 52, Zampronha aborda supostas mutretas da DNA com os recursos que recebia do Banco do Brasil para realizar campanhas publicitários pagas pelo Fundo Visanet.

Olhando bem, são mutretas mais ou menos “comuns” no mercado publicitário, que é longe de ser tocado por santos da ética. Elas – as agências – recebem os recursos de seus clientes, e em seguida emitem notas frias ou superfaturadas, para justificar os gastos.

Entretanto, isso não significa que não executem o serviço, às vezes com extraordinária competência. Se avaliarmos os serviços publicitários prestados pela DNA ao Banco do Brasil, sobretudo os relacionados às campanhas do cartão Visanet, veremos que o BB foi a instituição que mais ganhou market share na área de cartões de débito durante o período mais investigado (2003 a 2004).

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A partir da página 53, Zampronha começa a falar dos anos de 2003 e 2004. Aí, na minha opinião, comete outra grande “impropriedade” para os objetivos da procuradoria e de Joaquim Barbosa. Talvez esta seja a explicação principal para Barbosa ter mantido o documento em segredo.

A “impropriedade” é informar, com todas as letras, o nome dos servidores que assinam os repasses financeiros para a DNA nos anos de 2003 e 2004. Entre eles, não consta, em nenhum momento, Henrique Pizzolato, o único petista na cúpula do BB.

O primeiro grande depósito do Fundo Visanet na conta da DNA, no valor de R$ 23,3 milhões, feito em 08 de maio de 2003,  traz as assinaturas de Léo Batista dos Santos e Douglas Macedo. Em novembro do mesmo ano, outro grande depósito, desta vez de R$ 6,4 milhões, traz a assinatura de Douglas Macedo.  Nada de Pizzolato. É óbvio que esse relatório tinha que ser mantido em segredo: nem Léo nem Douglas são petistas; ambos vinham da gestão anterior e não tinham ligação nenhuma com o então novo governo Lula.

Página 54:

 

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*

Quando a DNA apresenta a sua planilha, com os fornecedores que receberam os recursos oriundos da Visanet, apenas em 2003, veja quem aparece no topo da lista: TV Globo, que recebeu R$ 3,39 milhões;  e Tom Brasil, a empresa para a qual o filho de Joaquim Barbosa prestou serviços em 2010.  Hoje o filho de Barbosa é empregado da Globo.

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Antonio Fernando, o procurador responsável pelas primeiras versões do “mensalão”.

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Confira aqui a íntegra do relatório do Inquérito 2474.

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PS: Amigos, vou tentar analisar todas as partes deste Inquérito 2474, para ver se consigo extrair dele alguma conclusão interessante.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

24 Comentários

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  1. Piada velha.

    Prezados,

    Sobre a polícia brasileira e sua “eficiência” sempre correu uma piada manjada:

    Scotland Yard, NYPD e a Polícia Civil (de qualquer estado, depende do interlocutor) competem para saber quem consegue descobrir os rastros, a toca e prender um coelho solto aleatoriamente.

    Os ingleses o fazem em 23 minutos, os novaiorquinos em 21 e os brasileiros em 8.

    Espanto geral, como podem, sem tecnologia, sem método, sem nenhuma sosfisticação?

    Olhando de perto, o policial brasileiro mostra um animal que de perto não é um coelho, mas um gato todo estrupiado, e que insiste em confessar que é coelho:

    – eu sou um coelho, eu sou um coelho, pelamordedeus, eu sou um coelho…onde é que eu assino?”

    Infelizmente, hoje, podemos alterar a piada para incluir o STF.

  2. MENSALEIROS

    Nos livros didáticos do futuro a AP470 não fará parte da nossa história..Será um conforto para os herdeiros dos envolvidos..Amém.

  3. A SAGA NAO ACABOU

    … o mensalao estah para esgotar apenas uma parte de seu todo.

    os brasileiros apartados por nao terem forum privilegiado – STF, agora serao chamados aas falas dado o conteudo do papelorio.  salvo se alguem prevaricar . alias expediente q parece estar na moda.

     

    e dou minha receita de bolo para o embroglio: insira-se na lei de responsabilidade fiscal restriçoes a gastos de dinheiro publico limitados a um porcento da receita corrente liquida para a rubrica PUBLICIDADE E PROPAGANDA de qualquer especie e relativas aas tres esferas de governo -federal estadual e munic.

    assim as agencias de propagandas nao terao mais como  mensalar.

  4. Ou seja, JB é um mau caráter

    Ou seja, JB é um mau caráter mesmo. Acobertou culpados (tucanos de segundo escalão) e jogou um inocente (Pizzolato) aos leões. Escondeu os repasses à goebbels e à empresa na qual seu filho trabalhava e também a informação crucial de que a DNA já prestava serviços ao governo federal desde 1994. Um belo serviço em parceria com o PIG e PSDB para destruir o PT. Se isso for justiça, melhor voltar com a Ditadura.

  5. Esse cara é ridículo. Ao

    Esse cara é ridículo. Ao invés de exibir fatos objetivos que sustentem o que ele diz, o que ele faz nesse texto medíocre é expor desejos subjetivos de quem mal entendeu o que leu. O pior é falar em notas frias, superfaturadas, emitidas pelas agências de publicidade, e achar que isso não é grave.

    O que ele pretende, diante das revelações devastadoras do Inquérito 2474, que atesta cabalmente a existência de um esquema de corrupção que atuava em várias frentes e com os mais diversos propósitos, entre eles o de favorecer ilegalmente interesses privados perante a administração pública, angariar ilicitamente dinheiro público e privado para campanhas políticas (o PT mergulhou fundo nisso, trabalhando lado a lado com Marcos Valério para que isso acontecesse, como resta mais do que comprovado a essa altura), é dizer que o dinheiro da Visanet não foi todo ele usado por Marcos Valério para pagar propinas aos líderes dos partidos da base do Governo Lula.

    É um esforço inócuo esse. Primeiro, o Inquérito 2474 não se ocupou disso. Quem se ocupou disso foi o inquérito do mensalão. Segundo, mesmo que nem todo dinheiro da Visanet tenha sido desviado para o mensalão, o valor comprovado por Zampronha no Inquérito 2474 já seria grave o suficiente. Engraçado perceber como os apoiadores dos petistas que perpetraram o mensalão mudaram o discurso: antes, todo o dinheiro da Visanet havia sido usado para pagar propaganda. Agora, eles trabalham com a hipótese de que parte do dinheiro, de fato, foi desviado para pagar agentes públicos e diretores do Banco do Brasil. A saída agora é tratar o Zampronha como uma peça da acusação que tem o “desejo” de comprovar o que disse a denúncia do processo do mensalão. Patética a mudança no discurso. Só serve para provar a pouca disposição de aceitar como válidas as conclusões de quem não seja politicamente vinculado ao PT.

    A questão é que o Inquérito 2474 tinha como uma de suas finalidades analisar as outras fontes de renda do esquema do valerioduto. É claro que não se poderia provar, no Inquérito 2474, que todo o dinheiro desviado da Visanet foi usado para pagar o mensalão.

    Por último, ele repete a linha de defesa de Pizzolato de que quem assinou as liberações ilegais para a DNA, antecipadas, sem qualquer demonstração de serviço prestado, sem qualquer tipo de controle, foram outras pessoas. Claro que, com esse tipo de argumento, esse sujeito só mostra que é desonesto intelectualmente. Além disso, é desqualificado para palpitar juridicamente e contabilmente sobre o assunto. Dos Santos assinou porque era a pessoa do Banco do Brasil que representava a instituição na Visanet. Isso em nada retira a responsabilidade de Pizzolato, pois ele, Dos Santos, respondia à Diretoria de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil, comandada por Pizzolato.

    Isso está provado nos autos da AP 470, de forma muito clara. Pizzolato responde porque era o principal responsável pela fiscalização dos recursos e existem provas de que ele agiu de má-fé, inclusive recebendo propina de mais de 300 mil reais, cuja testemunha sacou o dinheiro e disse no processo que entregou a Pizzolato.

    Esse cara de “O Cafezinho” é um desonesto intelectual e não possui credibilidade nenhuma, além de vender ideias falsas sob argumentos muito ruins, porque não está habilitado para contestar nada. Não possui conhecimentos técnicos para sustentar o que interessadamente defende. Isso para mim está muito claro.

    1. Só nóis? E os outros?

      Alessandro, alessando, pelo amor de Deus.

      Há fatos ocorridos em 1997 e 2001, que foram comentados pelo delegado, no seu relatório.

      Você não irá comentá-los?

      Entre fundo neste assunto. 

      O PT já condenaram e recondenaram e continuam condenando até o infinito.

      Assim, por favor, comente-os.

      Só quero ver!

       

      1. O que é que você quer que eu

        O que é que você quer que eu diga sobre isso? Que já existia o esquema do valerioduto muito antes? Ora, existem indícios disso. Mas eu não tenho elementos suficientes para afirmar que um esquema como o mensalão, que se valeu de dinheiro público para comprar apoio político no Congresso Nacional, já acontecia por intermediação da DNA Propaganda desde a época a que você se refere.

        Não tenho elementos para afirmar isso categoricamente porque o mensalão petista conta com inúmeros fatos comprovados, como, por exemplo, o pagamento a lideranças partidárias da base governista. Esse dado não existe sobre o período a que você se refere.

        O que existe com relação a isso são as acusações que dizem que FHC comprou a reeleição. Mas até aqui, nenhuma surpresa: o “time” do PT encampou essa tática, inclusive quando “contratou” um “jogador” que já havia feito uma ótima “temporada” em Minas Gerais durante a campanha eleitoral de 1998, em que os cofres da Usiminas foram assaltados pelo “time” dos tucanos, com a ajuda do “craque” em branqueamento de capitais, Marcos Valério, que depois iria mostrar o seu “talento” vestindo a “camisa” do “time” do PT.

        1. Porque este inquérito está

          Porque este inquérito está aparecendo só agora, após as condenações (sem transito em julgado) e com o STF sob o comando do Lewandovski ? Se tem algo haver, qualquer coisa que seja, com a AP470, que pudesse ser utilizada pelos advogados dos réus, visando provar algo diferente do que está nos autos da AP470, porque o relator JB não tornou-a pública anteriormente ?

          Eu não ponho a mão no fogo por ninguém , mas … tá muito mal contada esta história.

          Tá na cara que todas as “provas” de uso de recursos ilícitos foram direcionados somente para os petistas, deixando de fora todos os tucanos e o Sr. Dantas.

          1. “porque o relator JB não

            “porque o relator JB não tornou-a pública anteriormente ?”:

            Porque eh promotor -nunca foi juiz- e ja tinha agenda previa.

          2. Só está aparecendo agora? Nada disso

            A Carta Capital já tinha divulgado em seu site, em matéria assinada pelo jornalista Leandro Fortes, esse inquérito 2474 desde abril de 2011! O participante de nome “O Escritor” postou os links neste blog há uns dias atrás.

      1. É mesmo, Migué??

        Oh, really?

        Explica para mim, Migué, aquela estória de você ter concluído que, como as antecipações para as agências de publicidade eram uma “regra geral” do Banco do Brasil desde 1994, o que, não sei se você notou, não quer dizer que o que foi feito com a DNA Propaganda seja legal, continuando, explique para mim como, a partir disso, você sugere que a DNA não fez nada ilegal com os recursos ilegalmente apropriados da Visanet mediante corrupção.

        Você sabe ao menos que a DNA tomou “empréstimos” em valores muito próximos às antecipações ilegais da Visanet, não sabe?

        Você, como suposto jornalista independente e interessado em descobrir a verdade (hehehe), procurou saber se, desde 1994, isso também era “regra geral”?

        Explica isso aí, Migué. Quem sabe até pagar propina de mais de 300 mil reais (326 mil, no caso) aos diretores de marketing e comunicação do Banco do Brasil não seja também uma “regra geral”.

        1. tretas da DNA

          Prezado Argolo, a expressão “regra geral” é usada pelo autor do inquérito 2474, e ele publica um documento oficial do BB mostrando que, no caso da DNA, os adiantamentos aconteciam ao menos desde 2001. Olhe o post com calma que eu publiquei. Eu não sou dono da verdade, eu procuro apenas explorar as contradições e levantar questões não respondidas. Não posso responder todas as questões porque não sou Deus. Também aguardo os outros docs do Inquérito para continuar minhas análises, sobre as quais você tem o direito de discordar, desde que não esqueça que não estou dando aqui minha opinião, mas sim minha interpretação com base em fatos. Leo Batista é quem assina as transferências para Visanet, em 2003 e 2004, e ele não é subordinado a Pizzolato. É superior. Se não foi um petista ou um “cúmplice” que transferiu $ à Visanet, então o mensalão vai por água abaixo. 

          Não me venha falar em “desonestidade intelectual”, por favor. Não num caso em que o presidente do STF, Ayres Brito, afirmou em pleno julgamento, que a Companhia Brasileira de Meios de Pagameto era estatal porque tinha o “brasileira” no nome, assim como a Embrapa; e depois que saiu do STF foi correndo assinar prefácio do livro do colunista-acusador Merval Pereira. 

          Assista ao vídeo: 

          http://www.youtube.com/watch?v=_Bbm3Ikk9pw

          Cordialmente,

          Miguel do Rosário

          1. Miguel do Rosário, vá em

            Miguel do Rosário, vá em frente em suas interpretações e análises sobre o Mentirão (só uso esta alcunha para  a AP470). Você é referência sobre o assunto fora dos meios jurídicos (se é que tem algum naquele antro, nem a OAB se presta a fazer uma análise do conjunto) junto com outros como o próprio Nassif, Edu Guimarães PHA, Azenha para que possamos mostrar o quanto foi farsesco este julgamento que deve ser anulado a bem do nome JUSTIÇA.

            Que este questionamentos sirvam de combustível para melhorar ainda mais suas avaliações do que ocorreu.

            Ë ÓBVIO que os petistas não são santos, mas foram condenados de maneira rigorosa demais em um processo cheio de ilações e invenções de teorias (Não possuo prova cabal …. mas vou condenar porque a literatura juridica me pemite – Rosa Weber isto é um juiz ? ) e a aplicação da pena segue em ARBITRARIEDADES INACEITÁVEIS para um estado democrático de direito.

            Queremos a VERDADE, se os petistas erraram deverão pagar pelo que fizeram não pelo que a OPOSIÇÃO MIDIÁTICA GOLPISTA quer fazer o povo brasileiro crerer com esta estória de mensaleiros, enquanto que os tucanos ficam dando risada da situação, sendo muito mais responsáveis pela corrupção neste país, vide os esquemas da privatizações.

            PARABÉNS PELO SEU TRABALHO. 

          2. Miguel, 
            quero parabenizá-lo

            Miguel, 

            quero parabenizá-lo por sua resposta educada e esclarecedora a um comentário grosseiro.

            Pessoas como você valorizam a discussão porque são baseadas em fatos e documentos e não em falas grosseiras e sem base nos fatos.

            Valeu.

          3. Fatos? Quais?

            Nenhum fato que negasse o mensalão foi demonstrado. Só meras interpretações que distorcem os fatos. A alegação de que as antecipações aconteciam desde 1994 não quer dizer absolutamente nada favoravelmente ao mensalão. Continua sendo crime do mesmo jeito. Ninguém que leia o Inquérito 2474 pode achar “normal” a situação. O inquérito comprova o valerioduto, outras fontes de financiamento do esquema e implica seriamente o PT. Nem a Carta Capital foi capaz de negar isso.

    2. Ora, ora…Se tudo é tão

      Ora, ora…Se tudo é tão “normal” neste processo porque Joaquim Barbosa o desmembrou em duas partes e sentou em cima de o conteúdo do Inquérito 2474? E porque só Dantas teve o privilégio de acessá-lo?

      No mais Argolo se mostrou extremamente indelicado com Miguel do Rosário. Não creio que qualquer pessoa tenha autoridade moral para chamar um interlocutor de ridículo, desonesto intelectual e sem credibilidade. O debate tem que ser intelectual, por argumentos  jamais com ofensas pessoais. Aliás, esta forma de abordagem é a mesma usada por Joaquim Barbosa para combater quem dele discorde. 

       

       

       

       

      1. Concordo em termos

        De fato, eu subi o tom indevidamente e peço desculpas ao jornalista Miguel do Rosário. Eu fiquei um tanto irritado com os argumentos. Não concordo com nada do que ele escreveu. Mas isso não justifica o tom pessoal das críticas. Errei e reconheço o erro.

        Agora, também tem que se levar em conta que a maioria das críticas à AP 470 dos que defendem os réus do mensalão tende a isso. Geralmente, não são críticas equilibradas e tomam as pessoas que, diante das provas e dos fatos, consideram que o mensalão existiu ou como cúmplices de um atentado à democracia, do qual participou a grande imprensa e o STF, macomunados ilegalmente, ou então como perfeitos idiotas que não sabem reconhecer um esquema de corrupção quando estão diante dele.

        Ou seja, o discurso de muitos que defendem os réus do mensalão ajuda a criar essa animosidade. Eles são os primeiros que personalizam o debate. Partem do pressuposto de que o processo é uma fraude e que houve má-fé, logo, todo mundo que considera provado o mensalão é também um cúmplice desse estado de coisas.

        Isso é correto? Como alguém pode exigir um debate equilibrado e focado nos fatos se usa essa linha de defesa? Quem mais politizou o julgamento do mensalão foram os petistas e seus apoiadores na Internet.

         

    3. CADÊ AS AÇÕES DE RESSARCIMENTO?

      Alessandro, gostaria que você me explicasse uma única coisa ( você que dissertou tão longamente sobre o assunto, deve saber isto também ):

      Se houve desvio de dinheiro público no caso da AP 470, cadê as ações de ressarcimento ao erário público?

      Se elas não existem ou não vieram, gostaria que você explicasse o porquê de não haver essa cobrança, tão essencial, já que até as multas penais estão sendo cobradas tão rapidamente?

       

       

    4. Meu caro,
      Defenda teus pontos

      Meu caro,

      Defenda teus pontos de vista sem atacar a honra alheia. Tua irritação com quem defende teses diferentes das tuas  não te dá o direito de assacar imputações. Dar carteiradas por sapiência jurídica. 

      Pontos de vista – alguns – que pecam pela falta de conhecimento do assunto. Sobre a parte jurídica propriamente dita já te elogiei em comentários. Agora no que tange aos aspectos técnicos contábeis, administrativos e bancários. tenho autoridade de te constestar.

      Se tu conhecesses  a estrutura administrativa do Banco do Brasil, como eu conheci na qualidade administrador(gerente) de agências, saberia SER IMPOSSÍVEL o Pizzolato ter autorizado/anuído/decidido sozinho qualquer ato contábil ou de gestão. Nem o presidente do banco o faria, 

      Algumas perguntas podem e devem ser feitas. A coisa julgada deve ser acatada em respeito à Ordem Jurídica e politicamente à Democracia. E ponto. Pode-se, deve-se, sempre discutí-la a qualquer tempo e hora. Fosse assim, o Capitão Dreyfus tinha mofado nas masmorras da Ilha do Diabo; Sacco E Vanzetti não teriam reconhecidas após 50 anos suas inocências. 

      – Por que foram olvidadas as informações do próprio dono dos recursos. no caso o BB. emanadas de várias auditorias de que não houve desvios e os recursos da VISANET não eram públicos?

      – Por que só o Pizollato foi indiciado? Pela Teoria do Domínio do fato tão efusivamente acolhida para condenar, os Vices-Presidentes, em especial o da área a que se vinculava Pizzolato. e o presidente do Banco também deveriam ser arrolados como cúmplices. 

      -Por que só passados oito anos, ou seja, após condenados os réus, o Banco do Brasil resolveu acioná-los por conta dos recursos supostamente “públicos”? Isso não tem cara ou jeito de coonestação de uma farsa, considerando a tempestividade e o rigor dessa organização para a recuperação dos seus ativos?

      O temor dos que querem sacralizar, tornar insusceptível de qualquer revisão crítica essas condenações é o de que houve erros ou omissões que a desqualifiquem. 

      Sobre a suposta propina, não posso asseverar que existiu ou não. Mas fico(é um direito meu) com a negativa dele. 

  6. O “Mensalão” Não Existiu

    – Os termos sublinhados são links, boa leitura!

     

    O “MENSALÃO” NÃO EXISTIU 

    E se tivesse existido teria sido ótimo para o Brasil, até o presidente americano A. Lincoln comprou deputados eleitos para aprovar a abolição da escravatura, mas isso não ocorreu no chamado “mensalão”. Não houve uso de recursos públicos, bem como qualquer prejuízo a quem que seja, os empréstimos que o PT fez para a sua campanha eleitoral e de partidos aliados foram devidamente quitados, as contas da campanha foram aprovadas pelo TSE, o TCU reconheceram a legalidade da Operação Visanet. Quanto a este julgamento de exceção que houve foi uma condenação com base na perseguição por parte de uma elite escravocrata que comanda a mídia, judiciário, STF e tudo mais, para ir à postagens anteriores Clique aqui[Lexômetro de Netuno]: Os termos sublinhados são links, boa leitura!

    Paulo Nogueira em um belo texto sobre a perseguição da elite escravocrata e forças que como mídia, judiciário, mpf…imperdível,…
    Luis Nassif:  Um roteiro técnico para analisar o inquérito 2474
    Miguel do Rosário: O inquérito 2474 derruba as teses do mensalão
    Altmiro Borges: Folha sabota trabalho de Dirceu, mas cá prá nós, o que esperar de uma mídia secularmente corrupta escravocrata vingativa pernóstica vagabunda
    Paulo Moreira Leite: Pasta 2274 no futuro do “mensalão” Ah Paulo, esses orelhudos serão desmascarados. Banco de Rei Burro Midas ou Joaquim Midas Barbosa fora vagabundos escravocratas regressistas soltem os nossos amigos presos de forma injusta na Papuda. Grato, Spin Tradutor
    http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/colunista/48_PAULO+MOREIRA+LEITE
    Inquerito 2274 derruba as teses do “mensalão”
    DD irrigou o Marcos Valério: Tucano recebeu 400 mil reais e nem foi denunciado, enquanto João Paulo Cunha vai puxar uns 10 anos de cadeia por causa dos 50 mil reais que, comprovadamente, ele nem se apropriou de tal valor, pois que foi gasto de campanha eleitoral, caixa 2, como todos fazem por ai a torto e a direito, inclusive o TSE aprovou as contas do mesmo, não há crime, a não na cabeça dessa elite escravocrata e secularmente corrupta
    O inquérito 2474 na íntegra
    Fábio Andrade: Hamlet e o “mensalão”
    Ah a Rede Globo, que feio Joaquim Barbosa engavetador
    Para Barbosa transmissões ao vivo contaminam julgamentos do STF Meu comentário: Entendo que o GGN é uma página independente e pratica aquilo que o  Burro Rei Joaquim Midas Barbosa mais detesta: A divergência, o que é normal num ser “Supremo” da sua estirpe. Lendo o corpo do texto, vê-se que não bate com a chamada, pois se a chamada dá a entender que JB reconhece seus próprios erros, o corpo do texto não diz isso, pelo contrário, apenas reforça a burrice do rei que, aponta, por exemplo, a “falta de objetividade” que, segundo ele, não deveria ser mostrada, enfim, os reis nunca se emendam, nunca voltam atrás, nunca se corrigem, nunca dizem que erraram, de forma rque o  Burro Rei Midas quer um mundo onde só prevaleça a verdade dele, contraditório nem pensar.  Ditador salafrário.

    Gabriel disse: Alguém tem o resumo do texto (rei midas e suas orelhas de burro) QUERO O RESUMO?preciso muito para um trabalho na escola…
    O RESUMO nao o texto pfv me ajuda ae Garimpeiro Velho disse: Apolo, que era na mitologia grega, o Deus da nusicalidade, castigou Midas por queeste o destratara. O castigo foi fazer com as orelhas de Midas crescessem tanto a
    ponto de ficarem balançado como a dos nuares.Midas para escondê-las passou a
    usar um barrete vermelho.Passados os tempos necessitou cortar os cabelos.Cha
    mou um barbeiro, advertindo-o de que não revelasse o segredo, sob pena de mor
    te.
    O barbeiro durante anos viveu amargurado, guardando o segredo, até que
    um dia, nos arredores da cidade, cavou um buraco, e com as mãos em concha ,
    murmurou, bem alto, por tres vezes, em direção ao buraco:
    – Midas tem orelhas de burro.
    Pensou que assim estaria aliviado de sua enorme angústia.Afinal desabafa
    ra o seu segredo. Ocorre que no buraco nasceu um chupo, que quando soprado
    pelo vento, repetia fielmente a frase mormurada pelo barbeiro, link http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20130419071250AAwW44s
    Ministra francesa perguntou a Barbosa sobre a candidatura a presidência
    “Mensalão”, Barbosa e a questão racial
    Quebra do segredo do “gavetão” resultará em que
    Lewandowski abre segredo do “gavetão”
    Wilson Ferreira sobre o STF: Transmissão ao vivo e o declínio da vida pública
    Benefício a Dirceu suspenso por suposto uso de celular
    STF entre a concretização da Constituição e a juristrocracia
    O STF vai abrir o mais bem guardado segredo de Joaquim Barbosa
    Gerson Carneiro sobre a campanha pró-Genoíno: Barbosa, muito obritgado!
    Dalmo de Abreu Dallari sobre o vedetismo nas transmissões do STF
    Barbosa critica Carmem Lúcia e Lewandowki por não terem assinado prisão de João Paulo
    O site de doações a Delúbio Soares
    Meu comentário
    JB, me engana que eu gosto
    Barbosa, Sei que vc não dá um peido se não for sob orientação de seu marqueteiro
    Mais de duas mil pessoas doaram R$ 761.962,60 a Genoíno
    Brasil 247: Dirceu nega uso de celular e que processar Folha
    Com Lewandowski no STF abusos devem ser contidos
    Renato Rovai: Trensalão é tratado como se fosse apenas Ferrorama pelo PIG
    Gabriel Priolli: “Mensalão” e Trensalão: Pesos e desmedidas
    Altamiro Borges: Solidariedade a Genoíno derrota PIG
    Requião sobre Barbosa: Todo paladino da justiça é um Demóstenes enrustido
    Eduardo Guimarães: Apoio a Genoíno constrange seus carrascos
    Conceição Lemes: Estadão manipula informações sobre casa alugada por família de Genoíno em Brasília
    Miguel do Rosário: Conta de Pizzolato na Suíça é factoide?
    Lewandowski assume plantão do STF e herda decisão sobre João Paulo Cunha
    Select ratingRuimBomMuito bomÓtimo ExcelenteDoações a Genoíno já cobrem a multa
    Miguel do Rosário sobre o artigo nojento da Folha sobre os presos petistas
    Ricardo Mello, na Folha:  O ensaio de golpe branco do STF
    http://gilsonsampaio.blogspot.com.br/2014/01/deu-na-foia-ditabranda-o-ensaio-de.html
    Luiza Tonelli: STF e mídia estão nos conduzindo a uma juristrocracia
    Ricardo Kotscho: O perigo da judicialização do cotidiano
    Pepe Damasco, no Brasil 247:  Até quando Barbosa debochará  da Justiça? Na fonte: http://lexometro1.blogspot.com.br/2014/01/coletanea-de-artigos-sobre.html

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